Love under the sea escrita por Mina revolts


Capítulo 2
Capitulo 2 - Maldito seja o Leon Vargas


Notas iniciais do capítulo

eae gente espero que gostem pra quem tá começando a ler agora Boa Leitura e pra que ja estava lendo o primeiro capitulo Boa Leitura e boa sorte.



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Qualquer detalhe fica mais claro em um espelho de banheiro. Ainda mais de
manhã. Ainda mais sob o clarão das lâmpadas fluorescentes da tia Angie.
A luz forte ilumina minha pele, já clara, fazendo as sardas do nariz e dos
ombros saltarem ainda mais em contraste. A esponja-marinha loira na minha
cabeça está parecendo mais um chapéu de algodão-doce do que cabelo.
Abro minha gaveta de maquiagem, puxando com tudo as bandejas cheias de
produtos para frente. As meninas humanas devem aprender a passar maquiagem
no jardim da infância, porque mesmo depois de três anos de treino, a única coisa
que eu consigo mais ou menos usar é gloss. Mas mesmo isso nem sempre dá
muito certo.
Tiro a tampinha do rosa luminoso e passo o pincelzinho pelos lábios.
— Vilu! — grita a tia Rachel lá de baixo. — Seu pai mandou uma mensagem
para você.
Espantada, eu me descontrolo e faço um risco gosmento rosa na minha
bochecha antes de deixar o pincel cair na minha camiseta e depois nas costas
peludas da Prithi.
Que ótimo. Passei duas horas escolhendo a roupa perfeita para convidar o
Tomás ao baile e agora vou ter que me trocar.

— Já estou indo! — grito de volta, enquanto tiro o pincel dos pelos da Prithi
para lavar na pia. Por sorte, a maior parte do gloss ficou na minha camiseta, então
ela não se sujou muito.
Depois de uma rápida olhada para a janela com as cortinas fechadas — talvez
fosse melhor grampeá-las no lugar —, tiro minha camiseta azul-escura de gola
canoa funda, atravesso o corredor encolhida e pego uma blusinha substituta de
última hora. Depois, bem quando começo a descer a escada, ouço a tia Angie
dizendo:
— Bom dia, Leon. O que o traz aqui?
Fico paralisada. O que ele está fazendo aqui? Escondida atrás da porta da
cozinha, tento escutar a conversa.
— O entregador do jornal errou o alvo de novo.
Dou uma espiada e o vejo entregando o Diário de Maresia para a tia Rachel.
Mas ele não me engana. O Leon não é tão bonzinho assim. Ele deve ter vindo
aqui com algum novo plano para me humilhar. A Prithi chega do meu lado e
começa a se enroscar em volta dos meus pés. Bom, eu é que não vou ficar aqui
me escondendo feito um peixe-leão covarde. Endireitando os ombros, contorno o
batente da porta e entro na cozinha.
— Bom dia, tia Angie. — Sorrio para ela, enquanto vou até a bancada e me
sirvo um suco de laranja. A caixa está fora da geladeira há algum tempo, então
ponho minhas mãos em volta do copo para gelar o líquido.
Faço tudo isso como se Leon nem estivesse ali.
— O Leon trouxe o nosso jornal — explica ela. — O entregador jogou lá na
varanda deles de novo.
Solto uma bufada. Tenho certeza que ele provavelmente só pegou o jornal da
nossa porta para fingir que veio aqui devolver. Só para disfarçar o que realmente
quer. É bem a cara dele.
— Quer tomar café da manhã, Leon? — Oferece ela, abrindo o jornal para
começar sua leitura matinal. — Pegue um copo de suco de laranja para ele, Vilu.
Bem quando estou prestes a dizer onde ele pode enfiar o suco de laranja, ele
diz:—
Eu já tomei café, sra. Saramego. — Quase derrubo meu suco recém-gelado.
Estranho, ele nunca perde uma oportunidade de me atormentar. Quando me viro
para descobrir por que, ele está bem na minha frente. — Mas... — continua ele,
me encarando com seus irritantes olhos azul-claros — mas posso tomar um suco
de laranja, sim.
Por que justo ele tem esses olhos com a mesma cor das águas de Thalassínia?
Rangendo os dentes, eu me viro de volta, jogo um pouco de suco em um copo e
o enfio na mão dele.
— Pronto.
— Obrigado. — Ele pega o copo, pelo visto sem nem perceber que eu por
acidente o gelei até quase congelar, mas não dá nem um passo atrás, e apenas vira
o suco gelado de um gole só. Ele abre aquele seu sorriso arrogante. — Ah, era
disso mesmo que eu precisava.
— Ótimo — esbravejo eu. — Então agora você pode...
Minha sugestão de que ele deveria sair voando pela porta se perde na minha
garganta quando seu olhar desce até minha boca. Seu sorriso ganha um ar mais
malicioso, enquanto ele ergue a mão lentamente até a minha bochecha. Fico
paralisada. O que é que está acontecendo?
Ele passa a ponta dos dedos na minha pele e depois os ergue para vê-los mais
de perto.
— Parece que você se borrou um pouquinho, princesa.

Ele vira a mão e me mostra o gloss rosa luminoso que tirou do meu rosto.
— Aaargh! — berro eu de frustração e o empurro com toda a força que tenho.
Obviamente, eu me esqueço de que ainda estou com o copo de suco na mão e
acabo derrubando tudo em cima de nós dois. Ele joga a cabeça para trás e cai na
gargalhada.
Prithi rosna para ele. Boa menina.
— Vilu! — protesta tia Angie. — Mas o que foi isso?!
Antes que eu consiga me defender — qualquer um que ouvisse meu lado da
história me daria razão —, ele diz:
— Foi culpa minha, sra.Saramego. — Ele pisca para mim. — Eu mereci. — Em
seguida, ele se vira para a tia Angie e diz: — Minha mãe pediu para agradecer à
senhora pelo bolo de limão orgânico. Ficou uma delícia. — Ele sorri. — Nós
comemos tudo no mesmo dia.
Tia Rachel fica corada.
— Então vou ter que fazer mais.
Ela vive mandando coisas como biscoitos e cozidos para o Leon e para a
mãe dele. Teve uma vez que eu perguntei por que, e ela me deu uma resposta
enigmática sobre vizinhos ajudarem vizinhos, mas depois descobri que ela só
fazia isso porque a mãe do Leon tinha dificuldades para pagar as contas com o
salário mínimo que ganha na fábrica onde trabalha. Eles são um típico retrato de
uma família de mãe solteira com um pai fracassado. A tia Rachel pode não estar
muito melhor com seu ateliê de cerâmica, mas ela gosta de dividir o que tem.
— Por mim, seria ótimo, sra.Saramego — diz ele, agora com um sorriso gentil.
Maldito fingido. — Vejo você na escola, princesa.
Deixando a tia Rachel toda contente — e eu enfurecida —, ele sai pela porta
dos fundos. Como ele sempre consegue fazer isso? Eu fico me sentindo uma
idiota, e ele sai como um peixe-anjo perfeito.
— Que menino bonzinho — murmura tia Angie, voltando a ler o jornal. —
Meio estranho... mas muito bonzinho.
Ela tirou as palavras da minha boca. Só que eu diria infernal em vez de
bonzinho.
A umidade grudenta do suco de laranja finalmente começa a atravessar minha
blusinha.
— Ugh, preciso ir me trocar — digo, olhando para a minha roupa. — De
novo.
Dou meia-volta para subir a escada quando ouço a tia Angie dizer:
— Não se esqueça do recado do seu pai.
Ah, é. A mensagem do papai.
Eu tinha até me esquecido disso com toda essa história do Leon,do suco de
laranja e...laranja e...
— Espera — digo, ao pensar em uma coisa. — O Leon não viu a... hã... —

Faço um gesto ondulante com a mão, enquanto aponto para o rolo verde-pálido
de papel-marinho feito de uma fibra à prova d’água com cera e polpa de alga, que
estava em cima da mesa da cozinha.
— O quê? — pergunta a tia Angie, olhando por cima do jornal com uma cara
confusa.
Em seguida, eu me dou conta.
— Ah, não, claro que não. A gaivota mensageira já tinha ido embora antes de
ele chegar.
Bom, pelo menos de um desastre eu escapei. Não é como se desse para
explicar uma gaivota entrando pela janela da nossa cozinha com um pergaminho
amarrado na perna. Ainda mais quando essa mensagem vem selada com o brasão
real do rei de Thalassínia.
Além disso, por sorte, o fato de a Prithi ter ficado se enrolando em mim lá em
cima quando a gaivota apareceu acabou evitando uma bagunça enorme de garras
e penas pela cozinha toda.
Pego a mensagem e a enfio dentro do sutiã antes de correr escada acima para
buscar minha roupa reserva número três. Talvez eu consiga aproveitar um pouco
dessa breve onda de sorte para o meu plano de falar com o Tomás.
— Oi, Tomás — digo, tentando fingir que não tinha ficado vinte minutos ali,
esperando, só por saber que ele chegaria antes da aula para dar uma olhada nos
vídeos da equipe de jornalismo que a gente gravou ontem. Ele se senta na cadeira
ao meu lado na cabine de edição.
— E aí, Violetta? — diz ele, sem tirar os olhos da tela que mostra o material bruto
do seu último programa.
Meu coração estremece. Sempre que ouço a voz dele, eu me sinto como se
tivesse encostado em uma enguia-elétrica. Pequenas faíscas elétricas percorrem
todos os meus nervos, deixando meu corpo totalmente em choque. O que talvez
explique por que perco o controle e não consigo formular pensamentos coerentes,
muito menos falar nada compreensível.
Com a atenção dele completamente focada na tela de edição, aproveito para
admirar... hã, digo, observar um pouco. Depois de três anos, já conheço cada
pedacinho dele de cor. Lábios curvos que deixariam qualquer cupido orgulhoso,
sempre com um sorriso confiante aberto. Cabelos deliciosamente Lisos, cor
Negra escura, que na maioria das vezes ainda está úmido depois do
treino de natação logo de manhãzinha. Os olhos dele são os mais lindos que já vi
na vida, com um tom castanho claro e que brilham quando ele olha direto para você.
O que em geral não acontece muito comigo.
Mas isso vai mudar. Porque eu tenho um plano. E uma pergunta muito
importante para fazer. Agora mesmo.
— A filmagem ficou legal — digo, tentando desviar sua atenção da tela por um
instante.
— É... — diz ele, sem parecer muito contente. Ele pega um fone e o coloca de
lado na orelha como um músico em um estúdio de gravação. Meu coração
tropeça de novo. — Por que minha voz saiu tão fraca?
Ele ainda não olhou para mim.
— Ah... — respondo eu, com a voz mais confiante que consigo, ou seja, não
muito perto do Tomás. — Os microfones novos estavam meio desregulados. O
Maxi pode consertar isso na pós-produção.
— Que bom — diz ele, enquanto joga o fone em cima da mesa e se vira para
mim.
O sorriso dele me deixa atordoada — de um jeito gostoso. Eu sei que isso é o
amor. O que mais poderia me fazer suar, sorrir e quase desmaiar, tudo ao mesmo
tempo?
Ele bem que poderia perceber isso também.
Mas é claro que isso nunca vai acontecer se eu não fizer minha pergunta. E vai
ser agora.
— Então... — começo eu, hesitante. — Você vai ao...?
— Seus olhos são lindos, Vilu. — Ele inclina a cabeça de lado, como se para
me ver melhor. Ou como se estivesse reparando pela primeira vez que eu tenho
olhos.
Sinto um calor nas minhas bochechas pálidas, mesmo sabendo que não deveria
me empolgar demais. Tomás vive fazendo comentários assim. No começo, achei
que era porque ele gostava de mim, mas ele faz isso com todo mundo. Faz parte
do charme dele.
Sabendo que devo estar com a cara vermelha feito um peixe-palhaço, engulo o
nó na minha garganta e tento continuar.
— Sei que você e a Ludmila acabaram de terminar... — Começo de novo. —
Mas eu queria saber se...
— Ah, sim, finalmente. — Ele se inclina para trás na cadeira, com as mãos
atrás da cabeça, e olha para o teto. — Eu já não aguentava mais tanta encheção.
Ela vivia me infernizando para comprar flores para ela, cortar meu cabelo ou
trocar de roupa. Nem acredito que aguentei dois anos inteiros disso.
Nem eu.
Por outro lado, passei os últimos vinte e dois meses ouvindo as reclamações
dele. Nunca entendi por que ele começou a ficar com ela, aliás. A Ludmila pediu
para ele a levar ao La Piscina no primeiro encontro. Ele torrou oitenta contos no
jantar e ainda acabou a noite levando um tapa na cara (só porque não quis ir
andando com ela até em casa).
Mas tudo isso terminou. Eles terminaram. Chegou a minha vez. E vai ser
agora!
Eu não tenho mais nenhuma desculpa, e o Baile da Primavera é a oportunidade
perfeita. Não é nada muito formal, nem um grande compromisso, como a
formatura. Seriam só dois amigos (será que somos amigos?) curtindo juntos,
dançando e bebendo limonada. Não tem nada de errado nisso, certo?
Então, por que minhas mãos estão tremendo feito algas em um maremoto?
Finalmente, juntando as minhas últimas gotas de coragem, pergunto:
— Você quer ir ao baile comi...?
— Ora, ora, ora... — diz uma voz grossa da porta. — Vocês dois deveriam se
beijar logo de uma vez e parar de enrolação. Esse suspense todo me dá até
coceira!
Minhas bochechas pegam fogo.
— Boa, Vargas — diz o Tomás, rindo. Ele me cutuca, como se o Leon
tivesse acabado de fazer a piada mais engraçada do mundo. — Até parece que a
Vilu se interessaria por um mulherengo feito eu.
Vejo o Leon na porta, de braços cruzados como um super-herói musculoso
e, graças a um mínimo de higiene, imagino eu, usando uma camiseta diferente
daquela que eu sujei de suco. Ele me encara com seus olhos verdes claros e firmes,erguendo suas sobrancelhas loiro-escuras, me desafiando em silêncio a dizer alguma coisa.
Eu o encaro de volta.
— Pois é... — digo, forçando uma risada. — Até parece.
Enquanto eu e o Leon continuamos nos encarando — sem que o Tomás
perceba nada —, o sinal da aula toca.
— Tenho que ir — diz Tomás, que pega sua mochila e vai até a porta. No
último instante, ele se vira e pergunta:
— O que você ia me perguntar, Vilu?
Vejo o Leon abrindo um sorrisinho de canto de boca. No entanto — para a
minha surpresa —, ele não diz nada do que eu sei que está passando pela sua
cabeça. Ele só continua me encarando, me desafiando a convidar o Tomás para o
baile bem na frente dele.
Uma plateia é a última coisa da qual eu preciso.
Não quero nem pensar na humilhação que seria. Ainda mais se o Tomás disser
não. O que é o mais provável. Afinal, ele me vê como amiga. Uma colega da
equipe de jornalismo e coordenadora do time de natação. Talvez ele até já tenha
percebido que eu sou uma menina — mesmo porque eu não sou uma tábua —,
mas tenho certeza de que ele nunca pensou em mim desse jeito. Como uma
menina que poderia estar interessada por um menino. Por ele.
Ele provavelmente daria risada da minha cara.
Se ele for me dar um fora, é melhor que ninguém veja, pelo menos.
Para não recuar na nossa disputa de olhares, respondo sem desviar os olhos do
Leon.
— Eu... hã... falo com você depois.
— Tudo bem — diz Tomás. — Até mais,Vargas .
— Beleza — responde ele, sorrindo. — Até mais. — E então pisca para mim.
Essa foi a gota d’água.
Enquanto Tomás sai pela porta, indo para a primeira aula — a de economia —,
eu pulo da cadeira e parto para cima do Leon, soltando um urro de frustração.
— Aaargh! — Tento dar um soco, mas ele me pega pelos pulsos e me segura
com facilidade. — Por quê?! — grito. — Por que você gosta tanto de estragar
minha vida?
Continuo gritando com o Leon, tentando me soltar. Trabalhar com motos
deve fortalecer muito os músculos, porque ele nem parece estar se esforçando
para não deixar que eu dê uma surra nele.
Juro que nunca fui violenta assim. As sereias são mais esquentadas em terra
firme mesmo, mas sempre que estou perto do Leon sinto vontade de quebrar
tudo. Começando pelo nariz dele...
— Relaxa, princesa — diz ele, com sua irritante voz tranquila. — Eu só não
deixei que você cometesse um grande erro.
Isso chama minha atenção.
— Como assim?
— Convidar o Herelita para o baile assim...
— Heredita! — eu o corrijo automaticamente.
— ... só ia fazer você levar um não na cara.
Seguro minha fúria por coisa de três segundos antes de desmoronar. Que
ótimo. Já é ruim o suficiente saber no fundo do seu coração que o menino dos
seus sonhos não te quer; mas ouvir um estranho dizendo isso é pior do que
mascar coral.
Tudo bem, talvez eu não seja uma líder de torcida de parar o trânsito como a
Ludmila. Meu nariz é meio comprido e minha pele é clara demais para pegar um
bronzeado — não bate muito Sol no fundo do mar. Meu cabelo, como já lamentei
antes, é um desastre. Meu corpo até que não deixa a desejar, mas também não é
nada digno de um catálogo de lingerie. Sou sardenta demais, meus olhos são
muito grandes e tenho a coordenação de um polvo gigante. Talvez o Quince
tenha razão. Eu nunca conseguiria...
— Não fique assim... — diz ele, como se soubesse no que eu estava pensando,
com sua voz ainda mais suave. — Não deturpe minhas palavras.
— Como assim?
— Eu não estava dizendo que você não tem nenhuma chance com o Tomás —
ele finalmente solta meus pulsos e dá um passo atrás. — Você só é boa demais
para um babaca feito ele.
— O que você estava dizendo, então? — rosno eu, ignorando seu segundo
comentário.
— Convidar o Tomás para o baile não é a melhor forma de chamar a atenção
dele.—
Ah, é? — esbravejo. — O que você sabe disso?
— Porque eu sei... — diz ele, se sentando casualmente em uma cadeira da
cabine de edição, como se estivesse à vontade ali — ... que ele não está
procurando um par.
— E como é que você sabe disso?
— Porque a Ludmila me falou.
— Ah, claro. — Eu me sento na minha cadeira. — Por que ela falaria com
você?
Ele estica suas longas pernas cobertas pela calça jeans e põe uma de suas botas
de motoqueiro em cima da outra.
— Algumas meninas gostam de conversar comigo.
— Só as que têm cérebro de água-viva — murmuro.
— Enfim... — continua ele — ... quando o Hereli... — quando começo a
corrigi-lo, ele ergue a mão e volta atrás. — Quando o Heredita terminou com a
Ludmila, ele disse que queria ficar solteiro um tempo, para aproveitar a liberdade
e essas baboseiras todas. Ele vai sozinho ao baile. — Reviro os olhos. Como se
eu fosse acreditar em alguma coisa que esse verme-marinho diz. — Bom, tudo
bem, pode convidar então — diz ele.
— Vou convidar mesmo.
— Só depois não diga que eu não avisei.
Eu me levanto, pegando minha mochila e a jogando por cima do ombro.
— Pode ficar tranquilo.
O sinal da última chamada toca, enquanto saio para o corredor. Baiacu! Se eu
chegar atrasada de novo na aula de governo americano, minha nota — que já não
está lá uma maravilha — vai ficar ainda pior. Mais uma coisa pela qual eu posso
culpar o Leon Vargas.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e xau beijos da mina.



ASS:M.R



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