A Comissão Chapeleira: Devaneios Sem Sorriso escrita por Leo Chase BrE


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Parabéns Milena!
Para começar, eu estive pesando em uma fic assim faz pouco tempo. Eu li Suicidas do Raphael Montes e fiquei atônito e apaixonado por Romance Policial. E depois eu terminei de ver Once Upon a Time, fiquei apaixonado pelo jeito que o enredo é exposto ao telespectador. Agora é a minha vez. Por que não uma fic onde o final é surpreendente, enquanto eu intercalo o passado com o presente?



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Nem tudo é o que parece ser - Será?

— Eu não consigo respirar!

Pequenas faíscas, logo a espessa e sombria fumaça, muita fumaça. Sim, o seu produto final está pronto. Pronto! O mais belo, o mais brilhante, o mais apaixonante, porém também, o mais matador e impiedoso está pronto para o seu terrível papel. Calor. Está muito quente! Essas árvores, essa mata, essa fauna não vão durar. Em menos de um quarto de hora, famílias e famílias estarão se entregando a uma das mais temíveis mortes. Cobiça! Cobiça! Cobiça! Ambição! Esses sempre sepultando pobres vidas e agora incinerando cada presença preciosa dessa grandiosa floresta.

— Eu não consigo respirar!

Uivos! Choros! Gritos! Não gritos humanos, geralmente carregados de rancor, hipocrisia e veneno. Gritos animais! Animais indefesos, vendo suas casas se desfazerem ligeiramente, mas não só suas casas, suas vidas. Asinhas, penas, bracinhos, pelos, sentenciados pelo fogo. Mais gritos! Protestos vegetais! Pelo visto as plantinhas, as belas e íntegras, não permaneceram caladas. Contudo, nada adiantou, afinal de contas, o que as pobrezinhas poderiam fazer fincadas no solo? Raízes e folhas desintegradas sendo levadas pelo vento poluído. Breu total.

— UUAAAA UA UAAAAAAAAAAAAAAA!

Assustado com o guinchar de um macaco desamparado, Beni acordou, conseguindo respirar. De súbito sentou na cama do seu quarto no dormitório da Korkovado, cortando os laços com o sono profundo.

Não parava de escorrer suor de sua testa negra, boca aberta, olhos arregalados. Ao dar-se conta que não era mais do que um pesadelo insolente se acalmou. Já não fora o único, a série de pesadelos se sucedeu pela semana. Angustiante. Sufocante. Paralisante.

Olhou para o seu quarto. Procurava alguma coisa. Ao lado da escrivaninha, uma lixeira transbordava de tantos papéis amassados socados dentro dela. Um armário com a porta entreaberta. Ainda com as imagens horríveis dos animais padecendo na brasa, encontrou a única coisa que poderia lhe trazer real serenidade: um mapinguari de pelúcia, presente de Viny Y-Piranga.

— Você é o único que pode me salvar — Sussurrou Beni com uma voz infantil —, Super Mapinguari! Brummm… — Fez um movimento com o boneco, como se o bicho folclórico estivesse sobrevoando o quarto e que logo veio em encontro com o seu controlador, o cidadão em perigo, para um grande abraço. Seu dia, noite agora, estava salvo.


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Notas finais do capítulo

Rápido, né?! Logo logo tem mais ;) Acompanhe e deixe um comentário :P