Uma Segunda Chance escrita por Sapphire


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um Capítulo da fanfic USC.
Agradecer a Janaina Somerhalder Orton que comentou no capítulo anterior.
Valeu pelo apoio, garota.
Espero que você goste desse capítulo novo.



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Desliguei o telefone desejando felicidades ao casal com o maior gosto amargo na boca. Paulina que sempre se dizia fiel a mim tá mostrando realmente quem é. A mosca morta já tá mostrando as garrinhas, mostrando que de bobinha não tem nada.
Sim, eu cheguei a amar o Carlos Daniel uma época, mas foi tantos anos atrás. Sim, me divorciei dele. Sim, ele não me interessa mais, mas mesmo assim...
MAS QUE DROGA. Mal saí do país e a minha irmãzinha gêmea já foi ao ataque, isso porque ela seria irmã de caridade caso eu saísse de perigo. Não quero nem imaginar se ela não tivesse feito essa promessa.
Eu preciso beber e fumar nesse exato momento, só desses amigos que eu precisava.
Abri minha bolsa procurando o cigarro e a piteira. Não demorei muito pra acender e já estar tragando. Minha cabeça dando voltas e a raiva subindo.
Resolvi tomar um banho relaxante na hidromassagem e me arrumei para descer e tomar algo no bar do hotel. O lugar não estava tão cheio, havia algumas pessoas pingadas em alguns cantos, sentados ou em pé conversando.
Sentei e pedi algo forte para beber e o barman não demorou para me servir. Dei uma golada de uma só vez, e aproveitei para acender outro cigarro, segurava de um lado a piteira e na outra o copo de bebida.
– Que raios, não encontro meu isqueiro - procurei na bolsa bem na hora que sinto uma presença ao meu lado puxando o banco para sentar e acender o cigarro para mim. Já ia me virar para agradecer quando o estranho fala.
– Cuidado, essa bebida é forte.
Liam.
Olhei na mesma hora, e lá estava ele todo lindo com uma camisa preta com alguns botões aberto no peito, sorrindo pra mim exalando todo charme e abrindo um sorrisão.
O bonitão não precisava fazer nada para conquistar uma mulher tenho certeza disso, somente aquela presença toda máscula, aquela voz grossa... Ah.
– O que faz aqui? - olhei pra ele sem conseguir disfarçar minha surpresa.
– Vim fazer o mesmo que você, beber.
– Quero dizer, nesse hotel.
– Oras, eu estou hospedado aqui.
Jura? Ele hospedado bem aqui? O senhor destino quer mesmo eu envolvida com esse homem, só pode. Ou ele tá me caçando ou é muita coincidência.
– E você, Paola. O que faz aqui?
– Estou hospedada aqui também. - traguei um pouco e assoprando a fumaça para o outro lado - quanta coincidência.
– É, quanta - ele riu e ergui uma sobrancelha sem entender - já que estamos aqui, te pago uma bebida. - ele estalou os dedos e na mesma hora o barman deixou de dar a atenção a um casal e veio na direção do Liam. - Duas doses de tequila. Acho que agora você não foge mais de mim, não tem escapatória.
– E do que eu estaria fugindo? - eu ri levando a piteira a boca novamente - Pode ter certeza que de um homem como você, eu não fugiria nunca.
– É bom saber disso. Por que eu não pretendia te deixar ir embora mesmo.
Sorri para ele colocando uma mexa do lado direito atrás da orelha.
Sua mão foi em direção ao meu braço esquerdo fazendo uma carícia e só pelo toque da mão enorme e quente, meu braço arrepiou mesmo ele sendo tão quente.
– Está com frio? - ele perguntou todo preocupado e achei a preocupação dele encantadora e inocente demais para um homem do porte dele.
Eu ia responder que não, porém minha cabecinha bem penteada já estava pensando em coisas. Minha malícia ainda estava lá.
– Estou. - respondi me encostando nele quando seus braços me envolveram e pude sentir o perfume amadeirado, era inebriante. Como eu amo homens cheirosos. - Aah assim está bem melhor. Eu esqueci completamente meu casaco.
Frio coisa nenhuma, a noite estava quente.
– Se estiver com muito frio podemos terminar de beber no meu quarto.
Olhei pra cima e lá estava ele com os olhos fixos em mim, mordi meu lábio inferior, olhando para aqueles olhos azuis de oceano, aquela boca carnuda e o queixo forte com aquele furinho. A barba por fazer que parecia ser parte do charme.
Senti sua mão deslizar e apertar minha cintura com força e trazer meu corpo pra perto do dele, quando senti que viria um beijo pela frente eu virei o rosto bem a tempo. Seus lábios acabaram tocando meu pescoço, porque eu mesma virei para que ele me beijasse lá.
Sou uma mestre da sedução e não ia perder a oportunidade de provoca-lo.
Eu quero esse homem na palma da minha mão.
– O que acha Paola? Se eu estiver sendo inconveniente você pode recusar.
– Não, você não está sendo inconveniente, mas não acha que é muito cedo esse convite? - coloquei minha mão em seu rosto para acariciar e sua barba me espetou - Afinal, o que você ia pensar de mim? - fiz um biquinho jogando charme pra ele pensar que sou difícil.
– Que você é a mulher mais linda que já pude desfrutar da companhia. - ele segurou meu queixo pra olhar pra ele - Então... Vem comigo? Não serei aquele cara que te convida para passar a noite e amanhã some. Não farei nada que não queira. Só companhia.
O Barman trouxe as bebidas e ainda continuamos a nos encarar por alguns segundos. Olhei para o balcão e virei a tequila de uma só vez e levantei, pegando minha bolsa de cima e fui em direção a saída rebolando um pouco, virei a cabeça de leve e pelo canto do olho pude ver Liam virando a bebida de uma só vez, jogando as notas em cima do balcão e vir em minha direção.
Ele passou seu braço em volta da minha cintura e andamos em silencio em direção ao elevador. Olhei pra baixo e vi um volume formado na calça dele, ofeguei baixinho e olhei pra cima para ver em que andar iríamos, mas os números não paravam de subir. Então deduzi que estávamos indo para a cobertura.
Mordi o lábio e não sei por que raios meu estômago estava dando voltas e minhas pernas queria fraquejar. Liam me segurava com tanta firmeza que mesmo se eu ameaçasse de cair, seria impossível.
Meu Deus, o que estava acontecendo comigo? Me sinto igual uma adolescente.
– Chegamos!
Quando o elevador parou e ouvi o sininho as portas se abriram e vi um enorme corredor muito bem decorado. Andamos até as enormes portas da suíte, quando Liam teve que me soltar para abrir as portas.
– As damas primeiro - ele abriu a porta me deixando passar na sua frente. - Vou preparar uns drinks pra nós.
– Aqui é tão aconchegante - falei enquanto sentava e cruzava as pernas bem adiante dele.
– Toda vez que venho só fico aqui, é o melhor quarto. É um pouco exagerado, já que fico sozinho, mas o serviço e a paisagem são os melhores. O que vai querer beber?
– Tem champanhe?
– Claro que tem. Vou pegar pra você. - em poucos segundos ele me trazia uma taça e um Martini para ele se sentando ao meu lado.
– Obrigada.
– Me conta um pouco mais sobre você. Quero te conhecer melhor Paola.
– Não há muito o que dizer - sorri.
– Você parece que quer fugir do seu passado.
– Não fujo de nada, porque não tenho medo de nada. Bom... vamos fazer assim, vou falando conforme eu achar necessário ou que preciso. Estou mais interessada no meu presente a minha frente.
– Como você quiser. - ele deu uma golada de sua bebida e deixou o copo na mesinha de centro e colou mais ao meu lado passando o braço em volta do meu pescoço - Sabe... desde que te vi, gostei muito de você. E você já deve ter percebido isso.
Tomei um pouco do meu champanhe e não o respondi.
– Você me deixou louco quando dançamos juntos naquele luau, e quando eu tive quer viajar de volta pra casa fiquei triste porque pensei que não te veria novamente.
– É mesmo? Se gostou tanto assim de mim porque quando nos despedimos na praia você não foi atrás?
– Porque eu não quis apressar as coisas.
– Não quis apressar as coisas e quer apressar agora? - eu ri me divertindo com a declaração dele.
– Não estou apressando nada, estamos só conversando. Não sou desses caras que está imaginando que no primeiro encontro vai pra cama com a mulher. Vou te respeitar.
Ai, mas que droga. Mais um Carlos Daniel da vida. Se eu quisesse um donzelo eu mesma teria ficado com o meu marido enfadonho.
– Você é muito gentil e um cavalheiro.
– Assim que gosto de ser. Porém, tem uma coisa que quero fazer desde que coloquei meus olhos em você.
– Ah é Senhor Scott? E o que seria?
Balancei minha taça um pouco, olhando a bebida balançar junto, bem no momento que ele retira das minhas mãos e captura meus lábios entre os seus.


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