Amor...Dor...Reencontro escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 18
Capitulo 18 : Idênticas


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora. Aqui vai mais um capitulo. Pronto se acerca o final...



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Eram oito da manhã quando chegou ao estudio, vestia um vestido laranja até aos joelhos e calçava umas sandalias beges claras e por primeira vez, usava o cabelo amarrado. Parecia uma mulher determinada, segura de si, uma mulher dura, lutadora, rancorosa, com um coração indomável. Aquela mulher que até agora ninguém tinha visto ou conhecido. Mesmo se por dentro estava destruída em mil pedaços, mas isso, ninguém saberia.

Ao chegar à porta da sala de Salvador, viu Carlos Daniel e não sabendo porquê, sentiu aquel calor interno que sempre sentia cada vez que o via, aquele delicioso arrepio na espinha que a fazia tremer por dentro como nunca nenhum homen tinha conseguido fazer-lhe sentir. Nervosa passou uma mão tremula no seu cabelo, detalhe que não escapou a Carlos Daniel, mas o que mais lhe chamou a atenção foi a negra que tinha à volta do seu pulço. “Como pude comportar-me de tal forma?” Perguntou-se. Mas sabia que era demasiado tarde para voltar atrás. Aproximou-se, mas ela entrou na sala apresuradamente.

– Paulina! Graças a Deus vieste, pensei que não virias, o que é que foi que se passou ontem?
– Perdoa-me se sou bruta, mas não vim aqui para falar sobre isso, mas sim para te pedir tempo. Não te deixo plantado porque sei que não posso abandonar assim uma telenovela, mas preciso de uma pausa. Porquê? Agora não importa, mas aqui não posso ficar!

E sem dar-lhe tempo de dizer o que fosse, saiu tão depressa quanto chegou.

– Paulina?! - Chamou Carlos Daniel. Mas ela apenas o olhou e continou o seu caminho sem olhar para trás.

*

* *

– Desculpe, a Paulina estaria por aqui?

Virando-se para a pessoa que se encontrava atrás dela, Chantal desatou a rir como uma louca.

– A Paulina, dizes? Estás a gozar com a minha cara ou quê? Não me digas que a historia de ontem deixou-te amenésica ao ponto de não saberes quem és.

– A que historia se refere?

– Vaia, vaia, a menina Paulina perdeu mesmo a memoria! – Ironisou.

– Deve de haver um engano. Não sou a Paulina, mas sim a Daniela, a sua irmã gêmea.
– Ah sim? A irmã gêmea dizes... conta essa a outra queres? - E sem mais nem menos se foi embora deixando-a sozinha e sem dizer-lhe onde se encontrava-se Paulina.

Carlos Daniel passava pelo corredor lendo as suas réplicas quando viu a Paulina, mas que estranho, não sentia nada ao a ver, nem aquele calorzinho abaixo da barriga, nem as palpitações que sempre sentia ao a ver.

– Paulia? - Perguntou com os olhos meios fechados como se tentasse descifrar algo. Era parecidíssima a ela, a mesma cor de cabelo e o mesmo cumprimento, os mesmos olhos cor azeitona e os mesmos labios carnudos. Mas esta tinha o cabelo solto e estava de calças de ganga e de camisa branca. Teria mudado de roupa? Mas em tão pouco tempo?

– Não. Sou Daniela, irmã da Paulina. - Explicou sorrindo.

Sim, não era a Paulina, não tinha o mesmo sorriso e assim de perto, viu que havia uma pequena diferença na forma dos seus olhos.

– Tudo se explica, bem me parecia que não era ela, mas ela tem uma irmã gêmea?

– Pois... sim. - Sorriu ante tal pergunta tão obvia. - Ela não lhe comentou nada a meu sujeito?
– Sei que tem uma irmã, mas nunca me falou muito dela, ou seja, de ti.

– Entendo... ela estaria por aqui? - Perguntou olhando à sua volta para ver se a via.

– Acaba de sair por onde entraste, nem sei como não te cruzaste com ela.

– Ah... e... será que saberia indicarme onde mora? - Perguntou meio confusa.

– Não sabes onde mora?

– Por incrivél que pareça, não. Cheguei ontem de manhã e apenas fui a um salão de chá perto do meu hotel porque não conheço a cidade e não sabia onde a encontrar, e devo admitir que também não tinha a certeza de que ela me quizesse ver. Mas... nem sei porque é que lhe conto tudo isto se nem se quer o conheço.

– Oh, certo... sou Carlos Daniel. Prazer, - estendeu a mão para a cumprimentar, - e sim, sei onde mora, se quizeres posso te levar até la.

– Não, não se preocupe, é muito amavél da sua parte mas o meu noivo espera-me lá fora.
Apôs ter-lhe dado a direcção de Paulina e se ter despedido, ficou a meditar sobre as palavras que acabara de dizer: "apenas tive tempo de ir a um salão de chá", " o meu noivo espera-me lá fora"...

Aquelas frases se repetiam e repetiam na sua mente até que chegou à conclusão de que tudo era um engano, um enorme engano. Que ele tinha sido um estupido, um idiota ao ter duvidado dela e do seu amor por ele. Como pôde acreditar no que a Chantal lhe dissera sabendo como ela era?! Como pôde ser tão cego? Meu Deus, o que é que tinha feito? Tinha perdido o amor da sua vida e tudo isso por causa da sua estupida inseguridade e dos seus estupidos ciumes. Tinha que falar-lhe, e já! E sem pensar duas vezes se dirigiu para a casa de Paulina, e qual não foi o seu espanto ao ver que Daniela ainda estava à porta de casa.

– Daniela? - Chamou saindo do seu carro e se aproximando do portão principal.

– Carlos Daniel? O que faz aqui? Não o pensava voltar a ver tão pronto.

– Tinha que falar com a tua irmã. Mas e tu? O que fazes aqui fora?

– Ela não parece estar em casa, já toquei varias vezes mas ninguém abre.

– Estranho. Talvez esté com a Ana, a sua manager. Espera vou-lhe telefonar.
A conversa com a Ana foi bem breve pois ela também não sabia onde Paulina se encontrava. Foi quando se lembrou de que quando foi ao estudio, foi falar com o Salvador, talvez soubesse onde ela se encontrava. Seguido por Daniela e pelo seu noivo, regressou aos estudios.

– Ah, até que te vejo! - Disse Salvador num tom amargo fusilando-o com o olhar. - Não sei o que demonios fizeste à tua noiva mas quero que a tragas de volta agora mesmo pois por muito pouco nos deixava a todos na mão, mas graças a Deus ela sabe que não nos pode deixar assim.
Carlos Daniel jurou entre dentes e jurou que a trairía de volta mas para isso precisava de saber onde se encontrava naquele momento pois em sua casa não estava.

– Então? O que disse?

– Que ela se foi embora pois precisava de tempo mas não sabe para onde possa ter ido.

– O quê? Mas porquê? O que se passo, Carlos Daniel? - Perguntou olhando-o preocupada e desconfiadamente. Não sabia porquê, mas aquele homem tinha algo a ver com o desaparecimento da sua irmã e isso não lhe agradava nada.

Depois de contar-lhe tudo o que tinha sucedido, Daniela ficou meio desconcertada mas logo entendeu e prometeu que o ajudaria a reconquistar-la, pois o mais importante para ela era ver a sua irmã feliz e pelo que pôde ver, Carlos Daniel a amava verdadeiramente e não faria da sua vida um inferno como o hipocrita do Leandro, por culpa de quem se afastou da sua irmã.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem as suas opiniões.
Jocas bombocas e até breve. Muacks



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