Strauss escrita por Getaway6738


Capítulo 1
Capítulo 1 - Simon, O Gato


Notas iniciais do capítulo

Essa vai ser uma dual shot curtinha, por que eu simplesmente AMEI de verdade escrever essa história. Eu escrevi sorrindo, pela primeira vez em anos, então estou realmente apaixonado por esse pequeno rascunho que virou fic. Espero que vocês gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever (ps: eu gostei MUITÃO uashhsauashuas).
PLAYLIST:
Nome: The Blue Umbrella Soundtrack
Link: https://www.youtube.com/watch?v=RncvCSS1lL4



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Roy

Chove lá fora. Uma chuva irritantemente frequente, daquelas que só param depois de cinco dias molhando tudo e todos. Resultado? Estou em casa, fazendo um trabalho que é para amanhã.

Que tipo de professor assassino passa um trabalho para a segunda semana de aulas? Eu tenho que escrever, mas estou sem a mínima criatividade e não posso roubar nada da Wikipédia. Bom, tenho que tentar assim mesmo, então nada de preguiça. Computador aberto, Word pronto, folha A4 perfeitamente milimetrada e ajustada, fonte preferida no tamanho preferido, luminosidade da tela no nível ideal.

Começo a escrever:

“A vida e obra de Richard Strauss.”

O gato subiu na minha mesa de novo.

– Sai daqui, Simon... Eu estou tentando escrever – empurro-o de volta ao chão, mas ele sobe de novo na mesa e mia, ficando em cima do meu teclado, e dos meus dedos.

– Simon... – bufo tirando as mãos de baixo dele – Você quer comida, não é?

Recebo outro miado em seguida. Deve ser isso, eu devo ter me esquecido de dar comida para ele. Levanto-me e ando até a cozinha com Simon atrás de mim. Encho o potinho de comida e o de água, volto para a mesa, sento na cadeira, estralo as juntas dos dedos... Ok. Tenho que escrever. Acho que esse título não está muito bom. Hm... Vou começar de novo.

“Como Richard virou Strauss”.

– Simon! – grito. Ele subiu na mesa de novo e agora está na frente do monitor, me impedindo de ver qualquer coisa – O que você quer dessa vez?

Outro miado.

– Quer que eu abra a janela? – silêncio – A porta? – mais silêncio – O que você quer? Eu estou tentando trabalhar aqui, sabia?

O empurro ao chão e percebo que esse título... Também não está bom. Apago tudo.

“Richard Strauss – Uma vida, uma história, um mundo”.

Ele volta para a mesa e eu reviro os olhos, o fitando como se ele tivesse acabado de esfaquear a minha mãe. Recebo um miado em resposta, e o grande gato cinza e branco anda imponentemente até o meu teclado, se deitando novamente nele e em minhas mãos. Ao menos, não fiquei sem resposta.

– Simon... – bufo novamente e o empurro de novo para fora da mesa – Sai daqui, vai... Por favor.

Ele cai no chão, e sem ao menos hesitar volta para a superfície de madeira clara, cheia de papeis aqui e acolá.

Agora quem precisa de comida sou eu. Saio da cadeira e vou para a cozinha. Geladeira aberta, itens pegos, cafeteira ligada, sanduíche de geléia com pasta de amendoim feito e cortado, refrigerante no copo. Volto para o quarto e Simon está na minha cadeira.

DE NOVO.

– Simon, seu gato inútil, sai dai – falo, e ele se limita a se ajeitar melhor no assento da minha cadeira.

Coloco todas as coisas na mesa e começo a andar sem rumo pelo quarto. Eu preciso tirar esse gato daqui ou vou acabar comprando algum explosivo.

Plano A.

– Simon... Você quer catnip? – o chamo, segurando o saquinho com a erva. A alguns metros da bola de pelos mais irritante da face da terra – vamos, você adora essa coisa!

Ele nem me escuta.

– Fala sério, não é tão ruim assim – a cheiro e franzo o nariz – Tá. Isso realmente não cheira nada bem.

Plano B.

– Você quer brincar? – mexo a pequena vareta com um pássaro cheio de peninhas na ponta – olha o que eu tenho aqui para você...

Ele me olha, e volta a dormir.

– É divertido, vem aqui! – começo a brincar com a vareta. Até que ela é bem interessante.

Plano C.

– É hora do banho! – grito pela casa, pegando um balde cheio d’agua e ameaçando jogar nele – ou você sai, ou eu te encharco.

Simon mia, se levanta da cadeira, sobe na mesa, e deita em cima do meu teclado. Ele sabe que não vou jogar água se ficar ali.

– Eu acho que preciso de um banho – resmungo, tentando não amarrar TNT ao bichano e explodir tudo – um longo banho.

Olho-me no espelho, tentando não notar meu cabelo marrom extremamente grande e bagunçado e minha cara de “fui atropelado por um monster truck... Três vezes”. Banho tomado e roupas limpas vestidas.

Volto para o escritório e ele está em cima da mesa, longe o suficiente do teclado para que eu consiga produzir alguma coisa. Sento, estico as mãos e começo a escrever. Esse titulo me incomoda tanto! Mudo de novo.

“Richard Strauss – Em busca da melodia perfeita” - Simon volta a sentar no teclado. Ele está fazendo isso de propósito, só pode!

– Simon! – grito – Sai daqui agora!

Nem um movimento.

– Argh! Eu cansei! – me levanto impaciente da cadeira – vou dar uma volta!

Pego minhas chaves, as encaixo na fechadura e abro a porta. Quando olho para o chão... Lá está ele.

– Você quer ir comigo? - não posso deixar de sorrir com a situação.

Ele mia em resposta.

– Tudo bem, tudo bem – afirmo deixando-o passar pela porta e a trancando em seguida – nunca conheci um gato que gostasse tanto de sair de casa, sabia?

Quando olho novamente para o chão, ele sumiu.

– Simon? Onde está você? – o chamo, mas ele sumiu. É aí que vejo a porta das escadas aberta, ele deve ter passado por lá.

Corro. Corro muito. Desço as escadas o mais rápido que posso e não encontro nada. Ele deve estar em algum andar de cima.

– SIMON! – grito novamente, escutando um miado e o barulho de passos na escada – Simon, é você?

Subo os degraus o mais rápido que meu corpo consegue. Outro miado. Estou chegando perto...

– Simon! – berro.

– Você é o dono do gato? – escuto uma doce voz desconhecida. Tão doce quanto qualquer voz que possa já ter escutado em toda a minha vida.

– Sou – falo em resposta, parando de subir para conseguir ouvir o que a outra pessoa tem a dizer.

– Eu estou segurando ele, não precisa correr, eu espero por você – afirma.

Volto a subir as escadas, com um sorriso no rosto. Eu não perdi aquela bola de pelos, ainda bem. Eu subo, subo, e subo mais um pouco. Quem mandou morar no terceiro andar de um prédio com quatorze andares e ser tão sedentário assim?

Estou no décimo terceiro andar, e estou praticamente morto. Subo ofegantemente mais dois lances de escadas e lá está ele.

Para quem tem curiosidade, esse é o Roy:


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Notas finais do capítulo

Então! Curtiu? Favorite, comente e se possível recomende que você vai estar me ajudando pra caramba. Eu respondo todos os comentários, então não seja tímida(o) e me escreva alguma coisa :D
Quer sua musica aqui na fic? Mande ela pelos comentários que eu posto aqui :DDD



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