???: Já acabei, mãe!

???: Pois vá se limpar! Será que nem isso, você consegue fazer?

Era apenas, uma conversa amigável entre mãe e filha. A pobre menina rica, conseguia irritar a mãe com qualquer coisa.

Sherry: Arre égua, mãe. Me deixou esperando e nem foi, né?

Mãe da Sherry: Você já tem 8 anos, Sherry! Já está na hora de aprender a fazer várias coisas sozinha, e ser mais independente.

Sherry: Mas nós temos vários empregados! Bem que um deles, poderia ter me ajudado. A ''coisa'' era feia, sabe?
Mãe da Sherry: Cala a boca! (dando um tapa)

Com o tapa, Sherry, cai no chão.

Sherry era uma menina de 8 anos. Olhos azuis, e lindos cabelos loiros. Pertencia à nobre família Belmont, uma das mais importantes do país.

Mãe da Sherry: Será que você não consegue fazer nada direito?

Sherry: Mas, mãe... (chorando) Eu sou boa, em outras coisas! Eu sei que sou!

Mãe da Sherry: Me dá só um exemplo!

Aulas de piano...

Sherry: Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó! Ai!

Mãe da Sherry: Você repetiu o dó, sua anta!

Sherry: Vou dizer pro meu pai, que me bateu!

Mãe da Sherry: Mas ele está morto!

Sherry: Ah, tá.

Aulas de reforço escolar...

Professora: Então, Sherry, a multiplicação é bem simples: 3237 x 6539.

Sherry: E-Eu bem...

Olhando para mãe, Sherry se apavora.

Sherry: Eu não sei.

Mãe da Sherry: Sem sobremesa por uma semana! Não! Duas semanas!

Aulas de dança...

Sherry: Desta vez, eu preciso conseguir. Não! Eu vou conseguir!

Professora: Venha, Sherry. É só dar uma pirueta no ar, como já ensaiamos.

Sherry olhava para sua mãe, buscando a tão sonhada aprovação.

Sherry: Toca o som!

A professora liga o rádio, e a música começa a tocar.

Música: Mas não, não pode ser. Vou voar, é só eu querer...

Sherry começa a correr.

Música: Tal qual ave, no ar. Basta crer e voar...

Sherry pula no ar, e tenta dar a pirueta.

Música: Vou voaaaaar...

Sherry cai e machuca o joelho.

Música: E voar, eu não vou nunca mais.

Sherry se levanta e dá de cara com sua mãe.

Sherry: Desculpa.

Mãe da Sherry: Anda, vamos embora. (pegando pelo pulso)

Sherry e sua mãe, chegam em casa. A menina já estava assustada, e temia o pior.

Mãe da Sherry: Por que, você faz isso? (tom baixo)

Sherry: Hã?! Como assim?

Mãe da Sherry: Por que você é tão imprestável? Por que não faz nada direito? (gritando)

Sherry a olha com tristeza.

Mãe da Sherry: Por que, comete uma falha atrás da outra? Por quê? Você deveria ser perfeita, assim como todos os membros da família Belmont! Você não passa de lixo! Por que eu fui dar à luz, a alguém como você?!

Sherry fica chocada, com as palavras da mãe; sobe as escadas em direção ao quarto.

De repente, começa a chover. E uma onde de pensamentos, e sensações ruins, se apoderam do coração de Sherry.

Sherry: Não se preocupe, mamãe. Darei um fim ao seu sofrimento, hoje.

Sherry abre a porta, e sai de casa caminhando, na chuva.

Uma forte chuva, dominava o local. Raios e trovões, cantavam, em meio às nuvens.

Sherry: Por que eu existo? Qual é o sentido desta minha vida miserável? Minha mãe, ficaria melhor sem mim.

Sherry, caminhava totalmente sem rumo, perdida em seus pensamentos. Para ela, não havia, mais razão de viver, já que nada do que fizesse, alegrava o coração de sua mãe. Uma vida vazia. Sem esperanças, sem sonhos, e sem expectativas.

Chegando à uma ponte de pedra, Sherry sobe no corrimão. Olhando para baixo, avista um grande rio enlameado, correndo rapidamente.

Sherry: Cansei de viver assim. Não há mais nada, que eu possa fazer. O único jeito, para pôr um fim à minha angústia, é dar cabo, de minha vida.

Sherry se joga da ponte.

Sherry: Adeus, mundo cruel!

Sherry cai no rio, e começa a se afogar. Seria mesmo, o seu fim?

Do nada, surge alguém, que se joga no rio, e salva Sherry.

Trazendo Sherry, à terra firme. A pessoa era uma menina, da mesma idade de dela.

Koko: Sua idiota!

Sherry: Será que nem pra morrer, eu presto? Quem é essa garota?