Uma Segunda Chance escrita por Sapphire


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi, leitores...
Bom andei pensando que tá complicado escrever uma fic que somente uma leitora se dispõe a comentar, quando se tem mais gente acompanhando a fic.
Vou postar esse capítulo e dar uma parada por enquanto. Vejo pessoas favoritando, indicando fics que a pessoa mal se da o trabalho de revisar para um leitor beta, com erros gravíssimos de português.
É complicado. To pensando seriamente se vale a pena postar historias no Nyah novamente. O site mudou muito de 2008 pra cá, e a qualidade em escritas tbm caíram e o numero de leitores que comentam pior ainda.
Por essa razão estou pensando em dar uma parada.
Enquanto não tomo uma decisão, uma boa leitura para vocês.



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Ficamos trocando caricias e beijos na cama, Liam era atencioso e as poucas horas que estávamos juntos ele se mostrou ser amoroso, um cavalheiro e um verdadeiro cavalão na cama quando precisava ser.

Era um misto de homem canalha e um “gentleman” como dizem na língua inglesa. E era tudo o que eu gostava em um homem, os certinhos demais são tediosos e os brutos demais também fazem qualquer mulher broxar.

Senti seu corpo nu e quente me envolver em seus braços e fechei os olhos para sentir seu toque, ficamos ali de conchinha na cama até adormecer naquela fortaleza.

Acordei no dia seguinte por conta de um barulho que eu achava ser parte do meu sonho. Mas o som estava ficando mais intenso e mais forte a medida que eu tomava consciência da realidade.

Senti meu corpo dolorido, como se tivesse acabado de correr uma maratona ou de quem tomou chuva e vento, e tivesse pegado uma gripe forte de derrubar até o mais forte dos homens.

– Liam acabou comigo ontem. - resmunguei ainda sonolenta, mas um sorriso malicioso brotou em meus lábios, porque havia sido a maior foda da minha vida, se Carlos Daniel me deixasse assim toda vez que fazíamos amor eu não teria o porquê de trair ele.

Me virei pra tentar voltar a dormir quando começo a ouvir um choro de bebe, e por um momento achei que Liam tivesse ligado a tv do quarto, mas tirei o protetor dos olhos e não vi tv alguma ligada.

Olhei para o lado e também não o encontrei na cama. Já estava furiosa por terem me acordado tão cedo, ainda mais por choro de birra de criança, jamais pude suportar os choros do Carlinhos. Levantei, puxando o lençol enrolado em volta do meu corpo e me olhei no espelho, abri um pouco o lençol pra ver meu corpo e havia alguns hematomas, nunca em 10 anos eu cheguei a um estado lastimável como aquele.

Meus olhos pararam em uma camisa pendurada na cadeira e não pensei duas vezes em pega-la para me vestir, ajeitei meu cabelo e lavei meu rosto, ainda não iria me maquiar, precisava saber de onde aqueles gritos viam.

Saí do quarto a procura do Liam, e quanto mais me aproximava da sala principal, mais os choros se intensificavam e meu sistema nervoso já queria se abalar.

– Shiuuu, papai tá aqui filho, não precisa chorar. - conseguia ouvir a voz do Liam, calmo e sereno por trás da parede que nos separava.

Para minha surpresa, Liam estava com um menino por volta dos 3 anos em seu colo agasalhando em seus braços.

Não, só podia ser piada, ele tinha um filho e não me falara nada. Eu não serei madrasta pela segunda vez. De jeito nenhum.

– Papa, óh - o pirralho apontou pra mim quando me viu entrar na sala e automaticamente Liam se virou pra mim com o sorriso caloroso e tão iluminado quanto ao sol. Seus olhos brilharam em minha direção ao me ver, mas eu estava nervosa demais para me derreter com seu sorriso.

– Bom dia - disse vindo em minha direção e dar um selinho - espero que o choro do Ryan não tenha te acordado.

– O que significa isso? - olhei pra ele séria.

– Ah, desculpa - disse rindo - Esse é o meu filho Ryan, filho da oi. Seja educado.

– Oiiii - o pirralho sorriu pra mim exatamente igual ao pai e mesmo sendo bonitinho não me comprava.

– Oi - respondi á contra gosto, porque querendo ou não, o pai dele estava ali e não podia me dar ao luxo de maltrata-lo - Você não disse que tinha um filho, Liam.

– Desculpa, eu não gosto de ficar falando sobre meu filho quando tenho encontro. Não fico expondo ele pra qualquer pessoa ou de qualquer jeito, você entende?

– Entendo perfeitamente. - Maldição, mil vezes maldição.

Esses homens amam fazer filho, só pode. Quanto mais eu tomo cuidado para não engravidar mais aparece homens com bagagem feita. Eu não estou afim de passar por tudo outra vez. Eu não viajei para outro país recomeçar minha vida pra achar outro Carlos Daniel. Não mesmo.

“Respira fundo, Paola. Lembre-se que é a vida te dando uma nova chance. No leito de morte você disse que teria feito as coisas diferente pelo Carlos Daniel. Você achou um homem lindo, e todas as qualidades que as mulheres sonhariam em ter. Se ele tem um filho é a sua segunda chance para ser uma boa mãe.”

– Ele não estava se sentindo bem e a babá o trouxe pra mim. Meu pequeno queria ficar comigo e hoje vou passar o dia com meu filho. Pensei que seria bom se saíssemos para nos conhecer melhor.

O pivete desceu do colo e pegou a chupeta colocando na boca e ficou me olhando com desconfiança.

Quem deveria olhar dessa maneira era EU. Criança são criaturas traiçoeiras e que quanto menos você esperar tão lá com a bunda suja de cocô pra você limpar.

– Excelente ideia, querido. - disse com o melhor sorriso que poderia dar - Sabe, eu adoro crianças e adoraria passar essa tarde com você e o pequeno Ryan. - Passei o braço em volta do seu pescoço.

– Papa meu. - o toco de gente veio todo bravo abraçando as pernas do Liam e me encarando como se eu fosse uma criminosa.

Agora era só o que me faltava, ficar disputando a atenção do MEU homem com o filho dele. Carlinhos e Lizete pelo menos não eram tão atrevidos assim.

Liam soltou uma gargalhada e pegou o filho no colo dando um beijo na bochecha gorda do moleque achando graça, como se ele fosse um anjinho lindo.

– Papai é seu, mas hoje nós três vamos sair juntos e você vai ter que aprender a me dividir.

O pirralho fez um bico desaprovando é claro o que o Liam disse, mas obedeceu.

Me despedi dos dois para voltar ao meu quarto onde estava hospedada para tomar um banho e me arrumar.

Loucura embarcar numa nova relação na qual ele tem um filho, será que esse sempre será meu destino? Conhecer, amar, virar madrasta, trair e divorciar-se?

Liguei o chuveiro em agua quente e deixei a agua cair sobre meus ombros para pensar um pouco o que acabara de acontecer. Antes de morrer eu disse que tentaria fazer as coisas diferente se pudesse voltar atrás.

Eu era tão jovem e imatura quando casei-me com o Carlos Daniel, não suportei a ideia de ter que dividir a casa com a outra parte da família dele, e eu fui muito criança em não aceitar os filhos dele. Eu não queria ter responsabilidade com aquilo que não era meu.

Eu nunca tive filhos com ele com medo de estragar meu corpo, é verdade. Mas não significava que eu não queria ter um filho com ele. Mas já tinha o Carlinhos e a Lizete e somar mais uma criança naquela mansão com gente insuportável não era bem um sonho.

Mas Paulina chegou lá e fez tudo aquilo que deveria ter sido feito por mim, eu fazia tanta tempestade em copo d’agua pela minha falta de paciência e de forma simples com amor ela conseguiu me mostrar que eu poderia ter sido feliz e ter sido uma boa mãe.

Se eu estava mesmo disposta a mudar eu teria que rever algumas atitudes minha.

Afinal de contas era apenas um garotinho, e o que de mal poderia acarretar em minha relação com o pai dele?

Desliguei o chuveiro, sequei meu cabelo e me arrumei, sempre deixando em destaque meu batom vermelho que já fazia parte da minha marca.

Não demorou muito para eu ouvir batidas na porta e encontrar um Liam tão lindo e gostoso quanto na noite passada e claro, seu filho a tiracolo.

– Está pronta?

– Estou, vou buscar apenas minha bolsa e já volto - disse correndo até o meu quarto e pegar minha bolsa, a carteira e meus cigarros que não podiam faltar por nada.

“Não filho, não mexe aí, você pode quebrar”

Ouvi a voz do Liam num tom de repreensão quando ouço um CRASH e uma risadinha.

“EU DISSE RYAN, não era pra mexer”

Corri para ver o que tinha acontecido.

– Desculpa Paola, juro que pago essa despesa. - justificou Liam com um filho no colo a risadinhas.

Olhei e vi com os cacos do vaso espalhado pelo chão e um moleque com cara de diabinho feliz por ter quebrado um vaso caríssimo que NÃO me pertencia.

Se achava as manhas do Carlinhos ruim, não chegava nem perto do monstro que era o moleque a minha frente. Eu estava lidando com um capetinha em forma de guri.


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