Nossa história continua! escrita por The Kira Girl


Capítulo 4
JADE - Minha avó: um doce de pessoa!


Notas iniciais do capítulo

Oii Gente, demorei? desculpa, tive que arrumar minhas coisas para a volta ás aulas...
Semana que vem começaram minhas aulas em um colégio completamente novo... então vou precisar de um tempo para me acostumar e talvez eu demore mais para postar, mas não se preocupe que eu não irei abandonar a história blz? :)
Boa leitura!



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JADE

Quase cinco horas. QUASE CINCO HORAS foi o tempo que durou para chegarmos ao nosso destino.

Estava cansada de ficar sentada, meu bumbum já estava doendo, e o pior é que deixei minha mochila com tudo o que pudesse me distrair no porta-malas da van para que não ocupasse espaço, fazendo com que meu único passatempo fosse ficar à toa observando os outros.

Megan e Miki pareciam não se importar com nada, até porque estavam dormindo uma encostada na outra. Dormir me parecia uma boa ideia, mas sempre que eu começava a cochilar, o carro passava por cima de um buraco (normal em estradas brasileiras) fazendo eu dar com a cabeça no ou teto ou no banco da frente (o que me deixava mais estressada do que eu já estava!).

Andrew, que sentava no banco da frente ao lado da minha mãe, esquecia da vida com os fones de ouvido, e Gaah, sentado ao meu lado, olhava para a paisagem que passava rápido por nós, e sorria com o vento batendo em seu rosto. Era fofo de ver, ele parecia um daqueles cachorrinhos que colocam a língua para fora quando saem de carro. Uma das coisas que eu mais achava incrível no meu namorado era a facilidade com a qual ele se distraía. As vezes isso me irritava porque ele nunca conseguia me escutar por muito tempo, mas tinha horas como essa, que se distrair era bom.

O sol já estava se pondo e o céu já estava escurecendo quando mamãe avisou que já estávamos chegando.

– Ai, Graças a Deus, eu já não aguentava mais!!! – disse tão alto que Megan e Miki acordaram.

– Mas já estamos chegando? – Megan disse com voz de sono. – Poxa, mas faz pouco tempo que a gente saiu de casa...

– Faz pouco tempo nada, estamos a horas na estrada! Só vocês não perceberam porque dormiram a viagem toda...!

– Eu não teria dormido agora se você não tivesse roncado tanto ontem à noite não deixando ninguém dormir em paz! – Megan retrucou.

– Ora sua...!

– Calma, Jade! Eu sei que você está estressada, mas não desconte na sua prima! - mamãe tem sempre que se meter. Foi melhor mesmo. Eu ia falar poucas e boas para essa garota...

Senti Gaah passar o braço ao redor dos meus ombros. Ele não disse nada, mas só pelo olhar dele, entendi que não queria me ver irritada. Respirei fundo e resolvi fazer o que ele pediu. Encostei minha cabeça nele que me envolveu em um abraço confortável. Realmente, eu não sobreviveria por muito tempo sem ele.

_________________________________________________

Paramos a van em frente a uma porteira de madeira. Ao longe eu podia ver a casa onde morava a vovó e os seus empregados. Uma verdadeira mansão. Fazia anos que não pisava naquele terreno, mas ainda me lembrava de cada detalhe: as árvores frutíferas no quintal, a sala com espaço suficiente para brincar de pega-pega (uma vez quando era criança eu tropecei e bati a cabeça no chão dessa sala e tive que ir pro hospital, mas isso não tem relevância agora) e a cozinha que sempre tinha cheirinho de bolinho caseiro recém- saída do forno. Até que era bom estar de volta.

Enquanto tirávamos nossas malas da van, nossa avó veio pessoalmente abrir a porteira para nós.

Quando alguém fala a palavra “vovó”, a primeira coisa que a maioria das pessoas pensam é, com certeza, em uma velhinha com cabelos grisalhos que passa o dia tricotando roupa e cozinhando para os netinhos, estou certa?

Pois devo adiantar que minha avó é totalmente o oposto disso. As roupas espalhafatosas com estampa de onça e a maquiagem parecendo de um palhaço confirmam o que eu digo.

– Oh meus queridos, estava com tanta saudade de vocês!! – ela abraçou Andrew (provavelmente porque ele estava mais perto) quase fazendo-o perder o ar e ainda amassando seus fones que ainda estavam em seu pescoço.

– É bom te ver também, vovó! – Ele respondeu com falta de ar.

Depois disso ele se virou para a mamãe e lhe deu um abraço:

– Elle, minha querida, você está tão magra! E esse cabelo, menina, está cheio de pontas duplas...!

– Pois é, mãe, eu não tive tempo ainda de ir ao salão... – mamãe respondeu sem graça.

– Pois olhe os meus, estou “loiréssima” agora! – balançou os cabelos loiros (de humilhar) – Gostou filha? Fiz com meu cabelereiro particular, ele é ex-ce-len-te! Eu posso marcar um horário para você...

– Não, não há necessidade...

Acho que por esse diálogo realmente comovente entre mãe e filha, você já deve ter percebido que tipo de pessoa é minha avó. Do tipo que vive no salão de beleza, adora estar “na moda” (entre aspas mesmo!), fala a verdade na cara de QUALQUER UM e principalmente adora esbanjar dinheiro.

– E você meu querido, quem é você? – ela apontou para Gaah – Pelo que eu me lembre eu só tenho três netos, acho...?

– Ah, desculpa, eu deveria ter me apresentado antes, eu sou Gabriel, namorado da Jade...

– Mentira! Sério que você está namorando? – vovó se virou para mim – Menina, não achei que você fosse encontrar um namorado bonito... toma cuidado pra ele não te largar e você não ficar solteira como a sua mãe, que a situação dela com homens está complicada desde que seu pai largou vocês...

Minha avó: sempre sincera independente do quanto a verdade possa magoar uma pessoa. É por isso que essa família cresceu toda traumatizada.

– Hm... eu não pretendo largar a Jade, eu realmente a amo... – Gaah afirmou um pouco corado.

– Oh, meu filho, isso é muito bonito, realmente muito bom... Até que ela não está tão ruim agora, você precisava ver quando ela tinha sete anos era uma baleia de tão gorda, não parava de comer....

– VÓ, PELO AMOR DE DEUS!

– .... se a gente deixasse ela comia os animais vivos, nem esperava eles cozinharem de tanta fome, não é verdade, Jade?

– NÃO PRECISA ENTRAR EM DETALHES, POR FAVOR! – disse desesperada.

– Então, vó, porque não vamos para dentro, está começando a escurecer... – Megan propôs.

– Ah claro, minha flor, não queremos ser atacados por onças não é verdade?

– Tem onças malvadas aqui? – Miki perguntou aterrorizada.

– Sim, de onde você acha que eu tirei a pele pra fazer essa roupa? – ela apontou para a roupa (ridícula) que usava.

– Ai meu deus! – Miki agarrou a perna de sua irmã.

– Calma, ela só quer te assustar, essa roupa não é de pele de onça de verdade... – Megan a tranquilizou.

_________________________________________

Andamos alguns metros até chegar na casa. Eu e Gaah não estávamos com presa, então ficamos andando atrás dos outros, para podermos conversar.

– Eu não sabia que você era uma baleia... – ele riu.

– É uma fase do meu passado que eu queria esquecer, mas a vovó teve que lembrar...

– Sua avó é bem... hm...

– Perua?

– Não era isso que eu ia dizer...

– Mas com certeza pensou.

– Ela parece ser uma pessoa legal...

– Ela é, mas só quando não joga a verdade escancarada na nossa cara!

– Parece que sua mãe ficou um pouco ofendida com o comentário sobre o seu pai...

– É... minha mãe e minha avó também não se dão muito bem...

– Será que alguém se dá bem nessa sua família?

– Eu duvido muito... – eu ri e ele riu de volta.

Chegamos na casa-mansão que tem tudo menos wi-f,i e meus tios estavam nos esperando. Tia Júlia e tio George abraçaram seus filhos e deram um oi pra mim e para Gaah. Não gosto muito de reencontros, você já deve saber, então fui procurar meu quarto.

Subi as escadas daquela mansão e fui em direção à segunda porta à direita, onde disseram que ficaria meu quarto.

Não era tão confortável quanto o meu, mas pelo menos tinha uma cama de casal só para mim e isso já estava de bom tamanho. Desfiz minha malinha colocando minhas roupas na cômoda ao lado da cama. Não havia levado nada de mais, só algumas blusas, alguns shorts jeans e um vestido florido. Esse vestido não tinha nada a ver comigo, era muito chamativo e muito escandaloso, mas resolvi trazer porque foi minha vó que me deu e quem sabe eu não uso para fazer um agrado... posso reclamar, mas minha avó é minha avó e eu gosto dela por mais perua que ela seja.

Já ia me jogar na cama quando alguém abriu a porta.

– Jade, o que está fazendo aqui no meu quarto? – Megan veio implicar comigo.

– Seu quarto? Querida, esse é o MEU quarto!

– Vovó disse que esse é o meu quarto!

– E a vovó também disse que esse é meu quarto!

– E onde eu vou dormir?

– Pode dormir com as vacas no celeiro, quem sabe você não se identifica...?

– Oras, sua... – Já íamos partir para a agressão física quando a tia Julia nos interrompeu.

– Ei, meninas, porque essa gritaria?

– Ela está no meu quarto! – Megan gritou.

– Ela é que está no meu quarto, eu cheguei primeiro!

– Acalmem- se! Esse quarto é para as duas!

– O QUE??? – eu e minha prima falamos juntas.

– Mas só tem uma cama! – indaguei – Quer que a gente durma na mesma cama???

– Por que não? Ela é grande o suficiente! Agora parem de mimimi e vão logo tomar banho para dormir!!! – titia fechou a porta deixando eu e o capeta Megan sozinhas.

– Aff...! – Ela suspirou. – Pelo menos você não é mais gorda, a cama deve ficar mais folgada...

“Calma, Jade...” disse para mim mesma. “Se controla por que vai ser uma looonga noite...”


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Se estão gostando desta fic, por favor, favoritem, comentem e recomendem para eu saber se estou fazendo um bom trabalho, afinal, escreverei com mais vontade sabendo que estão gostando! *--*



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