Eu mudei, Fumito escrita por Allegra


Capítulo 1
A aposta


Notas iniciais do capítulo

Então, one-shots estão virando a minha paixão! Eu terminei o anime semana passada e pensei em um final bem diferente, menos trágico, talvez. Eu sei que é bem diferente do final do filma, mas espero que gostem e se divirtam (além de ser bem improvável).



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O vento beijou os cabelos loiros de Fumito Nanahara. A sua cadeira de rodas, na cobertura do hospital reluzia à luz do sol. “Está quase recuperado”, dizem os médicos á ele, mas mal sabem que seu coração se dilacerava por dentro.

Três centímetros, só três centímetros foram o suficiente para que Saya não acertasse em cheio seu coração, com a katana que ele mesmo começou a enfiar no peito. E depois vinte horas na mesa de operação.

Não tinha conseguido, libertar nada. Nem Saya de sua maldição, nem ele mesmo de seu fascínio por ela, por seu sangue, por sua personalidade, por sua frieza.

Pensava nela, é claro que estaria bem; pois se curava mais rápido do que respirava, pois era mais forte que o mais forte dos homens, mais rápida que um raio ou relâmpago e aparentemente indestrutível. Mas se preocupava, por simplesmente não conseguir parar.

E o pior: ela viria. Sabia que viria, pois ela não era do tipo de deixar um assunto mal resolvido.

Como na aposta: um prêmio para o vencedor e um castigo para o perdedor.

[...]

Deitado na cama, recebendo soro e sangue, o jovem loiro estava perto de dormir quando ouviu a janela se quebrar, e a garota de cabelos negros, pele mais branca que as nuvens e os olhos escuros encobertos pelo luar. Os cabelos, tipicamente presos e enormes, estavam curtos, na altura dos ombros. Vestia um vestido negro longo, com sapatilhas escuras.

– Fumito... – começou, seu tom era sério, nada doce.

Ele deu uma risada baixa e se sentou na cama. – Está diferente, Saya. – cumprimentou. – Preferia seus cabelos longos. –

Ela não mostrou reação ao comentário e prosseguiu. - Um prêmio para o vencedor, e um castigo para o perdedor, não era esse o nosso acordo? Você apostou que eu mudaria que começaria a me importar com os humanos. Eu apostei que nunca iria mudar. –

– E ganhou, você não mudou. – completou o loiro. – Continua a mesma de sempre. –

A garota foi até o lado da cama, se inclinou sobre Fumito e, sem olhar em seus olhos, socou a parede ao lado de sua cabeça, fazendo um buraco. – Você está errado, eu mudei. – sua voz soou doce, como quando cantava durante a experiência. – Eu chorei a morte do meu “Pai”, senti raiva quando soube que fui enganada, fiquei feliz em proteger Mana Hiigari, fiz amigos e aprendi a gostar deles. – por um segundo, uma lágrima desceu como uma bola de neve em uma avalanche por seu rosto. – Protejo os humanos, e mato “Os Antigos”, pois não quero que as pessoas queridas para mim morram. - agora, as lágrimas à mostra eram tão notáveis quanto os leves soluços. – Me senti triste quando pensei que você tinha morrido. Senti-me sozinha, Fumito. –

Ela passou os braços por suas costas, e a observou se render ao abraço. – O que faremos agora? –

– Terá o seu prêmio. – respondeu. – E o seu castigo será estar comigo, pelo tempo que minha vida durar. Você não fará mais “Antigos”, não com mais vidas humanas, não com meu sangue. Ficarei com você, até que minha existência não faça sentido e eu vá descansar, talvez em paz. –

– Mas... – ele tentou protestar e ela o olhou firme. – Se todos eles se forem, você também irá, não vai haver comida para você. –

– Então aproveite seu tempo comigo. -

Fumito sorriu e selou os lábios de Saya, dessa vez sem a espada entre eles.


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Notas finais do capítulo

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