I'm Sorry escrita por Grani008


Capítulo 11
9mm Of Parabellum


Notas iniciais do capítulo

Oi gente



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*Nyah ta cortando a porra das notas. fdp. Bom, obrigada por tudo e desculpem o descuido em responder reviews. Espero que gostem!*

~nolita *

Cap.11 9mm Of Parabellum

Nico DiAngelo

Eu acordei sem lembrar a princípio de tudo o que tinha acontecido, e não era como se eu quisesse me lembrar. As coisas foram me alcançando aos poucos, ter visto a minha mãe pesou muito e eu ainda me perguntava muitas coisas sobre isso. Depois Luke e Thalia passaram a ser o assunto na minha mente, o jeito como eles se olharam, como ele tocou a cintura dela e ela retribuiu como se tivesse sido assim desde sempre e seria para sempre. Franzi o cenho ainda de olhos fechados ao perceber que ao mesmo tempo em que tinha um pressentimento de que tudo entre eles daria redondamente errado que, talvez, aquilo fosse maior do que qualquer coisa que até uma força maior pudesse impedir.

Virei na cama sentindo os cobertores se amaçarem á medida que eu me movia e os travesseiros cobrirem meu rosto me afastando da luz. Não tardou muito para que eu sentisse algo estranho, algo faltando mais especificamente. Eu abri os olhos num impulso quase ao mesmo tempo em que a memória alcançou meu raciocínio. Meus braços me impulsionaram para fora da cama e minhas pernas não tardaram a se mover correndo para a porta, se ele tivesse saído eu nem precisava mais procura-lo, estava morto ou quase isso.

Abri a porta que quase bateu na minha cara e saí correndo aos tropeços, quase escorreguei no meio do corredor, olhando para todos os lados, procurando incessantemente por ele. Não tinha ninguém e aquele corredor nunca pareceu tão longo, eu procurava os cabelos loiros, um vislumbre dos olhos azuis, uma cor de camiseta, qualquer coisa. Comecei a olhar tão rápido para o lado que não via mais nada além de borrões.

Voltei correndo para dentro com a imagem do meu celular na cabeça, já pensando como perguntar para Thalia se ela o tinha visto sem deixar evidente que eu o perdera. Eu joguei as coisas da mesinha no chão e ignorei o som de algo quebrando, não conseguia encontrar a droga do celular. Eu parei e me afastei, olhei para a superfície de madeira e tentei respirar fundo, tudo o que conseguir foi engasgar. Olhei para o chão, de onde tinha vindo o barulho e vi meu celular no chão, a tela feita em pedaços de vidro.

Eu fechei meus olhos e minha cabeça pendeu para trás, fui voltando ela para sua posição normal aos poucos, tentando respirar normalmente. No meio do caminho tive um leve vislumbre do loiro parado, olhando para mim com um prato branco na mão. Olhei do celular quebrado para ele e dele para a porta.

– Mas que porra?

Eu quis ir até lá e esfaqueá-lo, abraça-lo ou algo assim, mil hipóteses se passaram na minha mente e eram todas parecidas com uma dessas duas.

Eu sentia meu coração pulsando na garganta, minhas mãos se fecharam em punhos sabendo oque deveriam fazer, mas impedidas pelo meu corpo, que travara e me deixara com uma parte do corpo louca para reagir e a outra me segurando no lugar.

Por fim, minha mão tentou arrumar meu cabelo e troquei o peso do meu corpo de perna, ainda encarando-o. Ele me olhava meio confuso e com um pequeno tom de divertimento em seus olhos, como se tivesse percebi uma vantagem que na verdade não existia. Uma das suas mãos segurava uma espátula e a outra um prato com bacon e ovos, a cozinha exalava um cheiro de café da manhã em família que eu nem sabia que poderia reconhecer.

Ele colocou a espátula de lado, pegou um copo de suco que parecia ser de laranja e começou a andar na minha direção. Eu não conseguia me mover, mesmo meus olhos continuaram fixos onde ele estava um segundo atrás.

Quando ia passar por mim ele parou, afastou as mãos de perto do corpo e se inclinou, me beijando de leve.

– Eu não vou a lugar algum. – Sussurrou.

Eu olhei para ele sem acreditar. Era fácil acreditar que ele acordara mais cedo sem me acordar, era fácil acreditar que não fugira, era um pouco difícil mas não impossível acreditar que ele fizera o café da manhã para mim, mas, acreditar que ele estava jogando o meu jogo, isso já era putaria.

Seu braço esbarrou no meu quando ele ia passar e eu fui me voltando para ele à medida que ele chegava à cama, colocava o prato sobre os lençóis e me olhava com expectativa ainda segurando o copo de suco.

Eu me aproximei a passos lentos e me sentei ao lado dele que me passou o copo de suco. Bebi aos poucos e olhei desolado para o prato, não queria comer. Depois olhei para ele e pensei algo muito parecido, não queria beijá-lo. Será que ele não entendera que tinha estragado tudo?

Meu primeiro impulso fora achar as Glocks e por um fim em tudo aquilo, mas duas coisas me pararam. Uma foi a festa que meu pai planejava dar hoje a noite, como “Boas-Vindas” a ele e a segunda foi, simplesmente, o jeito que ele desviou o olhar do meu e sorriu para o chão, com uma ingenuidade que eu não convivia todos os dias. Eu tinha que deixar aquilo crescer para que, quando caísse, caísse de forma que machucasse tanto que não conseguisse mais levantar.

Eu me levantei, peguei o prato e o copo, devolvendo-os para o balcão da cozinha. Ele começou a se levantar em protesto e eu simplesmente o empurrei de forma que caiu sentado na cama, me olhando com uma expressão que parecia quase desejo, mas eu simplesmente sabia que era falso.

Pressionei meu braço contra sua garganta e foi revigorante ver o desespero surgir no seu rosto, a falta de ar fritando seu cérebro procurando o ponto em que tinha errado.

– Você deve estar se perguntando, “Onde foi que eu errei”?

Eu olhei para ele esperando uma resposta, mas ele apenas se engasgou. Frustrante.

– Vou tentar te explicar onde foi que isso aconteceu, sem ter que desenhar.

Suas mãos envolveram meu braço, as unhas afundando na pele. Meu rosto agora estava tão próximo do dele que eu via cada traço da íris azul, o tom de vermelho que se instalara, os cílios loiros piscando eufóricos.

– Eu não sou uma garota, Grace.

Eu o soltei e ele recuperou o ar, mas só ficou pior, como se respirar o estivesse sufocando. Eu me levantei e dei as costas para ele, meus dedos alcançando o aparelho de som que eu tinha na estante entre os livros.

Eu coloquei alguma sinfonia de violino de um dos CD’s que Thalia deixara por ali certa vez e não pude evitar uma careta.

Virei-me para Jason que ainda estava sentado na cama, com a mão no pescoço e o olhar novamente assustado olhando para mim. Eu sorri com aquilo e um prazer interno me ganhara, eu tinha vencido de novo.

Fui até ele e o puxei pela mão, ele tropeçou e finalmente ficou reto à minha frente, me olhando nos olhos, levei sua mão até minha cintura.

– O-Oque você está fazendo? – Ele murmurou engasgando.

– Te ensinando a dançar, - Falei casualmente. – temos um baile hoje à noite.

A música chegou ao seu trunfo e eu o puxei, guiando a dança. Ia deixar claro para ele que ninguém joga meu jogo, nem tenta seguir as minhas regras, por que elas não existem.

*NOTAS FINAIS:

Oie denovo! COMENTEM PF! Obrigada por lerem! E AGORA O SPOILER!

"O que ele quer que façamos? - Jason me olhou com aquela expressão de confusão que já estava me irritando de tão repetitiva.

Eu olhei para o meu pai do outro lado do salão. Ele nem ao menos disfarçava que estava nos vigiando.

Minhas mãos foram para os quadris de Jason.

– Exatamente o que ele faria.Respondi. " *


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