Curse escrita por DevoradoraDeCupcakes


Capítulo 2
Surprise.


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/585067/chapter/2

Edgar Ravenshade acorda.

Há dias em que ele perde totalmente a vontade de levantar, tanto por preguiça quanto por tédio, mas hoje, ingressando no décimo sétimo ano de sua vida, ele iria comemorar, nem que fosse com os fantasmas de sua mente.

Ele se levanta da cama. Anda tropeçando pelo quarto escuro em direção à janela e abre as pesadas cortinas, preenchendo o lugar com a luz do Sol. Algo incomum, considerando que estava em um período chuvoso.

Talvez os céus estivessem lhe dando um presente de aniversário, um sinal de que aquele seria um bom dia, algo que não era costumeiro.

Após realizar sua higiene matinal e se vestir, Edgar desce as escadas até a cozinha. Vai até o armário e pega a primeira coisa que vê pela frente, ele sabe que sua visita apreciaria qualquer tipo de comida. A fome não permite mordomias.

Ao se virar para sair, com o alimento em mãos, Edgar se depara com Abgail, sua única criada. Ele a havia contratado para cuidar de sua casa e seus pertences. Apenas por necessidade ele levou uma pessoa para sua casa, ele não se relaciona com pessoas, não mais.

A senhora de cabelos grisalhos o observa, atônita com a presença do jovem patrão, que não costuma das as caras. Após o que parece uma eternidade, Edgar se esquiva da mulher e vai em direção ao jardim, onde espera por seu acompanhante. Um espera não tão longa, pois logo depois de chegar ele avista um gato preto se aproximando.

– Hey, amiguinho! olhe o que eu trouxe para você! - ele diz, se sentando próximo a o gato, para alimentá-lo. Ao acariciar o pelo do gato, o pequenino começa a ronronar, e Edgar se pega com um sorriso estampado no rosto, ao ver tal cena.

Para ele, isso é algo a se notar. Ele vive sozinho e está sempre solitário, já faz algum tempo que desistiu das pessoas. Por isso, se aprofundou em um clima triste e obscuro, onde sorrisos não são tão presentes. Mas o gato, apelidado por ele de Grayer, têm sido uma surpreendente alegria, que aparece constantemente atrás de comida e carinho. Então, com Grayer, ele se permitia um pouco de alegria. Afinal, hoje é seu aniversário, e este é seu único convidado.

Após algum tempo " festejando " com o gatinho, Edgar acaba adormecendo, no quintal mesmo. Ele acorda com um início de garoa que o assusta, caindo gelada em sua face, e umedecendo a grama.

Olhando em volta, percebe que o pequeno Grayer havia fugido da previsível chuva.

Sem ter mais o que fazer ali, Edgar volta para o interior da mansão e se senta próximo à janela, observando o desenvolvimento da chuva, que fica cada vez mais densa, até se tornar uma tempestade.

Raios iluminavam o céu nublado e trovões ecoavam, como explosões divinas. Os pingos de chuva caíam fortes e os ventos faziam-se ferozes, como se o tempo desabafasse todo o seu estresse de uma única, e intensa, vez.

É claro que o bom tempo, com o Sol brilhando, seria passageiro, pensa Edgar. Ainda mais nesse dia em especial. Já faz muito tempo que nada de bom acontece em sua vida, muito menos no seu dia. Nenhuma festa, nenhuma comemoração, nenhum presente, ninguém pra dizer que se importa.

E,de repente, uma surpresa... alguém bate à sua porta.

Sim, isso é surpreendente. Sua casa era isolada,ficava em uma antiga plantação,longe de pessoas. E ele não é uma figura muito popular, não recebia visitas (fora a de um gato).

Paralisado, Edgar encara a porta, sem saber o que fazer. Nessa chuva... quem poderia ser? Ele deveria atender? Devia ser alguém querendo fugir da chuva, certo? E, então, ele se levanta e atravessa o cômodo em direção à porta, coloca a mão na maçaneta e, depois de alguns segundos, a gira.

Em sua varanda, encontra uma garota - que aparenta ter a mesma idade que ele, magra, e um poco mais baixa - extremamente molhada, com vestimentas rasgadas e um semblante devastado.

Edgar não teve tempo de se manifestar - ou refletir sobre o quanto aquilo era estranho - pois a garota, na tentativa de dar um passo, acaba desmaiando e despencando nos braços do rapaz, que a impede de cair.

Sem saber o que fazer, Edgar a pega nos braços e a leva para a casa. Ao entrar, a porta atrás de si se fecha, com um baque, como se selá-se esta surpresa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Curse" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.