Minha felicidade? Não durou muito, acabou assim que cruzei a porta de casa

–Ai meu Deus, Nathalia, você ta bem? onde estava? Alguém te sequestrou? Eles te machucaram?- minha mãe me encheu de perguntas

–não mãe, eu estava na casa do Maxi- eu disse

–achei que tivesse te posto de castigo- ela disse

–e colocou, mas eu sai- eu disse

– oque está acontecendo com você Nathalia? Você nunca foi assim, é a primeira vez que te coloco de castigo e você ainda foge- ela disse

–eu fugi mãe, fugi porque não achei justo eu ter ficado de castigo, fugi porque eu senti que naquele momento, só o Maxi podia me acalmar, eu estava com raiva, muita raiva- eu disse

–Não interessa, oque você fez me deu motivos pra te por de castigos- ela disse

–oque eu fiz?- eu disse meio sarcástica

–me respondeu, questionou minha autoridade de mãe, sou eu que mando em você não ao contrario, deveria ter me obedecido quando eu disse que aquele não era o momento- ela disse

–é, tem razão, eu sou a culpada, eu sempre sou a culpada- eu disse, ou melhor, gritei

–Nathalia, baixa o tom de voz, eu sou sua mãe... vai pro quarto- ela disse

–eu vou mesmo, até porque eu tenho que arrumar as coisas pra ir na casa das garotas mais tarde- eu disse

–e quem disse que você vai?- perguntou

–eu- disse subindo

–Nathalia volta aqui- ela disse

–você ainda não entendeu que não pode me por de castigo? Eu não sei se você sabe mas já tenho 18, eu faço oque eu quiser com a minha vida- eu disse

–então vai, vai com as garotas, mas eu só te digo uma coisa...VOCÊ VAI PRA CASA DO GERMAN COMIGO SIM, OU... EU TE PROIBO DE VER TODO MUNDO INCLUINDO O MAXI- ela disse

– eu já disse que você não pode fazer isso- ela disse

–posso, acima de tudo, eu sou a sua mãe e você mora debaixo do meu teto, então sim, eu ainda mando em você –ela disse

–tanto faz- respondi indo em direção ao meu quarto e fechando a porta com toda força possível

Arrumei minhas coisas, já chorando, para ir dormir na casa da Vilu, eu combinei essa festa do pijama com elas na noite em que eu e Ludmila passamos juntas, chamei a Ludmi também para elas se entenderem.

Arrumei tudo e desci

–tchau- minha mãe disse, mas eu nem respondi, apenas sai

Fiquei ali na frente esperando o Damon e a Ludmi chegarem e não demorou muito para eu ver uma linda Ferrari cruzar a esquina

–oi Naty, sua mãe já chegou do trabalho?- perguntou Damon saindo do carro

–já sim, ela está lá dentro- eu disse

De repente ele me abraça

–olha querida, eu vou entender se não quiser se mudar, eu entendo que foi aqui que você cresceu e todas as suas lembraças estão aqui, mas pensa pelo lado bom, lá você vai poder fazer novas lembranças, é como começar uma nova vida, e eu te prometo que se depender de mim, essa sua nova vida, será melhor que a antiga- tentei com todas as minha forças segurar o choro, mas não consegui muito então eu o abraçei e agradeci pelas palavras e esperei ele entrar dentro de casa

–Naty, tudo bem se você não quiser ir hoje, eu fic aqui com você, ou se você preferir, eu posso ir embora- Ludmila disse se aproximando

–não, ta tudo bem, vamos?- eu perguntei enquanto secava as lagrimas

–tem certeza que está tudo bem?- respondi que sim com a cabeça mas logo comecei a chorar de novo, e então Ludmila me abraçou

–vai ficar tudo bem- ela disse em meu ouvido enquanto ainda me abraçava

–vamos?- eu disse saindo do abraço e dando um sorriso pra ela

–vamos- ela disse sorrindo de volta

O caminho inteiro Ludmila ficou falando sobre o quanto estava ansiosa, nervosa e com medo ao mesmo tempo, oque me arrancou umas boas risadas. O caminho não era muito longo e em menos de 10 minutos chegamos na casa de Vilu e então eu toco a campainha

–ah, Naty, que bom que você chegou, entra... e você é?- disse o pai da vilu quando abriu a porta

–sou a supe...Ludmila- ela ia dizer super nova mas eu cutuquei ela e graças a Deus ela percebeu

–prazer, German- ele disse esticando a mão-entrem, o pessoal está lá em cima

Pessoal?

Agradecemos e entramos, subimos até o quarto da vilu e decidimos bater na porta

–ta aberta- ouvimos lá de dentro e então entramos e fiquei surpresa quando vimos todo pessoal reunido, inclundo um garoto novo ao lado da Fran, deve ser o namorado.

Eu entrei primeiro e Ludmila ficou atrás da porta acho que com medo, mencionei que ninguém sabia que ela vinha? Porque ninguém sabia

–ah, oi sumida, quanto tempo né?- disse Vilu se levantando

–é, nos atrasamos um pouco mas o importante é que estamos aqui- eu disse

–ta louca? Porque ta falando no plural?- ela disse e então olhei para trás e percebi que Ludmila não estava lá

–é.. só um minuto- disse saindo do quarto

–Ludmila, porque não entrou?- eu perguntei quando vi ela sentada na escada

– eu estou com medo Naty- ela disse cabisbaixa

–para com isso Ludmi, você é uma super nova, não tem medo de nada- eu disse tentando anima-la

–não, eu sou só a Ludmila e o Diego ta lá, eu to com medo Naty- ela disse quase chorando

–vem- eu disse me levantando e esticando a mão- eu te protejo, maninha

Ela sorriu e segurou minha mão

–agora sim, nós chegamos- eu disse e então puxei a Ludmila para dentro do quarto, oque deixou todo mundo, menos Maxi, com uma cara meio que de espanto

–oque ela está fazendo aqui?- perguntou Vilu

–eu trouxe ela- respondi

–Naty, você bateu a cabeça numa pedra?- fran perguntou

–não ela não bateu- disse Maxi se levantando e vindo em minha direção- oi- ele disse me dando um selinho- venham, vocês podem sentar do meu lado

Ludmila, que até então não tinha falado nada, agradeceu

–então, que tal jogarmos verdade ou consequência?- sugeriu Fran

–antes disso, Fran, você não tem que me apresentar alguém? – perguntei

–ah, claro, Naty, esse é o Marco... meu namorado, marco essa é a Naty- ela nos apresentou

–prazer naty- ele disse

–prazer- respondi

A porta é aberta e eu fico chocada ao ver quem entra...