Face do Passado escrita por kaka_cristin


Capítulo 1
Capítulo 1 - Caminho incerto.


Notas iniciais do capítulo

Voltei depois anos a postar minhas fics por aqui!!! :D vamos ver se aqui ainda sobrou alguém que goste de fics Hétero ¬¬
Ninguém lê mais minhas fics :(



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Música, shows, bebidas, cigarros, mulheres, shows, mulheres, cigarros, mulheres, essa era minha vida. Eu não podia reclamar de nada, todas as coisas boas da vida eu tinha naquele momento. Tinha o emprego que sempre quis, o sucesso com que eu sempre sonhei, amigos leais, uma casa cheia de conforto, carro próprio, uma vida de rei com que eu sempre sonhei. Não me faltava nada.

Eu era solteiro, mas tinha qualquer mulher que eu desejasse na hora que eu quisesse. Cada dia era uma nova. Eu era feliz assim. é, de alguma forma eu era e não tinha do que reclamar da vida, ela estava sendo muito boa comigo.

Apesar de todo meu conforto de vida, de vez em quando eu sentia que algo faltava nela, mas com o tempo aquilo foi sumindo. Principalmente depois que conheci uma grande amiga: as drogas. Ela sim me fazia me sentir bem.

 

- fala Gerard. – disse um homem barbudo, segurança da danceteria que eu freqüentava com freqüência de uns tempos pra cá.

 

- e aí cara, tudo em cima? – eu disse apertando a mão dele com firmeza.

 

- tudo ótimo. Os caras estão lá embaixo te esperando. Chegou muita mercadoria hoje. – disse ele bem baixo só pra que apenas eu ouvisse.

 

- demorou. - disse apertando a mão dele novamente e ele tirou a corda para que eu entrasse na danceteria.

 

Passei pela pista e enquanto ia a direção à porta do outro lado da pista as mulheres por onde eu passava mexiam comigo. Era sempre assim, eu sendo um homem bonito e famoso, elas caem em cima. De vez em quando eu parava pra conhecer algumas delas, mas dessa vez eu estava muito necessitado. Eu precisava de uma erva, fazia tempo que não me entregava a ela.

 

- fala aí meu chapa. – esse era o Ronald, ele que vendia às drogas para mim. Ele ficava sempre numa sala que ficava embaixo da danceteria. Ele era um cara maneiro, apesar das vezes vacilar e ser muito ambicioso.

 

- fala. – Apertamos nossas mãos. - O cara lá em cima disse que chegou coisa nova.

 

- tudo fresquinho meu cara e do bom. – abriu a gaveta da mesa e retirou alguns pacotes.

 

- ok. Me vê tudo que tem.

 

- calminha, vá com calma cara. Compra um pouquinho hoje, depois amanhã. Assim me deixa sem nada. – disse estendendo um pacote apenas.

 

- ok, mas me dê o bastante pra hoje. – e ele me deu mais um pacote.

 

- cuidado! Te falei que esse negócio de exagero é perigoso. Você pode até acabar na vala.

 

- isso é uma promessa? – disse irônico. No fundo eu estava farto de viver.

 

- que foi cara? A vida está sendo dura demais? – disse ele colocando na sacola o que eu havia comprado.

 

- de vez em quando.

 

- não faça isso, assim perderei meu melhor cliente. Como irei faturar sem você? – disse ele com um sorriso nojento no rosto.

 

Aquela frase me deu um pouco de raiva no começo, Mas depois eu não liguei muito, eu queria mais daquilo e ele era a única pessoa que eu conhecia pra me levar até elas. E além do mais, esses caras que vendem isso só finge ser seu amigo, mas no fundo só querem seu dinheiro. É só pra isso que você presta na concepção deles.

 

- quanto te devo? – perguntei pegando a carteira.

 

- mil da outra vez que ficou de me pagar e com mais essas mil e quinhentos.

 

- toma. – disse estendendo o dinheiro pra ele. Ele contou nota por nota.

 

- valeu. É sempre bom fazer negócio contigo. – disse ele estendendo a mão no qual apertei e depois me retirei daquela sala.

 

Saí daquele local às pressas. Tudo o que eu queria era chegar no carro e fumar um baseado. Quando entrei no meu carro eu acendi e saciei minha vontade.

 

- ah que delícia! – disse rindo depois de uma tragada. – você é minha única amiga, não é? É a única que me entende. Te amo. – e dei outra tragada.

 

Depois de fumar mais dois fui na casa do Mikey, não estava me sentindo muito bem, via tudo rodando e a casa dela era mais próximo dali que a minha. Quando cheguei toquei a campainha insistentemente e nada de ninguém vir atender, mas eu fui persistente e toquei mais vezes até ver a luz do quarto dele se acender. Comecei a rir, provavelmente interrompi algum clima romântico entre ele e Alicia. Ela ficava muito puta quando eu fazia isso. Minutos depois ouvi o barulho de chave na porta e quando se abriu Mikey enfiou a cara pra fora entre a brecha, assustado.

 

- Búhhhh! É um assalto à você! – gritei ao ver que era ele e ele levou um baita susto. Comecei a rir com a cara de assustado que ele havia feito.

 

- Gerard? O que faz aqui essa hora? – perguntou ele depois do susto saindo e fechando a porta atrás dele.

 

- eu não estou me sentindo bem. – eu disse ficando sério. Realmente não estava bem. Eu estava me sentindo enjoado e com um pouco de tontura.

 

- o que houve? Que cheiro é esse? – disse me cheirando.

 

- sai pra lá cara. A Alicia não vai gostar de saber que andas me dando fungadas no cangote.  – disso rindo.

 

- você anda se drogando de novo. – disse sério e fez uma cara de desaprovação.

 

- ah! Não vim pra ouvir sermões, Mikey. Abre logo essa porra de porta e me deixa entrar.

 

- desse jeito não, Gerard.

 

- vai me negar uma noite na sua casa? Cara, eu sou seu irmão.

 

- Alicia não quer mais que eu deixe você ficar aqui enquanto tiver usando esses troços.

 

- alicia é o caralho! Você é meu irmão porra! – disse já irritado por não me deixar entrar.

 

- não é só ela Gerard. Todos estão muito chateados com essa sua vida. Você está se acabando cara.

 

- olha aqui, vai me deixar dormir aí ou não? – já estava perdendo minha paciência de ficar ali ouvindo as criticas dele. É sempre assim, quando fazemos algo errado, por mais que saibamos que estamos errados, nós odiamos que nos critiquem.

 

- sinto muito Gerard. Vai ser melhor assim. Não posso te acolher toda vez que tiver desse jeito. Tenho minha vida, minha esposa e não posso permitir isso pra sempre. Um dia terei meus filhos e...

 

- bichinha! – disse irritado interrompendo ele.

 

- sinto muito irmão. - disse ele triste.

 

- ah, agora sou seu irmão?

 

- eu te ofereço minha ajuda pra que largue essas coisas. Não pode continuar desse jeito, Gerard.

 

- ah, cala essa sua boca. Muito obrigado viu? – eu disse e dei meia volta. Entrei no meu carro e olhei pro Mikey que me olhava da porta, tinha tristeza em seu rosto. Mas eu fiquei com ódio dele naquele dia, eu não compreendia que ele estava querendo o meu bem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo. Amanhã posto o 2º!!!