Bea's POV

Acordo com uma dor de cabeça infernal e quando tento me mover algo me impede. Liam.

–Hm, é eu nao quero acordar você mais eu realmente preciso de um remedio.- digo me virando pra ele.

–Tudo bem, eu pego pra você.- ele diz levantando.

–Porque esta sendo tao legal comigo Sr. James?- digo e ele ri pela decima vez em 12 horas.

–Eu nao sei, você nao é tao chata como eu pensava.- ele diz e eu reviro os olhos.

–Você continua sendo um babaca pra mim.- ele sorri.- Você pode para de rir por tudo?- digo e ele revira os olhos.

–Disse cedo demais, você é chata sim.- ele diz indo em direção a porta.

Vou ate a minha mala para pegar uma roupa para tomar banho e eu a vejo, minha companheira de longa data, que me tira da dor sentimental para a dor fisica por alguns segundos. É estranho tentar parar com um vicio que tenho desde os meus 7 anos de idade mais foi preciso eu estava dependente demais dela, dependente demais das laminas.

Achei que seria mais facil ter ela diariamente na minha vida e pensamentos de mim sentada no chao do banheiro do orfanato a limpar meu sangue do braço e tentar escoder o meu verdadeiro eu invadem minha cabeça e eu afasto esses pensamentos, agora nao, hoje nao. Procuro uma gaveta e a deixo la e logo em seguida escuto a porta abrir.

–Aqui o seu remedio.- Liam me entrega um comprimido e um copo d'agua.

–Obrigada.- digo e engulo o remedio.- vou tomar um banho.

–É eu tambem.- ele fala eu olho para ele.- nao com voce.- ele ri e sai do quarto.

Eu sei que nao, obvio que nao.

Liam's POV

"é efeito da bebida eu querer te beijar?" Essas palavras estao se repedindo na minha cabeça durante todo o dia e eu estou quase pirando com isso. Porque merdas ela disse aquilo? Sei que ela estava bebada e tudo mais, mas porra, eu realmente me segurei muito pra nao usar como vantagem ela esta bebada.

–Liam?- é ela, sempre é.

–Pode entrar.-digo.

–Ér bom, eu queria.- ela ppara um pouco e parece pensar.- queria pedir desculpa por ontem.- ela diz e suas bochechas coram.

–Nao tem porque se desculpar.-digo.

–Eu sei que você nao queria ficar la e bom, quase te obriguei a isso.- ela diz.

–Nao, você nao o fez.- eu digo.

–Bom, desculpa na mesma.- ela diz e se vira para porta.

–Eu gostei.- as palavras saem da minha boca antes que eu possa para.

–Como?- ela vira pra mim confusa.

–Eu...eu gostei de voce pedir para eu ficar.- porque porras estou tao nervoso?

–A serio?- ela pergunta.

–Sim.- eu digo e ela sorri.

–Seria pedir demais, você me levar para conhecer a cidade?- ela pergunta e eu rio.

–Vai pedir para me beijar denovo?- digo e ela cora.

–Nao! Obvio que nao!- ela diz rindo.- Desculpa por isso tambem.- ela diz e tapa o rosto com as maos e por algum motivo vou ate ela e as tiro no mesmo estante.

Mais o que é isso nos pulsos dela?

– O que é isso?- pergunto e ela fica palida.

Bea's POV

Ninguem nunca em 10 anos viu minhas marcas, minhas cicatrizes. Sempre as escodi da melhor forma possivel e do mesmo nunca tive tao proxima de alguem como estou proxima do Liam. Na verdade nao sei se devo ou nao chamar isso de amizade ou seja la o que isso for.

–Nada.- retiro sua mao dos meus pulsos.

–Nao me diga que nao é nada, isso sao cicatrizes.-ele diz e eu perco o ar. Ele nao pode saber, ele nao vai saber.

–Ja disse que nao é nada Liam.-digo.

–Nao mintas pra mim.- ele diz.

–Você nao manda em mim, você tem que parar de achar que tem alguma atoridade ridicula sobre mim.-cuspo as palavras em sua cara.

–Você tem que parar de ser uma vadia.- ele diz.

Como?

–Vadia?- pergunto querendo ter certeza que ouvi certo.

–Sim, vadia.-ele repete.

–Você nao sabe porra nenhuma de mim.- digo e me viro para sair do quarto.

Esse é o ruim de se iludir com as pessoas, nao esperava que o Liam fosse meu principe encantado que fosse me tirar dessa prisão que vivo com um beijo e acordar minha bela adormecida, mais pensei que talvez pudessemos ser amigos ou ate meio-irmão. A dor voltou, uma dor que eu pensei que ja soubesse controlar mais pelo visto estava errada. Lagrimas caem pelo meu rosto e eu nao sei direito o porque a unica coisa que eu sei é que eu voltei pra ela. Voltei para o chao do banheiro com minha velha lamina na mao e eu me pergunto se um dia serei mais forte que isso mais forte qu esse puto vicio.

Liam's POV

Quando desço as escadas percebo que nao tem ninguem em casa e fico feliz por isso, nao preciso de ninguem me irritando mais ainda hoje.

Vou na cozinha preparar algo pra comer e cenas dos pulsos de Bea vem na minha mente, nunca vi algo daquele jeito. Eram muitas cicatrizes uma mais profunda que a outra e me pergunto como nao notei isso antes.

Quando dou conta estou batendo na sua porta. Nao sei porque estou aqui, mais preciso falar com ela.

–Bea?- bato na porta e ninguem responde.- Bea.- bato denovo e ninguem responde, decido entrar.

Um pouco de panico e pavor percorre meu corpo quando vejo sangue pelo chao e uma jovem garota chorando enquanto esse sangue se espalha mais e mais.Nao.

–Bea.- por algum motivo me preocupo com ela, nao deveria mas é maior que eu.

–Vai embora.- ela diz quase sem força na voz.

–Nao eu nao vou.- digo e me sento ao lado dela sem saber muito o que fazer com o sague que sai do seu pulso esquerdo.

–Por favor eu nao tenho forças pra brigar com você agora.- ela diz e culpa me dominda.

–Você fez isso porque...- o pavor é visivel na minha voz.- meu deus Bea você fez isso porque brigamos?- pergunto.

–Talvez.- ela sorri.

–Como...Como vc consgue rir disso?

–Você foi so uma desculpa para meu vicio me dominar.- ela diz e eu congelo. Vicio?

–A quanto, a quanto tem...- ela me interrompe.

–10 anos.- ela diz calma.

Porra.

–Bea eu, eu sinto muito.- uma culpa, que eu nao deverias sentir me consume.

–Tudo bem Liam, ja deveria saber.- ela diz e olho pra ela confuso.

–Saber do que?- pergunto.

–Que nao deveria me iludir com você, ja deveria ter aprendido a lição.- suas palavras sao duras e eu realmente nao sei o que responder, eu deveria estar odiando ela agora mais a unica coisa que quero fazer e tirar ela disso, quero protege-la.

–Eu posso.- ela olha pra mim.

–Quer experimentar?- ela me lança a lamina com seu sangue e ri da minha cara de panico.

–Nao, definitivamente nao.- rio.- posso fazer isso?- antes que ela possa dizer algo, junto nossas bocas.