Reviravoltas escrita por Judy


Capítulo 19
Animação!


Notas iniciais do capítulo

Gente! Vocês cumpriram o acordo! Cinco comentários! Obrigada, vocês são demais, então cá estou, postando domingo (mesmo que falte só meia hora para acabar o dia, ainda é domingo)! Só tenho uma coisa a dizer, ou melhor três: 1º A Bruna é bipolar quando tá de TPM; 2º Esse capítulo tá bem fofo e garanto boas risadas nele também; 3º Esse capítulo vai para as lindas:

—>Juliana
—> Musa Linda
—> Biancaamacedo
—> Lana Walker
—> Jowlly

Boa leitura! :3



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— O que você tá fazendo aqui? - perguntei alarmada.

— Desculpa, Bruna. Ele disse que é seu amigo, mas eu posso mandá-lo pra fora! - Anna disse nervosa.

— Não, tudo bem, pode ir. - falei pra Anna e ela se retirou.

— Então, amor, suas malas estão prontas? - ele piscou pra mim.

— Que palhaçada é essa? O que você pensa que tá fazendo na minha casa, Willian? Bruna, você é louca? - Mitchel estava caindo como um patinho. - Vocês transaram? Não usaram camisinha, não? - ele estava vermelho de raiva.

—Mitchel! Tem criança aqui! E eu também moro aqui! - reclamei.

Então eu e Willian não aguentamos e caímos na gargalhada.

— Você realmente acreditou nisso? Seu Lerdão! Acha o quê, que eu sou uma vadia? - fingi irritação mas continuei rindo.

Willian, mesmo rindo, continuava com o braço ao redor da minha cintura, o retirei discretamente.

— Então o que você tava falando quando eu tava jogando?

— Quem é você? - Mike perguntou curto e grosso.

— Oi, - o Müller respondeu sorridente. - eu sou o Willian, Willian Müller. - eles apertaram as mãos em cumprimento. - Mas pode me chamar de Will.

— Olá, Willian Müller. Eu sou o Mike, Mike Collins. Pode me chamar de Mike Collins mesmo. - o pequeno disse bravo e eu não pude deixar de rir.

— Então, Mitchel, eu estava dizendo que sexta-feira vamos fazer o trabalho de geografia aqui em casa. Agora você, - eu disse me virando para o Will. - tá fazendo o que aqui?

— Vim te animar, ué!

— E quem disse que eu quero "me animar"? - fiz aspas com os dedos.

— Sei lá, você tava toda estressadinha no celular... Enfim, a gente vai ficar conversando aqui na frente deles mesmo?

Levantei uma sobrancelha e olhei para os dois que nos olhavam bravos, parecia que eles eram meus pais.

— É, vamos lá pra sala. E vocês, nem pensem em nos seguir, podem voltar para o jogo.

Chamei o Willian e antes de descermos ele me olhou dos pés a cabeça, corei diante a situação.

— Você vai descer assim mesmo? - ele fitou minhas pernas.

— Acho que vou me trocar... E para de me secar, seu pervertido. - eu disse envergonhada dando lhe um tapa no braço, por que eu fui colocar aquele shortinho tão curto?

— Belas pernas! - ele gritou no corredor

Mitchel e Mike colocaram a cabeça pra fora da sala de jogos e olharam de cara feia pro Willian.

Coloquei uma calça quentinha e uma blusa de manguinha, já que está começando a esfriar mais e peguei meu travesseiro e um edredom felpudo para ficar deitada na sala.

— Então, já pode ir... - levei o Müller até a porta.

— Ah, não! Eu vim até aqui pra te animar e você me bota pra fora?

Ele me olhou com uma carinha de cachorrinho pidão que eu não pude resistir.

— Tá... - respondi e fomos para o sofá jogando a coberta por cima de nós.

— Pode fazer pipoca?

— Você parece uma criança assim. - eu disse rindo, ele encolhido na coberta é uma cena realmente hilária. - Pode. Vamos lá.

Depois de algumas bagunças e muita sujeira, terminamos a pipoca, ou melhor, as pipocas. Uma salgada e uma doce.

— Satisfeito? - perguntei me referindo às pipocas. - Podemos assistir alguma coisa agora?

— Claro. - ele disse com a boca cheia.

— Vamos ver o quê?

Decidimos ver um filme que passava em um canal qualquer, mas mal vimos, ficamos conversando.

— Viu como foi bom eu vir? - ele perguntou quando a pipoca acabou. - Agora você já tá bem melhor, minha estressadinha. - ele completou apertando e balançando meu nariz.

— Aii! Tá, eu dou o braço a torcer, foi legalzinho.

— Legalzinho? - ele me olhou ameaçador. - Foi super legal. Bora, pode falando, foi super legal, Will.

— Foi legalzinho, Müller. - provoquei-o.

— Você tá querendo me provocar, mozão? - questionou chegando mais perto.

— Eu? Só disse a verdade, foi legalzinho, ué!

— Então acho que tenho que vou ter que fazer alguma coisa pra melhorar essa situação... - ele chegou ainda mais perto, perto demais.

Seus olhos cinzentos eram tão nebulosos que eu me perdia neles, seu cheiro me deixava enebriada, então, de repente, sem mais nem menos, ele começou a fazer a cócegas em mim!

— Will, para! Para! Para, Will!! - eu não consigo me controlar e ele não para de fazer cosquinhas.

— Fala, - ele pediu sem parar. - diz que foi super legal, bora! - ele disse rindo da minha cara.

— Tá, tá, - eu disse pegando fôlego. - Foi super legal, Will. - terminei mordendo o lábio.

— Agora sim!

Ele continuou em cima de mim olhando em meus olhos. Parecia hipnotizado, tanto quanto eu. Então ele foi chegando mais perto...

— Acho que agora já tá tarde, é melhor você ir... - eu disse quebrando o clima.

— É, acho que sim. - ele disse saindo de cima de mim.

Continuei sentada no sofá enquanto ele se levantava, o que eu vou fazer? Willian fica me confundindo, eu ainda gosto do Lucas, mas será que eu sinto alguma coisa pelo Will? Eu me sinto tão bem perto dele, como se não existisse a angústia de ser traída pelos meus pais, tanto biológicos, quanto adotivos. Como se eu fosse... Eu fosse simplesmente eu, não importa se eu me mudei, se eu tento parecer feliz, mas tô me sentido uma droga por dentro. Uma lágrima escorreu sorrateira de meus olhos e eu decidi despachar o Müller logo, porque, só assim, poderei chorar em paz no meu quarto.

— Eu te levo até a porta. - falei limpando a lágrima, mas instantaneamente outra caiu.

— Ei, o que aconteceu? - ele perguntou preocupado. - O que eu fiz de errado? - ele me abraçou, e por eu ser mais baixa, abracei sua cintura.

— A cu-culpa não é sua, é que... - eu disse já soluçando. - Ah! É uma droga isso, sabe?! Minha vida virou de cabeça pra baixo de uma hora pra outra! Um dia eu descubro que sou adotada, no outro tenho que estar feliz e contente no meio de um monte de gente que eu nem conheço! E você também tem culpa, tá? - eu disse me desvencilhando do abraço. - Você fica aí, jogando charminho pra cima de mim, e cara, eu ainda gosto do Lucas! Eu sei que eu posso estar iludida e ele já esteja com outra, mas - eu me sentei cansada no sofá. - eu ainda tenho esperanças, sabe? - eu terminei com as lágrimas ainda escorrendo.

— Sei, deve tá sendo muito difícil mesmo pra você, - ele disse sentando ao meu lado e fazendo um leve cafuné em meus cabelos. - Ei, mas olha só, eu tô aqui, tá? - ele levantou meu queixo para encará-lo. - Não precisa se sentir sozinha, é só me chamar. Vem cá, loirinha. - ele me puxou para um abraço. - E eu juro que vou tentar não jogar "charminho" pra você. - ele riu e eu o acompanhei.

— Obrigada, Müller. E me desculpe por ser tão idiota, - apoiei meus cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos. - sério, quem é tão retardada a ponto de sair jogando os problemas na cara das pessoas? Desculpa, TPM é uma droga! - ri fraco.

— Não tem nada não, mas agora você está melhor?

— Acho que sim. Só vou ao banheiro rapidinho, pra - fiz um gesto mostrando meu rosto cheio de lágrimas. - lavar meu rosto.

— Vai lá.

Lavei meu rosto no lavabo do andar de baixo e olhei me no espelho, pelo menos minha aparência está melhor.

— Calma, Mitchel! Deixar a Bruna voltar, - ouvi a voz do Willian. - aí a gente se despede e eu vou embora!

— Mitchel, é impressão minha ou você tá mandando o meu amigo embora? - perguntei chegando na sala.

— Caraca, Bruna, parece que você faz pra provocar, né? Já sabe que eu não gosto dele!

— Não pedi pra você falar com ele... - respondi indiferente.

— Já que você voltou, já vou indo. - Willian falou rapidamente.

— Tá, eu te levo até a porta.

Caminhamos até a porta e, antes que chegássemos nela, ela se abriu.

— Oi, crianças! - Helena nos cumprimentou entrando em casa.

— Olá, senhora Collins. - o Will falou educado.

— Olá, você é amigo da Bruna - ela me observou. - ou do Mitchel? - pergunto visto que o mesmo se encontrava logo atrás.

— Meu amigo, Helena. - respondi tentando não soar grosseira.

— Você não vai ficar pro jantar? Qual é seu nome mesmo? - ela perguntou.

— Não! - Mitchel gritou.

— Mitchel! - Helena o repreendeu.

— Desculpe, senhora, mas acho que já vou embora. Muito prazer, Willian Müller.

— Tchau, querido! - ela se despediu e fuzilou Mitchel com o olhar.

— Vou levá-lo até lá fora, já volto! – anunciei.

Saímos de casa e senti o vento frio da noite arrepiarem meus braços.

— Com frio, loirinha? - o Müller pergunto sorrindo de lado. E que sorriso...

— Um pouco... Certeza que não quer jantar aqui?

— Fica pra próxima, tá? Acho que seus irmãos não gostaram muito da ideia...

— Então, tá, eu vou cobrar o próximo! Que droga! - falei me lembrando do trabalho. - A gente não viu nada sobre o trabalho!

— Não tem problema, não! Sexta eu volto, quando chegar em casa te mando o assunto do trabalho. Agora eu já vou mesmo. - ele disse me dando um beijinho na bochecha.

— Até amanhã, Müller. - falei enquanto nos despedíamos com um abraço.

— Até, minha Collins preferida. - ele sorriu e entrou no carro.


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Notas finais do capítulo

Ah! Também queria agradecer a quem respondeu minhas perguntinhas! Obrigada! O próximo capítulo vem um pouco maior mas, esse é só semana que vem mesmo (senão fico sem capítulos pra vocês e acabo atrasando meses)... Espero que tenham gostado! Amanhã vou responder os comentários porque eu só li, mas posso adiantar que eu amei TODOS, vocês são as melhores!

Até os comentários, beijos!