POV Bella

Eu, Nanda e Lex estávamos correndo de volta para cabana, os dois pularam e adentraram a janela de seu quarto, eu fiz o mesmo entrando para o meu.

Tomei um banho quente, coloquei um babydoll rosa pink, deitei-me na cama para esperar pelo meu Edward chegar, já era meia-noite, e acabei adormecendo durante alguns minutos, quando vi já eram duas horas, e logo três, e Edward não estava ali ao meu lado, com seus braços ao redor de minha cintura, era a primeira vez que isso acontecia, e novamente acabei pegando no sono sozinha, não seria a primeira vez.

Edward me acordou cedo, era quase  9:30h com beijos em meu rosto, testa e lábios, sorri e perguntei:

- Edward onde você passou a noite? – ele demorou cerca de dez minutos para me responder, algo que não era normal, e ainda teve a capacidade de me dar a PIOR desculpa que um vampiro lindo e inteligente como ele poderia me dar.

- Perdoe-me, meu amor, é que eu estava caçando e perdi a noção do tempo.

- Olha, essa eu deixo passar, mas se você pensa que vai ficar fugindo de mim, está redondamente enganado. – Falei dando-lhe beijos por todo o rosto o que normalmente o fazia perder os sentidos e a razão, mas dessa vez nada aconteceu, Edward simplesmente se afastou e isso me fez perder as estribeiras:

- O que há de errado com você Edward? – Praticamente gritei.

- O que quer dizer amor?

- O que eu quero dizer? Primeiro você não aparece para nossa noite, me dá uma desculpa esfarrapada até para um humano e ainda por cima recusa meus beijos, o que há, hein? Não me ama mais? Se arrependeu?

- Não é isso Bella, é que eu; apenas não é um bom dia, preciso pensar,

- Tudo bem, quando você tiver pensado o suficiente eu retorno. – Falei pegando minha bolsa, indo até o closet, fechando e trocando de roupa rapidamente, e sai batendo a porta, sem direcionar meu olhar novamente a ele, aquilo me irritava profundamente, odiava quando ele me dava razões para odiá-lo. Saí caminhando pelas ruas do Canadá, quando sinto um desejo súbito de comer cachorro quente com sorvete e calda de chocolate.

 Eu comprei um cachorro quente na barraquinha em frente a sorveteria e depois entrei na sorveteria, coloquei quatro bolas de sorvete e calda de chocolate e pesei, quando a moça viu o meu prato quase desmaiou, paguei e me sentei em uma mesinha afastada e comi leia-se devorei o cachorro e o sorvete e depois caminheis por alguns quarteirões, até chegar a uma praça.

Senti um enjôo me abater e não agüentei ajoelhei-me em frente a uma lata de lixo e vomitei, uma voz conhecida me perguntou:

- Bella, você está bem?

Quando eu vi quem era, nem pude acreditar a secretaria do colégio, Margaret com seus  lindos cabelos castanhos, e olhos agora cor de mel, fazia meses que não nos falávamos:

- Marg, e aí, como vai?

- Bem Bella, obrigada, conheci minha cara metade nesses últimos meses, seu nome é Will, e vejo que não sou única a ter novidades, não é sua lobinha? Acha que eu sou boba? Eu consigo ouvir quatro corações, parabéns, quem é o sortudo? Aquele vampiro de quem você me falou? Se for, espero que vocês tenham se acertado.

- Margaret, não brinca.. – falei zombeteira – eu não estou grávida.

- Ah é? Will, por favor, querido, venha cá, quero lhe apresentar a alguém. – Um homem L-I-N-D-O apareceu passou o braço ao redor da cintura de Margaret olhou para mim com um sorriso e disse:

- É um prazer conhecê-la princesa Volturi transmorfa, e parabéns pelos bebês.

- Hein? Como ele sabe quem eu sou? – Marg sorriu e me explicou:

- A habilidade de Will é ver tudo o que uma pessoa já viu, soube ou sentiu, com apenas um olhar.

- Então quer dizer que eu...

- Sim.

- Eu estou grávida.

Sorri e agradeci aos dois, fui até uma lojinha de bebês que ficava, olhei para as roupinhas e quase me descontrolei, mas quando vi a estante, vi três bichinhos de pelúcia um porquinho, outro era um cachorrinho e o mais bonitinho uma raposinha.

Comprei-os assim como algumas roupinhas, brancas, amarelas, azuis e verdes e voltei para casa, eu estava muito animada para contar a Alice, ela ia pirar. E Edward então?! Saltei do carro e corri para a porta, mas para minha perdição quando abro a porta, meu coraçãozinho já algum tempo frágil, desmoronou de vez, quando vi a pior cena que poderia imaginar, Edward e Irina seminus, ele sobre ela no sofá, se beijando e se tocando, segurei meu choro, queria ser engolida pela terra e nunca mais dá as cara para esse mundo maldito, mas permaneci firme, passei por eles sem que percebessem, entrei em meu antigo quarto e desabei sobre minhas pernas, chorando copiosamente, chorei até que já não existissem lágrimas para jorrar. Sequei meu rosto, daquele momento em diante eu seria independente, forte e fria com aqueles de assim merecessem, arrumei minhas malas, esperei que minha matilha saísse para almoçar, troquei novamente de roupa vestindo uma mini saia jeans, botas de cano longo pretas, uma blusa branca com os três primeiros botões abertos, brincos, colar, baguncei meu cabelo, passei uma maquiagem marcante, e desci as escadas.

Todos conversavam animadamente, sem notar minha presença, primeiro sussurrei com minha voz de comando:

- Olhem para mim.

Esperei alguns minutos antes de gritar:

- Olhem para mim! – E soquei a mesa.

Todos imediatamente me obedeceram e estranharam as roupas que eu estava usando, exibi um sorriso sarcástico em meus lábios que mantinham presas de vampiro a mostra. Circulei a mesa, passando um por um, olhava-os com desprezo, e profissionalmente comecei a falar:

- Recentemente venho notando que perdi o controle desta família, vocês não estão compreendendo quem é que manda por aqui, pois bem..

Parei colocando a mão na cintura, depois virando sacando uma faca e golpeando a mesa, voltei a circulá-los enquanto todos, exceto os vampiros, suavam frio.

- Mas logicamente não devo ter deixado minhas regras claras, é bom prestarem atenção dessa vez, senão, perderam a chance de se redimirem.

Respirei fundo e  falei:

REGRA N°1 – Aquele que me desafiar, terá o devido castigo e uma dolorosa conseqüência, isso vale para os sarnentos e os picolés sem gosto, pois eu sei seus pontos fracos, homens, mulheres, transmorfos e vampiros.                     

REGRA Nº 2 - Aquele que me trair, terá como o castigo, o banimento dele, e de toda a sua família.

REGRA Nº 3 - Se um de vocês ousar me trair será não somente expulso, mas, se retornar a se encontrar comigo, será motivo para morte certa, a menos que seja para pedir remorso, eu o transformarei em meu prisioneiro.

- Agora “crianças” eu preciso falar com a família Cullen a sós, por favor.

Toda  a minha matilha incluindo mamãe saíram, deixando-me a sós com os vampiros, olhei-os com frieza e com fel em meus lábios disse:         

- Desde que quando sabiam? E não se atrevam a mentir.

Jasper, Emmet e Alice mantinham um olhar de tristeza, enquanto Esme, Rosalie e Carlisle pareciam desentendidos, como se não soubessem de nada. Alice foi quem tentou responder:

- Ano novo, eu sabia que não deveria Bella, mas ele é meu irmão...

- E você era o que minha Alice, não vá colocando a culpa toda em Edward, eu te considerava mais que uma irmã, mas que uma simples amiga, te considerava uma gêmea, e o que você fez? O que fez? Me apunhalou pelas costas! Você, Emmett e Jasper, até você Jazz!

Eles choravam um choro sem lágrimas que me parecia falso, olhei desgostosa para Edward, enojada e se eu pudesse o mataria, mas honestamente, meus bebês não mereciam isso.

- E pensar que você sempre foi o homem que julguei amar, aquele por quem movi céus e terra, e fiz as maiores loucuras, é assim que termina a nossa história?

Ele se aproximou de mim e segurou meu braço, desesperado ele disse:

- Por favor, Bella me escuta.

Eu não o deixei se justificar e lhe dei um belo soco no nariz que o fez ir ao chão, depois pisei sobre seu dorso e olhei-o com desdém, segurei a saliva para não cuspir sem sua face,  caminhei até sobre Carlisle, Esme e Rosalie que observavam a conversa espantados.

Com a voz mais calma fui capaz de dizer:

- Sinto muito ter que banir vocês, mas, infelizmente seu filho me traiu, e seus três outros filhos, que eu julgava serem meus amigos, sabiam disso desde o ano novo e não me falaram. Sinto mas os únicos Cullen que poderão por os pés na parte norte do Canadá serão vocês três. Quanto a razão, porque não pergunta ao seu digníssimo filho?

Depois dessa revelação eles foram fazer as malas, despedi-me de Esme, Carlisle e Rosalie, e ignorei o resto da família, por hora estariam fora de minha vida.