Garota Ideal escrita por T Freitas


Capítulo 7
Maldito fofoqueiro!


Notas iniciais do capítulo

Well, well ai está o próximo cap. Espero que gostem.



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No dia seguinte, ele passou metade da tarde sentado na portaria, esperando-a. Por mais que o porteiro a todo o momento o olhasse desconfiado, ele não arredou o pé de lá durante três horas, enquanto mexia no celular para se distrair.

Quando olhou para o relógio, já passava das 17 horas — e tinha prometido buscar Isabella na casa do amigo.

Um pouco desanimado pelo seu plano não ter ocorrido como o planejado, apertou o número cinco do painel. Quando o elevador chegou ao andar, caminhou até a porta que sua irmã ressaltou no começo da tarde, quando foi para casa de Ares aprender a desenhar com a irmã do garoto. Estava no caminho, não pôde acreditar em quem estava sentado no corredor.

— Carlos, o que faz aqui? — perguntou aturdido, não podia estar mais chocado com aquilo.

— Estava esperando você vir buscar a minha namorada, estou curioso. — respondeu exultante. — Onde você estava?

— Fazendo coisas. — desconversou um pouco sem graça.

— Você estava procurando a garota, né?

— Não viaja. — fez pouco caso, enquanto caminhava até o apartamento e tocava a campainha. Não demorou muito para Ares atender a porta. Estava com os fones, com o microfone pendurado no pescoço e o controle do jogo nas mãos.

— Acho que Isabella ainda não acabou. — avisou, dando passagem para os dois e fechando a porta. Não disse mais nada, apenas voltou para o seu jogo. Parecia algum da coleção Assassin’s Creed.

Carlos deu de ombros, sentando-se no sofá e sentindo-se em casa. Hugo, resignado, fez o mesmo.

— Você pode chamá-la? — indagou.

Ares suspirou dramaticamente, deu pause no jogo e desapareceu em um dos corredores.

— Ares lindinho. — disse uma voz animada no final do corredor. Hugo sabia que não era nem de sua irmã nem de Atena. — Sentiu nossa falta?

— Não enche, Giulia. Seu irmão chegou, Bella. — avisou. As meninas disseram algo baixo e logo Ares estava de volta à sala. — Ela pediu para você esperar um pouco, porque ela não acabou a aula. Querem jogar?

— Você é quem manda, deus menor. Passe-me o controle. — respondeu Carlos animado, aceitando o segundo controle. Hugo apenas sentou e observou os dois jogarem.

Não demorou muito para a campainha tocar. Ares, ainda com os olhos vidrados, pediu para que ele atendesse a porta. Quando o fez, olhou surpreso para o rapaz que o encarava — ele lhe fitava com um misto de surpresa e curiosidade.

— E aí, cara? — sorriu feito o gato da Alice, como se soubesse de um segredo.

— E aí?

— Ei, Ares, meu chapa, sua irmã cabeçuda está aí? — indagou.

— No quarto, com as meninas.

— Vou dar um oi a elas. — respondeu antes de andar apressado em direção aos quartos. — Gatas, cheguei.

Depois desse anúncio nada sutil, só houve resmungos.

— O que esse cara é da sua irmã? — indagou Carlos, não contendo a curiosidade.

— Um dos amigos da faculdade. Na verdade, ele é o único garoto do grupo. É ele e mais duas garotas.

— Quem está lá no quarto com Bella e sua irmã?

— Giulia. Ela pode ser bem irritante, está faltando a Alicia, mas ela nunca está longe quando os outros dois estão aqui. — resmungou.

Carlos lançou um olhar significativo para o amigo, e Hugo não levou muito tempo para captar os pensamentos dele. Se Atena era amiga do garoto, isso queria dizer que ela era uma das garotas que andavam com a sua garota. E se fosse por eliminação, a única que restava para ser ela era a tal Alicia. Alicia — era bom dar um nome ao rosto.

Pensou nela dentro do elevador e teve um pouco de esperança dela aparecer do nada por ali, dando seus sorrisos bonitos e com seu cabelo multicolorido. Porém, sua esperança de que ela fosse aparecer em algum momento foi por água abaixo quando sua animada irmã entrou em seu campo de visão.

— Acabei, podemos ir.

— Não vai insistir para que eu conheça sua amiga?

— Ela não pode agora, Breno chegou. Ele parecia ansioso para contar algo a ela e disse que não era assunto de tampinhas. — estreitou os olhos.

— Você também o conhece?

— Ele joga vídeo game com a gente, online. — respondeu Ares, dando de ombros.

Caramba, esse tempo todo sua irmã era a chave para acabar com todas as suas angústia, e ele simplesmente nunca pensou nisso?! Quem diria que o círculo de amizades da sua irmã envolvia até a garota da barca?

Frustrado, pegou Carlos pelo colarinho — ele ainda resmungava e combinou com Ares de continuar o jogo depois.

Quando no apartamento, Isabella não parava de tagarelar sobre o seu dia com Atena, como ela pacientemente explicou tudinho e como ficaram quietas desenhando até a Giulia chegar. E começou a tagarelar sobre os quadros secretos no canto do quarto, embora Giulia estivesse zombando sobre ela carregar aqueles quadros para todos os cantos.

— E ela está carregando para lá e para cá mesmo? — indagou Carlos curioso. Maldito fofoqueiro!

— Sim, ela não confirmou, mas estava na cara. Acho que ela não quer deixá-los sozinhos com a mãe dela. — riu levemente. — Acho que são pinturas daquele garoto que ela estava interessada. O Breno o chama de cara de mato.

— Cara de mato? — indagou Carlos, rindo junto.

— É, ele disse que o garoto tem uma moita envolta da boca. — riu mais alto.

— Isso não é legal de se dizer sobre um cara de barba. — disse Hugo, emburrado.

— Olha só quem se sentiu ofendido.

Hugo apenas revirou os olhos, enquanto se jogava no sofá maior e ligava a televisão.

— Conte-me, como são as amigas da Atena? — perguntou Carlos.
— Giulia é loira e bonita, tem os olhos mel e é bem magrinha. Já Alicia é morena, com os olhos escuros, também magrinha. Bonita. — deu de ombros. Não sabia dizer se Alicia era a garota da barca, sua irmã tinha sido bastante vaga e ele não podia dar certeza se as duas eram a mesma pessoa.

Ele acabou ainda mais confuso. A única coisa da qual tinha certeza era de que precisava se encontrar logo com ela e tirar suas dúvidas.


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Notas finais do capítulo

Bom, o próximo já está betado, espero que vocês sejam generosas =p O cap ficou bem pequeno, não tinha notado até postar, então, vou tentar postar rápido. Bjos