POV John

Estávamos TODOS reunidos no refeitório, iriamos discutir sobre tudo, sobre o que os dois lados do acampamento pensam, sobre o que deveríamos fazer, eu escutava sem entender muito bem Clarisse repetindo seu plano para que Annabeth possa ouvir, eu me perguntava quantos erros Annabeth iria encontrar em meio aquilo, eu apenas lançava olhares furtivos a Bianca como se ela fosse sumir a qualquer momento, espero que ela ainda aceite o passeio, Clarisse acabou de contar seu plano e Annabeth pareceu por minutos pensativa então começou:

– Ham, primeiramente queria que descartassem planos que significassem morte de deuses, como este apontado aqui, peço que fechem os olhos e imaginem o mundo normal, nem tanto no nosso caso mais ainda sim normal.

Fechei os olhos e apenas me vi com Bianca longe dali, esta garota me enlouque-se demais, o sorriso passou por meu rosto, então Annabeth voltou as suas palavras.

– Agora imaginem vou por como exemplo os deuses que não nos apoiam nisso, imaginem um mundo sem Zeus para nos trazer a chuva que rega as plantas e a fazem crescer bem, sem tempestades e com um céu sempre parado e ainda escuro pela falta de Apolo, um mundo sem Apolo para trazer o sol, suas rimas, a cura e todos os seus poderes, o céu completamente escuro e um mundo onde só existe noite, imaginem um mundo sem a sabedoria, reinado pela estupidez e burrice, com a falta de uma deusa da sabedoria, um mundo onde ainda a sim não exista o amor, imagino que por sua mente veio um mundo reinado em guerra, mais se engana, porque neste mundo Ares não existe e não podemos lutar pelo que apoiamos, não teriam guerras para tirar o pais de uma determinada situação, um mundo sem casamento, ou mulheres que se sintam bem e lutem pela igualdade na sociedade, com a falta de uma deusa que por mais que muitos não gostem ainda é essencial para este mundo, um mundo sem Deméter, sem cultivação de plantações árvores para purificarem o nosso ar e diversas outras coisas relacionadas, um mundo sem o vinho para afagar as mágoas, sem festas para comemorar a felicidade, onde a vitória não é comemorada e a felicidade pode deixar de existir, imaginem ainda sim se deuses do nosso lado forem levados ao tártaro o pior que ficaria um mundo sem mortes, pessoas andando por ai sem a morte para pô-las no caminho, sem um submundo para permanecerem, sem os mares para bebermos, para mergulharmos e sorrirmos, então agora podem abrir os olhos para a realidade que estão, onde não podem optar pela morte de um Deus, estou usando o termo morte pelo fato de que eles só se recomporiam do tártaro daqui a milhares de nos, acredito que essa desequilibração amorosa também tenha sido ocorrida pela falta de Eros outro deus do amor para segurar tanto amor nesse mundo.

Eu me sentia um idiota para argumentar algo, depois do que a filha da sabedoria havia dito, senti que aquilo havia tocado no fundo do meu coração, então resolvi apenas pular para a próxima etapa: O que os dois lados do acampamento sentem.

– Annabeth, acho seu argumento ótimo então gostaria antes de bolarmos o ultimo tempo de que possamos nos por no lugar primeiro dos duzentos campistas que estão contra Bianca e Nico, e depois os duzentas campistas que estão ao nosso lado. - Eu me sentia em uma entrevista com tanta formalidade.

– Se eu fosse um dos duzentos campistas estaria pensando o quanto é injusto que vários de nós tivéssemos que morrer porque 2 semideuses não quiseram dar suas vidas em troca do nosso bem, com egoismo, não por si mesmo mais sim um pelo outro, acharia injusto que várias vidas, vários sonhos fossem jogados fora, porque 2 semideuses conseguiram uma segunda chance de viver.. - Clarisse desabafava sem se importar com o psicológico que deixaria em Nico e Bianca..

– Se eu fosse um dos duzentos campistas que nos apoiam, eu sentiria uma raiva grande dos deuses que sempre reinaram com seu egoismo que sempre foi visto de longe por todos, sempre nos fazendo arriscarmos nossas vidas, sendo que podem resolver a situação com um estalar de dedos, sentiria que entregar os Nico e Bianca era como apenas baixar a cabeça para o egoísmo que nos rodeia. - Thalia se pronunciou, suas palavras pareciam ter sido roubadas de minha boca uma por uma e expostas ali, fazendo-me observa-la mais e em como eramos diferentes em estilos mais parecidos em pensamentos e escolhas.

– Eu não quero essa vida de semideus, sempre tendo de abaixar a cabeça, não vejo nenhuma chance de escaparmos desta, acho que a vida de um semideus só é feliz mesmo nos Elísios, após a morte, se não acharem nenhuma solução eu estaria disposto a buscar minha vida feliz nos Elísios. - Enquanto Frank falava eu podia ver o olhar de Bianca distante, ela já havia morrido, passeado pelo mundo dos mortos, passado por um julgamento, e levado uma vida por um curto tempo no lugar em questão.