Depois de passarmos pelo pinheiro de Thalia e adentrar os campos do acampamento, me despeço de Grover e vou em direção ao meu chalé. Chegando lá encontro Percy sentado em minha casa e minha cunhada tentando acalmá-lo, o motivo eu não sei, decido então melhorar o clima.

– Desculpe, mais essa cama e minha.

Eles me olham espantados. Percy abre um enorme sorriso e vêm ao meu encontro me dando um abraço de urso.

– Lu. Como e bom te ver!

– Também e muito bom te ver onii-san ( esse e um jeito carinhoso que chamo meu irmão, pois sou Otome :3).

– Você nos deixou preocupados Lu.- Diz Annabeth com uma aura seria, mas logo abre um sorriso e vem me abraçar também- Nunca mais faça isso. Ouviu mocinha.

Agora fiquei confusa, “ NUNCA MAIS FAZER O QUE?”

– Do que vocês estão falando?

– Ué da carta que você mando.

Carta? Há a carta.

– Bem a carta que eu mandei para explicar que não iria vir ao acampamento tão cedo, por causa de problemas?

– Isso- Disseram em uníssono.

– Onii-san o que você entendeu da carta?

– Que você não iria mais vir para o acampamento.

– Hmm. E você Anne?

– A mesma coisa que o cabeça de alga.

Eu não resiste e comecei a rir.

– Vocês entenderam errado. 1º Eu iria vir sim para o acampamento, 2º Eu estava cheia de problemas em casa e 3º Meus pais estavam me impedindo de vir para o acampamento.

– Por que?- Perguntou Percy.

– Eles ficavam falando que estava sendo uma inútil em casa e por isso não queriam que eu viesse para o acampamento ficar brincando.

– Mas nos não ficamos brincado. Ficamos aprimorando nossas habilidades para enfrentar os monstros lá fora e defender o Olimpo.Diz Anne seria.

– Sim. Mas vai explicar isso para os meus pais.

– Bom o importante e que minha irmãzinha voltou. Diz Percy me dando um abraço.

– Percy vamos indo, a Lu deve estar cansada.

– Ok sabidinha.

– Tchau.

– Tchau.

Cansada nada, vou dar uma volta.

Enquanto isso na floresta:

*Será que ela esta brava comigo? Será que ela descobriu que o Will...? Não acho bem difícil.*

( suspira e olha para o céu) Será que não irei mais vela?

*Me lembro quando estava naquele jarro, sendo mantido preso pelos gêmeos gigantes Oto e Elfiates, tendo como comida algumas sementes de romã do jardim de Perséfone e as lembranças dos momentos que tive com ela. Lembranças que me faziam lutar para continuar vivo e poder retornar a vela*

Do outro lado das arvores:

*Será que ele esta no acampamento? Estou com muita saudade. Lembro-me quando Percy me contou que Nico estava sendo mantido preso por gigantes gêmeos com nome Oto e Elfiates. Quando recebi essa noticia fiquei muito preocupada e me senti uma inútil, pois não poderia fazer nada para salva-lo de sua prisão de ferro*

Luiza decide então olhar a frente e vê que esta na clareira, além de perceber que :

–N...Ni...co?

Este levanta a cabeça e encara a dona da voz que faz seu coração aquecer e seus dias se tornarem cheios de luz e vida.

– Lu?

O casal ficou um bom tento se encarado ate que correm para um abraço.

– Que bom que você esta bem.

Luiza não aguentando mais reprimir todos os sentimentos que sentiu no período que a profecia dos sete estava se concretizando começa a chorar, além do medo de nunca mais poder velo.

– Como e bom te ver piccola mia ( minha pequena em italiano).

– Fiquei tão preocupada com você.

– Não duvido, mais agora esta tudo bem! Estou aqui com você.

– Nico?

– Hm?

– Promete que você nunca vai me abandonar? Diz Luiza com uma voz embargada de choro, quase um sussurro.

Nico demorou um pouco para processar aquela pergunta. Ele estava estranhando o comportamento frágil de sua piccolo (pequena). Já que Luiza sempre se mostrava forte e pronta pra enfrentar de frente qualquer um que ameace ou machuque alguém que ela ama.

– Claro piccolo mia.

Ela então afunda um pouco mais a cabeça no peito de Nico antes de levantá-la e olhá-lo nos olhos ônix. Aqueles olhos que a acalmavam, assim como a voz e os abraços de Nico. Com tudo para ela Nico era seu porto seguro. Assim com ela era o ponto seguro e a luz da vida de Nico.

Depois de ficarem mais um tempo se encarando, Nico sela os lábios de ambos com um beijo doce e cheio de carinho que logo e retribuído. Eles poderiam ficar assim por éons, mas logo se afastaram por causa da falta de ar e voltaram a se olharem nos olhos, com imensos sorrisos estampados em seus rostos.

Quando olharam para o céu viram que o sol já estava se pondo, pois o horário que Luiza chegou ao acampamento eram 17:45 ( 5:45) o tempo livre que os campistas tinham das atividades.

– Meus deuses é melhor voltarmos, daqui a pouco vai ter o jantar. Vamos! Diz Luiza puxando Nico pela mão ate o final da floresta, onde se despediram com um rápido selinho e cada um foi para seu canto.

* Nem acredito que encontrei il mio piccolo (minha pequena). Ela continua linda como sempre e me traz muita paz e felicidade*

* Ele esta um pouco diferente. Mais alto, seus cabelos estão bem mais bagunçados e maiores, esta com um aspecto mais maduro.*

– Onde você estava?

– Calma eu só fui atacada por uma formiga gigante.

– O QUE?

– Háháháhá... e só brincadeira Percy. Você precisava ter visto a sua cara háháhá.

– Isso não teve graça nenhuma.

– Gomennasai onii-san ( desculpe-me irmãozão).

– O.k. Vamos jantar?

– SIM.

Com isso fomos ao pavilhão-refeitório e jantamos. E depois seguimos a Grade de Atividades do Acampamento, já que hoje e quarta iria ter como ultima atividade do dia Mata-mata de arco e flecha, depois canções em torno da fogueira e por fim dormir.

Eu tinha ido ate o banheiro feminino, assim que saio sinto alguém atrás de mim por instinto pego meu pen drive azul do bolso e destampo (http://tecnobrinde.com.br/produtos/pen-drive/pen-drive-blue-moon/ ), fazendo ele se transformar em uma espada de 30 cm de bronze celestial com um enfeite no começo da lamina ,perto do cabo envolto de couro, de um tridente com uma concha que tem uma pedra azul por cima. E ataco a pessoa, mas num movimento rápido paro e:

– Nico!? Você sabe que poderia ter morrido, né?

– Decide correr o risco. Vem comigo.

Eu não tive nem tempo de protestar, ele já tinha me puxado para uma sombra não muito longe de onde estávamos e fez uma pequena viagem nas sombras. Eu nunca gostei de viajar nas sombras com Nico:

1º O escuro. Olha eu não tenho medo do escuro mas... vocês vão entender a partir do terceiro tópico.

2º Arrepios e frio na espinha.

3º Ruídos estranhos. Agora junte ruídos estranhos, escuro, imaginação fértil e BUM. Uma pessoa “ cagando” de medo ( não cagando literalmente é só uma expressão. O.K.)

4º Deslocar-se tão rápido que dá a impressão de que a pele do seu rosto vai se soltar. Isso não me incomoda tanto.

Com isso tudo. Toda vez que Nico me leva para uma viagem nas sombras eu sempre me agarro ao braço dele e fecho os olhos. Eu só voltei a abrir os olhos quando Nico disse para abri-los.

Ele tinha me levado ate nossa casa da arvore escondida na floresta, onde demos o nome de Ecov Ojesed ( desejo você de traz pra frente). No chão perto do galho da arvore que fica no meio de toda a casa, estavam estendidos um colchão de ar de casal com dois travesseiros e um lençol branco, também de casal.

– Nico. Eu não consegui terminar a frase, mas tenho certeza que pela expressão que estava estampada no meu rosto ele deve ter percebido que eu estava surpresa.

Sabem Nico e um garoto tímido, na dele, não fala mais do que o necessário. Mas quando estamos só nos ele e um fofo, além de que quando ele decide ser romântico ninguém supera. Ou seja tenho o melhor namorado do mundo.

– O que...? Por que você...?

Eu estava tão surpresa que não conseguia formar frases completas.

– Bem eu queria passar mais tempo com você e como aqui as harpias não poderão nos encontrar. Eu preparei meio que um “ quarto”.

Depois que ele termino a frase e dei um beijo em sua bochecha esquerda.

– Você e incrível sabia?

– Bom, eu tento fazer o melhor.

Sorrimos. Eu fui trocar de roupa atrás de uma cortina de tecido pesado e azul escuro, tipo aqueles provadores de loja. Nico tinha levado um pijama meu ate lá. Como ele conseguiu depois vou descobrir.

Link: https://41.media.tumblr.com/7635fe81c3626b96549eb0afdab7df20/tumblr_nxu57aF78r1szxkx0o1_500.jpg

– Como você conseguiu pegar um pijama meu?

– Como eu tinha saído mais cedo do jantar e não fui ver o Mata-mata de arco e flecha, para poder arrumar tudo isso. Aproveitei e fui no seu chalé e peguei um.

Ele terminou a frase com um sorriso travesso. Só ai que eu percebi o pijama que ele tava usando e que ele estava lendo um livro: Carta de amor aos mortos.

Link: http://imagens.passarela.com.br/passarelaEstatico/imagens/produto/7670033612/7670033612_1_M.JPG

– Ahhhhh ( bocejo).

– Alguém parece cansada. Diz Nico em um tom brincalhão, algo que ele não faz com mais ninguém.

– Ahhhh. Acho que você ficaria também. Viajar ate o acampamento não foi fácil e nem barato.

– Por?

– Bem: Eu fui ate um lugar bem vazio na minha cidade e chamei o taxi das irmãs cinzentas, gastei 950 dracmas. Depois elas me deixaram bem longe do acampamento, o motivo eu não sei. Então fiquei andando um bom tempo por New York, nem sei ao certo quantas vezes me perdi. Parei em um café e encontrei Grover e gastamos 500 dracmas ate chegar aqui. Sem falar nas atividades.

– Nossa. Por que você não me mandou uma mensagem de Íris? Eu poderia ter ido de buscar.

– Eu não sabia que você estava no acampamento.

– Acho melhor você vir dormir logo. Diz ele largando o livro e vindo ate mim.

– Serio il mio piccolo você precisa descansar.

Eu apenas concordei com a cabeça.

Com isso dormimos de conchinha, eu não tinha levado tão a serio meu cansaço só sei que quando abracei o travesseiro e senti Nico me abraçando por traz eu já estava dormindo que nem uma pedra.