O Pedido de Reneesme escrita por camila belle


Capítulo 3
Chegada a hora


Notas iniciais do capítulo

Que?:O 8 coments? *---* Valeeeu gente!Mais agradecimentos e pah lá em baixo x] Boa leitua! =]



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 Cap. 3 – Chegada a Hora

 

Os dias se passaram calmamente. Tão calmo que eu já nem pensava tanto na história de ter outra filha com tanta freqüência. Na verdade eu já estava até conformada. Até simpatizando com a idéia de ter outra criança. Pelo menos na teoria, é claro.

Naquele dia estávamos reunidos na casa dos Cullens, mais precisamente na sala. Assistindo a um filme, quando Alice que até então ria de uma parte cômica do filme se calou num repente, com os olhos distantes, petrificada.

Todos nós já sabíamos o que era.

– O que vê, Alice? – Eu apressei-me a pegar suas mãos olhando atentamente pra ela. Os Cullens em peso, em volta, todos prendendo a respiração. Exceto Reneesme que ressonava tranqüilamente.

– A criança nascendo… Gritos… – Ela se estremeceu. – Um choro… Uma mulher apareceu. Ela pensa em… Ela quer matar a criança!!! – Nessa hora ela agarrou minha blusa, quase rasgando-a, com a força que usava.

Eu estremeci, imaginando sua narração.

Ela "abriu" os olhos. Me encarou chocada.

– Querem matá-la!!

Carlisle se manifestou com sua incrível voz calma:

– Não vamos nos desesperar. Sabe onde é Alice?

Alice maneou a cabeça.

– Não faço a mínima idéia. – Ela gemeu.

– Tente se focar novamente. – Carlisle pediu, calmamente, de seu posto. – É muito importante. Foque nos detalhes. Tudo o que puder achar.

Alice anuiu e "fechou" os olhos novamente.

– É numa cabana… Muito pequena… Vejo carcaça de animais por todos os lados… Som de pássaros… Muitos deles… Folhagens… E… É uma floresta… Um córrego, não muito longe dali… – Ela pausou. – A mulher entrou furiosa na cabana. Ela segura um punhal. Ela pensa em matar a criança. Ela… – Alice estremeceu, sufocando um grito. Fechando os olhos, a respiração rápida.

O silêncio em volta era esmagador.

– Floresta… – Carlisle pensava alto. – Tem tantas… Como saber…

Todos estávamos já sem esperanças quando Edward se manifestou:

– Tenho uma suposição.

– Compartilhe então. – Carlisle pediu, com a voz calma, de um profissional. Mas eu podia ver a crescente tensão em seu rosto pálido.

– Creio que é numa ilha… Rio de Janeiro. – Ele olhou pra mim. – Lembra de Kaure?

Eu me esforcei ao máximo para recordar. Ainda era difícil me lembrar de pequenos detalhes da minha vida humana. Era como comer uma torta feita de diferentes tipos de legumes. Era fácil sentir o gosto dos sabores mais fortes, mas difícil de sentir os pormenores.

Agora eu entendia Edward com suas aversões a comida.

E então, lentamente eu fui lembrando. De nossa lua-de-mel. Da tarde que decidimos assistir a um filme… Que filme era mesmo? Enquanto eu esperava que os faxineiros terminassem seu serviço logo para eu e Edward continuarmos e…

Aí eu vi um clarão se expandir em minha fraca memória.

– Kaure!! A faxineira!! Ela sabia quem você era!! – Edward anuiu pra mim, sério. – Ela… Ela fazia parte de uma tribo indígena e… Ela previu minha morte quando eu soube que estava grávida de Reneesme!!

– Exato. – Edward concordou, olhando pra Carlisle agora. – Foi ela que vi na visão de Alice. Nosso ponto é na América do Sul.

– Quanto tempo ainda nos resta, Alice? – Carlisle perguntou, para Alice, que não desgrudava os olhos de mim.

– Não sei ao certo. – Alice suspirou. – Presumo que umas 24 horas.

– Certo. As passagens, Edward. – Carlisle pediu pra Edward que, velozmente já estava com seu inseparável celular prateado, reservando 3 passagens.

Carlisle se distanciou com Esme ao seu lado.

Eu estava distante, perdida em pensamentos. Ainda incerta com tudo o que acontecia. Incerta se estava preparada em ser mãe novamente. Cheia de medos e receios. Reneesme era pequena ainda, eu não sei se conseguiria dar conta de mais uma filha. Eu não deixaria Reneesme de lado, como eu via muitas mães fazerem com a filha mais velha quando se tem a caçula? Não, não. Eu não seria capaz de fazer isso. Além do mais a ligação entre mim e Reneesme era muito forte. O amor era inacabável. Mas e essa nova vida que vinha ao nosso encontro? Eu seria capaz de amá-la como amo Reneesme? Aceitá-la, vê-la, criá-la com todo, e mesmo amor com que eu criava, amava, cuidava de Reneesme?

Meu medo era quase apaupável.

Mas me despertando de meus inúmeros desvaneios, Alice apertou minha mão.

– Bella. – Ela disse, firmemente, olhando no fundo dos meus olhos. – O que vejo é só um esboço do que pode ser, do que pode acontecer no futuro. Se ele vai ou não se solidificar, é com você, com sua decisão.

Eu não respondi. Ela prosseguiu:

– Eu vi que ela PODERIA ser sua filha. Isso é, se você ACEITASSE esse futuro. Mas você também pode negá-lo, como quiser. E tudo tomará um curso diferente. – Ela suspirou. – Ou seja, você não precisa se conformar com nada. Você só tem que pensar no que quer. No que deseja. A questão pode ser facilmente resolvida. Todos os seus anseios podem se dissolver numa só resposta.

Eu imaginei Edward no cômodo do lado, ao telefone, ouvindo tudo o que Alice dizia.

– Você a quer Bella? – Alice perguntou, com voz dura. – Você a aceita?

Eu olhei pra Reneesme que ressonava tranqüilamente no sofá ao lado. Eu podia ouvir sua rápida e silenciosa batida cardíaca, bater como numa doce melodia. As batidas do coração de um anjo. Do meu anjo. Eu poderia passar o resto da eternidade ouvindo aquele doce som.

Tentei imaginar um som á mais. Com a mesma velocidade, com a mesma suavidade, se harmonizando. E então, pensei na possibilidade de ter mais um anjo. Mais uma batida. Mais uma melodia. Mais uma interminável canção.

Eu suspirei. Eu ainda precisava pensar.

– Não temos tempo Bella. –Alice observou.

Eu escolhi as palavras com todo o cuidado:

– Eu escolho que vou salvá-la.

Alice sorriu e ao contrário da tensão que mostrava á minutos atrás no rosto, ela brilhava novamente. Ela pulou em meu pescoço (há, te peguei =P) E me abraçou com força.

– Eu sabia Bella!! Sabia!!

Antes que eu pudesse apurar o que cargas d’águas ela dizia, Edward estava de volta, anunciando que a viagem seria dali a algumas horas.

– Quem vai? – Perguntei pra Edward, quando ele sentou-se ao meu lado, captando minhas mãos nas dele.

– Carlisle, você e eu. – Ele respondeu. – Imagino que seja perto da aldeia dos Ticuna. Quanto menor o número, melhor. – Ele suspirou. – Algo me diz que aquele povo no mínimo é muito supersticioso.

Eu gemi, Edward abraçou-me com carinho.

– Não se preocupe. Vai dar tudo certo.

Eu anui em seu pescoço, terrivelmente ansiosa.

Depois de toda aquela agitação, as horas passaram voando. Pelo menos pra mim. Eu meditava nas palavras de Alice, mas elas pareciam ser barradas em algum lugar do meu cérebro que se negava a pensar mais profundamente no assunto.

Eu suspirei.

Edward no meu lado parecia muito tenso, mas fazia de tudo para não demonstrar, eu podia vê-lo quase quebrar o celular em pedacinhos enquanto andávamos pelo aeroporto.

 

 Mas não disse nada.

Em minutos estávamos sentados confortavelmente no avião.

Estar no avião novamente sentada ao lado de Edward me fez lembrar a nossa viagem de lua-de-mel. Quando Edward respondeu ao meu gracejo que o avião poderia facilmente cair, se contando com o meu terrível azar, dizendo que ele apenas quebraria a parede do avião, me pegaria, e pularíamos do avião, vagando em qualquer ilha, alegando sermos pobres sortudos.

Naquela época eu achava tudo surreal o bastante para de certo modo não acreditar.

Agora eu entedia completamente.

Esse pensamento me fez rir internamente, mas no todo eu fiquei calada, alheia a tensão de Edward ao meu lado. Ele estava na mesma posição desde que entrara no avião. E ele era tão cuidadoso no disfarce de agir como humano, agora ele parecia não estar dando á mínima.

– Edward… – Eu chamei-o, apertando sua mão.

– Sim, Bella. – Ele me olhou, sorrindo calmamente.

– No que está pensando? Você está petrificado desde que chegamos aqui!! – Observei, mordendo o lábio inferior.

– Não fique nervosa, amor. – Ele tocou meu rosto.

– Não estou nervosa. – Eu retorqui.

– Você está mordendo o lábio inferior. Claro que está. – Ele revirou os olhos.

Eu fiz uma careta. Edward me lia tão facilmente.

Ele sorriu, beijando o topo de minha cabeça.

– E então o que vai ser? – Ele perguntou, baixinho.

– O que? – Eu perguntei, tentando assimilar sobre o que ele falava. Minha cabeça estava tão cheia. Eu me sentia perdida.

– A criança. Você decidiu salvá-la. – Edward observou calmamente. – E depois? O que será? Você já se decidiu?

Eu suspirei. Claro que ele não havia esquecido a conversa entre Alice e eu.

– Eu não sei Edward. – Eu fui bem honesta. – Estou tão cheia de dúvidas… – Encarei seus olhos dourados profundamente. – Mas também acho que não é certo a decisão só ser minha. Ela não vai ser só minha…filha. Será sua também.

Eu achei que ele iria ponderar, pensar por um tempo, e eu estava disposta a dar-lhe esse tempo pra pensar. Edward sempre foi calculista e sempre pensava muito antes de tomar qualquer decisão, mas pra minha surpresa, dessa vez a resposta veio rápida.

– Sabe Bella, a vida foi tão generosa comigo colocando Carlisle em minha vida pra cuidar de mim quando eu mais precisava… Ele foi um amigo e até mais. Ele foi meu protetor, ele foi meu pai. Tudo que eu sou agora, devo a ele. E não gosto nem de imaginar no que eu teria me transformado se Carlisle tivesse me ignorado. – Ele estremeceu com a idéia. – Acho que já está na hora de eu tentar fazer o mesmo. De retribuir todo o amor que ganhei. Repassar toda essa compaixão para alguém que precise também.

Eu encarei-o admirada. Edward SEMPRE me surpreendia.

Eu estava ali sofrendo, me sacrificando mentalmente, a cabeça rodando em volta de dúvidas e anseios, sem pensar no mais trivial. Aquela criança era especial. E ela precisava de alguém. Ela precisava de amor, ela precisava de disciplina alimentar.

Me vi imaginando o que seria da criança se eu apenas a ignorasse, no que ela se transformaria. Imaginei Reneesme também na mesma situação. Se eu não fosse transformada no parto, e se Edward decidisse que não cuidaria dela (Não que ele fosse capaz de fazer isso). Como Reneesme estaria agora. Eu estremeci com as imagens.

– Acha… – Eu engoli seco, respirei fundo, tentando reformular a frase, mas ela saiu exatamente como antes. – Acha que eu serei uma boa mãe?

Edward sorriu de lado e me abraçou apertado, acariciando meus cabelos.

– E tem como não ser? – Ele sussurrou em meu ouvido. Sorrindo ternamente. – Já te vejo trocando fraldas. – Ele gargalhou, zombeteiro.

Eu olhei-o com censura.

– Não ache que vai escapar dessa não, amor. – Eu o repreendi ironicamente. – Ou você acha que vou cuidar dela sozinha?

Edward riu baixinho.

– Eu contava com essa.

Eu ri, acompanhando-o.

Com Edward era sempre assim. Tudo tão fácil, tão leve. Ele tinha o incrível dom de acalmar as coisas pra mim, de amenizar meu nervoso. Minutos atrás eu estava confusa, totalmente perdida. E agora eu estava lá, rindo, brincando de quem trocaria a fralda da menina.

E todos as inúmeras perguntas em minha cabeça se dissolveram numa só resposta.

Eu finalmente podia ver com clareza.

Sorri contente, olhando-o com intensidade.

Ele deve ter percebido algo em meus olhos pois virou-se pra mim e perguntou:

– Então, vamos salvar a NOSSA filha?

– Vamos. – Eu anui, feliz, pegando em sua mão. – Elisabeth nos espera.

Edward parou me olhando, seus olhos brilhando. Ampliou seu sorriso e beijou meus lábios suavemente. Elisabeth era o nome da mãe de Edward, achei que seria importante e especial se passasse esse nome para nossa nova filha.

– Elisabeth. – Ele cantarolou, sorrindo bobo. – Lizzie… Lizzie e Nessie.

Eu ri de seu jeito e ele me encarou, seus olhos brilhando. Me lembrando terrivelmente de Alice. Ela devia estar saltitante agora, vendo que o futuro que ela tanto queria ver se solidificara.

Eu sorri novamente, me sentindo satisfeita, mas algo duro e gélido como uma bola de gelo começava a dar a sua graça na boca do meu estômago. Agora que eu já a tinha como filha, me doía profundamente a idéia que ela corria perigo.

Eu tremi.

Edward apertou minha mão com carinho.

– Vai dar tudo certo. – Ele prometeu.

Eu concordei, me encostando em seu ombro.

Com a sensação de que seria capaz de abraçar tudo o que viesse pela frente. Não havia mais como voltar. Eu havia feito a minha escolha. E faria de tudo pra ter Elisabeth sã e salva em meus braços.

 


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Notas finais do capítulo

*N/A* Hey people!=] Qual é a boaa x] Que acharam desse novo cap hein?=] Nhaih como eu sou uma autora legaal,postando novos caps todos os dias *---* nhaih eu mereço comets não mereço?*----* (tsc tsc choramingando por coments --´ Coisa feia X___X) HAHA
Agradeço a todo o povinho que comentou *---*
Dizendo estar gostando e pah,fico muuito contente por isso
Ah e encontrei a baH por aquiii que lê essa história desdo fanfiction valew meninaa *---* Conto com vc aqui tbm!
E a minha miguuxa milenaaa que eu passei o site ontem e já tem coment dela aqui /o/ uhul é isso aí Miih!Quero ler suas histórias tbm menina!
Ah!E quem tiver histórias Twilight me passem okay,esse site é uma loucura --´ tem tanta fic que eu me perco,então se vcs qiserem que eu dê uma passada em suas fics é só me passar okay?;]
Até aqui foi apenas uma introdução,a partir do próximo cap as coisas vão se acelerando dando um real rumo pra história ;] Curiosas pra saber quem e como é a nova filhinha do Ed e da Bells?;x
Deixe coments baby´s,isso faz um bem danado pro meu ego =D Amanhã prometo postar de novo se continuar tendo um bom retorno blz?

That´s all brother!
kisses!

Camila.



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