Duas Coroas para o Mundo - Interativa escrita por not found, Lu Vasquez


Capítulo 4
Conhecendo as Selecionadas 1


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui é a Floco de Verão! Aqui está a apresentação de algumas Selecionadas, lembrando que a última delas, Milena Laurens, é de minha autoria! E não se esqueçam que vocês podem fazer duas fichas (uma para cada Seleção)

Um aviso: como as minhas aulas estão voltando, a maioria dos cap. que eu postar vai ser no final de semana, okay?



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P.O.V Yuri:

Tínhamos panquecas para o café-da-manhã.

Era mais um dia normal, exceto que, um pouco antes do café-da-manhã, iríamos conhecer as Selecionadas (que pena, queria logo tomar o café, o cheiro estava tão bom!) em uma sala grande o bastante para acomodar eu, Hector e mais duas Selecionadas sem ninguém interromper o outro.

Tudo aconteceria por volta de uma hora, o que significa que cada uma das quinze Selecionadas teria uns quatro minutos de conversa, com trinta segundos para vir e sair, e mais dez segundos para qualquer ocasião, significa que... Que eu estou muito nervoso.

É incrível como eu já consegui aguentar uma guerra por dez anos, mas não consigo aguentar uma hora de conversa com algumas garotas! Isso é sério mesmo?

Porém, antes que eu percebesse, a primeira Selecionada já havia chegado.

Kyara Jefferson. – Falei educadamente, fazendo uma reverência com a cabeça. Ela não era uma simples Selecionada, mas também a princesa da Holanda. Só não se enganem: ela era uma princesa, mas invés de vestidos pomposos e chiques, preferiu um no estilo steampunk.

– Vossa Alteza. – Ela falou educadamente, também fazendo uma reverência, para depois se sentar na cadeira em frente a uma pequena mesa.

Era incrível como alguém tão educada e gentil pudesse ser tão rebelde e se opor aos seus pais por conta da crueldade que o seu povo vivia.

– Então... Como vai? – Perguntei, apesar de parecer tão bobo perguntar isso para uma princesa que deve estar fazendo mil e umas coisas.

– Bem. Só fazendo coisas de princesas. – Ela respondeu, me encarando.

– Não poderia imaginar algo além. Com certeza um dos maiores deveres das princesas é proteger o seu reino.

– Quando o meu povo precisa de mim, eu estou sempre pronta para ajuda-los. – Kyara falou, me surpreendendo com o seu ar tão confiante, batalhador e protetor.

Continuamos conversando mais um pouco, cada um contando sobre os nossos reinos, nossas vidas e tal. Logo o tempo passou, mas eu já estava satisfeito com a minha conversa com Kyara, cuja garota e princesa foi uma honra conhecer, pelo seu espírito tão bom e batalhador.

Alyssa Elliot O’Jimm sorria.

Nós dois trocávamos palavras, e descobri coisas sobre ela, como ela ser de Illéa e, assim como a família, é atriz e também modelo. Ela também havia descoberto que perdi a minha mãe muito jovem e que agora tenho uma madrasta com nome de uma deusa egípcia.

– E como era a sua vida Illéa? Quer dizer, família, amigos? – Perguntei com um grande sorriso.

– Ah, minha mãe é legal, me adora. Sendo que queria tanto ter uma filha ou filho que acabou traindo o meu pai, só para ficar grávida. Minha mãe só não foi expulsa de casa porque o meu pai a amava, mas o coração dele esfriou. – Ayssa falou tristemente. – Sendo que o meu pai, Aidan, nem tem tempo para mim, e quando fala comigo, é só para brigar mesmo.

– Não fique assim. Então... Você deve ter amigos, né? – Perguntei, desviando do assunto.

– Não muitos, mas tenho uma melhor amiga, que se chama Harriet! Ela é muito legal e sempre sabe me consolar, mas vive caçoando da minha cara.

– Deve ser difícil caçoar de uma cara tão bela.

– Ha! Para Harriet nunca é difícil caçoar da minha cara.

Ri. Era muito bom ver Alyssa sorrir e ficar assim tão feliz. A garota era incrível, mesmo com todas as coisas que aconteceram na sua vida e na sua família, está sempre tão feliz e maravilhosa.

Alice Willyns deu uma reverência simpática, mas quando sentou-se, bateu um indicador no outro, dando sinais de nervoso.

– Relaxe. – Falei suavemente.

– Errei tudo, né? – A garota perguntou, depois endireitou a postura, ergueu o queixou e declarou com a voz educada: – Assim está melhor. Do jeito que a minha madrasta ensinou. – Alice falou a palavra madrasta com certo nojo na voz.

– Não gosta de sua madrasta? – Perguntei para a italiana.

– Pelo visto, ficou um pouco óbvio. – A garota suspirou. – Quando a minha mãe morreu, meu pai ainda queria que eu tivesse uma referência feminina, por isso se casou com a minha madrasta, que tenta mudar praticamente tudo em mim! E eu odeio isso!

Quando terminou de falar, percebi uma perigosa raiva no seu belo olhar.

– Hum... É impressão minha ou você muda as suas expressões e sentimentos rápido? – Perguntei.

– Acho que mudo rápido sim, sabe, sou um pouquinho bipolar. – Ela fala, sorrindo.

– Um pouquinho?

– Acho que um pouco mais. – Agora Alice ria divertidamente. Era bom ver ela feliz.

Continuamos a conversar e percebi como as suas expressões mudavam de fria para romântica e de romântica para extrovertida, acompanhadas de outras mil e umas personalidades diferentes.

Sendo que no final da conversa fiquei feliz ao saber que a menina nervosa que viera conversar comigo saíra confiante da conversa. Com certeza, o jeito de Alice era único, e eu adorava isso.

– A conversa foi muito boa, príncipe. – A garota falou, sendo que logo depois voltou para a sua mesa.

– Igualmente. – Falei com um sorriso.

Havia acabado de conversar com Alison DiLaurents, uma das mais famosas atrizes de Illéa. Claro, fora um prazer conversar com a bela garota de encantadores olhos azuis, principalmente pelo fato que, ou eu havia imaginado, ou ela tinha certa quedinha por mim.

“Bem, a minha vida é a de uma garota qualquer. Tenho um trabalho de uma grande atriz, moro em Clermont e... É isso!” Uma hora a garota falou. Como se qualquer garota fosse uma grande famosa.

Nós também conversamos de várias coisas, entre elas, descobri que Ali vive com o seu pai e o seu irmão Jason, que ela gosta de ler, tirar fotografias e etc.

Em certos tempos, foi a minha vez de falar, então ela também descobriu algumas coisas entre mim, como por exemplo, que eu sou um amante da matemática e de ciências. “O que?” Eu havia perguntado. “Qualquer garoto da minha idade sabe o Teorema do Pitágoras e recita sobre alguns cálculos usando-o!”

E, antes que nós percebêssemos, a conversa tinha acabado, o que me deixou um pouco triste e frustrado. Foi muito bom conhecer Ali, muito bom entrar em seu mundo, e não queria que a conversa com a garota de vestido florido acabasse tão rápido, mas pelo menos, eu tive o prazer de ter essa conversa.

– E então, o criado acabou escorregando na poça de suco e, antes que alguém percebesse, eu saí correndo. – Aurora Rajaram terminou a sua história do seu “Incidente com o suco”, por fim, dando um sorriso.

Também dei um sorriso, afinal, gostava de ouvir Aurora falando.

Ela também era uma Selecionada de Illéa, cujos pais eram conselheiros reais, que só se importavam na filha na hora dela se casar e ir embora de casa, mas quando foi anunciada a Seleção, eles inscreveram ela sem nem Aurora pedir.

Continuamos a conversar bastante, tanto que pareceu que nunca tínhamos conversado na vida. E, nessa conversa, consegui conhecer muitas coisas da Aurora, como por exemplo, que ela adora assistir televisão, ler revistas e conversar, mas odeia as chatas reclamações de sua mãe.

Enquanto conversávamos (ou melhor, enquanto Aurora falava e eu ouvia), observei bem Aurora e percebi como o seu cabelo era escuro, mas também belo, como o céu noturno, e os seus olhos azuis tão brilhantes quanto estrelas, sendo que a sua voz era como um sonho, distante e encantador.

E ,talvez fosse impressão minha, mas Aurora tinha uma pontada de teimosa e solidão no olhar.

Logo, chegou a (infeliz) hora da nossa conversa terminar e Aurora saiu. Gostaria de conhecer mais um pouco essa garota, a garota que despertara certo interessa no meu coração. Quem sabe essa hora estivesse mais perto do que eu pensasse?

– Tem uma mancha de café na sua bochecha. – Falei diretamente.

Jéssica Lori Albuquerque mal tinha se sentado quando eu falei, mas limpou rapidamente a mancha. Eu sei que não é assim que se começa uma conversa, mas o que eu poderia fazer?

Antes que eu percebesse, Jess começou a falar.

– E aí? Como vai?

– Bem. – Respondi, um pouco surpreendido pelo jeito tão animado da Selecionada.

Jéssica era a primeira Selecionada de Nova Ásia que eu conhecia, o que me deixou bastante animado por sermos do mesmo país.

– Como é a sua vida em Nova Ásia? – Agora era a minha vez de fazer perguntas.

– É boa. Sou da classe média, tenho uma grande e amorosa família, mas nada disso vai me fazer parar com uma pergunta que venho tendo há anos: quem são os meus verdadeiros pais?

– Como assim... – Comecei a falar, mas fui interrompido.

– Eu sou adotada, desde os meus cinco anos. – A Selecionada fala sem rodeios.

– Ah.

Continuamos a conversar, até que o tempo passou sem que percebêssemos. Claro que não conseguiria esquecer Jéssica tão rápido assim, muito menos a sua divertida e animada família, as inúmeras perguntas do seu passado, o seu primeiro amor de infância (um cara chamado Peeta), entre outros.

Sendo que eu também não conseguiria esquecer tão cedo o sentimento alegre dentro de mim quando eu conheci Jéssica.

Eu conversava com Milena Laurens.

Mili vive na Itália e, pelo visto, tem uma família legal, amigos legais e tudo o que mais queria. Porém, uma coisa a perturba desde criança: as brigas entre os seus pais, Giovanna e Pietro, que apesar de amarem os filhos, não são tão amorosos um com o outro.

– Deve ser difícil ter que escolher uma esposa entre apenas quinze garotas, não? – Ela perguntou quando estávamos no final da conversa.

– Muito, mas querendo ou não, vou ter que escolher. – Falei em um desabafo.

– Se precisar, sempre estarei do seu lado. Sempre.

A ideia me pareceu tentadora, e passei a pensar em Milena de uma outra maneira, alguém mais... Especial. E, quando a garota ia embora, percebi um sorriso orgulhoso estampado no seu rosto.

Um minuto... Esse sorriso orgulho com certeza não foi porque conversamos bem ,tenho a leve impressão que foi da sua última fala e o meu olhar vago e sonhador.

É impressão minha ou ela está tentando me manipular?


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Notas finais do capítulo

Aqui está o link da Alison DiLaurents: http://bgwall.net/wp-content/uploads/2014/01/sasha-pieterse-dream-magazine-full-size.jpg