Jonathan Morgenstern -Minha irmã, minha rainha escrita por Lightwood


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal espero que vocês gostem dessa one, é a primeira que eu escrevo de fandom e tals.



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Continuava a fitar-me no espelho, perguntando-me o porquê de ter essa aparência, o porquê de parecer tão sombrio.

Eu não possuía os olhos verdes de minha mãe, nem os seus lindos cabelos ruivos, a palidez chegava a ser mórbida.

E é claro que a minha irmã não parecia se importar com essa aparência, continuava a fazer pinturas sobre mim, e até mesmo algumas histórias, uma delas que me assustou em particular.

Havia guardado aquela mesma história em meu quarto, para me perguntar se eu não era mesmo um príncipe solitário que não podia amar alguém sem que ocorresse a morte dessa pessoa.

Mas então lembrava-me de Clary e Jocelyn.

Eu com certeza as amava. Eram a minha família. Diferente, é claro, do homem que devia ser meu pai, o homem por quem eu esperava por todas as manhãs, e quando ele não aparecia, eu desejava que ele estivesse morto, seria muito melhor do que a verdade. A cada dia que se passava e o homem não se dava nem ao minimo trabalho de dar um oi eu era dominado pelo ódio. Achava que todo esse ódio me consumiria e então me transformaria em um verdadeiro monstro, se isso já não tivesse acontecido.

—Jonathan, vamos, estamos atrasados. —Ouvi a voz doce de Clary e suspirei, ela parecia estar animada por ir a escola, diferente de mim.

Dei uma ultima olhada para o espelho e resisti a vontade de dar um soco nele, quebrá-lo pedaço por pedaço até que não houvesse mais nenhuma prova física de que um dia ele existira.

—Tudo bem, já estou indo.

***

Teria sido apenas mais uma manhã chata na escola se eu não houvesse sido mandado para a direção após bater em um garoto até que ele desmaiasse, e um pouco mais.

E eu não me sentia mal por isso.

Eu nunca havia me sentido melhor.

Apenas vinguei a minha preciosa irmã, pois eles não devia tocá-lo, ninguém devia tocá-la a não ser eu.

Era assim que devia ser, apenas eu e ela, eternamente. Eu não serei o príncipe solitário pois eu a tenho.

Ela é minha.

***

Eu estava em uma sala com dois grandes tronos, e os vidros atrás dele revelavam o que eu queria: a destruição do mundo que todos conhecem.

Eu queimei o mundo!

E então eu fiz o que devia, me dirigi ao grande trono, sentando-me empolgado. E então sorri ao ver que a garota com cabelos ruivos se aproximava de mim, ela trajava de um grande vestido vermelho, a saia do vestido se abrindo em duas fendas laterais, revelando as pernas pálidas com símbolos negros tatuados. Os braços também estava a mostra, com os mesmos símbolos que pareciam transformar a sua pele em uma tela e as tatuagens em mais uma obra de um grande artista.

Percebi então que a minha pele também não era muito diferente, os mesmos símbolos se aplicavam em meus braços nus.

Clary logo se sentou no trono ao lado, sorrindo ao olhar as janelas.

Estamos tão orgulhosos de você, filho.

Disse uma mulher que eu não reconhecia, ela tinha a pele pálida que se destacava no vestido negro, os cabelos eram como uma cortina negra que caia por cima dos ombros e grande parte das costas. E os olhos, bem, os olhos era completamente negros, sem a parte branca, apenas duas esferas negras, como o vazio mais profundo.

Ao lado dela estava Jocelyn, com os olhos cheios de lágrimas, o que eu presumi que fosse o orgulho.

Meu bebê.

E o que não podia faltar, o corpo de um homem, que imediatamente eu reconheci como Valentim, inerte no chão, os cabelos platinados manchado pelo sangue, assim como a pele e a sua roupa.

Meu bebê.

E então o choro de minha mãe se tornou alto demais, fazendo-me acordar em um pulo.

Corri até o seu quarto, olhando-a pela pequena fresta da porta.

Ela estava com os olhos inchados de tanto chorar, o verde sendo realçado mais do que nunca. O seu rosto também estava marcado pelas lágrimas recentes que ela tentava limpar desesperadamente. E então eu vi que ela segurava uma espécie de quadro, abraçada com todas as forças nele.

Meu bebê.

—Mãe, a senhora está bem? —Ela largou o quadro na hora e corre até mim.

—É claro que sim querido, eu só estava... me lembrando de algumas coisas. Seus avós, seu pai...

—Há algo de errado, mamãe? —Perguntei olhando para o quadro com tristeza. —Há algo de errado comigo?

—Não, é claro que não.

—Você me ama, mamãe? —Perguntei, notando a expressão de espanto em seu rosto. —Me ama assim como eu sou?

—É claro que eu o amo. Uma mãe deve amar o seu filho acima de tudo e todos. —Ela me olhou, os olhos ainda tristes e abatidos. —E você é meu filho e eu o amo assim, se você fosse diferente eu também o amaria, esse é o meu dever.

—Isso não deveria ser um dever. —Falo percebendo a raiva dominando qualquer ordem que poderia haver em minha cabeça, percebo que Jocelyn está prestes a me abraçar, mas eu simplesmente vou para o meu quarto, fechando a porta com uma batida forte.

Pego a história do príncipe solitário, uma lembrança de que eu voltaria até Clary apenas para ter o que é meu por direito, o seu amor.

Me visto e vou embora, apenas tendo certeza de deixar um recado para ela.

Eu voltarei por você. Minha irmã, minha rainha.

A última coisa que me vem em mente quando passo pela porta é o retrato que minha mãe havia pintado, sei com todas as forças que ela esperava que eu fosse com ela pintou, e sei mais ainda que há algo de errado em mim.

Penso no garoto da pintura com os seus cabelos platinados e um sorriso no rosto, os olhos verdes como os de Jocelyn e a pele bronzeada.

Sinto-me então transformar no monstro que temi ser, com apenas um objetivo em mente.

Que o sonho se torno realidade, mas dessa vez, Jocelyn não estaria chorando de tristeza, mas sim de orgulho. E eu faria isso, nem que fosse preciso a minha morte.


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal, depois disso vocês podem imaginar muito bem como se desencadeia a história, se quiserem que o Jonathan domine o mundo, isso aconteceria, e assim por diante.Espero que tenham gostado.Bjos e abraços.