Se Eu Pudesse Voltar escrita por keell


Capítulo 3
Mais um dia de trabalho


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer as pessoas que estão seguindo minha historia e tem me ajudado me dando dicas através dos reviews.
Espero que eu esteja evoluindo e agradando cada vez mais.
Estou torcendo para que este capítulo agradem a todos e que dê vontade de continuar lendo.
Então vamos ao cap (MAIS UM DIA DE TRABALHO).
Boa leitura a todos.



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Sabe quando parece que você nem fechou os olhos pra dormir mas já está na hora de acordar? Foi essa a sensação que eu tive ao ouvir o despertador as seis e quinze da manhã seguinte. Abri os olhos, sentei-me na cama e fiz a minha oração. Arrumei minha cama direitinho, pois minha mãe odiava quando eu saia de casa sem fazer isso, abri a porta do quarto devagar, todos ainda dormiam, fui em direção ao banheiro e tomei um banho, todas as manhãs eu preciso de um banho para que eu termine de acordar.

Ao sair do banheiro, vi que minha mãe já estava na cozinha preparando o café, como ela tem costume de fazer.

_ Bom dia meu filho, como passou a noite? – ela me perguntou levando a garrafa de café para a mesa.

_ Bem obrigado. – sempre respondo assim quando eu não estou bem, acho que é por não querer falar sobre o que está acontecendo comigo no momento – e meu pai já se levantou?

_ Seu pai pediu que eu o chamasse as sete horas, vamos viajar hoje você já sabe não é?

_ Sim eu sei.

Nossa que sonho, meus pais vão viajar e me deixar sozinho, tanto tempo isso não acontecia. Enfim eu terminei de tomar meu café, desejei uma ótima viajem a eles, disse para dar um forte abraço em meu pai, e saí em direção ao trabalho. Sabe quando você está com a mente vazia, totalmente sem pensamentos e sem planos para o dia que pra você seria mais um normal como todos os outros? Era eu naquela hora, sem imaginar que de normal meu dia não teria nada.

_ Bom dia Cássio, como vai?  - disse Letícia, minha gerente, apertando minha mão e segurando uma xícara de café na outra.

_ Bom dia Dona Letícia! Eu estou bem.

Iniciei minha rotina como qualquer outro dia, organizei as roupas nas prateleiras, varri a loja, mas naquele dia eu estava mais calado, não falava nada, e meus companheiros de trabalho estranhara um pouco meu comportamento.

_ Você está bem Cássio? – questionou-me Bruno, ele trabalhava comigo e era a pessoa que eu mais confiava ali – estou te notando mais calado do que o normal hoje.

_ Ah cara eu estou meio pra baixo hoje... ontem eu tive uma pequena discussão com a Marcela e a gente ta meio mal um com o outro.

_ Poxa vida cara, se tiver alguma coisa que eu possa fazer.

_ Não, isso passa.

Passa mesmo, o que não parecia passar era o tempo aquele dia. Cada um tomou seu posto na loja e foram chegando os primeiros clientes. Uma mulher de cabelos longos, cacheados pretos veio a minha direção a procura de um vestido para ir a uma festa no fim de semana;

_ A senhorita tem algum modelo em mente?

A mulher soltou uma risada baixinha porém irônica e me respondeu:

_ Por favor, vamos parar com essa cordialidade, eu me chamo Karoline, pode me chamar pelo nome.

_ É que uma das regras da loja é tratar as pessoas com formalidades e eu só estava...

_ Tentando ser educado eu sei... – disse ela completando minha frase – olha, eu nunca comprei aqui nessa loja, mas sempre me indicaram ela. Vamos dar uma olhada nos vestidos? Não tenho preferência de cor nem modelo, vou querer ver todos, posso me sentar ali e esperar que traga alguns para eu analisar?

Seria muito mais fácil se ela quisesse um vestido rosa curto, ou um lilás que batesse ate no joelho, poderia falar que seria melhor ela me dizer a cor e o modelo pra ver se tinha, porque assim evitaria perder tempo procurando, mas eu simplesmente balancei a cabeça autorizando que fizesse o que me pediu e fui buscar os vestidos que tínhamos no estoque.

Formei uma pilha enorme em minhas mãos, tão grande que quase tampara toda a minha visão, foi quando se esbarraram em mim e todos os vestidos, sem exceção caíram pelo chão da loja. E eu mais que depressa me abaixei para organizá-los antes que Letícia percebesse o ocorrido.

_ Olha me desculpa eu estou procurando pela... É você?

Ao erguer minha cabeça notei que era Eduardo, fiquei impressionado como ele realmente queria aquele emprego, e mais ainda por ter se lembrado de mim.

_ Veio falar com a Adriana? – eu perguntei isso para ter o que conversar com o rapaz que estava sem graça por ter derrubado.

_ Sim, você pode me levar até ela?

_ Não posso pois estou atendendo agora, mas a sala dela é no segundo piso, suba as escadas é a primeira a direita. Pode ir lá, e boa sorte.

_ Muito obrigado, depois te digo o que aconteceu lá.

Ele então subiu as escadas e nesse meio tempo eu atendi Karoline que viu todos os vestidos da loja mas não levou nenhum. Depois que ela saiu eu tive que voltar com todos os vestidos para o lugar deles.

Eduardo desceu as escadas e veio na minha direção.

_ Cara eu acho que vou conseguir o emprego! Eu conversei com a Adriana e...

_ Oh Cássio – chamou-me Bruno, interrompendo a fala de Eduardo, de cabeça baixa, com fichas de clientes nas mãos, vindo em minha direção – você não viu a ficha da Maria Antonia de...

Eduardo e Bruno se olharam, e eu tive a impressão de que eles já se conheciam, mas não tinha certeza,.

_ Maria Antonia de Oliveira? – completou Bruno.

_ Vi sim, eu estava somando ela a semana passada, não devo ter colocado no mesmo lugar, me da um tempo que te entrego.

_ Ok! – foi o que ele me disse antes de se virar e parar de encarar Eduardo, que devolvia os olhares.

_ Conversei com Adriana e ela me disse pra trazer meus documentos amanha bem cedo. – disse Eduardo com a expressão totalmente mudada, mais sério.

_ Que bom, fico feliz por você.

_ Agora tenho que correr atrás de algumas coisas, mas a noite você vai estar livre?

_ Vou direto pra casa. – eu respondi depressa pra dar a impressão que tinha algo importante a fazer.

_ Tudo bem, então nos vemos amanhã.

_ Ta certo! Tchau!

Eduardo se virou e foi embora parecendo procurar alguém, ou algo. Mas assim que ele saiu da loja Bruno veio me perguntar de onde eu o conhecia, pois tinha a impressão de conhecê-lo também mas não se lembrava de onde. Eu expliquei toda a situação e Bruno ficou estranho o resto do dia, como se estivesse preocupado com alguma coisa.

Na hora do almoço, fomos ao Prazer da Carne, o restaurante que temos o costume de ir todos os dias. Sempre íamos eu, Bruno, Adriana, Sabrina e Polly, só que naquele dia o Bruno não quis ir com a gente, e ao chegar no restaurante outra surpresa, encontrei Eduardo almoçando no mesmo lugar. Ele me convidou para sentar-me com ele, afinal ele estava sozinho, então eu fui.

_Nossa, você parece estar em todos os lugares ao mesmo tempo hein! – eu falei tentando parecer simpático, mas um pouco incomodado com aquilo. O fato é que Eduardo me chamava muito a atenção. Parece que o fato dele estar em todos os lugares que eu estava nesses dois dias estava me deixando um tanto quanto intrigado pra saber mais sobre ele.

_ Isso te incomoda? – ele me perguntou com um meio sorriso no rosto.

_ Não, de forma alguma, mas é um tanto estranho.

Nós ficamos ali conversando todo o meu horário de almoço, e Eduardo nem tocou no nome de Bruno, e nem parecia mais preocupado com alguma coisa. Ele me perguntou se existia algum lugar bom pra ir a noite. A cidade era grande e com certeza tinha barzinhos com violão e voz em plena segunda feira, então o indiquei a mais movimentada.

_ Vamos comigo? – disse ele me olhando com o mesmo meio sorriso.

_ Bom, eu vou pra casa e...

_ Ah que isso Cássio, você me disse que iria pra casa, então deduzi que não teria nada de importante pra fazer, por isso o convite, e eu também nem sei onde é, você poderia me levar, e a gente se diverte um pouco, conversa. Por favor!

Eu confesso que estava morrendo de vontade, e tinha muito tempo que não saia assim, sem me preocupar com nada.

_ Tudo bem, me passa seu endereço que eu te pego lá as 20:00 pode ser?

_ Sim, pode ser sim! – respondeu eufórico – Mas me passa seu telefone também caso você se perca ou não saiba chegar em minha casa.

Trocamos telefone, meu horário de almoço terminou e voltei a minha rotina normal de trabalho. Fiquei pensando sinceramente como seria minha noite em um bar com um cara “desconhecido”, mas que me chamava muito a atenção de tal forma que chegava a me incomodar. O fato é que eu não podia deixar transparecer isso pra nenhuma pessoa, nem pra ele próprio.

Terminou meu dia de trabalho, e fui pra casa rápido, tomei um banho e fiquei esperando a hora de sair. Estava um tanto ansioso, parecia que alguma coisa fora do normal iria acontecer ali, isso me atraía ainda mais. As 19:30 eu peguei meu carro, e fui ao encontro de Eduardo sem ter idéia do que aconteceria lá.


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Notas finais do capítulo

Continuem mandando reviews, isso me inspira e me faz ter mais vontade de continuar escrevendo. Dicas, críticas e sugestões continuam sendo sempre bem vindas.

Preparando o próximo capítulo ja! Obrigado.



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