Promises. escrita por StardustWink


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

MEU DEUS DO CÉU, GENTE. ///GENTE////. O QUE FOI ESSE CAPÍTULO. Eu tava muito de boas indo ler o cap novo, super normal, achei fofo a capa com o Hawk olhando uma outra porquinha com laços e tal, mas eu não esperava por isso. Cacete, esse é o primeiro otp meu em shounen que vira canon e eu não!!!!!!podia!!!!!estar!!!!mais!!!!feliz!!!!

/respira fundo/ Ok, mas vamos à fic. Isso foi feito ontem de noite + hoje de manhã às pressas porque eu não tava conseguindo me controlar com esses dois lindos e precisava colocar meus sentimentos no Word. No que isso resultou? Em quase 4.000 palavras de puro fluff e revelações que quase mataram a minha beta. Por favor não morra, Miya, preciso de tu aqui para sofrer comigo (;v;)

Eeeenfim! Espero que vocês gostem, cuidado com os spoilers sérios p/ quem só tá acompanhando NNT pelo anime e, é, boa leitura! ♥



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King nunca poderia prever que a primeira coisa que receberia quando encontrasse o resto do grupo novamente seria um soco.

É claro que, saindo do jeito que saiu sem avisar, isso era para ser esperado. Mas ele só estava seguindo Ban (de início, sim, mas ainda contava), tinha imediatamente se desculpado assim que todos estavam fora de perigo e estava machucado ainda, então talvez tenha sido um pouco demais.

E o pior? O soco fora dado por Diane.

King tinha ficado feliz por ter a visto novamente e agora estava com vontade de morrer.

- Uh... Senhor King, não fique assim...

O garoto que no momento sentava no canto do acampamento do grupo agarrado a seu Chastiefol olhou de canto para a garota alta ao seu lado que tinha um semblante nervoso no rosto.

- Eu tô bem, princesa, não precisa se preocupar comigo. – Ele respondeu, ainda encarando o chão, mesmo sabendo que aquilo provavelmente soara como uma grande mentira.

- M-mas o senhor parece tão triste que eu... – Elizabeth, como esperado, não mordeu a isca. Ela alternou o peso entre os pés, olhos azuis cristalinos o encarando com preocupação. Ele ouviu um pequeno suspiro, e logo depois a mesma sentou ao seu lado.

- Eh? - King piscou, surpreso pela ação dela. Nunca conversara tanto assim com a princesa em momentos de descanso como esse – ela normalmente ficava perto do capitão ou de Diane – então aquilo era estranho. Ela estava tão determinada assim para fazê-lo se sentir melhor?

- Senhor King, eu entendo que o senhor esteja triste por causa do que a Diane fez, mas... – A garota de cabelos cinzas dirigiu seus olhos ao chão, abraçando suas pernas longas e colocando seu queixo em seus joelhos. – Ela estava realmente preocupada, sabia.

O garoto piscou, bochechas involuntariamente se aquecendo pelo pensamento de que Diane estava preocupado com ele, mas empurrou-os para fora de sua cabeça no segundo seguinte. Ter esperanças falsas não era algo que funcionava bem para o mesmo.

- Ela se preocupa muito fácil, mesmo... Honestamente, se fosse eu, também ficaria inquieto se aquele idiota resolvesse sumir do nada. – King murmurou, dirigindo seus olhos para Ban que já se encontrava desmaiado com um copo grande de cerveja em uma das mãos.

Ao seu lado, Elizabeth deu um risinho.

- Acho que o Sr. Ban consegue se sair bem sozinho... – Ela pausou, dirigindo seus olhos a ele. – Só que eu não estava me referindo a ele quando disse que ela estava preocupada.

King piscou, e suas bochechas coraram. De novo. Mas também, como ele podia evitar aquilo?!

- H-hein? – O garoto piscou umas três vezes, agarrando Chastiefol com mais força do que o necessário. Ela estaria insinuando que Diane estava preocupada especificamente com ele?

Elizabeth sorriu para ele mais uma vez, uma mistura de seus sorrisos usuais mais um brilho de algo que ele não pôde identificar direito. Se aquela não fosse a princesa, ele poderia jurar que fora algo como malícia; mas ela era sim a garota inocente/de alma pura/verdadeiramente-um-anjo que ele conhecia, então não devia ser possível.

- Eu só acho que você deveria falar com ela. – A albina tombou a cabeça para o lado, rosto virado em sua direção. – Acho que faria bem a vocês dois.

- Uh... Eu posso tentar...? – Sinceramente, King não sabia o que responder no momento, então foi com o óbvio.

- Ótimo! – E, com outro sorriso, Elizabeth estava de pé novamente. Ela virou seu rosto para olhar para ele uma última vez. – Vou falar com o Sr. Meliodas sobre os planos de amanhã. Boa sorte!

- Ah, sim...

King observou ela ir, piscando, não sabendo direito o que tinha acontecido. Ele então dirigiu seus olhos à Diane, que sentava junto de Gowther e parecia excepcionalmente irritada.

O garoto sentiu a vontade súbita de suspirar. Como sempre, ela estava linda, com os cabelos castanhos presos em suas marias-chiquinhas usuais e vestido laranja que sempre usava quando estava encolhida. Sim... Não importa se estava pequena ou grande, ela sempre seria Diane.

A garota de seus sonhos, seu primeiro amor e para sempre inalcançável.

Foi nesse exato momento que os olhos roxos brilhantes dela se desviaram dos de Gowther para ele, como se tivesse ouvido seus pensamentos. King piscou, ombros enrijecendo por instinto, não sabendo o que pensar daquela troca de olhares. Parecia que sua pele estava queimando; o olhar da garota era tão penetrante naquele momento que o mesmo achou que seu coração ia explodir. O-o que era aquilo? Aquilo nunca tinha acontecido antes! Por que...

No entanto, Diane escolheu esse instante para desviar os olhos, mantendo-os no chão em que estava sentada. Era sua impressão, ou ela parecia estranhamente triste...?

King engoliu em seco. Ele realmente não sabia o que estava acontecendo. Diane nunca ficara tão irritada com ele, certo, mas até aquilo poderia aceitar – não era como se ele não merecesse, afinal –, só que ele nunca a vira tão para baixo assim.

Será que algo realmente tinha acontecido? Teria ele feito algo errado?

O garoto comprimiu os dedos em seu travesseiro, encarando a terra em frente a seus pés. Talvez ele devesse sim aceitar a sugestão de Elizabeth e falar com Diane, mesmo sabendo que provavelmente levaria outro soco.

Se fosse para descobrir porque ela estava tão triste, ele faria qualquer coisa.

xxx

Com aquela decisão em mente, King agora teria que decidir o melhor momento para isso. Pedir para conversar com ela na frente de todo mundo estava fora de questão, mas ele sabia que não conseguiria dormir se resolvesse deixar aquela conversa para amanhã.

Então era exatamente por isso que ele escolhera perguntá-la justamente quando todos estavam se retirando para dormir.

Não é como se ele fosse um pervertido por ir vê-la justo quando todo o resto do grupo estava dormindo, claro! Era que, naquele horário, não seriam interrompidos, e ele não queria arriscar ter a conversa ouvida por mais alguém. Mesmo assim, suas mãos ainda estavam suadas de nervosismo.

Ele respirou fundo mais uma vez, tentando se concentrar.

No momento, estava flutuando por trás do Boar Hat, olhos focados na silhueta da garota que terminava de se despedir de Elizabeth. Ele prendeu-se à borda da parede curvada, espiando só com a cabeça podendo ser vista enquanto Diane se espreguiçava e virava-se em direção ao lugar que normalmente dormia todas as noites.

Quando era uma gigante, no caso.

King estreitou os olhos. Normalmente, Diane só usava o remédio de encolhimento quando queria visitar a cidade, mas ela estranhamente tinha aparecido com sua forma humana quando ele os achara antes. Não havia nenhuma cidade por perto, e ela nunca usaria aquilo no meio de uma missão importante, então...

Aquilo estava estranho demais. E, por mais que ainda temesse levar outro soco e se sentir ainda pior depois disso, ele estava disposto a descobrir o que estava acontecendo com ela.

Reunindo toda a coragem que tinha no momento, ele flutuou na direção da garota, deixando Chastiefol em cima do encosto da janela mesmo. Não podia levar o travesseiro com ele, tinha de ser corajoso. Sem preguiça e sem se esconder atrás de coisas!

- Diane? – Ele parou a poucos passos dela e, vendo que a mesma ainda não percebera sua presença, chamou seu nome.

A garota deu um pulo em seu lugar, rosto virando para trás tão rápido que ele quase falou para ela ter mais cuidado. No entanto, o olhar melancólico que ela dirigiu a ele em seguida o deixou sem palavras para isso.

Com um piscar de olhos, porém, ele se foi, substituído por orbes roxas brilhando com raiva. Diane olhou para ele de soslaio, rosto ainda virado de lado, recusando a ficar de frente para ele.

- O que você quer, King? Já está tarde.

Ele sentiu uma picada ao ouvi-la soar tão fria, mas novamente, o mesmo meio que merecia isso. O garoto tossiu levemente.

- B-bom, Diane, eu percebi que você está irritada comigo, então... – Ele encolheu um pouco os ombros ao ser encarado com o olhar dela, mas tinha de continuar. Aquilo era importante! – E-eu vim aqui para desculpar pelo... uh... por qualquer coisa ruim que eu possa ter feito.

A tensão do lugar pareceu intensificar assustadoramente em poucos segundos.

- Qualquer coisa ruim? – A voz dela ressoou fria pelo silêncio da noite, e King foi um pouco para trás quando a garota finalmente virou em sua direção, olhos queimando com frustração. – Como assim qualquer coisa ruim? King, você e o Ban decidem sumir, vão para uma floresta fazer uma missão impossível sozinhos, e ainda assim não sabe porque eu estou com raiva?!

- Diane... Eu não podia deixar o Ban ir sozinho, eu sou o-

- Rei das fadas, eu sei! Eu sei disso muito bem, King. – Ela o cortou antes que ele pudesse continuar, dando um passo a frente. Fazia tempo que Diane não ficava tão irritada, e ele sinceramente não sabia como lidar com isso. – Não é por isso que eu estou zangada. É porque você simplesmente resolveu sumir, sem nenhum aviso prévio-!

- Eu tinha que ir o mais rápido possível atrás do Ban, senão ele ia escapar!

- E além disso, se mete em um perigo desnecessário para retomar seu título-

- Eu precisava ganhar a confiança do povo das Fadas de novo! Eu não podia só-

- E assim que eu te vejo, você está tão machucado e parecendo tão triste que eu não consegui fazer nada além de te dar um soco!

- Mas eu-! – King piscou, arregalando os olhos e tentando processar o que acabara de ouvir. – Espera, o que?

- É frustrante! – Diane pareceu não perceber que o garoto à sua frente estava extremamente confuso com aquela situação toda, então continuou gritando. – Por que eu passei noites e mais noites acordada, achando que eu não ia conseguir falar de novo o que eu queria para você porque você iria sumir outra vez ou fazer algo igualmente estúpido que eu– Eu queria falar para você assim que te visse, mas-!

O garoto arregalou ainda mais seus orbes castanhos, vendo quando lágrimas começaram a descer pelo rosto dela. Seus punhos estavam tão comprimidos que ele temia que ela fosse se machucar com as próprias unhas.

- Diane, você tá bem?

- Não, eu não estou! – Ela gritou em resposta, chegando ainda mais perto – o que normalmente teria o feito ficar vermelho e gaguejando coisas incompreensíveis, mas agora ele só pudera ficar ainda mais assustado. – Porque eu achei que você ia me deixar de novo e a única coisa que eu fiz quando você voltou foi te dar um soco! Eu não consigo fazer nada certo, nenhuma vez!

- Eh? – Ele piscou, seu coração falhando uma batida. Ela tinha falado de novo? Mas aquela era a primeira vez que isso acontecia-

Espera.

- D-diane? – Aquilo não podia estar acontecendo. Aquele feitiço era para ser irreversível, ele tinha total consciência disso quando o lançou. Já tinha aceitado que ela nunca lembraria, mas, ainda assim...

- Eu não consegui nem... dizer para você... – Ela direcionou os olhos para o chão, colocando uma mão sobre a boca bem a tempo de evitar um soluço.

- D-dizer o que? – Ele flutuou instintivamente mais para perto, coração batendo quase a mil por hora. Esperança borbulhava em seu estômago por mais impossível que aquilo tudo fosse, que em duzentos longos anos, ela tivesse finalmente-

- Dizer que... – Ela murmurou, afastando sua mão, usando-a para limpar o rosto das lágrimas. Seus olhos subiram para encontrar os dele, e King sentiu seu coração parar ao ver o brilho de frustração e melancolia e recordação que era refletido pelos olhos dela.

- Dizer que eu te amo, Harlequin.

O tempo pareceu congelar. King podia ouvir os ecos de seu coração batendo em seus ouvidos, sentir vagamente a brisa fria de tarde da noite balançando levemente seus cabelos. No entanto, nada podia o deter da visão à sua frente, da garota que amara há tanto, tanto tempo, que sorrira para ele e o aceitara mesmo com amnésia e a quem ele prometera ficar a seu lado para sempre...

E ela lembrava.

Ele teve a breve percepção da lágrima que acabara de descer por sua bochecha antes que seu corpo agisse por instinto e voasse para frente para abraçá-la. King afundou seu rosto no pescoço da garota, o cabelo castanho dela fazendo cócegas em sua bochecha e com um cheiro tão familiar que ele por pouco não conseguiu reprimir um soluço. Seus braços a seguravam com força ao redor de seus ombros e tudo o que podia ouvir era o ressoar do nome dela pela sua mente enquanto tentava memorizar de novo como era a sensação de estar tão perto assim da garota que amava.

Diane reagiu depois de alguns segundos de hesitação, atirando seus braços ao redor dele e retribuindo o abraço com mais força que o necessário. Outro soluço escapou de seus lábios enquanto ela apertou o tecido da blusa dele com as mãos, como se ele fosse escapar por entre seus dedos se ela o soltasse.

- Desculpa. Eu não-, Ele tentou murmurar por entre sua voz rouca e aguda de choro, - Eu tinha que pagar pelo que eu tinha cometido e não queria que você esperasse tanto tempo por mim, então-

- Você me fez esperar mesmo assim, não fez? – Ela disse em resposta, e o calor que agora se espalhava ao redor de seu corpo inteiro se intensificou quando ele notou que Diane parecia tão desesperada quando ele. – Quem disse que eu queria esquecer? Você cumpriu sua promessa no final, não cumpriu?

Ele sabia que Diane provavelmente estava se referindo à promessa de não deixar seu lado, mas seu rosto ainda ficou vermelho ao lembrar a outra promessa que havia feito para ela. Uma que ele tinha, sim, cumprido até aquele dia.

E tudo bem que ele tinha voltado a encontrá-la por coincidência do destino, mas aquilo fora por causa de Meliodas. Além disso, ele por pouco tinha a deixado ir mais uma vez por sua própria estupidez...

É, talvez ele realmente tivesse merecido aquele soco.

-... Desculpa. Eu não sabia que o feitiço poderia ser desfeito, então...

A garota subiu uma de suas mãos da blusa dele para limpar seus olhos, fungando mais uma vez.

- Não tem problema. Só não faça isso de novo.

- Sim... – Ele afrouxou seus braços ao redor dela, aproveitando para afastar-se e olhar para seus olhos. -... Como você se lembrou de tudo isso, mesmo?

- Quando você me salvou na última batalha. – Ela sorriu docemente para ele do jeito que deixava suas pernas como gelatina e ele agradeceu aos céus por estar flutuando no momento para não acabar caindo. – Eu pude sentir seu cheiro naquele feitiço de proteção, e tudo voltou de uma vez só para a minha cabeça...

- A-ah. – King corou mais. Diane sempre dizia que ele tinha um cheiro bom, tanto ao ponto de segurá-lo no meio da noite e dormir com ele pressionado contra seu rosto. O garoto ainda se recordava do quão impossível era dormir naquelas noites com a respiração quente da gigante fazendo cócegas em suas costas.

- Mas estou feliz de ter lembrado. – Ela comentou, sua mão subindo para rodopiar uma mecha de cabelo por entre os dedos. – Se eu tivesse descoberto depois, teria dado mais do que um soco em você.

- Fico feliz por você ter lembrado agora, então... – Ele comentou, voz um pouco aguda demais. Agora que o alívio extremo estava lentamente deixando seu corpo, ele começara a perceber o quão próximos ambos estavam.

- Hmm! – Ela sorriu para ele mais uma vez, e inclinou sua cabeça para frente. King só percebeu o que tinha acontecido quando já podia sentir uma coisa quente e macia tocando levemente sua bochecha.

Sua reação foi instantânea. Ele pulou para trás, rosto quase explodindo em vermelho e boca já pronunciando uma série de palavras que soavam suspeitamente com ‘que’ e ‘como’. King realmente adoraria ter Chastiefol consigo nesse momento, seu rosto estava vergonhoso demais para ser mostrado na frente dela.

- Harlequin? – Diane arqueou uma sobrancelha, tombando a cabeça para o lado. O garoto piscou umas três vezes seguidas – calma, se acalma, respira!- antes de tentar gaguejar algo em resposta.

- O que–Por que– P-por que você fez isso?

- Hn? Mas eu já te disse. – Diane sorriu mais uma vez, suas maçãs do rosto levemente pinceladas de rosa. – É porque eu te amo.

- HEIN?! – Dessa vez, ele não segurou sua voz. Seu rosto estava tão vermelho que ele temia estar mais vibrante que aquela jaqueta vermelha velha de Ban. Como aquilo era possível?! Diane, por ele- E o capitão? O que tinha acontecido?!

- Por que você tá tão surpreso? – Ela arqueou uma sobrancelha, um sorriso pequeno involuntariamente aparecendo em seu rosto. – Eu disse que te amava. Logo antes de dizer o seu nome, lembra?

- D-disse? – Ele piscou.

Com sua surpresa toda, talvez seu cérebro tivesse bloqueado aquela frase com medo de que ele tivesse um ataque cardíaco. Foi uma bela decisão, pois ele parecia mesmo estar a ponto de cair desmaiado ali em segundos.

- Sim. – Dessa vez, a garota riu ao ver o rosto dele. – Não me diga que você não ouviu? Harlequin, você realmente não mudou nada!

- N-não mudei?

- Hmm. Ainda fica nervoso com tudo, como sempre. – Ela comentou, limpando uma lágrima imaginária de seus olhos. – Também parece nunca perceber coisas que estão na frente dele...

King engoliu em seco.

-... Você também tem uma mania incrível de fazer promessas. – Diane continuou, olhos voltados para ele novamente e mãos unindo-se por trás de seu corpo. – Só espero que você não esteja planejando em quebrar elas de novo... Nenhuma delas.

Dessa vez, ela certamente estava falando daquela promessa.

- Eu nunca poderia fazer isso. – Ele se encontrou dizendo, rosto aproximando-se do dela por instinto. Os ecos de seu coração pareceram ficar ainda mais altos em seus ouvidos. – Nem se eu quisesse, não acho que seria possível.

- Fico feliz em ouvir isso.

Ele não teve tempo de apreciar a luz tintilando nos olhos dela, pois eles fecharam-se logo em seguida. Diane o beijou levemente, um toque quase inexistente de maciez em seus lábios, e ele mal teve o tempo de segurar o rosto dela por entre seus dedos antes que ela se afastasse de novo.

- Acho que isso sela nossa promessa. – Ela dirigiu um sorriso atrevido a ele, olhos ainda cintilantes, e o mesmo não pôde evitar o surto de coragem que tomou conta de seus sentidos. Ainda com o rosto dela por entre suas mãos, ele se aproximou para depositar beijinhos em quase toda extensão de seu rosto.

Diane corou com isso, mas começou a dar risinhos quando ele depositou um na ponta de seu nariz, e ele não pôde evitar em sorrir de volta, flutuando mais para perto dela e subindo levemente para ter mais acesso à sua testa.

Ele nunca se sentira tão feliz na vida. Do número imenso de sonhos impossíveis que já tivera na vida, aquele definitivamente estava entre os primeiros, e- E ele não podia acreditar que era real. A garota que ele sempre amou dizendo que o amava de volta, lembrando-se dele, querendo ficar ao seu lado depois de toda a dor que ele lhe causou.

King estava prestes a beijar ela novamente na bochecha quando uma voz se pronunciou por entre o vazio da noite.

- Hmm, acho melhor vocês continuarem isso amanhã. Já não está tarde?

O garoto praticamente voou para trás, face colorindo-se em quase cinco tons de vermelho diferentes. Diane, ao seu lado, tinha o rosto beirando ao escarlate escondido por trás das mechas castanhas que ela tinha na frente de seu rosto.

- M-merlin? – O garoto conseguiu pronunciar, - Você não deveria estar dormindo?

- Eu estava prestes a fazer isso sim, mas lembrei de avisar que o tempo do remédio estava acabando. – A mulher comentou, um sorriso malicioso presente em seus lábios. – Que bom que eu vim. Vocês acabaram de se livrar de uma situação muito constrangedora.

- Constrangedora...?

- O efeito do remédio vai passar daqui a dez minutos. – A morena observou, dirigindo seus olhos para a garota ao lado dele. – Você não iria querer transformar de volta e estragar sua roupa, certo?

- A-ah. – Diane piscou, mãos descendo para segurar a saia de seu vestido. – É verdade. Eu tenho que ir me trocar...

- Ah, claro. Eu vou, uh... – O garoto levou uma das mãos para coçar a cabeça, ainda evitando olhar para Merlin que ainda tinha aquele maldito sorriso no rosto. – Eu vou ir dormir então. É.

- Espera. – Uma mão o puxou pela borda do casaco antes que ele pudesse flutuar rapidamente para longe. Quando ele olhou para trás, se deparou com Diane olhando para o chão. – Você poderia... Ficar aqui hoje?

-... Oi? – Parece que aquele dia estava disposto a fazer seu rosto explodir de vez, pois aquela era a terceira vez em menos de uma hora que ele corava até as orelhas.

- Eu não me importo de ficar aqui fora sozinha, mas... Agora que você voltou, eu... – A garota, pelo menos, não parecia estar em melhor estado – mantendo seus olhos ao chão e hesitando para continuar sua frase. – Você me faria companhia, só hoje? Como era antigamente?

- Ah... M-mas eu... Isso não seria... – King gaguejou, olhar se alternando entre ela e Merlin, que jazia ainda parada observando os dois. A mulher, ao perceber isso, aumentou seu sorriso.

- Não se preocupem, eu não vou contar para ninguém. – Merlin falou para eles, chegando até a dar uma piscadela que o fez ficar ainda mais nervoso. – Boa noite, vocês dois. E não se esqueçam, dez minutos.

O garoto não conseguiu falar coisa alguma, então apenas assentiu para a mulher e a observou ir de novo em direção ao Boar Hat. Diane ainda tinha uma mão segurando seu casaco, e King hesitou por um momento antes de se voltar para ela outra vez.

-... Se você quiser, eu posso ficar, sim.

Ela piscou para ele, abrindo em seguinte um dos sorrisos mais brilhantes que já vira em seu rosto.

- Obrigada! – Parecendo ter recobrado sua animação usual, ela deu um passo para frente para beijá-lo na bochecha antes de se afastar. – Eu já volto, ok? Nem pense em sair daí!

Ele assentiu abobalhado, uma das mãos subindo para o lugar onde os lábios dela tocaram sua bochecha. Aquilo tudo parecia um sonho, ainda. King sinceramente achava que nunca iria se acostumar com esse tipo de afeição vindo dela.

Quando estava a passos de desaparecer por entre as árvores, porém, a garota se virou para ele novamente.

-... Você pode me prometer mais uma coisa?

- Huh? – Ele encarou a expressão indecisa da garota.

- Promete que não vai mais ir embora? – Ela o pediu, olhos refletindo a mesma melancolia que ele antes vira quando todos estavam juntos mais cedo.

King piscou, e sorriu. Já tinha feito essa promessa para ela antes; mas talvez Diane quisesse pedi-la ela mesma agora. Ele era realmente um idiota por ter a feito ficar tão triste.

Bom, ele sempre poderia tentar se redimir agora. Ambos tinham, afinal, um longo tempo pela frente.

- Sim, eu prometo.

E ele não iria mais quebrar nenhuma de suas promessas.

Owari.


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Notas finais do capítulo

EEEEEE AQUI ESTÁ!!!! Olha só, eu sei que isso tá meloso bagarai, mas é meu otp gente, peguem leve comigo (;v;) Vocês provavelmente vão me ver aqui mais vezes postando coisas ou deles ou de outros ships (afinal, as tretas em nanatsu tão só começando e eu sempre fico inspirada com tretas p/ ships~) então é.

Bom, espero que tenham gostado! Até mais~