Amor...Dor...Reencontro escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 2
Capitulo 2 : Sentimentos Contraditorios


Notas iniciais do capítulo

Mais um novo capitulo para que continuem a acompanhar este primeiro encontro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583990/chapter/2

– Perdão por o incomudar a estas horas tão tardivas mas tive um pequeno problema com o meu carro e também fiquei sem bateria no télémovél, - marcou uma pausa antes de continuar, - será que poderia utilizar o seu telefone? - Perguntou meio envergonhada ao ver como ele a detalhava da cabeça aos pés como ela mesma fizera momentos atrás.

Ele quase que a despia e a devorava do seu olhar felino que nem parecia se ter dado conta de ela tinha falado.

– O seu telefone, poderia o utilizar? - Repetiu olhando para o interior da casa.

Ele observara uns momentos os seus labios se moverem ao som daquelas simples palavras que fizeram bater o seu coração mais rapido e fazendo com que podesse ouvir o seu sangue bater nos seus ouvidos.

Saindo do seu “transe” momentaneo disse:

– Como? Ah! Claro, pode, pode. - Disse passando uma mão forte nos seus cabelos deixando-os mais esburrifados do que ja estavam e se afastando deixou-a passar.

– Obrigado, é você muito amavél, e uma vez mais perdão por o incomudar e... espero não ter acordado a sua esposa. - Continuou meio embaraçada enquanto entrava.

Ao entrar, o seu braço ruçou na mão dele que segurava a porta, fazendo-a estremecer. A partir daquele toque, uma forte corrente passou entre eles e sentiu como um choque eléctrico fazendo com que as pontas dos seus dedos ficassem dormentes.

Dando-se conta de como ela reagiu ao tocar nele, sorriu com um olhar malicioso fazendo-a se sentir ainda mais destabilizada e a fez corar como uma adolescente apaixonada.

Quando ela passou pôde sentir a sua fragrancia femenina que quase o fez a agarrar pela cintura e a beijar ferozmente sem lhe importar as consequências que esse acto poderia trazer para ambos.

– Não se preocupe, pois não ha esposas nesta casa para que sejam despertas. - Murmurou ao seu ouvido oferecendo-lhe um dos seus mais belos sorrisos mostrando assim os seus magnificos dentes brancos bem alinhados.

Quando se inclinara para susurrar aquelas palabras ao seu ouvido, estremeceu ao sentir o calor do seu corpo que ele transmitia, e o seu odor masculino misturado com a fragrancia do seu perfume, quase a fez perder a cabeça e se atirar aos seus braços para o beijar e lhe fazer umas quantas coisas mais que lhe vinham à mente mesmo se elas não tinham nada que fazer ali.
“Não é casado!” Pensou Gabriela, mas logo a seguir se mordeu o labio por pensar em semelhante coisa. Nunca tinha sido coquete, porque é que o seria agora?

Ao ver como ele seguia a observando, não pode evitar o seu sangue de voltar a aquecer outra vez como lava chegando assim até às suas bochechas deichando-a novamente corada. Decidamente, aquele homem tinha o dom de lhe fazer sentir coisas que pensava não voltar a sentir e de fazer resurgir momentos do seu passado que preferiria nunca mais voltar a recordar.

Ao entrar, o seu olhar foi captivado pelo magnifico quadro da antiguidade grega que se encontrava na parede principal do corredor. Era um quadro que representava uma ninfa vestida de um simples vestido verde claro que parecia se confundir com o verde da erva daquele bosque celestial que ocupava quase toda a tela. O seu cabelo era de um castanho claro quase loiro comprido que parecia flutuar conforme ela corria, ou dançava, ao som da arpa dourada como o ouro que tocava um homem que se encontrava na estremidade esquerda do quadro. Mal se podia destinguir o rosto dele mas dava para ver que tocava uma arpa e que a mulher era atraída por aquela musica que parecia a enfeiticar, porque ia na sua direcção carregando varias flores que pareciam somente existir num mundo imaginario. O seu cabelo estava coberto de pequenas flores vermelhas como o sangue que contrastavam com o seu rosto palido e ao mesmo tempo rosado. Os seus labios eram finos e perfeitamente desenhados, eram uns labios que sorriam ao mesterioso musico mas ao mesmo tempo para a pessoa que observava o quadro. Por momentos se sentiu transportada no tempo viajando até esse sitio paradisiaco onde ela era a tal ninfa e, o seu companheiro, o tal musico que a fazia voar até ele ao som daquela doce melodia. Sorpreendeu-se a sorrir para ela mesma e ao ver o ar sorridente dele por talvez ler na sua mente como se fosse um livro aberto, olhou mais além do corredor onde à sua esquerda havia uma porta de correr de vidro fumado branco. A porta estava aberta e pôde ver o que parecia ser um pequeno escritorio em tons vermelhos e pretos. A sua direita encontrava-se a sala, era uma sala espaciosa eluminada por um magnifico candeeiro cor perola em forma de espiral. Era composta por um grande sofá em pele bege e de cada lado havia um mais pequeno em forma de quadrado da mesma cor, a televisão ocupava a parede frente a ele e à sua esquerda havia uma pequena estante repleta de livros e de algumas fotos de familia. Ao centro havia um pequeno tapete de pelo branco e por cima uma mesinha em vidro com revistas e uma jarra azul com uma unica rosa amarela com tons cor-de-rosa. Era uma sala simples mas acolhedora.

Estava separada de outro compartimento por outra porta como as dos bares dos filmes texanos onde atrás delas se encontrava seguramente a cozinha. As escadas que levavam até ao primeiro andar eram em forma de caracol. Para um homem que aparentava viver sozinho até que tinha uma casa bem arrumada, limpa e bem decorada. Ficou admirada e ao mesmo tempo impressionada, algo a levava a o querer conhecer melhor, a saber porque é que não tinha ninguém, ou pelo menos isso foi o que deu a entender, sendo um homem bastante encantador e sem duvida alguma: atractivo. O que sera que fazia da vida para ter uma casarona daquele tamanho? As tantas era modelo pois atitude e massa corpural não lhe faltavam para ser um excelente manequin, mas como ja pensara antes, melhor não se arriscava a levar a sua mente para esses campos demasiado perigosos. Ja uma vez sentira a vontade de se atirar ao seu pescoço e se aconchegar em seus fortes braços, assim como de sentir o seu maravilhoso olor de mais perto que lhe fazia perder a cabeça, e acariciar aquela pele suave e brilhante do seu peito, sentir os seus abdominais debaixo dos seus dedos, tocar no seu forte cabelo e se perder no abismo que eram os seus olhos escuros... Bastava um olhar seu para a deixar desmunida, sem fôlego, parasitar os seus pensamentos e querer lhe saltar em cima como um animal selvagem. Definitivamente estava a ficar louca, tinha que sair dali o quanto antes, antes de que fosse demasiado tarde e acabasse por perder todo o bom senso que ainda lhe restava, que ja era quase nenhum. Contudo, graças a Deus ele tinha deixado de a observar para lhe indicar o telefone e teve a delicadeza de a deixar sozinha para que podesse falar à vontade porque com ele nas paragens, todo pensamento coerente era impossível e terminaria por não dizer coisa com coisa.

– Ana? Ana, que bom que respondeste, nem imaginas o que me acaba de passar acabo de chegar e...

Depois de lhe contar todas as peripécias da sua noite agitada, Paulina pediu que a fosse buscar dando-lhe a direcção da rua onde estava mas, como ja fora de se imaginar, não ia ser tão facil como supôs pois esta não estava em sua casa e necessitaria de mais de duas horas para a ir buscar.

– Bom, espero por ti então. - Respondeu esburrifando o seu cabelo molhado.

“É impossivel, isto não me está a acontecer! Primeiro o carro, logo o télémovél e agora a Ana que não me pode vir buscar! O que mais me falta acontecer agora? Cair-me um raio em cima da cabeça?” Pensou fula por ser o seu primeiro dia naquela maldita cidade e toda a má sorte se abater sobre ela. Poque é que tinha que ser ela? Por acaso não existia mais ninguém na Terra? Ela nem sequer queria la estar, estava tão bem na Venezuela apesar de tudo aquilo que tivera de passar. E mais agora que a sua carreira estava finalmente a melhorar, foi chamada para o México, agora so faltava não ter sucesso la e assim ficava completa a sua desgraçada existência!

Sentia-se ao bordo da estéria, as lagrimas ja começavam a picar-lhe os olhos e começava a entrar em pânico, ou mais precisamente, sentia-se perdida, não sabia onde estava nem com quem estava. Sabe-se la o que poderia acontecer. E se ele fosse um malfeitor? Ou um assassino em serie? Agora sim entrara mesmo em pânico no entanto, conseguiu segurar o grito que se tinha formado na sua garganta e ameaçava sair a qualquer momento.

De repente, o tal morenito chegou com uma toalha branca de algodão para que se secasse e como chegara, todo o seu medo, angustia e mau humor, pareciam ter desaparecido como por magia e ao olhar nos seus olhos, soube que não era nada daquilo que pensara a apenas alguns segundos atrás, ele jamais lhe faria mal. Dava perfeitamente para ver que era um homem responsável, docil e sincero. Sem hesitar, aceitou a toalha que lhe oferecia roçando novamente os seus dedos e sentindo novamente aquele fogo lhe percorrer as veias que parecia começar a conhecer. Para disfarçar o efeito que lhe tinha feito, fechou os olhos ao secar o rosto e cabelo como se estivesse a sentir o magnifico cheiro a lavado da toalha e a sua teixtura suave.

– O que disse a sua amiga? – Quis saber passado uns segundos.

– Manager, e se chama Ana. - Respondeu friamente levantando os olhos para o observar, mas sabendo que não tinha a culpa de nada do que lhe estava a passar, declarou mais calmamente:

– Lamentavelmente não esta em casa e so me podera vir buscar dentro de três horas mais ou menos. Agradeço pela sua amabilidade mas ja me tenho que ir, - continuou apos uma pausa entregando-lhe a toalha.

– E posso saber para onde pensa ir se a sua amiga, ou melhor dito, manager, so a vem buscar dentro de três horas? - Perguntou com um sorriso malicioso.

– Vou esperar no meu carro que deixei na rua. Ja o incomudei o suficiente assim que... desejo-lhe uma boa noite e obrigado por me ter deixado telefonar e ter emprestado a sua toalha.

– Não, não, não, não. Por acaso pensa que a vou deixar sozinha, a estas horas, na rua e a chover assim? Hum hum, nem pensar senhorita. – Se opôs arqueando a sua sobrancelha direita.
Paulina ia contestar mas ele pôs um dedo nos seus labios como sinal de que não dissesse nada e a levou até o sofa segurando na sua mão. A unica reação que teve foi de acentir com a cabeça pois nenhum som saia da sua garganta ao sentir o seu contacto na sua pele extra-sensível.

A verdade era que não estava muito segura de realmente querer ficar muito mais tempo perto dele sobretudo fazendo-lhe o efeito que ele lhe fazia, mas também não queria ir para a rua e ficar sozinha no seu carro durante mais de duas horas ao frio e no escuro. Não que tivesse medo do escuro, mas iria se sentir mais segura ficando ao lado do seu cavaleiro andante e no calor da sua casa, mesmo que tivesse que lutar contra os diferentes sentimentos contraditorios que lhe estavam a tornar louca.

A sua mão era forte, mas suave e o calor que dela sentia, invadiu todo o seu corpo como se a estivesse a queimar por dentro mas ao contario de uma verdadeira queimadura, esta não doía, senão que a deixava completamente perdida, desorientada e sentia como um vazio que jamais tinha dado fé se preencher de um forte sentimento. Um sentimento parecido ao amor. AMOR? Agora sim tinha enloquecido de vez. AMOR? Não, impossivél, era apenas se o acabava de conhecer. AMOR? Seria mesmo AMOR? Ainda não acreditava no que a sua consciência lhe dizia, aquele homem a estava a tornar maluca, tinha que se ir embora e ja! Mas ao abrir a boca para falar, ele se virou para ela e olhando-a nos olhos antes de desaparecer atrás das portinhas em madeira clara disse:

– E nada de contestar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero os seus comentarios. Sigam-me em twitter : @ana_maria3
Joquinhas muacks



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor...Dor...Reencontro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.