Starting Again escrita por Aninha


Capítulo 10
Decepções do coração


Notas iniciais do capítulo

OOOIE, voltei, bom tenho que explicar porque não era eu quem postava, tive um problema com o pc e não estava podendo postar. Mas cá estou e com mais um capítulo.
obrigada as lindas que comentaram
Julietta
Germangie
Alonso
Lígia
voces querem me matar eu sei kkkkkkk
boa leitura.



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Eu não desejava nada a German naquele momento, eu não era capaz de nada após ouvir tudo aquilo sair de sua boca.

German abriu a boca para falar mas não deixei, corri para meu quarto o mais rápido possível para logo em seguida trancar a porta. Me joguei na cama e chorei, não era capaz de formar um único pensamento concreto, eu estava em lixo. Eu nunca esperei que German fosse bom comigo, ou que chegasse a me tratar como qualquer outra pessoa, mas não era capaz de acreditar no que havia ouvido. Meu coração apertava cada vez mais, a lembrança de meus pais se fez presente en minha mente mais uma vez, e nesse momento pude perceber que a falta que me faziam era maior do que podia suportar.

" – Mamãe - gritei desesperada, correndo para seus braços.

Minha mãe me abraçou forte, mesmo não sabendo o porque de meu desespero, ela sempre foi assim, primeiro nos acalmava, depois procurava saber o motivo. Isso era o que mais admirável nela, seu carinho e amor.

– O que houve querida? - perguntou depois de me ver mais calma.

– Uma lagarta - disse voltando a abraça-lá. Não era por nada, mas eu tinha pavor por lagartas, para mim elas eram e sempre seriam nojentas e perigosas ( mesmo que não fossem ).

Ela me pegou no colo e foi até a lagarta, se abaixou e me colocau de volta no chão. Eu não me afastei um segundo segure dela.

– Sabia que as lagartas se transformam em uma coisa muito bonita? - me olhou com um lindo sorriso no rosto - você pode até não gostar dela agora, mas depois que ela se transforma, vira uma linda borboleta - ela desviou seus olhos para a lagarta a sua frente e continuou - elas são muito parecidas com as pessoas, as vezes precisamos de alguém ou algo que seja nossa metamorfose para nos transformar e transformarnos em algo melhor - enfim olhou para mim e disse - você é seu irmão foram minha metamorfose."

A saudade se fazia cada vez maior em meu peito. O fato de não saber nada sobre meu irmão também me machucada muito, ele foi, durante muito tempo, meu confidente, meu porto seguro, meu apoio e a saudade dele era quase insuportável.

Ouvi batidas na porta de meu quarto, mas quem é que fosse era melhor ir embora, pois insistir para que eu abrisse era perda de tempo. Mas ao contrário do que imaginei não foi minha mãe quem estava do outro lado, Era German. Não acredito que tinha a cara de pau de vir atrás de mim. Qual era o problema dele? Não bastava falar tudo aquilo?

– Angie, abre a porta - foi perceptível a preocupação em sua voz, mas não me deixaria levar por isso.

A dor em meu peito aumentava cada vez mais. Eu o odiava, não era possível que uma única pessoa fosse capaz de me ferir tanto.
– Angie - disse em tom de aviso - se você não abrir a porta eu arrebento ela.

Não, eu não iria cair nessa, ele podia ser forte, mas não seria capaz de derrubar a porta. Ou seria?

Em meio a meu choro, acabei adormecendo.

*********************************

Acordei algumas horas depois
sentindo a presença de alguém ao meu lado. Abri os olhos vagarosamente, já imaginava que estavam inchados, podia sentir isso. Mas a pergunta era, quem estava ao meu lado? Me virei rapidamente e me deparei com German dormindo. Porque estava ali? Ou melhor, o que estava fazendo ali? Me levantei e fui até meu closet pegar uma roupa. Adentrei o banheiro e tranquei a porta, se bem que não era seguro da mesma forma, ele havia entrado em meu quarto e eu não sabia como, eu havia trancado a porta, tinha certeza disso. Me despi e adentrei o boxe. A água escorria por meu corpo me relaxando, apesar de estar um dia consideravelmente quente, não me importei em tomar um banho quente, estava precisando daqui, ficar sozinha e pensar. Mais uma vez German era alvo de minhas indagações, em um momento agia como se me odiasse e no seguinte dormia junto comigo. Ele definitivamente não era normal.

Quando sai do banheiro German não estava mais lá, olhei o horário no relógio e já estava quase na hora do jantar, teria que descer e enfrentar minha fera. Dei uma última olhada no espelho para verificar o estrago que o choro havia feito com meu rosto, mas para minha felicidade a única prova que havia restado era meu nariz vermelho.

Desci as escadas que davam para sala pedindo a Deus mentalmente para não o encontrar, pedido atendido.

O jantar passou tranquilamente, minha mãe tentou se desculpar comigo pelo o que eu havia ouvido, mas expliquei que não era dela a culpa. Voltei ao meu quarto para descansar, minha semana parecia estar longe de terminar.

*********************************

As duas semanas que se seguiram foram tranquilas.
Fator 1: German não parava mais em casa, vivia com Priscila, o que de certa forma me incomodava.

Fator 2: Francesca, Diego, Camila e Maxi viramos amigos quase inseparáveis, fazíamos tudo juntos. Isso me ajudou bastante a tirar German da cabeça.

O fato de German não ter me pedido desculpa me incomodava muito, eu não sabia o que havia feito para ele. Não falamos mais um com o outro desde o ocorrido, ele voltava para casa apenas para dormir. Comecei a pegar carona com Fran, só não garantia que era seguro.

Eu e German continuamos sem nos falar durante essas duas semanas, até aquela tarde de sábado.

– Francesca, minha querida, anda logo e escolhe algo - dizia Diego já impaciente.

Estávamos jogando Perfil 3 e Francesca teria que escolher uma dica, mas cada vez que ela quem tinha que escolher o jogo empacava. E Diego era o que mais se irritava.

– Primeiro - disse levantado um dedo - eu escolho quando eu quiser, posso ficar aqui duas horas para escolher Sr. Diego - a forma como ela dizia era de superioridade, como se uma advogada ou algo do tipo - segundo: eu não sou sua querida.

Todos da sala começaram a rir, eu, melhor que qualquer um, sabia o quanto Fran se irritava quando a chamavam de querida.

– Acho que já chega de jogar por hoje - me levantei para recolher as peças do jogo - alguém tem alguma sugestão do que fazer? - Mal terminei de falar e Cami levantou a mão.

– Que tal irmos a um karaokê? - Disse com uma animação descomunal.

Durante todos esses anos de amizade, não fazia ideia que Camila gostava de Karaokê. Percebendo nossas expressões, ela continuou.

– Tem um Karaokê que abriu essa semana - nos explicou - vocês não precisam cantar, podemos ir e ficarmos vendo o povo desafinar. - Ao dizer isso começamos todas a rir.

– Eu concordo - Fran levantou a mão.

– Eu também - Diego e Maxi disseram e uníssono.

– E você Ajinha? - Cami me perguntou.

– Não sei não - disse desanimada - podem ir vocês.

– Não, não e não - Fran se levantou e veio até mim - você vai sim - falou com autoridade - vamos nos arrumar e nos encontramos as 19:30.

Essas foi a palavra final, me rendi e aceitei ir com eles, mas algo me dizia que essa noite não seria das melhores.

Fran e Cami foram para suas casas se arrumarem, elas passariam aqui para me pegar. Mas o vazio tomou conta de mim assim que elas partiram, eu sentia falta de German, mesmo que fosse só de seu mal humor. Admitir aquilo a mim mesma foi difícil, Fran e Cami passaram as últimas semanas me falando que eu sentia algo por ele, eu poderia sentir sua falta, mas não me permitiria ter qualquer outro sentimento por ele, German não merecia.

Como combinado, as meninas apareceram em minha casa as 19:20, tínhamos tempo de sobra para chegar ao Karaokê, já que era somente a algumas ruas de minha casa. Eu havia resolvido colocar uma mini saia jeans, uma regataa rosa bebê e uma sandália baixa, pois como conhecia bem meus amigos, sabia que não ficaria sentada muito tempo.

O local estava tranquilo quando chegamos, sem muitas pessoas vagando. Resolvemos pegar uma mesa em frente ai palco, segundo Cami, a visão para os desafinados era melhor.

Passamos algumas horas conversando, comendo e vendo os cantores da noite. Parecia que tinha me enganado, minha noite terminaria bem, estávamos todos tranquilos, apenas nos divertindo. Mas alguém que entrava no local chamou linha atenção, pude ver apenas o cabelo loiro com a mal iluminação, mas logo que a claridade se fez presente neles pude ver quem eram. German e Priscila estavam ali.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Comentem, favoritem e recomendem pq se não não posto como já sabem.
bjooos até o próximo capítulo



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