Feito à dedos- Poemas do bloco de notas escrita por Rapaz descafeinado


Capítulo 19
Por favor, mais uma xícara.


Notas iniciais do capítulo

E acaba aqui! Vou radicalizar geral ao quadrado ( espírito rebelde).



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É aqui, que faço a autópsia desse calhamaço de sentimentos numa pasta de poucas palavras. Sempre escrevi pelo smart(não tãoassim)phone, no bloco de notas, sabendo que aquele seria o lugar onde nunca achariam o mais íntimo monstro literário embusteado nos poemas que aqui postei. Comecei amando-a, depois amando a poesia, e por fim, mando a última por meio de um notebook antigo e cheio de adesivos.

Já ouvi críticas sobre o quão simplória é a maneira que (mal)trato as letras.

–Amém- com voz rouca do frio paulistano da Paulista- Amém duas vezes, se necessário. Eu escrevo por quem já não encontra abrigo em mantas e travesseiros, pois esses apenas absorverão lágrimas, e não suas almas aflitas nos espinhos do problema. Escrevo também pros casais, embalsamados no sentimento estranho e com gosto de bala de canela chamado "amor".

–Rapazinho "mimimi"

–Eu escrevo para quem sabe ler, Jorge!

–E acha que o Bandeira fez sucesso com poeminhas "descafeinados''?

–Bandeira fez sucesso por ser o Bandeira. Homem de muito mais caráter que você, velho esdrúxulo! Vá embora, estou tentando terminar...

–Ai Filomena, emburrou? Vamos lá, você já escreveu sobre quase todo seu repertório. Qualé a próxima? a textura do seu porquinho de barro?

–Cacete, Jorge, não bota o Sr. Bacon nessa!

– Faz-me rir, menino café coado. Tô indo embora. Vê se dorme cedo.

–Vai te catar.

E esse foi o dia que briguei com a minha consciência.

Me chamo Leonardo ou Rapaz descafeinado

Nado

E não chego a lugar nenhum

Mas quem disse que tenho casa para adentrar?

Prefiro nadar nesse mar

Mas nada mudará

A corrente me levara são para onde sou

Aqui

Meus pensamentos

Onde nenhum mal é alto

Nenhum som é o bastante

Onde nenhuma corda segurará

o leão que corre soltos na savanas das minhas ideias.

Obrigado por tudo.


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