Sherlock Holmes e a Expedição Perdida escrita por Carol Stark


Capítulo 1
Viagem ao Brasil


Notas iniciais do capítulo

Olá novamente, minhas lindas e lindos leitores!! Estou de volta [e hiper feliz] com a SEGUNDA TEMPORADA de Sherlock Holmes e mais mistérios e aventuras à vista! Deliciem-se e divulguem! :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/585439/chapter/1

Um ano inteiro se passou desde que tudo havia sido resolvido: O sumiço da caixa espanhola fora desvendado e Rita Valdéz dera o fim desejado e justo para tal. {http://fanfiction.com.br/historia/367786/Sherlock_Holmes_e_o_Sumico_da_Caixa_Espanhola/} E o casamento... Bem, isto vocês já sabem no que deu. O detetive e a espanhola viviam felizes assim e resolveram dentro de um ano, guardar umas economias e solucionar mais alguns casos. Devo pontuar que pequenos casos, e agora é chegada a hora da tão esperada viagem.

América, finalmente. Este é o novo destino do detetive. Umas férias em um país tropical como o Brasil lhes fariam muito bem; e a sua bela amada estava ansiosa e feliz com a ideia desde que Watson a sugeriu há um ano momentos antes do vitorioso brinde de comemoração.

Estavam agora os três, John Watson, Sherlock Holmes e Rita Valdéz, a bordo do navio Rio Stair rumo ao Brasil. E vocês devem estar se perguntando:

“Mas e a Mary, esposa do doutor Watson? Não vai junto com o marido aproveitar o passeio?”

E devo esclarecer que não. Ela não está a bordo. Seu pai adoeceu no verão, e precisa estar sob os seus cuidados. Porém, felizmente, não é nada grave. Watson o examinou e medicou deixando-o mais tranquilo e sob a atenção de sua amada esposa.

Estamos nos primórdios de 1919, ou melhor, primórdios de um século, o século XX! E tanto o detetive, quanto o doutor e a espanhola amaram a escolha deste momento para a viagem de férias, pois assim ela seria lembrada e relembrada como um ótimo período divisor de águas em suas vidas depois de tantas aventuras e perigos. Este é um século cheio de mais desenvolvimentos, marcos e conquistas na história de vários países; e o Brasil não ficava para trás. Assim, o trio chegava ao continente americano, mais especificamente, ao ensolarado país tropical.

– Temos que nos planejar bem, Holmes, neste período de descanso para não desperdiçarmos nenhuma maravilha destas terras!

– Não se preocupe com isso meu caro. Vejo que já estás bastante ansioso! – Sherlock respondeu à Watson com um profundo suspiro satisfeito.

Ele ajudava Rita, como de costume muito bem vestida e atraente, a desembarcar.

– Vamos querida. Eu levo suas bagagens. – Sherlock falou tornando suas palavras, ações.

– Gracias. Ahora vamos nos hospedar... Dónde mismo, Sherlock?

– Oh, claro! – Holmes bateu com uma mão ma testa – Vamos para um simpático povoado que fica entre a cidade e as matas.

– Sherlock! – Rita exclamou olhando-o enviesado.

– Holmes, não há nenhum lugar mais... Próximo do centro da cidade?... – Watson questionou.

– Ah! – Holmes respirou fundo com um leve sorriso – Nada melhor do que o contato com a natureza por um tempo! E ainda assim, ficaremos a quarenta minutos da cidade! – O detetive parecia ser o único satisfeito.

– Quarenta minutos?! – Watson e Rita exclamaram em uníssono.

– Mi amor, nós siempre vivimos no centro de una ciudad y agora demoraremos todo este tiempo para chegar à una?! – Rita achava este um tempo demasiado. Ela que era tão acostumada com os coches, lojas, restaurantes, seu hotel tão luxuoso e todos os mimos da cidade, via-se um pouco insatisfeita com o local escolhido por Sherlock.

– Querida, estamos na Amazônia! Na capital da Amazônia! Este povo pelo que vejo é bastante hospitaleiro e toda a Floresta que cerca este lugar é esplêndida! Há muita coisa aqui para explorarmos, aproveitarmos; e a hospedaria que escolhi é completamente agradável.

Watson murmurou algo inaudível e ininteligível já imaginando as atividades que o detetive pretendia realizar.

Após terem desembarcado em terra firme, pegaram um curioso transporte ainda não tão comum em Londres: um bonde, carro elétrico mais aberto que um coche que percorre seus caminhos sobre trilhos, e seguiram para a hospedaria escolhida antecipadamente pelo detetive. Rita se distraiu e se divertiu com o transporte enquanto Sherlock a observava entre sorrisos e afagos e Watson ficara admirado com o modo com que aquele simples e eficiente transporte fora construído.

Uma hora e alguns minutos depois, após terem passado por toda a cidade de bonde, admirando cada trecho e paisagem, chegaram ao seu destino que ficava um tanto afastado do alvoroço das pessoas, coches e bondes do centro da capital e, descendo do transporte, andavam os quarenta minutos até a Hospedaria Guaraci, que significa “sol”, “verão” em Tupi-Guarani, a língua do conhecimento de muitos dos nativos da região.

O sol estava escaldante já ao meio dia inundando o céu límpido, de um azul aberto e firme, e o vento soprava morno em um abafado sussurro que os sugeria e instigava à água. Toda a paisagem verde nas suas mais variadas tonalidades predominava e dançava suave ao sopro do vento quente. Ao se aproximarem aos poucos da agora, tão almejada hospedaria, avistaram um lindo lago como nunca haviam visto antes: tudo naquela terra parecia mais vivo e radiante. As águas do lago cintilavam aos raios do sol e contornavam calmas as pedras submersas. Era de um verde cintilante e belo. O trio, apesar da exaustão e sede, admirava com os olhos brilhantes, assim como as águas do lago, todo aquele quadro natural esplendidamente esculpido.

Apenas neste pedaço de terra, ainda no início da viajem, eles sentiam como se tivessem encontrado o paraíso.

“Toda esta beleza não pode ser destruída. Nunca!” – Pensava Sherlock enquanto caminhava.

Entretanto, diante de um clima tão distinto do que eles estavam acostumados, era inevitável não secar o suor do rosto e assim, Rita sentia-se levemente mal. O vestido e o espartilho passaram a pesar-lhe no corpo e o ar parecia mais difícil de respirar. Ela sentia que ficava tonta e o calor agora lhe era insuportável. Cambaleou uma vez sendo logo amparada por Sherlock Holmes.

– Não prefere parar um pouco?... – Watson inquiriu vendo que a espanhola tão acostumada ao frio de Londres, não se adaptara de imediato ao novo clima.

– No. Podemos continuar.

Seguiram o caminho, mesmo apreensivos por Rita, ainda tranquilos diante daquele ambiente. Até que se passaram vinte minutos desde que começaram a caminhada e tanto Watson quando Holmes, pensaram que a espanhola já estava melhor.

Porém Rita não mais conseguiu suportar, e a tontura transbordou sua cabeça e sentindo que perdia os sentidos, tudo era turvo e ainda tentando resistir, sem sucesso, desmaiou (...).


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acontecerá quando chegarem à hospedaria? Nos vemos nos comentários, hein, e próxima semana tem MAIS! Beijos de CaroL ~