Amores Imperfeitos - Faberry escrita por Lali Leoni


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, desculpa a demora por postar nessa fic, mas eu tava passando por problemas pessoais e quando tinha tempo me dedicava a minha outra fic BD, mas eu não desistirei dessa fic, pra compensar esse tempo sem postar eu vou fazer assim:
Quarta, Sexta, Sábado e Domingo
Tarei postando AI,ok?!
Bem, espero que vcs gostem desse cap, a tal loira nua misteriosa vai ser revelada
Não esqueçam de comentar, favoritar e quem saber até recomendar, não acharia nada ruim rsrsrsr
Enfim, boa leitura
Sweet Kisses *-*
Lalion



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583265/chapter/3

Eu agarrei o braço da Santana e parei assustada, para mim não era normal uma garota andar nua pelo corredor, mas Santana parecia achar normal ou no máximo engraçado.

Ela olhava para a garota com uma expressão cômica, meio rindo meio reprovando. Quando eu agarrei o braço dela ela me olhou e cochichou “Disfarça”.

Eu soltei o braço dela e tentei me recompor, para aparentar indiferença, enquanto isso a garota bradava com as meninas que ainda a xingavam.

― Que isso garotas, voltem aqui, estava tudo indo muito bem, não fiquem tão nervosas ― ela riu-se quando uma das meninas lhe mostrou o dedo do meio, pelo jeito algo saíra fora do planejado dele.

Aproveitei que ela estava distraído para observá-lo. Era um garota com um corpo definido, com músculos pronunciados, não daquele tipo que passa o dia na academia, mas mostrava que ela praticava esportes regularmente. Seus cabelos eram loiros, curtos e bagunçados, mas seu rosto eu ainda não conseguia ver. E foi ai que ela virou para voltar ao seu quarto, ela estava abaixando o travesseiro quando nos viu e voltou a levantar. Deu uma boa olhada em mim antes de virar para Santana.

― Satanás, bom dia minha querida priminha, que horas são? ― Elas eram primas?! Pelo que parecia ela havia acabado de acordar. Ela tinha um rosto um rosto bonito, meio delicado, mas o que me chamou atenção foram seus lindos olhos esverdeados.

― Nossa loira aguada quando é que você vai entrar nos eixos hein, já é hora do almoço garota e você ai, tentando a bigamia agora? Parece que não deu certo não é? ― Santana ria da cara dela enquanto ela voltava a me examinar.

Rindo do comentário dela, ela se aproximou mais da porta de seu quarto e encostou-se no batente.

― Ah não é bem isso, na verdade eu fui atacado pelas duas, eu só sugeri umas coisas interessantes e elas não gostaram muito. E essa quem é? ― Perguntou me indicando com o queixo.

― Minha novata particular, nem pense em querer utilizar, ela terá muitas tarefas para fazer ― agora foi Santana que agarrou meu braço, ela me puxou e começou a andar ― e você, deveria colocar uma roupa, sabe, se arrumar e descer para almoçar, já perdeu as aulas da manhã vai querer perder as da tarde também?

Ela nem precisou me arrastar, no primeiro puxão já sai andando em direção as escadas. Enquanto passávamos a prima de Santana continuou a me olhar, mas não como antes, como se fosse me devorar, era mais com curiosidade, meio sério com um olhar questionador.

Quando começamos a descer a escada ouvi a porta dela se fechar.

― Ela é sua prima mesmo? ― Aproveitei para perguntar.

― Infelizmente sim ― Respondeu Santana sarcasticamente ― O pai dela casou com minha tia Isabel quando a Quinn era bem pequena, praticamente criou ela e a Frannie a irmã mais velha dela como filhas, crescemos juntas.

― E a mãe delas?

― Depois da separação, simplesmente sumiu

― Humm... ―Nossa, que história, pensei.

Enquanto estava distraída pelo que havia acabado de escutar, escuta a latina começar a cair na risada.

― Você disfarçou perfeitamente, ela realmente achou que você não estava nem ai para ela, ficou te olhando esperando você babar e nada, você parecia que estava olhando para inseto insignificante, adorei!

― Mas eu não estava disfarçando, estava normal, eu não a conheço, não sei nada dela, porque deveria ter sido diferente? A garota aparece sem roupa no corredor e espera que eu pule em cima dela? ― Não compreendi o que ela queria dizer.

― Ah garota, não é possível, você deve ter percebido que ela é a maior gata, é pode ser minha prima, mas eu não sou cega, todas as meninas da Academia e até de outras escolas adorariam receber um sorriso de Quinn Fabray, o que ela lançou pra você pelo menos umas três vezes, você não pode ser tão inocente.

― Não sou tão inocente, mas a garota estava nua, no meio do corredor, discutindo com duas garotas semi-vestidas que acabaram de sair do quarto dela, nem que eu fosse louca eu teria outra atitude ― Enfim entendi o que ela queria dizer, ela esperava que no mínimo eu babasse um pouco por ela.

É óbvio que eu a achara linda, provavelmente a garota mais bonito que eu já vira pessoalmente, mas era uma riquinha mimada, metida a garanhão, eu não daria atenção a ela, não mesmo.

Demonstrar interesse seria provavelmente dizer que adoraria dividir a cama com ela, e isso não, muito obrigada, quando fosse perder minha virgindade seria com um pessoa legal que eu amasse e de uma forma especial. Eu não era tão bobinha assim, já havia beijado um garoto uma vez no orfanato.

Meu primeiro beijo fora com Brody, um garoto problema do orfanato, chegou com 8 anos no orfanato, pois seus pais eram usuários de drogas e não tinham condições de tomar conta dele.

Crescemos juntos, brincando, brigando e discutindo afinal tínhamos a mesma idade, até que ele se tornou mais bonito que briguento para mim, e ao que parece aconteceu a mesma coisa com ele, ficamos juntos uma só vez, antes de ele ir embora do orfanato morar com uma tia que havia ficado viúva.

Foi o momento mais calmo que dividimos, quase romântico, ele me puxou para umas das salas de aula vazias e me disse rapidamente que estava indo embora, mas não queria ir sem fazer uma coisa. E essa coisa era me beijar. O beijo foi simples e rápido, mas fora muito terno. Quando nos afastamos ele sorriu e disse que não se esqueceria de mim. Puxou meu cabelo e saiu correndo da sala para encontrar sua tia. Isso fora a mais de um ano atrás. Nunca mais nos vimos.

Enquanto eu me perdia em lembranças chegamos a tal sala comunal, que agora continha vários adolescentes jogando ou vendo televisão. Alguns olharam em nossa direção e me observaram por um tempo, mas não deu atenção, já imaginava que seria observada como um animal de circo.

Passamos direto pela sala e saímos em direção ao prédio central. Santana andava como se fosse à dona do lugar, nariz empinado, expressão de soberba, fingindo não ver ninguém e os alunos pareciam respeitá-la, pois não entravam em seu caminho.

― Ok, é melhor mesmo que você não fique babando por ela, há muitas no pé dela então não compensa perder tempo, mas que ela olhou de uma forma estranha pra você ela olhou, isso é verdade ― ela parecia ainda pensar na cena ― na certa é porque você não deu moral.

― Deve ser, estranhou eu não pular em cima dela e me propor a ficar no lugar das outras duas ― como se eu fosse fazer isso, garota metida a besta – que ela espere sentado coitada.

― Bem, vamos esquecer ela então, agora nós vamos almoçar, eu vou ter que tratar você meio mal, portanto não ligue Ok?! ― Santana olhava ao redor e falava baixo como se pensasse que alguém pudesse ouvi-lá.

― Certo certo, vou fazer o que você mandar ― não consegui refrear a careta de impaciência ― mas vê se pega leve hein.

― Fica tranqüila robbit, só vou mandar você pegar comida pra mim e depois mandar você sumir ― disse Santana enquanto subíamos as escadas de entrada do prédio central ― agora, depois que eu falar pra você sair vá se sentar em um canto afastado, Ok?!

― Sim Senhora, e meu nome é Rae, não robbit ― disse enquanto abria a porta para ela e fazia uma reverencia.

― Oh é mesmo, tinha me esquecido Rachel Berry ― riu-se ela entrando no prédio.

Eu entrei logo atrás e novamente me admirei com a bela organização do aposento. Peças antigas, maravilhosas e bem cuidadas misturadas com aparelhos modernos.

Entramos em um hall gigante, como tudo por aqui, belíssimo, com piso de mármore, lustres de bronze e lindos quadros. Havia duas grandes escadas que levavam para os andares superiores, com corrimãos de bronze e feitas de puro mármore. Entre as escadas havia duas grandes portas estilo entrada de cinema, todas de madeira pura.

― Nossa ― Eu olhava tudo boquiaberta – isso aqui é maravilhoso.

― Sim é, tudo muito bem cuidado, vou te dar uma rápida explicação. Aqui é o hall de entrada, as escadas levam para as salas de aula e aquelas portas duplas ali levam para o refeitório ― Santana foi falando e apontando rapidamente porque mais alunos estavam por ali se dirigindo ao refeitório.

― Certo então tudo fica concentrado aqui neste prédio ― disse ainda admirando as belas escadas.

― Sim, todas as salas de aula, laboratórios, biblioteca, sala dos professores, diretoria, tudo aqui. E aquele prédio azul lá fora, é o ginásio, com as piscinas e áreas de ginástica, atrás ficam as quadras e campos de futebol e corrida – ela terminou sua explanação falando bem baixinho, pois estávamos quase chegando às portas do refeitório.

Eu acenei afirmativamente e entramos no refeitório. Santana foi à frente e teve que virar para me chamar, porque eu tinha empacado na porta.

O salão era magnífico, o piso todo de mármore claro e bem no meio do salão gigantesco havia um lustre enorme e belo. Nas paredes em volta havia mais luzes fixas e as mesas, três mesas enormes de madeira com bancos iguais atravessavam o salão. Na hora lembrei-me do meu filme bruxo preferido.

Ao fundo do salão havia uma cantina, com espaços onde havia comida que cada um poderia escolher suas preferências, partes separadas com doces, refrigerantes e tudo o mais que se pode querer.

As mesas estavam bem cheias já e algumas pessoas estavam pegando comida. Quando entramos várias pessoas das mesas olharam em nossa direção.

― Você vai ficar ai parada muito tempo, manhands? Eu estou com fome! ― Santana parecia ter assumido seu papel arrogante novamente. Eu olhei em sua direção e comecei a caminhar.

Ela se virou e foi até o meio de duas mesas e começou a caminhar entre elas. Eu a segui sob olhares especulativos. Mantive minha cabeça reta, olhando para a cabeça de Santana, não ia abaixar minha cabeça para esses riquinhos.

Santana foi andando sem olhar para trás, até que chegou ao meio da mesa onde havia vários garotos e duas garotas sentadas com um espaço ainda vago, provavelmente aguardando ela.

― Finalmente você chegou hein San, achei que não fosse aparecer no almoço ― uma das garotas com cabelos lisos e loiros disse se virando para olhá- la. A garota usava um colete jeans preto por cima da camisa de uniforme e por baixo da saia uma meia calça azul e botas pretas. Era muito bonita também.

― Minha novata me atrasou, tive que explicar a ela as regras se é que vocês me entendem ― Santana sentou-se entre as duas garotas e me deixou ali em pé e sem graça.

Eles olharam em minha direção e riram, me deixando ainda mais sem graça. Nesse momento a prima nudista de Santana entrou no salão, o cabelo molhado e todo bagunçado e ainda abotoando a camisa. Andou tranquilamente até onde estávamos e parou ao meu lado.

― Oi de novo ― Disse sorrindo para mim.

― Ainda bem que agora você está com roupas não é ― eu disse voltando a olhar para frente ignorando ela.

Todos, a nossa frente na mesa, riram novamente e ela também enquanto colocava sua gravata em volta do pescoço sem dar o nó.

― Busque comida para mim robbit, estou morrendo de fome ― Santana parecia ter entendido a olhada que eu dei a ela de desgosto e resolveu acelerar as coisas.

Eu olhei para a cantina atônita sem saber o que pegar.

― O que você quer? ― Perguntei sem graça.

Antes que Santana pudesse começar a dizer a prima dela Quinn me pegou pelo braço e começou a me arrastar em direção a cantina.

― Eu ajudo você hoje novata, mas só hoje, porque eu estou de muito bom humor e conheço as preferências da minha priminha querida ― disse ainda sorrindo.

Eu olhei para Santana ainda mais atônita que antes, eu queria ficar longe dela e não que ela ficasse me arrastando pelo refeitório para me ajudar a pegar a comida.

― Não precisa é só ela me dizer e eu trago ― disse tentando puxar meu braço de seu aperto, o que foi inútil considerando que ela era mais alta que eu sem falar na força que tinha.

― Algum problema em ficar perto de mim, parece que minha presença te afeta um pouco ― disse ela percebendo que eu queria fugir dela. Na hora parei de me afastar, se ela queria me provocar ela obviamente estava conseguindo.

― Claro que não, nem em sonhos patricinha, já que você faz tanta questão vamos lá ― disse indo na frente em direção a cantina. Ela soltou meu braço e se virou rindo para os amigos na mesa que observavam com um sorrisinho idiota no rosto.

― Já volto ― Disse ela de forma arrogante e me seguiu.

Sai pisando firme em direção a cantina, várias pessoas estavam olhando agora, pareciam acompanhar algo cômico. Chegando à cantina peguei uma das bandejas, que estavam empilhadas ao lado do balcão e coloquei sobre ele, coloquei um prato e talheres que também estavam empilhados dentro da bandeja e me virei para ela que me olhava presunçoso.

― E agora sabichona, do que sua prima gosta? ― Perguntei nervosa.

― Bem ― ela se aproximou do balcão observando a comida com curiosidade fingida ― eu acho...

― Você acha? Como assim você acha? ― Ela devia estar brincando comigo, só podia.

Assim que me ouviu ela começou a rir e se aproximou mais de mim.

― Calma novata, não precisa ficar tão nervosinha, eu estava só pensando.

― Você está aqui porque disse que sabia o que ela gosta de comer ― exclamei nervosa.

― Na verdade só falei que sabia para ficar mais perto de você ― ela chegou bem perto de mim e ficou me olhando de uma forma estranha, bem dentro dos olhos. Eu fiquei boquiaberta por um instante, processando o que ela dissera. Ela devia estar curtindo com a minha cara, esse deveria ser seu passa tempo preferido, brincar com as garotas novas. Enquanto eu olhava para ela completamente paralisada ela foi se aproximando mais de mim, foi descendo sua cabeça quase ao nível da minha. Quando faltavam poucos centímetros para nossas bocas se tocarem eu percebi a intenção dela e empurrei-a com toda minha força.

― O que você pensa que está fazendo? ― sibilei nervosamente enquanto ela cambaleava para trás pega de surpresa pelo meu empurrão ― se não vai me ajudar então não me atrapalhe.

Passei por ela empurrando a bandeja e comecei a colocar um pouco de tudo que tinha sem nem prestar atenção ao que era. Ela ia me dizer alguma coisa quando chegou uma garota e se pendurou nele.

― Quinn, onde você estava querida, estava te esperando ― A recém chegada era pouco menor que eu, mais magra também e com um cabelo loiro palha que lhe caia até um pouco depois dos ombros, olhos de um verde estranho, que eu nunca tinha visto e olha que os meus já são diferentes hein, pareciam artificiais. Era o tipo de garota mimada que provavelmente tem dois ou três de tudo o que ela quer ou possa querer.

Quinn olhou para ela e engoliu as asneiras que provavelmente iria me falar. Sorriu para ela e me deu uma olhada de rabo de olho, como se para mostrar que se eu não queria tinha quem queria sim.

― Oi Kitty, dormi até tarde hoje ― disse sorrindo maliciosamente. Não consegui segurar o risinho de deboche que brotou em minha garganta. Eu já estava um pouco afastada, mas mesmo assim elas me ouviram. A loira se virou em minha direção com uma expressão de satisfação, era obvio que ela estava assistindo eu e Quinn antes de vir falar com ela e queria mesmo falar comigo.

― O que foi novata, tem algo a dizer? Oh não é claro, você é apenas uma

novata idiota ― disse como se fosse à coisa mais inteligente que alguém poderia dizer.

Eu apenas olhei-a da cabeça aos pés com um meio sorriso no rosto, balancei minha cabeça negativamente, ri debochadamente novamente e sai andando com a bandeja nas mãos.

Ambos me olhavam, cada um com uma expressão diferente. Quinn apreciando a situação, e a tal de Kitty absolutamente chocada com minha atitude.

― Quem essa garota pensa que é? ― a ouvi esganiçando para Quinn.

― Essa, é a sua mais nova rival minha querida, é a órfã pianista ― ela respondeu com um misto de prazer e diversão na voz.

Nem perdi meu tempo olhando para trás, segui até onde estava Santana e coloquei a bandeja a sua frente.

― Sua prima me sacaneou, não me disse o que você gosta, então peguei um pouco de cada coisa ― disse eu cruzando os braços, estressada.

― Ah novata, eu acabei comendo aqui com a Brit, então eu não quero mais, pode levar ― Santana disse me olhando de rabo de olhos.

Eu abri minha boca para responder, mas fechei imediatamente, se ela não queria significava que eu não teria que voltar a cantina para pegar comida para mim, eu poderia comer algo daquela bandeja mesmo. Peguei a bandeja e sai andando para longe deles e para o mais longe da cantina possível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam do prieiro contato das duas?!
Até amanhã
Sweet Kisses *-*
Lalion



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amores Imperfeitos - Faberry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.