What can I do? escrita por Revoltada


Capítulo 5
I Can Support


Notas iniciais do capítulo

OK, podem me bater hehe
Desculpa a demora meus grounders preferidos, mas acreditem que eu sou a noiva na quadrilha? haha com os ensaios não tive tempo.
Espero que gostem do capítulo! Esse foi o último que têm partes da série, por que agora será o que deus me incentivar haha.
Eu chorei escrevendo ele e lembrando dos últimos episodeos.
Queria a agradecer a Madu que tá sempre comentando e aos outros também!!
Boa Leituraa



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"— I try to be a good guy,

— Maybe there are no good guys!"

Estamos marchando em direção à MountWest, a estrada é árida, visto que estamos bem no meio da floresta para que não sejamos vistos. Meus pés doem devidos as bolhas que ganhei nesses últimos dias, já os calos nem fazem mais diferença. Lexa anda ao meu lado acompanhando meus passos, somos rodeadas por alguns soldados. Ao meu lado direito estão os soldados armados com armas e fogo, e ao lado esquerdo de Lexa estão os seus soldados com arcos e lanças.

“Você está cometendo um terrível erro!”

A frase dela fica indo e voltando pela minha cabeça, me martelando, me fazendo questionar minhas decisões. Não pode pensar assim Clarke, você salvou 300 pessoas! Tento inutilmente me conformar. Tudo sempre volta para me assombrar, como o meu pai morrendo. O pior é que sou igual a ela, mesmo as vezes isso se torna útil.

Sinto uma mão segurar a minha e instintivamente olho para baixo e depois para o lado. Octávia dá outro aperto e então com um sorriso simpático sussurra:

— Finalmente, vamos conseguir! Tudo vai dar certo, relaxa. — Ela se vira por um barulho qualquer e logo volta a olhar para mim — O Bel vai ficar bem, ele mandou notícias. Estão reunindo o pessoal, vão matá-los. Precisamos nos apressar!

Então como chegou ela sai, me deixando sozinha e tensa. Octávia ia com Indra, ela praticamente tinha aceito a menina como uma soldada sua. O mais perto que Indra chegaria de chamar alguém de “filha”.

Algum soldado da arca chega com um rádio na mão, ele me entrega apressadamente.

— Clarke... Clarke? Houve um problema, Bellamy conseguiu desligar o gás tóxico!

— Raven? Como assim isso é um problema?

— Pegaram ele, Clarke. Eu e o Wick estamos indo para represa agora, vamos contar a energia em vinte minutos. Estejam prontos...

O silêncio pairou no ar, meu coração se contorcia freneticamente. Igual quando o Finn estava para ser morto. Eu não podia perde o Bellamy, ele ee o segundo homem mais importante que me sobrou!

— Avise à todos que estamos indo mais rápido — Digo para Lexa, que ate então permanecia com o semblante vazio e sóbrio.

— Eu te disse, seu coração lhe atrapalha.

— Lexa a-v-i-s-e à todos — Dessa vez grito sem paciência. Ouço seus comandos e o seu povo começa a andar mais rápido, o meu só faz segui-los.

Chegamos. Parece tudo calmo, sem soldados. O portão incrustado na rocha está livre, chamo o cara que iria arma a bomba e começo a repassar o plano.

— Assim que a Raven der o sinal você terá 30 segundos para armar e acionar a bomba, entendeu?

— Sim senhora.

— Depois teremos cerca de 40 segundos para invadir, será o tempo deles ligarem o gerador interno.

Chego bem na frente da entrada e vejo uma câmera. Sem pensar duas vezes me posiciono na frente da mesma e olho bem dentro dela.

— Vocês acham que pode nos controlar? Nos matar e usar o nosso sangue? — Grito para o pequeno aparelho tecnológico, as pessoas levantam a mão em concordância e todo mundo se agita — Estamos em maior numero e em maior vantagem. Hoje será a vez de vocês caírem por terra. Estamos aqui pra luta — Na última parte levanto a mão e dou um tiro na tela, impedindo que tenham algum tipo de defesa contra nós.

A multidão vai ao delírio, excitados com a adrenalina da luta por uma causa. Assim que escutamos uma explosão o homem responsável pela bomba se cola na posição certa, acionando-a. Meu coração bate mais rápido a cada minuto.

A porta contínua travada, um murmurinho se instala. O que deu errado?.

— Não consigo abrir Clarke.

Penso o mais rápido possível. Pego um gancho com um corda e todos começam a puxar. Quando estamos quase lá escuto o grito de comando da Lexa e as pessoas param de puxar. Quando me viro noto o seu povo, o que estava preso bem atrás dela. Sinto um sorriso se formar no meu rosto, nós conseguimos, ele logo se desfaz quando percebo que meu povo não está entre eles.

— O que você fez? — Grito com ela, um cara me aponta uma lança — Você me traiu, me trocou... Como pôde?

— Fiz o mesmo que você faria, protegi meu povo...

— Matando o meu?

— Os interesses do meu povo vêm em primeiro lugar, Clarke — Sua voz me enoja, sinto o bile se formando no meu estomago tentando sair para fora. Octávia! Mas ela não deve ter perigo com Indra.

Não posso deixar meu povo morrer, não mais do que já morreram. Uma lágrima cai e limpo rapidamente. Olho para Lexa partindo em retirada com o seu povo, os meus que sobraram estão desesperançados. Pego uma arma e grito:

— Não obrigarei ninguém a vir comigo, mas quem quiser vir será de grande ajuda. Não irei deixar mais pessoas morrem, não irei desistir deles!

Começo a andar para fossa, em direção ao ninho dos ceifadores. Seria o lugar por onde Octávia entraria. Alguns me seguem e o resto vai embora, cansados. Quando já estou dentro e perto da porta vejo Octávia parada.

— Você ficou! — Corro e a abraço.

— Eu escolhi minha comandante. Vamos resgatar nosso amigos.

Quebramos a trava e entramos. No começo noto o caos que os corredores estão. MountWest parece vazio. Ando em direção as luzes. Escuto vozes e todos nos preparamos para atirar. Vejo Bellamy.

— Bellamy... — Eu e a sua irmã falamos juntas.

— Clarke, maninha... — Diz nos abraçando e beijando o topo da cabeça de cada um.

Atrás dele noto alguém que tinha me esquecido temporariamente. Finn. Corro em sua direção e pulo no seu colo, nos beijamos por algum segundo e depois me afasto.

— Não temos tempo, vão matar todos. — Olho para Bellamy que está falando e segurando alguém ao mesmo tempo. Nada menos do que o pai do presidente de MountWest.

— Por que estamos com ele?

— Vai nos levar a sala de controle.

Em seguida seguimos o nosso “guia” pelos corredores. A visão que vejo é de destruição total, tudo quebrado. Antes era um lugar impecável. Entramos na sala de controle. Finn abate um homem enquanto eu mexo nos sistemas. Seguro o microfone e digo para que toda a instalação escute bem, principalmente ele.

— Cage eu sei que você está me escutando. Estamos com o seu pai. Se entregue ou irei matá-lo.

Posso ver pela câmera o expressão de surpresa dele, mas não se deixa abalar. Em outra vejo o sofrimento da Raven, ela tinha sido pega.

— Cage te darei cinco segundos para responder...

— Você não vai matá-lo... mas caso aconteça desculpa pai. — Fecho meu olhos e puxo o gatilho, e vejo o homem cair sem vida, estou sem opções e não irei embora sem meu povo, meus amigos, mesmo que tenha que matar a todos.

Ele quebra a câmera e perco o de vista. Isso me enfurece de tal maneira que sem pensar duas vezes solto a pior ameaça:

— Irei matar todos Cage, você e seus médicos de merda.

Maya que nos ajudou quando Jasper precisou olhou para mim temendo o pior. Jasper se colocou na frente, protegendo-a.

— Você está maluca? Nem todos são pessoas más. Não deixarei que faça isso. Sei que quer cortar o oxigênio.

— Jasper escute os gritos da Raven. Acha justo? Olhe para nós, estamos em dez contra 100 ou mais. — Maya segura a mão do Jasper, soltando uma lágrima que me comove, segura seu rosto e dá delicado beijo. Sorri carinhosamente e diz:

— Jas todos nós sabíamos, ninguém é inocente...

— Não Maya, não quero te perder, por favor — Ele suplica já chorando na última palavra.

— Eu te amo Jasper. Obrigada por me mostrar como é se sentir assim...

— Nãooo...

Eu aperto o botão cortando o ar, começamos a ouvir os gritos, vejo Maya se queimando enquanto Jasper a pega no colo e se deita no chão.

— Não se sina culpado. Você me salvou, me mostrou como é lá fora.

Sua voz morre aos poucos, seu rosto tenta ao máximo não se retorcer de dor. Começo a me sentir mal, sinto vontade de chorar por essa garota desconhecida.

— Não... — ele dis em um sussurro — Por favor eu te amo... — Beija o rosto dela. Seus olhos não se abrem mais e o último suspiro de vida morrer com os gritos de dor do Jasper — Ligue de volta Clarke! Você ee um monstro igual à el...

Não o espero terminar, saio em direção à sala de “cirurgia”, os outros me seguem calados. Finn segura minha mão. Ele entre os outro é o único que sabe o que estou realmente sentindo. A culpa esmagando meus ossos, causando repulsa de mim mesma.

Ao chegar na sala fico horrorizada ao encontrar Raven e Wick ensanguentados, ajudo os outros e Finn ajuda ela. Abro as gaiolas. Passamos pelo salão de refeições e vejo todas as pessoas mortas, pessoas inocentes que nos ajudaram. Jasper passa por mim me amaldiçoando.

Finalmente estamos livres!

Só que as consequências me seguiram eternamente. Assombrando meus pesadelos e escurecendo meus dias.

Ao chegar na arca somos recebido com alegria e assistência medica da minha mãe. Não entro e Bellamy e Finn percebem.

— Precisamos de uma boa bebida.

— Tome por mim... Eu não vou entrar Bell!

— Não vai entrar princesa? — Bellamy pergunta já sabendo.

— Eu tentei ser uma mocinha, talvez não exista mocinhos.

— O que você precisa é de perdão?... Eu te perdôo!

— Vê-los todos os dias e lembrar me do que fiz para trazê-los aqui...

— O que nós fizemos...

— Eu fiz coisas horríveis, das quais não posso me perdoar. Carregarei esse fardo para que eles não tenham que o fazer — Meu rosto já está úmido. Dói partir, mas dói muito mais ficar.

— Onde você irá?

— Eu não sei...

— Eu irei com ela — Finn se posiciona ao meu lado.

Chego perto do Bell e deposito um beijo de despedida em sua bochecha abraçando-o. Finn só o abraça.

— Talvez esteja na hora de ser a princesa.

— Que nós nos reencontremos novamente — Digo.

— Que nós nos reencontremos — Ele sussura.

Sigo com Finn em direção ao desconhecido, deixando meu amigo para trás.

Que nos reencontremos novamente!


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Notas finais do capítulo

Bom, quem não chorou vendo o ep 16: Blood Must Have Blood: Part 2???!!!
Comentem meu lindinhos e favoritem ;)
Até o próximo



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