Guerra dos mares escrita por KhatySeraph


Capítulo 8
Sem jeito.


Notas iniciais do capítulo

olha um capitulo para vocês.
E quero parabenizar uma das minhas leitoras que ontem estava de aniversario e que adora a historia :3
Esther



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– Que surpresa.

Separamo-nos rapidamente vendo quem estava parado à porta com o olhar irritado. Bruce suspirou ao meu lado.

– Pai... – sussurrou ele.

– Quando me falaram que meu filho estava com uma garota no quarto, imaginei que fosse Shaunee, por ela ter vindo aqui, mas quando me falaram que era uma humana... –Ele não terminou a frase voltou a me olhar de cima a baixo.

Olhei para Bruce que fitava seu pai.

– Por que tenho que ser obrigado a casar com Shaunee? Ela é insuportável!

O homem à sua frente apenas sorriu, cruzando os braços. Usava um terno todo negro, algo que eu não imaginava que o “rei” usaria, ou talvez fosse eu com minha mente na idade media.

– Sabe das tradições, não podemos fugir delas – disse, firme.

– Você fugiu! E casou com quem amava! Mamãe também era humana! – Berrou Bruce, furioso.

O homem à frente desviou o olhar. Então sobre a mãe de Bruce ser humana era verdade? Ou melhor, era humana. Mas como ela conseguiu mudar?

– Cale-se! Eu não fugi! – gritou ele. – Agora tire essa humana daqui e não a traga mais!

O homem se retirou irritado. Ao meu lado Bruce cerrava os punhos.

– Bruce...

– Ele não vai me proibir... – Sussurrou ele, não olhando para mim.

Segurei o seu braço, fazendo-o olhar para mim e sorri. Ele me puxou para o centro de seu peito, me envolvendo com seus braços. Ele era meu pervertido, como não gostar de seus abraços?

Bruce beijava meu pescoço enquanto fazia uma trajetória até chegar a meus lábios.

– Vou levá-la antes que ele volte, mas não pense que vou sumir. – Falou ele com a mão em meus cabelos.

Já estava noite quando Bruce me deixou em meu apartamento. Minha cabeça ficava pensando sobre a mãe dele; ela parecia tão amigável enquanto seu pai, um grosso.

Fechei a porta atrás de mim, enquanto Milk vinha em minha direção, me agradando. Coloquei ração em sua tigela branca e fui direto para cama, não aguentava mais. Apenas queria dormir e foi o que fiz.

Acordei quando Milk pulou em cima de mim e derrubou o despertador no chão – de novo. Esse gato já estava sendo quase trocado por um ganso. Levantei a cabeça, vendo-me coberta, pisquei e Milk saiu correndo para o outro cômodo do apartamento. Balancei a cabeça falando “gato louco”.

Minutos depois, levantei devagar, para ir tomar um banho e sair para tomar um café. Não estava a fim de fazê-lo hoje. Caminhei devagar até o banheiro que ficava ao lado de meu quarto abrindo a porta.

Gritei de susto quando vi Bruce na minha banheira branca balançando sua imensa cauda azul de três tonalidades.

– Bom dia! – gritou ele, levantando os braços e derrubando a fileira de shampoo e condicionador .

– O que faz aqui? – questionei, alto.

Bruce deu de ombros, balançando a cauda e derrubando a saboneteira dentro da água. Ele piscou pegando uma esponja azul.

– Desculpa. – Sorriu ele.

Balancei a cabeça e me virei para sair do banheiro, quando ele me chamou, derrubando agora o restante dos meus cremes e escova de cabelo. Bruce pegou algumas coisas antes de cair no chão. Levantando o olhar, sorriu.

– Você é um tritão desastrado. – disse, me aproximando e pegando os objetos no chão e colocando na pia do banheiro.

Bruce me olhava com um sorriso bobo nos lábios.

– Acabe seu banho que eu estou precisando de um.

– Venha então. – Ele esticou a mão, enquanto sorria maliciosamente. – Odeio tomar banho sozinho.

– Não vou tomar banho com o tritão que derruba minhas coisas. – Coloquei as mãos na cintura enquanto o olhava.

Ele apenas fez biquinho, tentando me convencer, mas não adiantou. Voltei a me virar para partir, quando senti suas mãos envolvendo minha cintura e depois ele me puxou. Gritei pensando que ia bater minha cabeça, mas apenas bati no corpo nu dele.

– Você é muito má. – Sussurrou ele em meu ouvido, voltando a se deitar na banheira e me olhando.

Olhei para meu pijama que agora estava encharcado. Maldita banheira grande que cabia mais de uma pessoa. O apartamento era confortável e não era aqueles de ricos, mas eu tinha um bom apartamento que conseguira e apenas o tinha comprado pela banheira e agora eu a amaldiçoava.

Bruce fitava meus olhos castanhos com um sorriso nos lábios.

– O que você acha de sairmos hoje? – sugeriu, divertido.

– Tenho que trabalhar!

– No sábado?

Pisquei não lembrando que dia era hoje. Sorri, não sabendo o que dizer. Que idiota não se lembrava do dia que estava? E só queria trabalhar? Acho que tinha me acostumado quando era advogada, eu não tinha dia certo para trabalhar... Até que sinto saudades disso.

Bruce colocou uma mecha dos meus cabelos, que fugia do meu rabo de cavalo torto, atrás de minha orelha e levou seus lábios até os meus, selando com aquele beijo, o mesmo do seu quarto. Eu amara.

– O que me diz? – Voltou a questionar.

Suspirei enquanto o olhava.

– Certo.

Bruce balançou a cauda, mas dessa vez não havia mais nada para derrubar, apenas eu! O mandei parar enquanto “pulava” em cima dele. Aquele tritão pervertido sempre aprontando.

Sorri enquanto ele me envolvia com seus braços e me beijava mais.

– Posso te perguntar uma coisa? – Perguntei em meio dos beijos, tentando me soltar.

Ele apenas assentiu para continuar.

– O que faz aqui? Seu pai está furioso.

Bruce me largou imediatamente quando falei de seu pai. Certamente eles não se dão bem há tempos.

– Eu queria te trazer algo. Está em cima da mesa. Quero que a use quando for realmente preciso. – Seu tom era sério.

– O que é?

– Um líquido verde. É feito com uma alga que cultivamos e tem o poder de deixar um humano respirar embaixo da água por oito horas, mas use-a apenas quando for realmente preciso.

Apenas assenti, não entendo o tom de voz dele, nem porque ele me daria algo assim. Eu poderia pegar aqueles trajes de mergulho, então por quê? Não perguntei nada apenas assenti novamente e sai da banheira, deixando para trás.

Adentrei o quarto tirando minha roupa molhada e pegando uma toalha do armário ainda pensando no que ele falara. Que alga era essa? Seria a alga que eu o vi pegar naquela hora?

Vesti-me rapidamente e fui até a cozinha onde Bruce já estava sentado na mesa de madeira comendo um pão. Pisquei, pensando como ele conseguia ser tão rápido.

– Espero que tenha limpado o banheiro. – Disse sentando ao seu lado e pegando seu pão que levava ate a boca.

Ele me olhou piscando, enquanto sorria e comia.

– Irei limpar o banheiro e quando voltar quero você pronta.

– Aonde vamos?

– Segredo. – Ele deu-me uma piscadela e sumiu, passando para o outro cômodo da casa.

Não sabia o que ele estava tramando. Apenas suspirei e dei de ombro


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Notas finais do capítulo

papai do bruce não é legal ne? e aonde será que ele vai leva-la? Esse fugitivo do mar ahahhaha