Te Encontrei escrita por Four


Capítulo 9
O Jogo


Notas iniciais do capítulo

MDS faz quantos anos que eu não posto um capítulo novo aqui? heuheuegi...Saudades?
Gente, me desculpem pela demora. Eu realmente sinto muito.
Eu fiquei esse tempo todo sem internet ç.ç Foi um período difícil, eu nem sei como sobrevivi
Mas, agora eu voltei
E com força total ~Brilho~
Brincadeiras a parte, postarei capítulos novo todo o final de semana (como antes) Sem falta.
Boa leitura o/



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Cada escola estava em uma arquibancada. Como fazem nos estádios de futebol, que separam os times rivais um dos outros.

Os jogadores entram no campo, divididos em duas filas. A primeira fila é o time da escola Coates e a segunda é a o time da nossa escola, Feliciano. Os dois capitães estão no começo da fila, Drake e Gustavo.

Luana se aproxima do meu ouvido.

–Olha lá seu amigo. - Ela se referia a Gustavo, que vinha sorrindo de orelha a orelha.

– Eu já o vi. - Falei, com um tom de desinteresse. - E ele não é meu amigo. Eu mal conheço ele

– Crush? - Ela perguntou entre seu sorriso. Lancei um olhar a ela que dizia "Se você não calar a boca, você morre".

Os dois times ficam frente a frente para se cumprimentar. Drake e Gustavo são os primeiros. Drake estendeu a mão para Gustavo e disse algo na qual consigo entender por leitura labial: "Eu já venci". Gustavo o retribui com um sorriso de lado, achando aquilo engraçado.

Depois do cumprimento, os jogadores assumiram suas posições. Drake e Gustavo novamente ficam frente a frente para decidir quem começaria com a bola. Drake acaba ganhando.

E o jogo começa.

Drake toca a bola para um dos jogadores do seu time. Este domina e avança, porem é marcado por Gustavo.

– Aqui! - Grita Max, amigo de Drake que também está em seu time. E então a bola é jogada para o alto, em direção a Max. Porem, um jogador da Coates salta e toca a bola, de cabeça, em direção ao amado da Luana, Pedro. Ele domina e avança, ele consegue driblar um, dois, três jogadores. A galera da Coates foi ao delírio.

– Ele é bom. - Comento para Luana. Ela concorda com a cabeça, sem tirar os olhos do campo.

Pedro continua a avançar, ele está sozinho, e logo está de frente ao gol. Pedro chuta, o goleiro não consegue agarrar, e a bola vai parar no fundo do gol. Coates 1X0 Feliciano.

Os alunos da Coates vão a loucura do outro lado da arquibancada. Luana não se contenta, levanta, e grita.

– É ISSO AI, PEDROO! UHUU!

Pedro olha para a arquibancada, e avista Luana. Ele forma um coraçãozinho com as mãos para ela. Ela suspira apaixonadamente, e volta a se sentar na arquibancada.

Olho para trás e vejo todos na arquibancada, todos alunos da nossa escola, olhando em direção a Luana, meio perturbados pela reação dela.

– Acho que o pessoal não gostou nada dessa sua reação alegre quando o Pedro fez um gol - Disse no ouvido dela.

Ela olha para trás, disfarçadamente. E apenas da os ombros

– Deixe eles. - Ela disse a mim.

Drake parece furioso. Ele grita para o time "O jogo ainda não acabou, pessoal!", e todos concordam com a cabeça.

O jogo continua. O goleiro chuta a bola em direção ao centro do campo. Drake consegue dominar a bola com o peito, e então avança para o lado adversário. Dois jogadores do time adversário o marcam. Drake é obrigado a passar a bola para outro jogador do seu time, Luiz, o gigante - Gigante porque este é o apelido dele pois tem tem 1,95 de altura. - Gigante consegue dominar a bola e avança em direção ao gol. Logo, ele recebe uma forte marcação de quatro jogadores adversários, mas ele não recua, continua a avançar em alta velocidade passando entre os quatro.

Gustavo vai para cima de gigante em alta velocidade, junto com mais 2 jogadores de seu time. Gigante tenta driblá-los, porem acaba perdendo a bola para Gustavo, que logo avança pelo campo com a bola. Driblou dois que vinham em sua direção, e em segundos estava indo, sozinho, para o campo adversário. Ele era bom. Até eu que não entendia nada sobre futebol sabia que ele era craque.

Gustavo chutou a bola que foi parar dentro do gol. A galera da Coates vão a loucura. 2X0 Coates.

– É, pelo visto Coates vai vencer esse jogo. - Comentei a Luana.

– Nunca se sabe. O jogo ainda pode virar. - Luana diz.

Depois do gol, Gustavo volta a brilhar novamente. Avança com a bola, em seguida deu passe para Pedro, que estava mais adiante do gol. Pedro avança, porem é marcado por três. Sem saber o que fazer, ele passa a bola para um outro jogador de seu time. Este avança.

– Aqui! Eu to sozinho! - Gustavo grita.

A bola vai em direção a ele. Gustavo domina e vai em direção ao gol. Ele já estava suado, seus cabelos estavam molhados, mas mesmo assim continuava lindo... O que eu estou falando? Delirei, quando meus pensamentos foram brutalmente cortados por uma falta absurda. Drake deu um carrinho violento em Gustavo, que cai bruscamente no chão. Na hora, eu e Luana levantamos ao mesmo tempo.

– Falta! - Luana grita.

Uma falta grave, isso sim. O carrinho não tinha ido na bola, e sim nas pernas do Gustavo, na maldade, para machucar. Mas, quem sou eu para dizer alguma coisa? Eu não entendia nada sobre esse mundo mágico chamado futebol e suas regras.

Gustavo se levanta, com classe, tirando a poeira da roupa, e mandou seguir o jogo. Em pouco tempo, estava novamente no chão, dessa vez por outro jogador do time adversário.

– Eu pensei que estivesse assistindo a um jogo, e não a um ringue vale-tudo. - Gritei para todos ouvirem.

Não demorou muito para Drake derrubar Gustavo novamente. E, na cara de pau, deu nele um chute disfarçado. Gustavo se levantou, indignado, indo em direção a Drake, que ria debochadamente. Logo, o pessoal do "Deixa disso, não vale a pena" entra no meio, e afastou os dois.

– Quero porradaria! - Gritou um garoto que estava sentado atrás de mim na arquibancada.

– E você terá se não calar a boca. - Falei, para que ele ouvisse.

– Estou morrendo de medo. - Disse ele, na ironia.

Me virei para o tal.

– Mas é para ter mesmo. - Falei. - Agora, por favor, dá para calar essa sua merda de boca? - Sem esperar por uma resposta, me endireitei na arquibancada, voltando a assistir o jogo.

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Ano passado, nossa professora de biologia decidiu nos dar aula em ar livre. Objetivo: Encontrar folhas nas quais ela pedia.

Ela juntou as duas turmas. 2001 e a 2002. O problema é que a nossa turma (2002) e a 2001 eram rivais. Sim, rivais, mas por uma coisa boba: Eram as melhores turmas de segundo ano da escola. E, por isso, elas competiam entre si.

A professora nos levou a um jardim publico da nossa cidade. O lugar já me era bastante conhecido pois meus pais me levavam sempre para andar de bicicleta nesse lugar.

Chegando lá, a professora pediu atenção:

– Quero que se dividam em grupos de 4 pessoas. Vou dar a cada grupo uma lista com as folhas que vocês devem encontrar.

– Professora! - A garota mais irritante da escola, Daniela, chama a professora.

– Fale, Daniela.

– O tempo esta muito quente, professora. Andar nesse sol a procura de plantas vai me fazer suar, e eu odeio suar. - Ela diz, e risadinhas surgem ao redor.

Daniela é o tipo de garota que é bonita, mas essa é a sua única qualidade. Todos a conhecem por ser a garota gata, que todas as garotas querem ser, e que os garotos a idolatram. Mas, na verdade, ela é irritante, nojenta, metida, que se acha a tal por ser a filha do diretor do nosso colégio. Nunca fui com a cara dela, e nem a Luana, pois sabemos o quanto essa garota é insuportável.

– Daniela, por favor, apenas faça o que eu estou mandando. A menos, é claro, que você não queira ganhar dois pontos na minha matéria.

– Aff. - Daniela solta.

– Continuando, alunos. - A professora começa. - quem achar todas as folhas das plantas na lista, ganharam 2 pontos. Lembrando que, o primeiro grupo que encontrá-las, primeiro, ganharam 3 pontos.

– To precisando mesmo. - Comentou um garoto ao redor.

– Eu também. - Comentou outra pessoa, dessa vez uma garota.

– Muito bem. Agora formem seus grupos. - A professora disse, e todos começaram a se dividirem.

Eu e Luana ficamos olhando ao redor, em busca de algum aluno que quisesse ser nosso grupo. No fim, sobrou eu, Luana, e mais 2 alunos da outra turma.

– Professora! - Luana gritou.

– Sim?

– Pode ser um grupo de alunos misturados? Tipo, alunos da 2001 e 2002? Pois só sobrou a gente. - Luana disse, apontando para cada um de nós.

– Pode ser. - A professora respondeu, meio confusa, pois sabia que as duas turmas não se davam muito bem.

Nós nos aproximamos dos 2 alunos.

– Er... Oi. Meu nome é Luana. - Luana começou, se apresentando. - Esse aqui é o Eric. - Ela disse, apontando para mim.

Eu acenei.

– Meu nome é Stefany. - Se apresentou a única garota dos 2 ali presentes. Ela tinha cabelos lisos, curtos, e negros. Seus olhos eram castanhos escuros, e sua pele era clara - Esse aqui é o...

– Podem me chamar de JP. - Ele estendeu a mão para Luana e depois para mim. Um garoto um pouco mais alto do que eu, de cabelos loiros e olhos castanhos escuros.

– Certo, pessoal. Todos com seus grupos? - A professora perguntou. Um coral de "sim" sem animação surgiu ali. E então, ela passou uma lista para cada grupo.

– Muito bem. Vamos lá pessoal - Luana disse, indo na frente.

Caminhamos em silêncio por alguns minutos, até que JP fala:

– Olha um pé de amora, gente - Ele vai em direção a ela.

– Você quis dizer amoreira. - Stefany corrige.

– Tanto faz. - Ele diz a ela. Logo em seguida, pega uma amora e a coloca na boca.

– Sou alérgica. - Stefany diz.

– Que triste. - JP diz a ele. - Não sabe o que está perdendo.

– Muito obrigada. - Ela responde a ele, emburrada.

Todos sorrimos.

– São cinco folhas, pessoal. - Luana começa. - A Rombóide, Aristada, Cordiforme, Ternifoliada e Espalmada.

– Palavrões e mais palavrões. - JP fala, comendo amora.

– Realmente. - Concordo. - A Rombóide seria aquela ali? - Aponto.

– Sim. - Luana vai em direção a planta, e arranca a folha, colocando-a dentro de um pote. - Ótimo, um de cinco.

Passamos a metade do dia no jardim. Nos conhecemos melhor, e eu e Luana percebemos que não somos os únicos, no colégio, que pensam diferentes em relação a quase tudo.

– Stannis é maior pau mandado - JP estava comentando sobre Game Of Thrones. -, e ainda tem gente que o idolatra, dizendo que ele é que tem que sentar no trono e mimimi.

– Eu gosto do stannis. - Stefany fala. - Ele continua sendo o cara mais justo a se sentar no trono.

– Ele matou o próprio irmão de uma maneira covarde, cara. - JP levanta a voz. - Como isso é ser justo?

– Covardia faz parte do jogo dos tronos. Quer uma história de heroísmo? Esse não é o lugar. Jogar sujo faz parte. - Falei.

– Dany que vai sentar no trono, minha gente. - Luana fala.

– Lá vem a Danyzeti. - Falei. Todos riram.

– Sabe, essa rivalidade toda entre as nossas turmas é bem desnecessária. - JP fala.

– Concordo. - Falei. - Vocês são bem legais.

– Achei a Ternifoliada. - Luana nos interrompe, e vai em direção a planta. - Pronto, agora só falta uma folha.

– Será que algum grupo já conseguiu achar todas as folhas da lista? - Stefany perguntou.

– Acho que não. O jardim é bem grande. - Falei.

Depois de alguns minutos andando em para lá e para cá atrás da bendita folha, finalmente a achamos.

– Ali, pessoal. - Luana aponta, e da uma leve corridinha até a planta. Porem, é empurrada e cai de bunda no chão.

– Opa, desculpa. - Daniela fala, debochadamente, colocando a mão na boca. - Eu não vi você ai.

Luana se levanta, limpando a palma das mãos que usara para amenizar o tombo.

– Ah, claro. - Luana diz com sarcasmo.

– Vocês dois, com essa gente da outra turma. - Daniela balança a cabeça, olhando para JP e Stefany. - Estou decepcionada.

– Como se eu me ligasse por decepcionar ou não você. - JP solta, o que acaba mudando a expressão no rosto de Daniela, que parece não ter gostar nada de ouvi aquilo.

– Parece que alguém aqui não tem medo. - Daniela olha para um dos garotos do seu grupo, que entende o recado e vai em direção a JP.

– Você realmente se acha, né, garota? - Falei. - Pensa que é superior a todo mundo. "A perfeita" do colégio. - Fiz o sinal das aspas com os dedos. - Mas essa sua beleza esconde a merda que você é.

JP e Stefany me olham, boquiabertos.

– E quem é você, garoto? - Ela pergunta. - Nunca te vi no colégio. Ah, pera, Lembrei. Você é o garoto rebeldezinho que acertou um soco em um colega da sua classe, certo?

– Sim. - Confirmei a ela. - E, já que você sabe quem eu sou, deveria sair daqui. Pois, né, sou "Rebeldezinho".

– Você está ameaçando uma garota, moleque? - Diz o garoto do grupo de Daniela.

– Estou apenas dando a ela um aviso. -Falei. - Agora, se ela não sair daqui, pode ter o mesmo destino que aquele meu colega de classe. - Olhei para ela, dando-a um sorriso de lado.

O amigo de Daniela vem em minha direção, em fúria.

– Para, Rafael. - Daniela fala, e ele para imediatamente. - Não vale apena.

– Eu posso acabar com esse garoto com apenas um soco. - Rafael me olha de cima a baixo, estalando os dedos.

– Se você o machucar, vai sobrar pro nosso grupo. - Disse Daniela. - E, não quero aborrecer o meu pai. - Ela me olha de cima a baixo. - Você tem coragem, mas é melhor não abusar. Você não sabe do que eu sou capaz.

– Nem você sabe do que eu sou capaz. - Falei, olhando-a sem medo.

Ela sorri, e sai. Rafael vai logo em seguida, nos deixando.

– Você se machucou? - Perguntei a Luana. Ela apenas ralou a mão.

– Um machucadinho de leve. Está tudo bem. - Luana diz.

– Ca-ra-ca! - JP se aproximando, sorrindo e batendo palmas. - Você acabou de enfrentar a filha do diretor. - Ele me da dois tapinhas nas costas. - Sou seu fã.

– Você não viu nada. - Luana diz a ele, e me olha sorrindo.

– Daniela é conhecida por conseguir tudo o que ela quer. - Stefany fala. - Você não vai querer ela como inimiga.

– Nunca fui com a cara dela. Já estava na hora de ela ouvir umas verdade e saber que o mundo não gira ao seu redor. - Falei.

– Eu sei, mas a partir de agora ela vai ficar de olho em você. - Stefany falou. - Eu não queria estar na sua pele.

– Por mim... - Levantei os ombros.

Pegamos todas as folhas e voltamos para o lugar de encontro onde a professora estaria nos esperando. Chegando lá, já havia dois grupos que tinham chegando antes de nós. Mas, por fim, conseguimos 2 pontos cada um de nós.

Stefany se mudou e foi morar em Brasilia. JP está no turno a tarde. Mas, continuamos a nos comunicar com eles até hoje.

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O jogo finalmente terminou. Coates 3X1 Feliciano. Comemoração histérica do pessoa da Coates. Parecia final de copa do mundo. Uma multidão invade o campo

Luana desce correndo a correndo, me puxando em direção ao campo

– Vem, vamos lá.

– Espera esse pessoal todo sair de cima deles, Luana.

– Vem logo. - Ela continuou a me puxar.

Conseguimos chegar até Pedro, que sorri assim que vê a Luana.

– Jogou bem, Pe. - Disse Luana, toda boba. - Você é demais no campo.

– Valeu. - Ele a responde, sorrindo apaixonadamente.

Revirei os olhos. Aff, amor adolescente...

Avistei Gustavo ao fundo. Ele estava sorrindo de orelha a orelha, conversando com seus amigos. Até que, de repente, uma garota voa para cima dele, e lasca um beijaço em sua boca. Uma garota... Ela não me é desconhecida... Não pode ser... Daniela?


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Notas finais do capítulo

O que acharam pessoal, gostaram? Não gostaram?
Gente, caso há algum erro ortográfico, me corrigem, blz?
Semana quem vem eu volto com mais um capítulo
Até o/



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