Wide Awake - The Twins escrita por KindestHuntress
– Okay, precisamos de um plano bom, faz anos que quero colocar esses dois juntos, mas nada dá certo, eles são muito teimosos. - disse Wilson. - O que têm em mente?
– Pensamos em trancar eles dois em algum lugar. - disse Allexandra, falando pelas duas.
Wilson parou e pensou um pouco.
– Bom, se fizermos isso, eles podem discutir, ainda mais se o House não tiver tomado o remédio e a perna dele estiver doendo. - comentou Wilson.
– Então, temos que garantir que ele vai tomar o remédio. - disse Ruby.
– Temos que garantir também que Cuddy não vai achar que precisa voltar para casa cedo. - disse Wilson.
As gêmeas se olharam, depois fitaram o oncologista.
– Dizemos para ela que você vai nos levar para um lanche. - propôs Ruby.
– Okay, mas como colocar o House na sala da Cuddy? - perguntou Wilson.
– Memorandos, mandamos um anônimo, algo que faça ele ir até a sala dela. - disse Allexandra.
– Okay e quem vai trancar eles lá?
As duas encararam o oncologista com sorrisos travessos.
– Okay, eu fico com o trabalho sujo. - ele falou derrotado.
– E temos que desligar o telefone da sala dela. - falou Allex.
– E nos livrar dos celulares. - falou Ruby.
– Então,... Temos um plano? - perguntou Wilson.
As gêmeas se entreolharam e sorriram.
– Parece que sim. - disse Ruby.
– Quando começamos? - perguntou o oncologista.
– Aonde vão? - perguntou Cuddy, vendo as duas filhas levantarem.
Elas viraram.
– Ah, é, esquecemos de falar, tio Jimmy quer nos levar para lanchar. Tem problema? Ele disse que nos deixa em casa depois. - falou Allexandra com ar inocente.
Cuddy observou as duas por algum tempo.
– Okay, vão, mas cuidado. - ela falou.
– Okay, tchau, mãe. - elas disseram e saíram.
Cuddy foi pega de surpresa pelo “mãe” e sorriu, vendo-as saindo, então abaixou o olhar para a papelada em sua mesa.
Ela ouviu a porta ser aberta.
– Ruby, o que eu falei sobre a porta? - ela disse sem tirar os olhos dos papéis.
– Hey, deixe a menina se divertir abrindo as portas sem bater. - a voz de House ganhou a atenção da reitora, essa o viu caminhar e sentar a sua frente.
Ela revirou os olhos e voltou a encarar os papéis.
– Nunca me disse que tinha tido filhas. - ele falou.
Cuddy ergueu o olhar surpresa.
– Você arrancou isso do Wilson? - ela indagou.
– Nah, Wilson anda péssimo, não fala nada para ninguém, ele tem aquela coisa chamada... Como é o nome mesmo. Ah, sim. Consciência. - zombou o médico. - A nerdzinha tem os seus olhos, já a outra...
– Os do meu pai. - disse Cuddy.
– Elas parecem legais, mesmo que a do estilo emo não me parece muito original, ela parece esconder alguma coisa.
– Olha só quem fala.
– Isso não preocupa você?
– Elas viveram 16 anos na delas, aprenderam a cuidar uma da outra, se tivesse algo errado com Ruby, Allexandra saberia.
–... Right. - House a analisou por alguns instantes. - Parece que estão se dando bem.
– Elas são minhas filhas, House. É natural.
Ele revirou os olhos.
– Então, diz, quem é o pai?
Cuddy deu seu máximo para não parecer surpresa por ele não saber e não entregar o jogo.
Ela ficou calada.
– Wilson, saia do corpo da Cuddy. - ele resmungou.
A morena sorriu levemente, então o fitou.
– Você sabe que eu vou descobrir, não é? - ele disse.
– Okay. - ela disse simplesmente.
– E se eu contar para elas.
– Ninguém garante que elas vão acreditar.
Ele a estudou curioso.
– Mas, então, por que está aqui, House?
– Você mandou me chamar.
Cuddy o encarou confusa.
– Não mandei.
– Mandou sim.
– House, não mandei.
Ele revirou os olhos, então virou para sair, indo até a porta.
Cuddy ouviu ele mexer na maçaneta.
– Por que a porta está trancada?
– Não está.
– Você quer vir aqui tentar abrir?
Lisa o encarou, então olhou para porta e viu que ele falava a verdade.
– Mas o que--
Ela levantou e caminhou até a porta, enquanto House tentava entender o que estava acontecendo.
– Onde estão suas filhas?
– Com o Wilson.
– E o seu celular?
– Ele... Estava com a Ruby, ela estava jogando alguma coisa, mas não me devolveu. - ela disse, então caminhou até sua mesa, indo até o telefone.
House procurou o próprio celular.
– O telefone foi cortado. - disse Cuddy, mostrando o cabo.
– Meu celular está na minha sala. - disse House.
– Wilson. - falaram os dois.
– A letra do memorando não é dele. - pontuou o médico.
Cuddy encarou o chefe do departamento de diagnósticos.
– Então ele não agiu sozinho. - disse a morena.
– Wilson e seu sonho de seguir a carreira de cupido. - resmungou House, então voltando e sentando no sofá da Cuddy.
– E agora? - ela perguntou.
– Vamos ter que esperar até que o Jimmy Boy se sinta culpado e venha destrancar a porta. - ele disse deitando no sofá.
Cuddy suspirou, desistindo e voltando a sua mesa.
– Então, não vai mesmo contar quem é o pai delas? - ele insistiu.
– Por que isso é importante, House? - ela indagou.
– Talvez porque você disse que elas têm 16 anos e, se minha memória funciona, eu deveria ficar interessado, afinal, posso ser suspeito e, se for, tenho direito de saber. - ele falou, levantando e caminhando até a mesa dela.
Cuddy hesitou, mordeu a boca por dentro.
Ele não precisava de mais nada.
– Escondeu de mim. - ele acusou, mantendo um sorriso safado e vitorioso nos lábios. - Por quê?
– Eu não sabia como contar e você sumiu, também você não é o único de quem escondi, só uma pessoa sabia.
– O que aconteceu? Como elas só te encontraram agora? E por que não as procurou?
Ela respirou fundo.
– Achei que estavam mortas.
Ele pareceu confuso.
– Depois que entrei em trabalho de parto, entrei em coma por três meses, quando acordei, disseram que elas tinham nascido mortas.
– Mas elas não sabem disso.
– Não.
– É bom contar, estavam apavoradas quando descobriram sobre a fertilização in vitro.
– Elas o quê?
– Longa história, mas é melhor conversar com elas. E com o Wilson.
House sentou na cadeira diante da mesa dela.
– Não ia me contar? - ele perguntou.
– Não valia a pena, não faria diferença, elas estavam mortas.
– E depois? Não ia me contar quando soube que estavam vivas?
Ela ficou calada e baixou o olhar.
Culpada.
– Que belo exemplo, Dra. Cuddy.
– Deve ter gostado muito delas.
Ele foi quem baixou o olhar agora.
Culpado.
– Nada além do poder da genética. - ele tentou salvar sua situação com o comentário.
– O que vem agora? - ela perguntou, encarando-o.
House levantou e roubou um beijo dela, pegando a morena de surpresa, ele a soltou logo e sentou.
– House! - ela gritou chocada.
– Admita, você queria fazer isso e é por isso que Wilson nos trancou aqui. - ele disse divertido.
– Não vou dar esse gosto para o Wilson. - ela disse.
– Não?
Ele roubou outro beijo.
– House!
– Ora, mulher, não seja dramática. E não acho que o Jimmy Boy tenha trabalhado sozinho, diria que tem duas meninas envolvidas nisso. - ele disse levantando, dando a volta na mesa e parando atrás da cadeira de Cuddy, puxando-a para longe da mesa.
– Elas vão ficar de castigo o resto da vida.
– Não vão, não.
Ele a beijou outra vez.
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