Dizzy Guardian Day escrita por dmm000


Capítulo 1
First Shot




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  "Bom, acho que assim já tá bom..."


  Yamamoto olhava cansado para as paredes do dojo da base. Tinha treinado mais de 7 horas seguidas, o que, com certeza, era um novo recorde pessoal. A única coisa que ele estranhou foi ver um pequeno gato com orelhas com chamas da tempestade parado na porta.


  "Uri, não é?" O gato continuou parado, com o olhar fixo nele. " Você não deveria estar com o Gokudera, amiguinho?" O gato continuou daquele jeito, e Yamamoto continuou quieto, até se lembrar que gatos não sabem falar. Aquelas boladas que ele tinha levado na cabeça quando estava aprendendo a jogar beisebol deveriam ter afetado um pouco ele de alguma forma. Antes que ele percebesse, o gato estava arranhando e mordendo sua espada, que agora estava na forma de uma espada de bambu. 


  "Err...Desculpa, Uri, mas isso é um pouco importante pra mim..." Antes mesmo que ele colocasse a mão no gato, ele já tinha pulado na sua cabeça. Aquele gato deveria ser mais rápido que o Gokudera. Ele pegou o gato pela nuca, que continuava tentando escapar. "Bom, deixa eu te levar pro seu dono agora." E então saiu andando rumo a biblioteca. 


******

 

  "Gokudera?" ele bateu de leve na porta da biblioteca, que foi logo aberta de uma vez.

 

  "SEU IDIOTA, EU TO OCUPADO AGORA, NÃO TÁ VENDO?" Gokudera. Definitivamente Gokudera.

 

  "Bom, o seu gato tava solto por aí..." Ele levantou um pouco mais o gato que agora estava cansado demais para se debater. "E...bom...ele não parava de arranhar minha espada...Aí resolvi trazer ele pra cá."

 

  "Eu realmente espero que isso não seja uma metáfora..." Ele se aproximou para pegar o gato, com um pouco de medo de encostar nas patas dele.

 

  "Hein? Como isso poderia ser uma metáfora, quero dizer, quantas espadas eu tenho fora essa aqui?" E levantou a Shiguren Kintoki com uma expressão confusa. 

 

  "Nada não. AGORA VAZA, MANÍACO DO BEISEBOL!" E fechou a porta da biblioteca com tanta violência na cara dele que ele podia jurar que teria o nariz quebrado se estivesse um 1 cm mais pra frente.

 

******

 

  Fome. Aquilo dirigia Yamamoto a cozinha. Claro, poderia ser algo normal, tirando o fato que a cozinha se encontrava a perto de 5 km de onde ele estava. Tudo bem, a base era boa, mas ele ainda se perguntava porque o gênio que tinha criado ela não tinha criado um sistema de transporte dentro dela também.

 

  Quando ele passou pelo banheiro, ele ouviu alguns barulhos estranhos. Resolveu abrir a porta, só para conferir o que era, e como era o banheiro masculino, não deveria ter muito problema. 

 

  Hibari estava sentado, mexendo em algo que mais parecia ser uma bola de penas amarelas que piava alegremente o hino de namimori. Ele parecia estar dando banho nela. 

 

  Yamamoto realmente não sabia se aquilo se encaixava em "bizarro", "assustador" ou "cenas cômicas que você nunca espera ver na vida real."

 

  "Se você continuar me encarando, vou te bater até a morte." Ele nem se virou para falar isso.

 

  Yamamoto decidiu ficar com "bizarro". E também decidiu sair logo dali antes que a visão desse pesadelos a ele ou antes que o próprio Hibari batesse nele.

 

******

 

  Finalmente, a cozinha. Bom, tirando o incidente do banheiro, até que não tinha sido uma caminhada tão ruim. Bom, ao menos ele poderia agora comer alguma coisa normal-

 

  "Hahi..."

 

  ...Certo, ele tinha feito alguma coisa errada para algum deus. Era a única explicação.

 

  "Err... Haru?" Ele olhou para toda cozinha, mas nada. "...Haru, você está aqui?"

 

  "AH, YAMAMOTO-SAN, AQUI, AQUI!" Só então que Yamamoto conseguiu notar de onde estava vindo a voz. Ela estava vindo...

 

  "...Debaixo da pia?" Disse ele, abrindo a pequena porta debaixo da pia e encontrando uma Haru com as nádegas viradas para ele. 

 

  Certo, talvez os deuses não estivessem tão bravos assim com ele. 

 

  "Haru estava procurando um brinquedo perdido da I-Pin-Chan, mas Lambo-chan fechou a porta e Haru terminou presa aqui!" Yamamoto estava tentando não olhar a única parte visível da garota, mas era algo realmente difícil, considerando que, bom, não é sempre que uma garota está presa debaixo da pia com a bunda virada para você. 

 

  "Err...então...como eu posso te ajudar?" 

 

  "Hahi? Me puxe, isso está começando a machucar desu!"

 

  Ok, os deuses estavam de bem com ele.

 

  "Bom...Certo...Lá vou eu..."

 

  "Yamamoto-kun?"

 

  "Sim?"

 

  "Se você tentar qualquer coisa, eu vou te bater até a morte." Wow. Ela realmente poderia competir pro cargo "substituta do Hibari". Yamamoto começou a puxa-lá pela cintura, mas ela estava mesmo entalada lá. Como aquela garota tinha conseguido se encaixar tão bem naquele buraco?

 

******

 

  Tsuna estava andando pelos corredores. Uma sessão de treinamento com Lal Mirch tinha um certo efeito de aproveitar a vida depois dela. Aproveitar a vida com uma boa pipoca e um filme. Antes de abrir a porta da cozinha, ele escutou vozes. Não era um hábito muito comum dele escutar conversas dos outros, mas sempre conseguia atrapalhar alguma conversa importante. E, mesmo se tentasse ouvir, acabava tropeçando e se revelando. "Bom-Em-Nada-Tsuna" não veio do vento, leitores. Mas mesmo assim, ele decidiu tentar dessa vez.

 

  "Ah, Yamamoto-kun, mais forte!"

 

  ...Epa.

 

  "Haru, não é minha culpa, esse buraco é mesmo apertado, poxa!"

 

  ...Epa epa epa.

 

  "Haru não liga! Isso está machucando um pouco Haru, mas mesmo assim, use um pouco mais de força desu!"

 

  "Certo, se você quer assim, lá vai..."

 

  "Ah, isso, agora assim, Haru está sentindo escorregar um pouco, mas continue!"

 

  ... "Espera, o Yamamoto tá...". Sua mente não conseguia formular direito as palavras. Mas conseguia formular pensamentos. Pensamentos comuns tanto para um adolescente quanto para um chefe da máfia, pelo menos era o que ele achava.

 

  "Cansei." Era a voz de Yamamoto. "Me desculpe isso doer um pouco, mas LÁ VAAAAIIIIII" 

 

  "HAHI, YAMAMOTO-KUN, TÁ...TÁ..." e então um barulho de algo grande se chocando contra a mesa. Acho que aquilo era o que chamavam de "Grand Finale". Tsuna saiu lentamente de perto daquela cozinha, com esperança de conseguir encarar Yamamoto normalmente depois dessa.


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