Resumo do capítulo anterior:

Bia fugiu de casa na noite e foi até um bar. Lá, ela reviu JP, um velho amigo, que deu em cima dela. Ela também conheceu um garçom que não deu bola pra ela. Bêbada, Bia fez um strip-tease para provocar o garçom. Mili a encontrou e a levou embora, porém vomitou nela e no carro. Por ter deixado o carro no lava-jato, Mili e Bia foram para a faculdade de ônibus. Bia reencontrou o garçom, que foi rude com ela e contou que se demitiu do bar por sua culpa. Por culpa de Mili, elas duas foram expulsas do ônibus.

P.O.V Mili:

Graças á Beatriz eu estou perdida no meio do nada em busca de ajuda! Vocês devem estar se perguntado: "Por que graças á Bia se foi você a culpada da expulsão do ônibus?". E eu respondo: "PORQUE FOI ELA QUEM VOMITOU NO MEU CARRO, POR ISSO NOS PEGAMOS UM ÔNIBUS!". Isso me irrita toda vez que eu penso.

– Para onde nós vamos, senhorita GPS? - perguntei ironizando.

– Haha' - riu falsamente - Eu vi o garçom do bar entrar por essa rua e eu quero ver se ele não pode me ajudar! - falou.

– Se toca, Bia! O garçom não tá nem aí pra você! - alertei.

– Você tem uma ideia melhor? Não, né? Então, não opine! - falei apressada.

Já estávamos quase entrando na rua quando de repente...

– Onde vocês pensam que vão? - perguntou um moço com aparência rude.

– Até a lua é que não é! - ironizei - Deixa a gente passar! - falei.

– Hum... Garota de atitude, gostei! - me pôs contra-a-parede.

– Me solta seu grosseirão! - falei dando uma joelhada você sabem onde.

– Sua louca! Peguem elas! - gritou e apareceu gente pra p***.

(Seguraram a Bia)

– Solta elas, Barra! - falou o tal garçom.

– Olha Bia é o Aparecido! - falei.

– Você conhece elas? - perguntou o tal Barra.

– Claro que conhece, não tá vendo! - falei sem medo.

– Menina, não brinca com fogo! - avisou.

– Eu conheço elas sim! Agora podem soltá-las! Elas vieram me visitar! Venham, meninas! - falou e nós fomos.

~~ Na casa do Aparecido ~~

– Valeu por hoje, garçom! - agradeceu Bia.

– É Aparecido! - falei.

– Na verdade, eu me chamo Juca! E eu só queria saber por que vocês tão me seguindo? - perguntou bravo.

– A gente não tá te seguindo! - explicou Bia.

– É o destino, Aparecido, só o destino! - comentei.

– É Juca! Mas é muita coincidência que o "destino", como diz a Aparecida aí, tenha posto essa daí no bar onde eu trabalho...

– Trabalhava! - corrigi.

– Pois é, TRABALHAVA, que vocês duas tenham pego o mesmo ônibus que eu e agora aparecem na minha casa? Eu devo estar muito enganado, né? - questionou.

– Explicando: Eu fui ontem no bar porque eu adoro sair e isso foi uma simples coincidência, quanto ao ônibus, ontem eu vomitei no carro da Mili e a nossa única opção foi ir pra faculdade de ônibus...

– Por que vocês não pegaram um táxi como qualquer pessoa rica faria? - perguntou.

– Eu não acredito que eu não pensei nisso antes! - exclamei.

– Continuando: A Mili discutiu com uma grávida e derrubou uma velhinha no ônibus causando o maior escândalo resultando na nossa expulsão do ônibus! - explicou.

– E por que não pegaram outro? - questionou.

– Por que a gente só tinha aquele dinheiro e ônibus não aceita cartão de crédito - expliquei.

– E vocês vieram, exatamente, fazer o que aqui? - perguntou.

– Depois eu que sou a insana! - comentei.

– Viemos perguntar se você não tem uma grana pra descolar pra gente! Garanto que amanhã a gente paga! - explicou Bia.

– Eu? Voltar? Dessa vez você vem com a Pata! - falei.

– Olha meninas, eu não tenho grana não! - desanimamos - Mas eu tenho uma coisa que pode ajudá-las!

(Ele trouxe a moto da Bia)

– Minha moto! Pensei que eu nunca mais iria vê-la! - exclamou Bia.

– Merece um beijo, Aparecido! - Dei um beijo em sua bochecha e Bia me olhou com cara feia. Olhei pra ela com uma cara de "vem!".

(Ele deu um beijo na bochecha dele também)

–Vão embora e não voltem mais aqui! - exclamou.

– Puro amor! - comentei.

– Leva a gente até lá fora pelo menos! - falou Bia.

– Tá! - falou bravo.

~~ Na rua ~~

– Obrigada por tudo, Juca! Agora eu sei o seu nome haha' - disse Bia.

– É, então tchau e boa sorte! - falou.

– Como é que sobe nisso aqui? - perguntei.

(Eles se olham com uma cara de "OMG!")

~~ No caminho; na moto ~~

– Bia! Devagar! - gritei.

– Se joga na vibe, Mili! - gritou animada.

– Aaaahhh!!!!! - gritei animada.

– Segura!!!! Kkkkk' - gritou e riu.

– Ah, que TOOOOPP! - gritei animada.

~~ Na facul ~~

(Entramos correndo e quando chegamos adivinha)

– Professor, a gente pode entrar? - perguntei.

– Claro que podem! - demos um passo - Depois da minha aula! - advertiu.

Notei que a Marian deu um beijo no Mosca quando me viu, ou seja, eles voltaram e ele não tá nem aí pra mim!

E...

– Eu nunca cheguei tão atrasada em toda a minha vida! - comentei.

– E ontem não vale? E no dia do seu próprio aniversário? No dia do meu aniversário? No da Pata? Sem falar semana passada que você superou seu próprio recorde de se atrasar três vezes num mesmo dia! - falou Bia.

– Eu disse TÃO atrasada, um atrasinho ou outro não faz mal! - disfarcei.

– Mas a aula de história da arte é uma chatice só! - falou.

– Pois é! Bia, olha só aquele homem! - indiquei.

– O quê Mili? - perguntou curiosa.

– Aquilo ali é tudo o que eu pedi a Deus! - falei encantada.

– Quem, aquele ali? - perguntou apontando.

– Não aponto, Bia! Você conhece ele? - perguntei.

– Ele tava cantando no bar ontem quando você chegou! É o JP! - falou.

(Ele vinha á nossa direção)

– Ela tá vindo! Eu tô bem? Ai que emoção! #Investindo!!! - falei, arrumei o cabelo e cruzei as pernas (Eu estava de short-saia e blusa solta) (Bia estava de calça jeans e uma blusa folgada escrita: "Gives Your Hell").

– Bia, finalmente te achei! - falou aliviado.

– O que foi, JP? Tá fazendo o que aqui? - perguntou Bia.

– Eu vim aqui te avisar que aquele garçom roubou a sua moto! - falou bravo.

– Não roubou não! - respondeu.

– Como não? Eu vi! - falou.

– Ele me devolveu hoje e é graças á ele que eu tô aqui hoje! - explicou.

– Eu não acredito! - disse inconformado.

– Pois acredite! - falei - Como você se chama? - perguntei interessada.

– JP! Ela já disse! - falou com cara de "dããã".

– E o Mosca? - cochichei.

– Ele preferiu aquela cobra da Marian! - cochichei.

– Quem cochicha o rabo espicha! - comentou.

– Kkkkkkkk' Você é tão engraçado! - forcei.

(Ele olhou pra Bia com uma cara de "o que deu nela?")

– Bia, por que você não vai ali na biblioteca pegar aquele livro que você tava falando? - a expulsei subliminarmente.

– Eu? Ah, claro! Eu vou indo, mas não saiam daí! - disfarçou.

(Ela saiu correndo)

– Então, o que você gosta de fazer? - perguntei.

– Bom, eu tenho uma banda e toco todas as noites! - falou com um sorriso no rosto e sentando ao meu lado.

– E não faz faculdade? - perguntei.

– Não, eu não preciso! - respondeu.

– Ah, então você é só mais um vagabundo que é sustentado pelos pais e não tem nenhuma responsabilidade na vida? - perguntei séria.

– Sabia que você tá me humilhando? - perguntou se levantando.

– Te humilhando? Eu só tô resumindo a sua vida! Mas se você acha isso humilhante, paciência...

– Você é louca! Eu vou embora! - falou correndo.

– Espera, Juvêncio Petrônio, por favor! - gritei.

(Ele sumiu de repente)

– E mais uma vez eu estraguei tudo! - falei sozinha.

– Mili, eu preciso conversar com você! E é muito sério! - falou Duda.

– Tudo bem, vamos! - falei despreocupada.

C.O.N.T.I.N.U.A