- Moshi Moshi? - ...  - Rangiku-san? - ... - O quê? Tão cedo assim? - ... - Mas eu ainda estou de pijamas! - ... – Tokio Shopping? - ... – Sex shop? - ... - Mas... - ... – Mas... - ... -Hã? Moshi Moshi? Moshi Moshi? – Inoue foi acordada pelo telefone que tocava insistentemente. Rangiku havia decidido sair às oito e dez da manhã para fazer compras, ela tinha ganhado a aposta afinal. Mas já eram sete e cinquenta! Só tinha vinte minutos para se arrumar, tomar banho e comer alguma coisa!

- Aah! A Rangiku-san desligou na minha cara! – resmungava Inoue chateada – Hum... O que eu vou comer no café da manhã? Quem sabe... Beterraba com leite? Não... Cereal com leite arroz e Nescau? Acho que será isso então... Hora de comer!

Após devorar sua “deliciosa” refeição matinal, Inoue escolhe o que irá vestir, e assim sai em direção ao Shopping escolhido. Após terem passado horas e horas comprando uma quantidade inimaginável de roupas, Rangiku decide que é hora de ir comprar roupas provocantes para Orihime (Lê-se; Sex Shop)...

- Aah! Eu não quero entrar aí! E... – antes mesmo que terminasse de falar foi “jogada” para a tal loja... Mas ao entrar lá dá de cara com uma TV onde passava um concurso de Poli-Dance ao vivo, onde o prêmio para primeiro lugar era de 2 milhões de yens! E assim, nossa ruivo-aloirada preferida acaba tendo idéias maravilhosas que gerariam muito sakê e fama na Soul Society...

- Orihime! Eu tive uma idéia! Você ainda lembra a coreografia da dança? – perguntava a loira, com uma cara maliciosa de empolgação

- Hum... Lembro sim! Mas porque perguntou? – ao tirar os olhos da tela, Orihime deparou-se com Matsumoto, que exibia um sorriso quase sádico - Ah não! O Kurosaki-kun me disse que quando você faz essa cara é para sair de perto! – falava a ruiva, afastando-se lentamente de Rangiku

- Vamos Orihime! Temos que falar com a Kuchiki e com Yoruichi!

- Mas... Mas... – Inoue indagava sem respostas, será possível que a mente de nossa ruivo-aloirada preferida estava entrando em funcionamento criativo novamente? “Será que não é perigoso ficar perto dela quando está com essa cara? Foi o que o Kurosaki-kun me disse no hospital...”

- Vá para casa e pegue aquela blusa rosa de suplex! Estou indo agora para a casa do Ichigo!

- Ué? O que você vai fazer lá?

- Falar com a Kuchiki sua besta!

...

- Ichigo, aonde você vai? – perguntava curiosa a Kuchiki, pregando algo atrás da porta do quarto do morango

- Não interessa – respondia Ichigo com seu costumeiro mau-humor, indo em direção à porta, no caso, em direção a Kuchiki também

- Ora seu... – antes que ela pudesse terminar a frase, o (não) cauteloso Kurosaki não percebeu que Kon estava caído em frente à porta, derrotado, perguntando-se “porque ele e não eu?”, e assim o morango escorregou na cara do ser amarelado, derrubando tudo que estava em sua frente... A escada usada como apoio, a cola, os pequenos retratos e... Rukia.

- Aah! Ichigo! Você anda completamente desastrados esses últimos dias! Ai! – reclama a baixinha irritada com esses tombos e escorregões de Ichigo, afinal ele é pesado! – E saia logo de cima de mim! Você é pesado, sabia?!

- Desculpe Rukia! Estou indo – o morango se levantou e saiu, indo sabe-se lá aonde. Enquanto isso Rukia pregava fotos atrás da porta de Ichigo, perguntando o porquê da estranha saída de Ichigo, Matsumoto entra pela janela, surpresa por finalmente não estar atrapalhando ‘algo’

- Rangiku-san? Você aqui de novo? – perguntava surpresa a Kuchiki, se ela havia entrado pela janela esperando encontrar Ichigo com certeza havia algo planejado, a se tinha.

- Rukia? Cadê o Ichigo? – perguntava confusa a loira, esperando encontrá-lo em casa, porém não entendia onde ele poderia ter ido há essa hora...

- Ele saiu há pouco tempo... Mas não me disse aonde ia... – Entristecida Rukia indagava onde seu ruivo favorito estaria... Quanto tempo fazia desde a última vez que Rangiku havia estado no quarto de Ichigo?

- Hum... Acho que eu sei aonde... “Não faz um mês desde a última vez que eu vim aqui?” – perguntava-se Rangiku. É mesmo... Fazia um mês que Matsumoto veio pela última vez no mundo humano

- Bom, o que você veio fazer aqui afina de contas? – Um mês... Ichigo e Rukia “saíram do armário” há um mês... - Anh, onde o Ichigo foi?

- Provavelmente comprar algo erótico para vocês se divertirem oras, não faz um mês que vocês namoram? – perguntava maliciosamente a loira, como sempre

- Co-como assim?! E-ele nã-não... Eu... – porque ela cisma em deixar a pobre Kuchiki envergonhada?

- Provavelmente ele foi comprar um coelhin... – mal terminou de falar e a baixinha já a atropelava

- SÉRA QUE ELE VAI COMPRAR UM CHAPPY PARA MIM? – Mal conseguia conter a emoção, será que Ichigo seria tão romântico, a ponto de comprar um Chappy para Rukia?

- Bom, antes que ele chegue tenho uma nova proposta para você... E já vou avisando: Eu posso fazer com que o Ukitake Taicho lhe deixe mais tempo no mundo real...

- Hum... Tá, qual é a proposta? – desconfiada, Rukia hesitou um pouco antes de responder. Mas que mal haveria? Ichigo não estava aqui para impedi-la...

- Resolvi fazer uma nova dança! Por isso preciso de você Kuchiki! Mas não é para apresentar-se para o Shunsui...

- Não? Para quem então? – perguntava a morena, inocente

- Para toda a Soul Society que desejar! – dizia sorridente a loira, como será que essa nova proposta funcionará?

- COMO ASSIM? –perguntava pasma, pensando nela mesma apresentando para desconhecidos... E para seu Nii-sama

- Olha, eu pesei assim...

A nossa maliciosa favorita da Soul Society teve uma bela idéia: Para ganhar mais dinheiro, por seu salário ser baixo – na verdade é ela que gasta demais em suas idas ao mundo humano - poderia montar uma apresentação de Poli-dance, como a última coreografia sugeria. Precisava somente cobrar as entradas, e com certeza vários homens iriam assisti-la... Alugar o palco de um certo famoso bar era fácil, afinal ela é uma cliente fixa, e traria muitos lucros ao tal local, provavelmente sairia de graça se ela jogasse um charminho no dono.

- “onde eu coloquei aqueles dois postes mesmo?” – pensava a loira, enquanto olhava através janela de Ichigo

- Ah... A Soul Society inteira? Mas e se o meu Nii-sama for assistir? Mas ele não assistiria uma coisa dessas, não é mesmo Rangiku-san?

- Não sei... – Distraída, Matsumoto avista cabelos laranjas em direção à casa dos Kurosaki, não é que Ichigo comprou mesmo um Chappy? Além disso um buquê de rosas vermelhas... “Acabo de ter uma idéia! Quero ver a cara dos dois com isso...”

Enquanto Kuchiki distraía-se pensando em seu Nii-sama, Rangiku tirou do bolso uma camisinha em pacote de três, rasgou e pegou uma individual. Aguardou pacientemente Ichigo passar por baixo de sua própria janela e jogou-a, com a esperança de acertar o buquê de flores sem que Ichigo notasse. Infelizmente não acertou, mas logo pegou outra, e jogou novamente, tendo sucesso desta vez.

- Então Rukia, você não vai falar nada para Ichigo não é? Só avise-o no dia, para que ele vá assisti-la – perguntava casualmente a loira, disfarçando sua “macaquice”

- O QUE? Como assim, ele não vai me assistir! – falava a morena indignada

- Você acha mesmo que eu vou perder a cara dele? – perguntava Rangiku já rindo da cena

- Mas... Ele! – imaginar seu Nii-sama assistindo-a era constrangedor, e imagine com Ichigo logo ao seu lado!

Então se escuta o barulho de uma porta abrindo, o que atrai a atenção da Kuchiki...

- Rukia! Er... Eu... – vermelho, o morango tentava dizer o motivo de ele estar segurando um imenso buquê de rosas, assim como sua mão esquerda estar escondida atrás das costas – Rukia, nós... Hoje... Er...  

- Ichigo! Obrigada – Rukia sorriu, como que diz que entendeu as intenções. Mesmo envergonhados, beijam-se apaixonadamente, porém...

- RANGIKU-SAN? O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?

- Ué, não percebeu que eu estava aqui o tempo todo? – ria a loira com gosto

A Kuchiki percebeu que havia algo dentro das flores, e começou a procurar o que estava lá... Achou um pequeno cartão onde se lia:

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“Vamos fazer algo divertido esta noite, planejei algo para nós que já desejava há um tempo.

Com Amor,

Ichigo”

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E então a baixinha percebeu que havia algo a mais no buquê, e como da última vez, olhou o que era...

- AH! I-I-I-ICHIGO! O QUE VOCÊ QUIS DIZER COM ISTO? – com a boca escancarada e a cara abobada, Kuchiki encarava incrédula o morango confuso.

- O-o que tem de errado Rukia? – perguntava Ichigo nervoso. Havia parado para pensar no pequeno Chappy que estava atrás de suas costas, segurando duas entradas para o filme Titanic, o Remake. E então ele percebeu o que ela segurava em mãos. Seu bilhete e uma camisinha – NÃ-NÃO FUI EU QUE CO-COLOQUEI ISSO AÍ!

- SEU BILHETE! ELE... ELE! VOCÊ! – sem palavras a morena continuava não acreditando na cena, até que Rangiku começa a rir descontroladamente – Rangiku? O que houve? – e como uma luz sendo acesa, Rukia entendeu o motivo do riso – Rangiku-san! Foi você?!

- Aah! Vocês deveriam ter visto suas caras! Pena que Yoruichi não está aqui! – quando a morena ia reivindicar sua moral, Ichigo interrompeu-a

- Ah, Rukia... É... Sabe, o bilhete... Anh... – e então, com um movimento brusco o morango, ainda vermelho, entregou o pequeno coelhinho a Rukia – É para você!

- AHHH! UM CHAPPY! ICHIGO, VOCÊ COMPROU UM PARA MIM! – e esquecendo-se completamente da ruiva que estava ao seu lado, Rukia agarrou Ichigo ali mesmo. Percebendo que ia sobrar, Rangiku tratou de se mandar...

- Então até lá Kuchiki – com um aceno de mão, Rangiku despediu-se e pulou janela a fora, pensando em quanto dinheiro poderia arrecadar com isto...