O Jardim da Solidão escrita por rhavs


Capítulo 2
Capítulo 4 - Quem É Você?


Notas iniciais do capítulo

Não existem coincidências!



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-[...]-



     Realmente ele não falava, ou não queria falar.
     A menina se levantou e saiu da fonte, ele a seguiu, ela andou de um lado para outro e ele a seguiu, ela parou em frente as roseiras e virou de repente, ficando frent-a-frente com ele.
     - Você mora aqui?
     Ele apenas abanou a cabeça afirmando.
     - Onde estão seus pais?
     Ele apontou o portão negro.
     - Não estão, não é?
     Ele abaixou a cabeça tristonho.
     - Não fique assim, como saiu daqui?
     - Não sai! - uma voz masculina e forte foi ouvida, parecia vir do outro lado do jardim.
     Eles tentaram ver seu dono, mas a escuridão o incobria.
     Uma névoa começou a se erguer do chão, o menino agarrou um dos braços da menina, que deixou a boneca cair no chão, e correu para trás da fonte, ficando agachado.
     A menina não entendeu, mas decidiu ficar agachada como ele.
     Um homem se projetou das sombras, falando:
     - Decidiram se esconder? Que péssima escolha! - pegou a boneca do chão e limpou um pouca da lama dela - Podres crianças: ainda não sabem que este jardim é MEU, que não importa o quanto corram ou se escondam - o homem se projetou instantaneamente na fente das crianças - Eu os acharei!
     A menina gritou, mas logo sua voz foi perdendo a força, até que desapareceu.
     - Quer sua boneca de volta? - ele falou zombateiro - É uma pena que não a terá mais - e esfarelou a boneca de louça.
     Ela começou a chorar, o menino se ergueu como se quisesse enfrentar aquele homem majestral.
     - Ora, SENTE-SE! - ele ordenou, e o garoto caiu sentado - não permito afrontas!
     As rosas pareceram guinchar quando ele os ameçou.
     - Caladas! - ele ordenou as plantas
     A menina fez a gestão mais confusa que pode e o homem se voltou a ela.
     - Logo você entenderá - e desapareceu na névoa.
     Ela tentou falar de novo, mas não adiantou nada, correu de novo para o portão, mas ainda que batesse e chutasse ele não cedia, sentou e começou a chorar.
     Ele se aproximou com cuidado, fez menção de sentar, mas não o fez, apenas estendeu a mão para ela, que aceitou.
     Ergueram-se e caminharam até o lado oposto do jardim, onde havia um pedestal.
     No pedestal havia um livro de capa negra e com letras douradas em uma língua desconhecida.
     Ele abriu o livro no meio onde havia duas figuras em cada pagina, uma com um homem adulto, mas não parecia nada com o homem que os havia ameaçado, e na outra pagina um menino, familiar.
     O garoto fez menção as figuras, mostrado que o adulto havia virado menino e que o menino era ele, ela olhou de um jeito desconfiado: NÃO era possível.
     Ele virou a pagina e mostrou uma menina segurando uma boneca de louça, era ela.
     ela apontou para si mesma, ainda achando aquilo a coisa mais impossível do mundo!
     e na pagina seguinte um homem, igual ao que estivera lá a pouco.
     Era realmente ele, e os outros desenho eram realmente deles!
     Significava que já estava tudo previsto!
     Ele passou a pagina, onde havia um texto, ela leu:
     " E Laslo os escravizou para que cuidassem eternamente de seu jardim, para que nunca morressem os fez regresíveis, para que não se matassem de nostagia os fez entendíveis às rosas.
     Ele virá atraido pela fortuna, ela virá atraída pelo conhecimento.
     A rosa negra lhes fala coisas do mundo e lhes conta como cuidar do jardim, mas esta antes de cultivar seu conhecimento deve ser cultivada pelo par.
     A rosa azul conta sobre o céu e suas divindades.
     A rosa vermelha conta de amor e sangue, tal como tuas pétalas.
     E os jardineiros servem para a eternidade a Laslo e sua Miray."
     Ela entendeu tudo! Seria a Jardineira!

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Notas finais do capítulo

* Como cultivar uma rosa negra?



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