Cinderello escrita por Teeh_Kaulitz


Capítulo 11
Me perdoe


Notas iniciais do capítulo

Uau, esse foi rápido
Eh q eu tava super anciosa pra escrever esse cap entao, aproveitei os tempinhos livres e escrevi
ACHO q vcs vão gostar desse cap
Ah e só pra avisar, esse cap vai ser narrado todo pelo o Aoi,ok?
Enfim, boa leitura



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.: AOI'S P.O.V. :.

 

Eu tinha adormecido chorando. Só me dei conta disso quando acordei no meio da madrugada, com minha visão muito embaçada e meu travesseiro molhado. E quando me lembrei o porque de meu choro, tive que que me controlar para que isso não se repetisse.

 

Sentei-me na cama e comecei a pensar. "Como ele pôde fazer isso conosco? Reconheço que sem ele, agora, não seríamos nada. Mas e os nossos sentimentos? O que ele achava que aconteceria se simplesmente nos contasse isso? Será que ele achava que tudo ia ficar bem?"

 

Não pude evitar o rumo que meus pensamentos tomaram, me lembrando de como havia me apaixonado por ele tão repentinamente. Foi simplesmente quando ele disse que me amava? Quero dier, ele já havia dito isso antes, mas parecia que só agora eu tinha idade e entendimento o suficiente para me prender àquelas palavras, entender o que elas realmente significavam para mim.

 

Eu pensava que por um lado, Uruha estava certo em tudo que fez, mas por outro, estava com raiva e achava que ele estava errado. Felizmente ( ou não ), esse último pensamento prevaleceu. Senti uma pontada de culpa também.

 

E de repente, meus pensamentos foram interrompidos por um alto ronco em minha barriga. Só agora havia percebido que estava morrendo de fome, afinal, eu não tinha jantado.

 

Abri a porta de meu quarto de leve para não acordar ninguém ( não queria ser perturbado ) e segui lentamente em direção à cozinha. Eu estava tão cansado que parecia que eu ia desabar a qualquer momento.

 

Não tardei a chegar ao meu destino, e logo que cheguei abri a geladeira, procurando, talvez, um prato de comida congelada, preparado por Uruha. Eu sei que estou com raiva dele, mas queria tanto comer novamente a comida dele. Era muito boa.

 

Mas parecia até que eu estava sonhando. Era algo impossível de se acontecer novamente, afinal, era mais provável que nunca mais nos falássemos.

 

Então, como se estivesse sonhando, eu o encontrei. Havia mesmo um prato de comida ali, bem no fundo da geladeira, coberto por um plástico para que não estragasse. Preso no plástico, havia um papel, com uma bela caligrafia nele. Era a letra de Uruha.

"Para Aoi."

 

Eu me emocionei. Apesar de tudo, apesar de todas as coisas horríveis que eu disse para ele, ele ainda havia preparado aquele prato para mim. Eu fui tão nojento, sujo. Não pude evitar as lágrimas que insistiam em cair de meus olhos.

 

Me preparando para comer, ainda chorando, fecho a porta da geladeira e me assusto.

 

Ele...

 

Deixo o prato cair no chão, fazendo um baque horrível, se quebrando completamente, e levando meu jantar embora. Mas nenhum de nós se importou com isso. Só nos importávamos com a pessoa que estava na nossa frente.

 

Ele tinha uma expressão triste no rosto. Na verdade, não era só isso. Eu posso jurar que, em toda a minha vida, nunca havia visto uma expressão tão triste e pesada quanto aquela. E o pior era saber que eu era o causador daquela expressão. Me pus a chorar ainda mais, estava me sentindo tão culpado.

 

Não pude ter outra reação: corri até ele e o abracei com todas as minhas forças, tamanha era a necessidade daquele abraço.

 

No início ele não teve reação, apenas olhava assustado para a cena, com os braços levantados de surpresa. Mas logo, para minha felicidade e alívio, pude sentir seus braços quentes e protetores envolverem meu corpo, que agora, me parecia tão frágil.

 

Parecendo um gatinho manhoso, aninhei minha cabeça em seu peito, enquanto ele apoiava sua cabeça na minha. Eu só conseguia chorar cada vez mais.

 

Depois de um tempo assim, eu já estava bem mais calmo. Apertei meus braços ao redor de sue corpo, e o senti fazendo o mesmo. Sussurrei:

 

-Me perdoe... Por favor, me perdoe...

 

-Shhh, já passou. - e apesar de tudo, ele ainda era tão terno e fraternal.

 

-Eu fui tão infantil... Tão idiota... - eu falava baixinho.

 

-Não, a culpa não foi sua. Eu não tinha certeza se vocês aceitariam bem essa notícia, mas ainda assim resolvi contar. Eu não imaginava que você teria essa reação.

 

-Iie. Eu já aceitei... - ele agora acariciava minha cabeça com uma de suas mãos.

 

-Você lembra que eu disse que havia um motivo para eu contar tudo isso?

 

-Hai. Foi algo sério? - comecei a me preocupar. O que poderia ter acontecido para ele ter precisado falar aquilo. E agora, eu me importava com a pessoa que eu amo.

 

-Sim. Algo que eu nunca poderia imaginar que aconteceria. Algo irreversível... - me afundei mais em seu peito. Era tão aconchegante.

 

-O-o quê?

 

-Eu me apaixonei... -  meu coração se quebrou. Ele... havia se... apaixonado? Por quem? Agora que eu achava finalmente ter uma chance? Não quero ficar com raiva de novo! Não quero perdê-lo para ninguém! Não quero! Reuni todas as minhas forças para perguntar:

 

-Por quem? - uma lágrima já voltava a escorrer por meu rosto.

 

-Por você. - Meu coração parou de vez e minha respiração começou a ficar pesada. Parecia que minha visão se esvaia. A segurei e levantei a cabeça para olhar fundo em seus olhos. Ele já olhava fundo nos meus.

 

Corei e voltei minha cabeça para seu peito, mas ele segurou meu queixo levemente, me forçando a olhar para ele.

 

-Shiroyama Yuu, preste atenção, irei lhe contar toda a história, mas só uma vez... - ele começou. - Como eu já havia explicado, depois daquele terrível acidente, eu peguei você e Kai para criá-los. O tempo foi passando, e vocês foram crescendo. Junto com vocês, meu sentimento de pai também. Mas não só ele. Eu via um garotinho lindo e especial fazendo coisas maravilhosas bem na minha frente, aprendendo a crescer. Mais do que amor fraternal, eu via algo se formando dentro de mim, um sentimento novo, que eu não queria aceitar. Lutei contra ele por anos. Mas agora não posso mais me segurar. Me deculpe...

 

Eu via seus olhos marejarem, mas ele era forte e segurava as lágrimas. Ah, qual é, ele só era 16 anos mais velho do que eu, isso nem é tanta coisa. Tá, é bastante coisa, mas poxa, não importa. Eu o amo, e agora descobri que sou correspondido.

 

A alegria me inundia cada vez mais. Vendo seu rosto corado e sua expressão embaraçada, me pûs na ponta dos pés até alcançar seus lábios, colando-os nos meus.

 

Eu corei com a situação, e ele ainda mais, não entendendo absolutamente nada. Me separei lentamente, ainda aproveitando o gosto daquele beijo, o quão delicioso ele foi. O melhor de minha vida. Na verdade eu nem havia beijado aquele garoto do baile, foi só para despistar mesmo.

 

Olhei timidamente para Uruha. Ele me olhava num misto de surpresa e felicidade.

 

-Por que fez isso? - ele perguntou, e eu senti a felicidade transbordando em sua voz.

 

-Por que eu te amo. - disse, como se fosse a coisa mais natural. E para desviar do assunto e deixá-lo confuso: - Poderia preparar outro prato pra mim, estou morto de fome ?!

 

-H-hai.- confuso, voltou-se para o fogão e começou a preparar minha nova janta.

 

Quando a comida ficou pronta, comi-a rapidamente, tamanha minha fome. Depois calado, ele me acompanhou até meu quarto, eu tinha um sorriso malicioso no rosto.

 

-Boa noite. - eu disse. Quando me preparo para entrar:

 

-Espere! - e sinto-me puxado pela cintura em direção a ele. Logo depois, sou empurrado em direção a parede, com ele na minha frente, olhando fundo em meus olhos: - Ainda não tive oportunidade de dizer que também te amo...

 

Corei. Não esperava aquilo. Mas estava feliz. No auge dos meus 18 anos, nunca havia sido tão feliz. E então, ele me beija. Apenas nossos lábios se tocam, mas eu não aguentei muito tempo, minha língua já começava a pedir passagem para seus lábios. Ele cedeu prontamente.

 

Foi um beijo calmo e lento, porém, muito gostoso. Foi increvelmente romântico. E eu fui tão bobo. E acabei eu próprio me desculpando e agindo de uma maneira infantil.

 

Por falta de ar, nos separamos. Ele passou a mão em minhas bochechas e tocou meus lábios com a ponta do indicador.

 

-Não fale. Apenas sinta. Eu te amo. Boa noite.

 

-Boa... noite...

 

E ele andava lentamente em direção ao seu quarto, olhando algumas vezes para trás, para mim.

 

Sorri e entrei em meu quarto, feliz. Adormeci com os melhores pensamentos, tendo sonhos incríveis. No fundo, realmente nos amávamos.


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Notas finais do capítulo

Tã-dã! Finalmente, juntos o/ E então gente, gostaram? Achei que ficou... interessante @¬@
Enfim, ate que saiu rapidinho, nee? Pra compensar o atraso. E então? Mereço reviews?
Bjs, se cuidem ;**



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