O Treinamento de Sherry escrita por Bruno Diego


Capítulo 3
Amizade inabalável, Felicidade roubada




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Sherry: E então? Você vai à minha festa?

Sherry estava entregando à Koko, um convite para a sua festa de aniversário.

Koko: Mas é claro que eu vou! Que amiga eu seria, se não pudesse estar com você nesse dia?

Sherry: Obrigada!

Alguns meses tinham se passado desde o dia, em que Sherry e Koko se conheceram. A amizade entre as duas, só havia ficado mais forte nesse tempo.

Mãe da Sherry: Onde você foi Sherry?

Sherry: Fui entregar o convite da minha festa para a Koko.

Mãe da Sherry: Você ainda continua andando com aquela garota? Quantas vezes vou ter que dizer, que não quero você perto dela?

Sherry: Não precisa dizer mais nada, mamãe. Eu já entendi.

Mãe da Sherry: Finalmente entendeu, não é? O Quanto aquela menina só te faz mal?

Sherry: Não, eu entendi perfeitamente. E é por isso mesmo, que não posso obedecer. A Koko é minha melhor amiga, e nada do que a senhora disser, vai mudar isso!

Mãe da Sherry: Sherry?! (assustada)

Sherry se retirou da sala e foi para o quarto. Sua mãe estava percebendo, que tentativas de afastar as duas eram inúteis.

O aniversário de Sherry chegou. A casa da pequena herdeira, estava repleta de outros membros da família Belmont.

Mãe da Sherry: E então? Está gostando da festa?

Sherry: Sim, mas... Cadê a Koko? Por que ela não chegou ainda?

Mãe da Sherry: Ora, Sherry. Você é muito ingênua. Aquela garota só quer se aproveitar de você, e provavelmente, ela não...

Koko: Sherry! (atrás)

Sherry olha para trás, e se alegra.

Sherry: Koko! Você veio!

Koko: Desculpe a demora. Fiquei ocupada, com o seu presente de aniversário.

Sherry: Você fez isso pra mim?

Koko: Sim! E espero, que goste.

Koko entrega à Sherry, um pequeno porta-joia.

Sherry: Obrigada!

Sherry abre o porta-joia. Nele havia dois aneis pintados e esculpidos, em madeira. Simbolizavam o sol e lua.

Koko: Estes são anéis especiais. Eles servem para afugentar maus espíritos, e demônios. Então, sempre que você se sentir sozinha, ou com medo, você os põe.

Sherry: É lindo, Koko. Eu adorei!

Sherry abraça Koko, e todos os convidados da festa páram para observá-los, batendo palmas.

Após presenciar a cena, a mãe de Sherry finalmente percebeu que era inútil separar as duas crianças. Aquela era uma amizade longa e duradoura.

Koko: Vamos brincar agora?

Sherry: Vamos! Eu estou logo atrás de você!

E a brincadeira continuou. Não só naquele dia, não só por alguns meses, mas por vários anos. Oito anos se passaram. Sherry e Koko, se tornaram adolescentes lindas, e como era de se esperar, a relação das duas não havia mudado em nada.

Sherry: Ei vocês! Deixem minha amiga em paz!

Fulano: Ih, a patricinha chegou! Vamos vazar galera!

Sherry: Koko, você está bem?

Koko: Sim, obrigada Sherry.

Sherry: Levante-se (estendendo a mão) O que aconteceu? Por que aqueles caras estavam te maltratando?

A amizade das duas não mudou, e a condição social também não. Koko, continuava sendo uma garota pobre de se sua aldeia, e por isso, era alvo de humilhações do povo que lá vivia. A família de Koko, era conhecida por serem ladrões, para manter o pouco que tinham. Embora tivesse boa índole, Koko foi rotulada como ladra, sofrendo discriminação por parte de todos. Sherry era sua única amiga.

Sherry: Koko, você precisa dar um ''basta'' nisso.

Koko: Você tem razão, mas acho que eles não acreditariam em mim. E sinceramente, já estou acostumada com esse ''tratamento''. Agora eu tenho prioridades, e não posso perder tempo com eles.

Sherry: É mesmo! Como vão indo seus estudos?

Koko: Não muito bem, por mais que eu me esforçe, não consigo tirar notas boas, o suficiente. Está difícil...

Sherry: Ei! Não se esqueça que estou aqui! Se você quiser, eu posso ajudá-la Seria um prazer pra mim!

Koko: É serio? Obrigada! Você tem notas tão boas! Eu queria ser eficente também.

Sherry: E você será, acredite! Tenho certeza, que você logo terá sua aprovação na faculdade, e eu a ajudarei, no que eu puder.

Koko dá um leve sorriso. Sherry e Koko eram amigas para todas as horas.

Durante alguem tempo, Koko se dedicou ao máximo nos estudos. Embora toda a aldeia, a rebaixasse, ela mantinha fixa a ideia de que iria conseguir. Sherry acreditava bastante nela, e isso já valia para Koko.

Sherry: Koko, você ainda está estudando?

Koko: Desculpe. Estou tão tão perdida, no meio dessa bagunça.

Sherry: Vem, vamos sair! Você precisa se distrair, um pouco.

Koko: Tem razão. Eu estou precisando, de um tempo livre.

Sherry e Koko foram à floresta, não muito longe dali. As duas fizeram como nos velhos tempos: Brincaram até tarde, subindo nas árvores e comendo frutas gostosas. Foi uma tarde divertida.

Koko: Eu adorei esta tarde com você, Sherry. Eu quero mais dias, assim!

Sherry: E nós teremos. Vamos ter muito tempo pela frente, para sermos felizes.

Naquela hora, Sherry lembrou-se da ''Felicidade ao crescer'', que Koko havia falado quando a salvou da morte, anos atrás. Ela havia sido encontrada.

Quando a noite chegou, as duas se despediram. Mas no dia seguinte, talvez houvesse novamente aquela diversão. Só talvez...

Sherry: Finalmente acordei!

Amanheceu. Era um lindo, novo dia. Sherry mal havia acordado, e Albert, o mordomo, veio avisar-lhe de algo importante. Koko havia sido aprovada na faculdade.

Sherry: Que bom! Ela finalmenet conseguiu!

Albert: Koko-chan, é muito esforçada. Parabéns para ela.

Sherry: Minha mãe... Ela havia estudado nessa faculdade.

A mãe de Sherry, havia falecido há três anos. Ainda era doloroso para ela.

Albert: Oh, senhorita Sherry! (chorando)

Sherry: Não é hora para tristeza (enxugando as lágrimas). Preciso ir parabenizar a Koko!

Sherry e Albert pediram ao motorista, para levá-los à aldeia. E já no caminho, Sherry não aguentava de ansiedade.

Sherry: Mais rápido, seu imbecil!

Motorista: Eu estou indo o mais rápido que posso, Senhorita Sherry!

Sherry: Se não chegarmos logo, descontarei do seu salário!

Motorista: Vamos chegar em um segundo! (acelerando)

Logo, eles chegaram à aldeia. Mas tudo, o que viram foi um cenário de caos e destruição.

Sherry: Mas o que é isso?

A aldeia estava completamente em chamas. Todas as casas foram corrompidas pelo fogo e o ar, dominado pela densa fumaça.

Sherry: Não é possível! Isso não está acontecendo?!

???: Sherry! (detrás)

Sherry se vira.

Sherry: Koko!

Koko estava bem ali, de frente para Sherry, com uma enorme expressão de felicidade.

Sherry: Koko, você está bem? Não está ferida? O que aconteceu?

Koko: Calma, Sherry. Estou bem. Aliás nunca me senti tão bem em toda minha vida!

Sherry: O que você está dizendo? Sua aldeia foi destruída e você está feliz com isso?

Koko: Sabe todo este fogo e fumaça? Fui eu que fiz tudo! Com o meu novo poder!

Sherry: Não pode ser. Não! A doce e gentil Koko, jamais faria uma coisa terrível dessas!

???: Hahahahaha!

Alguém se escondia atrás de Koko.

Sherry: Quem está ai?

A figura misteriosa se revela. Era uma criança. Mas tinha aparência, e personalidades cruéis.

Sherry: Quem é você? E o que fez com a minha amiga?

Zophise: A Koko, que você conhece, não existe mais. Eu fiz uma lavagem em seu cérebro, para que ela lesse meu livro e invocasse os meus poderes.

Sherry: Eu não estou entendendo? O que quer dizer? (assustada)

Zophise: Quer dizer que eu roubei a felicidade de sua amiga, e a transformei em uma marionete, que eu posso manipular da maneira que eu quiser! Hahahaha!

Sherry: Isso é mentira! Pára, pára! (ajpelhando-se e colocando as mãos na cabeça)

Koko: Não, Sherry. O Zophise tem razão. Eu não sei ao certo, o que ele fez comigo, mas me tornou uma pessoa melhor. Eu sou dona de todo este poder agora! (abrindo os braços)

Sherry fica paralisada com as palavras de Koko. A melhor amiga, que era tão gentil e bondosa, havia sido possuída por um demônio, contrador de mentes.

Zophise: A Batalha mamodo começou. E com a ajuda de Koko, eu me tornarei rei!

Sherry: Eu não vou deixar! Não vou deixar a Koko com você! A verdadeira Koko, seria incapaz de tamanha loucura. Ela me salvou uma vez, e agora eu que vou salvá-la!
Koko: Já chega, Sherry! Pare com isso agora!

Sherry hesita. Nunca antes, Koko havia falado com ela desse jeito.

Koko: Por favor, Sherry não tire o Zophise de mim! Por que quer estragar minha felicidade? Por que me odeia tanto assim?

Sherry fica em estado de choque por alguns segundos. A face sombria de Koko era de assustar.

Koko: O povo desta aldeia nunca gostou de mim. Ninguém gostava! É por isso, que estou destruindo tudo! Estou tendo a minha vingança pelos tantos anos de sofrimento! E agora, que eu tenho este poder, você quer tirá-lo de mim? Eu não vou permitir! Nem que para isso, eu tenha que eliminar você!!!

Sherry: Koko, espere!

Koko: RADOMU!

Zophise dispara uma bola explosiva da mão, que parecia ter acertado Sherry.

Zophise: Vamos embora, Koko.

As duas vão embora, sem saber que alguém havia se colocado na frente de Sherry, e recebido o dano, no lugar dela.

Sherry: Q-Quem é você?

Brago: Tente ler esse livro (jogando-o no chão) Depois nós conversamos.

O protetor de Sherry era um demônio negro. Sherry seria capaz de se aliar à ele, tendo presenciado a crueldade de outro?


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Notas finais do capítulo

A chegada de Brago, vai causar uma revira-volta



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