Estigmas escrita por Duda J Granger


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ei, gente! Não aguentei! Mais um capítulo para vocês essa semana.
Estou amando postar essa fanfic e quero agradecer quem está acompanhando.
E queria fazer um pedido: Eu sei que é chato pedir por comentários, mas é a única forma de saber se vocês estão gostando ou não. Com um simples gostei ou uma crítica construtiva, o ânimo para escrever aumenta muito.

Então é isso, espero que gostem e aviso novamente que ela não foi betada :)' Tenho pouca coisa pronta daqui pra frente, mas as idéias já estão mais ou menos organizadas. Se quiserem o próximo é só pedir.

Beijos, Duda.



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Capítulo 2:

Hermione fechou a porta do quarto e se se encostou nela. Então era isso. A preocupação que tomara conta de Harry há alguns dias era pelo fato de que ela teria de tomar conta de Malfoy. Ele não queria isso, ele estava com medo por ela.

Desencostou-se da porta e caminhou para a janela. Um milhão de pensamentos tomavam conta de sua cabeça e o principal era: Por que faria isso? Por que se submeteria a inevitável humilhação que Malfoy, sem a menor dúvida, não desperdiçaria em fazer?

Olhou para frente, onde era possível ver um vilarejo trouxa se olhasse bem por detrás dos raios de sol. "Tenho esperança de fazer algum bem no mundo"; suas próprias palavras proferidas a tanto tempo a Scrimgeour a responderam. Faria isso porque era o que ela sempre se comprometera a fazer: treinaria Malfoy, ouviria seus xingamentos, ouviria a maldade em sua voz porque ela sabia que era ela quem devia fazer isso. Ora, quem melhor que a sangue-ruim que ele ofendera desde seu primeiro ano em Hogwarts para fazê-lo cumprir sua pena?

Sorriu com esse pensamento. Malfoy pagaria por cada palavra que a fizera ouvir, cada humilhação. Nunca chorara por ele, ou talvez nunca chorara diretamente por ele. Sabia que muita das vezes em que se pegou triste durante as madrugadas ou desatenta em um momento em que ela, Hermione Granger, nunca se deixaria parar de prestar atenção, fora por ele. Mas não, nunca chorara. Travava o maxilar ao máximo e se lembrava que, por mais que ela fosse a sangue-ruim, ele quem pagaria um dia.

E esse dia chegara.

(...)

"Muito bem, todos aqui então." - Já era possível ouvir a voz de Quim enquanto saia de seu quarto e se dirigia para as escadas. - "Daqui a algumas horas os prisioneiros que foram encaminhados para esta pena chegarão e seus respectivos guardiões ficarão responsáveis por eles em suas próprias residências até segunda ordem. Já providenciamos quase todas as mudanças necessárias na casa de vocês para o abrigo deles."

Quim se virou ao ouvir a chegada de Hermione e se dirigiu especialmente a ela:

"Tudo de acordo, Hermione?" - ela apenas assentiu.

"Bom"- ele continuou - ''Nos encontraremos novamente aqui, e, enquanto isso, deixarei vocês fazerem sua última refeição livre deles.'' - sorriu - ''Então às 14 horas eles chegarão."

E lançando um breve aceno de cabeça, desaparatou.

Hermione olhou para o relógio em seu pulso enquanto as pessoas ao seu redor voltavam as suas casas: 10h15min. Isso a daria algumas horas de liberdade antes da chegada de Malfoy.

Começou a subir os degraus em direção a biblioteca que haviam arrumado no último andar, quando um barulho de aparatação e uma conhecida voz a fizeram parar:

''O que você estava pensando quando aceitou ser babá daquele filho da puta?''

Hermione parou e fechou os olhos. Era claro que era ele, era óbvio que ele chegaria ali e havia até se espantado por ter demorado tanto.

''Em primeiro lugar, abaixe esse tom de voz comigo, Ronald Weasley''. - ela disse calmamente descendo os poucos degraus que havia subido. Ele se encolheu. - ''Em segundo lugar'' - Ela parou e olhou nos olhos do namorado -'' Você sabia muito bem que eu era voluntária nisso, então não haja como se houvesse descoberto que o Lalau vai ser o próximo Ministro da Magia''.

Ele se encolheu e olhou para baixo. Era sempre assim, conhecia Rony Weasley muito bem para saber que a explosão seria inevitável, assim como o sentimento de culpa que ele sentia depois.

"Desculpa". - ele murmurou a olhando nos olhos e logo depois segurando seu rosto por entre as mãos. - "Mas é o Malfoy, droga! É a doninha! Você não pode ficar sei lá quanto tempo tomando conta desse filhote de trasgo!" - ele retirou suas mãos do rosto dela e passou nos cabelos - ''Por favor, me diga que você desistiu disso, Hermione!''

Ela suspirou e mordeu o lábio inferior. Rony sabia ser uma cabeça dura quando queria, o que acontecia na maior parte do tempo.

''Eu não vou mudar de idéia, Ron''. - ela começou calmamente vendo o corpo dele tremer com a resposta - ''Você sabe muito bem que eu sou capaz''.

''O problema é que ele vai acabar com você!'' - o ruivo gritou fazendo Hermione se assustar. -'' Você é uma menina, droga! Uma sangue-ruim! Você acha o quê? Que ele vai aceitar isso da melhor maneira possível e se comportar como um cachorrinho treinado?''

''Não venha tentar parecer racional pro meu lado, Ronald Weasley!'' - Hermione esbravejou, sentindo seu sangue ferver e tentando ignorar o fato de seus dois melhores amigos a terem chamado de sangue-ruim. Podia não ter vergonha disso, mas a forma com que eles falaram não havia sido nada branda. - ''E NÃO VENHA ME DIZER QUE EU SOU UMA MENINA! SÓ PORQUE VOCÊ DEMOROU MAIS DE 3 ANOS PARA PERCEBER ISSO EM HOGWARTS NÃO QUER DIZER QUE ISSO ME IMPOSSIBILITE DE FAZER NADA AGORA!''

''Deixa isso para outra pessoa, então!'' - Rony continuou a olhando nos olhos, igualmente vermelho. - ''Droga! Existe mais uma porrada desses vermes na lista do processo. POR QUE TEM QUE SER A BOSTA DO MALFOY?''

''E você espera que quem faça isso por ele? Você acha que mais alguém conhece o Malfoy assim?''

''Mas que droga, Hermione! Eu conheço, o Harry conhece!''

A castanha soltou uma risada irônica.

''Mas é claro!''- ela sorriu - ''É claro que você poderia tomar conta dele, Ronald Weasley, isso é tão óbvio! '' - ela continuou -'' E qual seria sua primeira providência? A sim, JOGAR ELE EM AZKABAN! ''

Rony suspirou; sabia que era uma batalha vencida. Conhecia a namorada o suficiente para saber que nada a faria mudar de ideia.

Passou a mão nos cabelos e se virou para Hermione.

''Tudo bem.'' - ele disse por fim. Caminhou até Hermione depositando um singelo beijo em seus lábios e falou, antes de aparatar. - ''Só espero que você não se arrependa disso. ''

Hermione fechou os olhos. Ela também esperava.

(...)

O barulho de diversas vozes não a deixava prestar atenção em nada especifico. Comensais, assassinos, aurores e voluntários se encontravam no primeiro andar do Largo Grimmauld. Obviamente suas memórias seriam devidamente alteradas para o segredo da sede continuar intacto.

Todas seriam. Exceto a de Malfoy. Porque ele moraria ali.

Um tremor passou pelo corpo de Hermione nesse momento e sua ficha finalmente caiu. Droga! Ela realmente iria tomar conta do Malfoy. Da barata nojenta e asquerosa! Da doninha, do odiador de sangue-ruins!

Onde ela estava com a cabeça mesmo? Se tocou da gravidade da situação quando um grupo do ministério apareceu ali alguns minutos após a saída de Ron para adicionar uma porta extra em seu quarto. Em seu quarto. E obviamente onde essa porta daria? Aos aposentos de Malfoy.

Sua cabeça latejou e ela levou a mão às têmporas. Droga de efeitos colaterais.

Continuou descendo as escadas, observando os infratores encontrando seus protetores, as caras de desgosto de alguns assim como a cara de alívio de outros. Afinal de contas, aquilo era melhor que Azkaban, não era? Pelo menos para eles.

A quantidade de pessoas foi diminuindo gradativamente, já que a maioria já havia se encontrado e se dirigido as suas respectivas residências. Com a menor quantidade de pessoas, foi possível começar a distinguir vozes, rostos e -

Hermione parou. Já conseguia ver um menino magro, com olheiras sob os olhos que nunca haviam existindo antes, encostado na parede dos fundos. Ele parecia acabado, desmoronado. Mas afinal, quem não estava?

Seus cabelos continuavam lisos e provavelmente sedosos; ainda possuía um ar autoritário e sabia que sua repugnância por ela ainda estava ali. Aproximou-se mais um pouco, porém, antes de chegar até lá, ele levantou a cabeça.

Os olhos dele continuavam incrivelmente cinzas e frios. Hermione sentiu um arrepio na espinha. Droga, era só o Malfoy.

O primeiro olhar foi de susto. Obviamente já havia muito tempo em que eles não se esbarravam pelos corredores de Hogwarts; mas esse olhar logo foi substituído por um olhar divertido. Uma diversão silenciosa, que não deixava nem uma dobra de seu rosto sugerir que ele pudesse estar sorrindo.

Continuou a encarando, como se desafiasse ela, uma sangue-ruim, a chegar perto dele.

Hermione apenas sustentava o olhar.

O contato visual foi quebrado assim que Quim se aproximou de Malfoy. O auror sussurrou algo no ouvido do loiro que fez qualquer ar de ironia sumir de seu rosto arrogante. Ele encarou a castanha.

Seu olhar agora transmitia assombro e nojo.

Hermione sorriu enquanto se dirigia a ele. Talvez isso fosse ser mais divertido do que ela achava.


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