Eu olho pela janela e imagino: “o que seria da humanidade sem seus erros e rótulos?”.

Na maioria das vezes, sempre que se segue o caminho errado, há uma coisa boa no final do mesmo.

Na maioria das vezes, aquela pessoa que sempre achamos que estava nos prendendo a uma realidade miserável é quem nos mostra que até em um ponto final se faz história.

O ponto final pode ser qualquer coisa, mas nunca o fim. Sempre que existir um ponto final, um simples toque de uma caneta poderá transformá-lo em uma vírgula.

Na maioria das vezes, nós nos desencontramos na estrada da vida. Passamos por humilhações, paixões, amores e rancores, e sofremos no momento, mas no final percebemos que tudo foi por um motivo.

E se você desistisse porque encontrou um obstáculo no caminho? Será chamada de desertor.

Como suceder um conto sobre uma garota que sempre será rotulada por nomes de mau agouro? Chamá-la de cortesã não fará dela uma; chamá-la de santa tampouco.

Por isso todos tem um nome. Chamar uma mulher de “mulher” não seria ofensa, mas como diferenciá-la de todas as outras? Chamar um homem de “homem” não seria ofensa, mas como diferenciá-lo de todos os outros?

Chamar uma vadia de vadia talvez não a ofenda, mas como diferenciá-la de outra? Chamar um safado de “safado” é a mesma coisa.

Apelidos são supérfluos. Tudo se rotula. Tudo tem o próprio nome. Sempre terá.

Não importa o que você tenha feito. Sempre terá coisas piores para se fazer.

O que te diferencia não é seu nome. Nem seu rótulo. Mas a união de ambos.