More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 17
Capítulo 17. - Summer.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo da cassy!!!!
Eu sei que demorei paar postar esse capítulo... O problema é que minhas aulas começaram e eu estou sem tempo para escrever considerando tudo (inclusive o professor chato de física). Eu vou tentar escrever com mais frequência.... Ou vou tentar.
Aproveitem.



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Nunca achei que viria a sala do diretor novamente. Muito menos por uma coisa que nem eu mesma havia feito.

Eram 10:50 de uma manhã calma de quinta feira e eu estava sentada em almofadas hippies verdes limão e laranja berrantes no chão com meu irmãozinho ao meu lado, que parecia ter uma mescla de irritação e nervosismo dentro de si. Não que o diretor fosse assustador com seu jeito hippie e calmo de ser, mas a figura que estava ao seu lado era no mínimo má.

O vice diretor do colégio Baxter estava logo atrás do diretor, de pé em sua plena seriedade e sede de justiça. Seu terno engomado, risca de giz, e seus cabelos perfeitamente penteados, juntos com o semblante sério, faziam contrate diferente perante a imagem calma e pacifica do diretor.

Passei as mãos pelos meus cabelos e levantei o rosto para os diretores. Não era a primeira vez que era chamada por causa de Jackson, possivelmente também não seria a última.

– O que ele fez dessa vez? - perguntei finalmente.

– Apenas uma brincadeira infantil e... - o diretor começou sendo cortado logo em seguida pelo seu vice.

– ELE FEZ UM ATO INADMISSÍVEL E QUE MERECE UMA DEVIDA PUNIÇÃO. - ele gritou, fazendo meus tímpanos gritarem por ajuda.

– Não seja tão bruto com o garoto...

– EU NÃO ESTOU SENDO MAL! ESTOU TENTANDO ENSINAR A DEVIDA DISCIPLINA A ELE!

– Ninguém aprende a disciplina com gritos e punições. - o diretor declarou em voz baixa e calma. - um garoto deve aprender a disciplina com as consequências de seus atos. Você quer mesmo que ele seja expulso?

– É A DEVIDA PUNIÇÃO!

– Mas o que ele fez? - perguntei novamente.

– Ele pôs uma tachinha na mesa da professora de matemática. - o diretor Shanon falou simplesmente. - uma inofensiva brincadeira de garotos.

– A PROFESSORA DEMOROU MEIA HORA PARA TIRAR A TACHINHA. - o vice diretor gritou.

– Foi um acidente! - meu irmão resmungou.

– Eu sei que ele estava errado ao fazer isso. - falei para os diretores. - mas ele está arrependido disso. Jackson não queria machucá-la.

– Eu sei que não. - diretor Shanon falou com um sorriso. - podem ir. Eu me entendo com ele. - ele apontou com o polegar para o vice diretor.

– Legal. - Jackson murmurou.

– Muito obrigada. - falei.

Nos levantamos das almofadas e saímos do escritório hippie, sem antes passar pelos outros encrenqueiros que esperavam para entrar na sala do diretor.

Saímos da sala e seguimos pelos corredores.

– Nunca pensei que o diretor fosse tão legal. - Jackson falou.

Eu dei um soco no braço dele com força.

– Legal?! Legal?! - falei em tom áspero. - você tem sorte de ele ter sido gentil!

Ele estava envergonhado.

– Ele poderia ter te suspenso ou... Ou te expulsado! Sua fixa é gigante! Ele teria motivos de sobra para fazer isso! Imagine se o vice diretor tivesse conseguido converter o diretor!

– Mas ele não conseguiu!

– Por sorte!

– E daí? - ele perguntou.

– E daí?! - eu levei minha mão a testa. - você quer ser expulso do colégio?

– Não.

Contei mentalmente até 10. Ele não poderia ser meu irmão. Não poderia. Eu sou adotada.

– Idiota. Idiota. Idiota. - resmunguei entre dentes.

– O que está acontecendo aqui? - Bobby estava andando até nós junto com Lily e Scott (que não estavam perto um do outro).

Jackson levantou a cabeça e levantou uma sobrancelha para mim. A única amiga minha que ele conheceu havia sido Lily... Ele tinha o direto de ficar confuso.

– Hey, Lys! - meu irmão abraçou Lily.

– Hey, Jack! - ela o abraçou de volta. - o que você aprontou?

– Tachinha na cadeira da professora de matemática. - falei ainda emburrada.

– Clássico. - Bobby falou.

Eu torci o nariz para ele.

– Não fique assim. - Bobby chegou mais perto de mim e me abraçou. - eu já fiz muitas coisas assim e você não se incomoda.

– Porque não me chamam quando você faz essas coisas. - resmunguei.

– Por que vocês não procuram uma cama? - Jackson perguntou.

Eu me soltei de Bobby, deixando apenas nossas mãos entrelaçadas.

– Por que você não vai atrás de Penélope? - perguntei com um sorriso safado.

– Cala a boca. - ele resmungou com as bochechas vermelhas.

– Quem é Penélope? - Lily perguntou com um sorrisinho safado.

– A namorada dele. - respondi.

– Ela não é minha namorada. - ele resmungou emburrado.

– Que fofo. -Lily falou encantada.

– Cala a boca. - as bochechas dele pareciam dois tomates muito vermelhos. - eu já vou.

Ele se virou e começou a andar na direção da sua sala.

– Espera! - falei.

Jackson se virou ainda emburrado.

– O que foi? - ele perguntou.

– Eu quero um abraço. - falei.

– Você tem um namorado. - ele olhou para Bobby com uma sobrancelha levantada. - use ele.

– Vamos. - falei, minha mão soltando a de Bobby. - por favor.

Ele se aproximou e me abraçou quase estraçalhando minha coluna.

– Feliz? - ele perguntou em meu ouvido. Como um garoto de 14 anos poderia ser da minha altura?

– Sim. - falei. - me empresta seu casaco? - perguntei.

– Ta. - ele falou.

Jackson enfiou a mão dentro da bolsa e puxou o casaco, jogando-o para mim em seguida. - Até mais. - falei enquanto botava o casaco.

– Até.

* * *

As salas dos nonos anos eram sempre lotadas de garotinhas de 14 anos usando saias curtas e quilos de maquiagem. Parecia uma regra a ser seguida pelas garotas.

Entrei na sala dele e encontrei seus amiguinhos conversando.

– Iam! Jamie! - chamei quando cheguei perto deles. - onde Jackson está?

Iam, um menino de cabelos loiros bagunçados e mal cuidados, ficou nervoso ao me ver.

– N-não sei. - gaguejou. - não faço a mínima ideia.

Ele nunca ficava nervoso perto de mim, a não ser... Quando está mentindo com Jackson. O que eles estão aprontando?

– Não sabe? - perguntei.

– N-não. - ele gaguejou novamente.

Olhei para Jamie, que parecia ter os olhinhos verdes por baixo dos óculos vidrados em mim.

– E você, Jamie? - perguntei. - também não sabe?

– E-e-eu... - meu irmão precisava de amigos mais parecidos com ele.

– Então? - perguntei.

– Ele está na escada do lado do banheiro masculino do segundo andar. Aquele que todos dizem que encontraram dois caras se beijando. - a voz de Jamie saiu rápida e apressada.

– Obrigada. - agradeci.

Saí da sala a raiva já começando a transparecer. O que ele havia feito dessa vez? Que porcaria de brincadeira ele estaria tramando?

Subi as escadas de supetão, parando apenas quando só faltava um lance de escadas. Jackson estava parado em pé com... Bobby?!

Ambos estavam em pé, sérios.

– Eu não quero que ela se machuque. - meu irmão falou.

Me escondi atrás da parede que dividia as escadas.

– Eu também não quero. - Bobby falou. - eu nunca a machucaria. Nunca.

– Summer pode não parecer, mas é uma garota sensível. - eles estavam falando de mim? - ela se machuca facilmente. Já vi ela chorar porque nosso cachorro teve pulga. Eu não quero ver minha irmã chorando.

– Você acha que eu quero?

– Você tem uma das maiores famas do colégio de deixar garotas chorando pelos canto. - ele tinha raiva na voz. - Eu não quero que Summer seja mais uma delas.

– Ela não vai ser. - Bobby falou. - Nunca seria.

– Como pode ter tanta certeza? - ele perguntou cético.

– Eu nunca me senti assim por nenhuma garota, nenhuma. Eu sou apaixonada por Summer. Eu penso nela a cada hora, a cada minuto, a cada segundo. É como se eu me apaixonasse pela primeira vez.

– Você nunca se apaixonou? - Jackson perguntou.

– Que eu me lembre não. Ela é a primeira. - ele admitiu. - nunca senti isso por nenhuma garota.

Meu irmão riu, não de um jeito irônico, um jeito quase feliz.

– Você tem má sorte gigante. Minha irmã não é uma garota fácil.

– Eu sei. - Bobby sorria. - eu sempre soube.

Pude vê-lo olhar para onde eu estava com o canto do olho, um sorriso cúmplice nos lábios.

– Eu tenho que ir. - Jackson falou. - boa sorte.

Meu irmãozinho saiu andando pelo corredor em busca de sua sala. Bobby seguiu diretamente para onde eu estava, um sorriso fixo nos lábios e os braços cruzados na frente do peito coberto pelo casaco.

– Ouvir a conversa dos outros é feio, sabia?

– Por incrível que pareça.

Ele chegou bem pertinho e passou os braços pela minha cintura, formando um abraço bem apertado.

Minhas bochechas coraram levemente.

– É bom ver que você ainda fica vermelhinha quando eu fico perto. - ele murmurou no meu ouvido.

– Tudo aquilo que você falou foi verdade? - perguntei baixinho.

– Todas as palavras. Você é a primeira pessoa que eu me apaixonei em toda a minha vida.

Enfiei minha cabeça em seu peito.

– Você é um bobo. - murmurei.

– Bobo. - ele repitiu. - gosto disso.

– Gosta?

– Gosto. Eu serei seu Bobo e você a minha Bela. O que você acha?

– Perfeito.

Nos desprendemos um do outro alguns minutos depois.

Eu tinha que procurar Lily e Bobby tinha que procurar Scott.

Nós passamos pelo refeitório olhando para todos os cantos. Até que eu vi. Lily estava escorada em uma das pilastras do refeitório, observando algo que parecia a prender. Eu e Bobby nos aproximamos dela e talvez tenhamos ficado mais chocados que a própria Lily.

Diante da gente estava Scott se agarrando a uma garota loira em uma parede. As mãos dele passando por seus quadris e cintura com força e as dela bagunçando o cabelo dele.

Eu olhei assustada para Lily, que deixava lágrimas escorrerem por suas bochechas.

Nesse momento eu percebi.

Lily amava Scott.


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Notas finais do capítulo

Bye bye



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