Acordei na manhã seguinte com uma grade vontade de não sair da cama pelo resto do dia. Mas infelizmente não poderia fazer isso, não poderia ficar o resto da vida me lamentando pelo que German havia feito, ou no caso, não havia feito. Me levantei e fiz minha higiene matinal, coloquei uma roupa fresca e desci a cozinha, todos ja estavam a mesa, e por incrível que paressece German tambem. As palavras de Federico ainda estavam em minha cabeça, German tinha algo contra mim, mas eu nao sabia o que. Me sentei a mesa em silêncio, nao estava muito para comversa, mas pude notar os olhares de German para mim.

_ Angie, German e Federico- minha mãe disse der repente - nós queriamos dar uma notícia a vocês.

German se endireitou na mesa e nós dois nos voltamos a ela.

– O pai de vocês vai precisar fazer uma viagem de negócios- disse nos olhando - mas dessa vez vou com ele, gostaria que vocês se comportassem.

– Mãe, ninguem aqui é mais criança - German disse sorrindo, e que sorriso.

– Todo bem - minha meu rio com o comentário.

– Quando vão? - perguntei curiosa.

– Amanhã pela manhã - disse sorrindo.

Fiquei contente por eles, meu que sempre tinha essas reuniões e sempre que minha meu podia o acompanhava, eles eram aquele tipo de casal que de tão doces poderiam causar diabete.

Passei o dia no meu quarto, como compania apenas meu livro. No final da tarde Diego apareceu, ficamos jogando conversa fora como sempre fazíamos.

– Estou pensando no que te dar de presente de aniversário - disse pegando um punhado de pipoca na mão.

– Porque tá pensando nisso agora?

– Porque faltam três dias e eu não gosto de deixar tudo pata última hora - na verdade eu nem me lembrava que faziam apenas três dias para meu aniversário - não vem me dizer que esqueceu - falou indignado.

– Não me culpe se estou cheia de problemas - levantei minha mão em forma de defesa.

– Para mim seu único problema tem nome e dorme no quarto ao lado - sorrio.

– Você tem também? - Perguntei indignada - você era a única pessoa que considerava sensata.

– Você quer dizer a única pessoa cega? - Falou rindo de mim.

– Eu não gosto dele - falei brava.

– Sim, você gosta, e ele também gosta de você - a naturalidade com que as palavras saíram de sua boca me espantava, tentei argumentar mas ele foi mais rápido - caso você não saiba estamos brigados por sua culpa - sorriu ao dizer.

– Porque ele fez isso? - Perguntei um tanto assustada.

– Porque ele gosta de você, uma pessoa como você não é de se desperdiçar - sorriu para mim.

– O que quer dizer com isso? Perguntei, o que eu menos precisava era de alguém gostando de mim.

– Não me entenda mal Anjinha, você não faz meu tipo - gargalhou - mas digo, uma pessoa linda, inteligente, compreensiva, amiga e outros milhares de adjetivos, ele seria um louco de não gostar.

– Quem faz seu tipo? - Perguntei tentando mudar de assunto.

– Não muda de assunto dona Angeles - gargalhou - mas meu tipo é uma pessoa em especial - um sorriso bobo estampava seu rosto.

– Você não é gay né? - Perguntei

– Não - falou rindo.

– Então seu tipo é a Francesa - afirmei.

Vi o rosto de Diego ficar vermelho e desatei a rir.

– Elá não faz o meu tipo - disse bravo.

– Não, claro que não - falei e voltei a rir.

Passamos a tarde provocando uma ao outro, e o dia seguintes chegou e foi embora. Meus pais já haviam ido viajar e eu estava entediada na sala, sem fazer absolutamente nada. Havia passado boa parte do dia no faculdade e não tinha energia para mais nada. Alguns minutos depois German apareceu, abri o olho para ver quem era e depois voltei a fechar.

– Sei que está acordada - disse se aproximando.

– Na sua cabeça eu estou - falei querendo o matar por me despertar do meu quase sono.

– Porque não vai fazer algo para espantar seu tédio? - Perguntou rindo da minha cara de sono.

– Porque antes do tédio eu tenho a preguiça - falei com os olhos fechados.

Ouvi German soltar uma risada abafada e seguir para seu quarto. Não, eu não o havia perdoado, mas não seria mal educada. Ele voltou alguns minutos depois usando só um shorts, juro que tentei olhar para seu peito definido, mas não deu. Ele passou por mim e foi até a cozinha, tentei voltar a dormir e quando estava quase la senti algo gelado escorrer por meu pescoço, levantei em um pulo e me deparei com German rindo de mim, ele havia jogado água em mim? Cretino.

Me aproximei dele, peguei o copo que estava em sua mão e virei em cima de sua cabeça. Os próximos acontecimentos pareceram acontecer em milésimo de segundos, German me puxou e colou seu corpo no meu.

– Faz tempo que eu quero fazer isso - e foi aproximando seus lábios dos meus.