In My Veins escrita por IamNina


Capítulo 2
Uma noite no hospital


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Obrigada a todas vocês que receberam a fic tão bem, e me desculpem pela demora.
Leitoras fantasmas apareçam viu? Eu não mordo. Gente vocês viram a nova capa da fic? Caramba eu estou apaixonada por ela.
— Boa leitura para todos



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Já havia se passado algum tempo desde que eu fui falar com o médico, já eram seis horas da noite, e eu estava segurando Ally nos meus braços nesse momento, enquanto esperava Elena e Damon visitarem meu pequeno príncipe, Bonnie havia ido para casa para tomar banho e jantar com o filho e com o marido, e enquanto isso eu continuava no hospital, tentando cuidar de Ally, a bonequinha era muito agitada, Ally era uma menininha muito levada e já com nove meses não gostava mais de ficar no colo.

Em um momento de total distração, Ally puxa com força uma das mexas do meu cabelo, me fazendo gemer de dor.

–Oh,não Ally...Bonequinha isso dói.-Eu digo tentando soltar as pequenas mãozinhas gordinhas de Ally do meu cabelo, ela dá um sorriso maior ainda.- Então é isso que você gosta é? Saiba que não pode puxar os cabelos da tia Car seu pequeno projeto de mini Damon!- Eu a repreendo com uma falsa severidade, e Ally solta uma gargalhada, puxando mais o meu cabelo, fazendo eu pender minha cabeça para o lado.

– Veja só, a Barbie está apanhando de uma bebê de nove meses, eu disse pra você comer mais feijão Caroline você está muito fraquinha.- Damon ironiza assim que os dois nos localizam, Elena é a primeira a chegar e Damon pega Ally logo em seguida,enquanto minha amiga me abraça bem forte.

– Ele quer te ver Care.-Ela sussurrou em meu ouvido e eu ri, abraçando-a também.- Eu e Damon vamos para casa, Ally deve estar cansada, mas depois do jantar eu ligo para saber do Ken.- Ela me promete, se soltando daquele abraço de irmãs, Elena pega as bolsa de Ally e Damon leva o pequeno corpinho quase adormecido no colo, antes deles irem embora Ally acenou pra mim e eu mando um beijo no ar para a minha afilhada.

Arrumo meu cabelo, e ajeito um pouco a minha roupa, o Dr. Gerard me esperava novamente na porta do corredor, eu vou em sua direção e ele me guia novamente entre os corredores, subimos para o andar de cima, onde ficava os quartos dos pacientes internados, eu olhava cada um dos quartos -pelo menos o que estavam abertos- todos me faziam encolher os ombros e olhar com dó, por que não importa se você não conhece as pessoas ,você simplesmente sabe que elas não mereciam.

– Depois que vocês conversarem um pouco, o médico dele gostaria de conversar com a senhora .- O doutor sussurra pra mim, comprimindo os lábios.- Só evite dar muitos detalhes pra ele.- Eu assenti, abaixando a cabeça o médico murmurou um “ótimo” e se retirou, abri a porta com as mãos tremulas dando de cara com o meu menino olhando assustado pra o teto.

Caminhei lentamente para dentro do quarto fechando a porta em seguida, com o baque da porta Chris olhou pra mim e sorriu, eu fui em sua direção sentando na cama com ele.

– Oi amor, como se sente?- Perguntei mexendo carinhosamente em seus cabelos platinados igualzinho aos de Stefan , ele deitou a cabeça em meu colo como se pedisse pra mim cuidar dele. Eu tentava conter as lágrimas para não chorar na frente daquele serzinho tão preocupado comigo.

– Eu me sinto melhor mamãe, mas ainda ta doendo e você? parece triste por que mamãe?- Ele perguntou levantando a cabeça para me olhar atentamente, meu pequeno garotinho era muito curioso e me conhecia muito bem para perceber quando algo estava errado.

– Não é nada bebê, e como foi no exame?-Perguntei desviando o rumo da conversa, Chris sorriu e agarrou meu pescoço para poder se sentar no meu colo enquanto pinicava minha orelha gelada.

– Foi de mais, mamãe eles me colocaram deitado em uma cama espacial!- Ele falou empolgado enquanto sorria largamente, felizmente ele não sabia o porquê de ser levado para fazer o exame, era bem mais fácil assim, e talvez eu ficasse um pouco mais aliviada por ele não saber o que acontecia com ele agora. Eu o abracei trazendo seu pequeno corpo para mais perto do meu, apoiei meu queixo em sua pequena cabeça.- Mamãe por que a Ally não veio com a tia Elena e com o Tio Damon ?- Chris perguntou se agarrando mais a mim, enquanto eu tentava conter as lágrimas, ao imaginar que perderia o meu pequeno anjo,plantei um beijo em sua cabeça inalando o seu inconfundível seu cheiro de frutas vermelhas.

– Por que ela ainda é muito pequena amor.- Respondi nos separando por poucos centímetros para poder olhar bem em seus olhos olhinhos castanhos, e beijar sua testa enquanto acariciava sua bochecha rosada lindinha.

– Ah...Mas eu queria ver ela mamãe.- Falou fazendo biquinho enquanto eu sorria com as lágrimas escorrendo a solta por meu rosto, levando consigo qualquer resquício de tristeza por que por mais que aquela situação fosse horrível, ele ainda estava comigo me fazendo perceber o quanto eu precisava dele.

– Não faça bico bebê, eu já disse Ally é muito ...- Eu terminaria de falar se não tivesse sido chamada por um sotaque Britânico carregado de cansaço, me separei de Christopher beijando sua bochecha para ir para porta falar com o doutor.

O médico olhava sua prancheta com um cansaço igual ao meu ou até maior, ele não era tão alto mas o suficiente para ser maior que eu, os cabelos loiros escuros eram ondulados, enquanto a pele era branca porém não era muito pálida,ele aparentava ter uns 33 anos. Quando notou que eu o observava, endireitou a postura me avaliando inteira. Sua boca era carnuda e avermelhada, mas nada se comparava aos olhos azuis esverdeados, eles eram tão lindos e transbordavam leveza, porém não brilhavam.

– A senhora é responsável pelo Christopher Forbes?- Perguntou olhando em meus olhos, ele parecia centrado no trabalho diferente de todos os outros médicos daqui, ele realmente mostrava que não estava aqui para distrações e sim para seu trabalho, olhei de soslaio para sua mão segurando a prancheta, não havia nenhuma aliança, mostrando que aquele lindo médico loiro era totalmente livre.

– Sim,eu sou a mãe.- Respondo também arrumando minha postura, tentando ficar com uma cara séria igual a dele, mas era difícil chegar ao nível de perfeição igual aquele, ele conseguia ficar uma fofura com um olhar tão profissional.

– A senhorita faria o favor de me acompanhar, não é um assunto para se falar no meio do corredor.-Ele perguntou mudando o tom de voz para um mais baixo e sereno e eu assenti, e ele foi me guiando pelo corredor até uma sala um pouco maior do que a do dr. Gerard, ele entrou primeiro e eu logo em seguida fechando com cuidado a porta de madeira gasta, sentei na poltrona preta que havia em frente a mesa.

– Então doutor, o que o senhor queria falar?- Perguntei cruzando as pernas, fazendo a minha calça jeans de lavagem escura marcar mais minhas coxas, fiquei encarando o jaleco do médico procurando seu nome, mas devo dizer que enquanto procurava o crachá eu reparava cada detalhe do físico dele, ele realmente ficava uma perdição vestido de médico.

– Mikaelson.-Ele fala rindo enquanto olhava não tão concentrado como antes para sua prancheta , enquanto me olhava de soslaio, então eu torci um pouco minha boca mais acabei sorrindo.-Na verdade, Klaus Mikaelson mas não é pra isso que eu vim aqui, eu acho que Marcel já contou pra a senhorita, estou certo?-Pergunta largando a prancheta em cima da mesa,e eu apenas confirmo repousando minhas mãos em meu colo.

– Bom senhorita Forbes eu vou tentar ser o mais direto possível, como a senhorita já deve saber ele tem câncer de pulmão e está no segundo estágio, isso quer dizer que o tumor tem entre 5 há 7 cm de diâmetro e é denominado T2b, acabou que o tumor se espalhou para os linfonodos do mesmo lado do tumor primário mas não atingiu o mediastino nem outros órgãos.- Ele falou tranquilamente enquanto tamborilava os dedos sobre a mesa de madeira branca, eu literalmente não entendi quase nada do ele havia acabado de dizer, não era fácil acompanhar a linha de raciocínio de um médico,e eu não cursava medicina, longe disso, eu não sou nem um pouco boa quando o assunto é corpo humano, mas a única coisa que eu tinha certeza era que o tumor do meu Ken não era grande mas também não era pequeno.

– Bom senhorita apesar de a cirurgia ser considerada o tratamento de maior chance de controle e cura, poucos são os candidatos a uma ressecção completa, cerca de 10% a 20% dos casos apenas. Entre esses, uma porcentagem reduzida se beneficia claramente da cirurgia.-Ele para de bater os dedos contra a madeira maciça, e a sala se torna totalmente silenciosa mas ainda dava para se ouvir o barulho incessável do hospital, era incrível como não importasse a hora que você decidisse ir ao hospital ele sempre estava tumultuado e nunca estava parado, sempre acordado.

– Dr. Mikaelson, o senhor está dizendo que não vai operar o meu filho?- Eu pergunto um pouco grossa de mais, descruzando minhas pernas e desencostando as costas do pequeno sofá para encarar incrédula o homem a minha frente.

Imbecil.

– Não é bem assim, eu apenas estou dizendo que a radioterapia com intenção curativa, associada ou não á quimioterapia, tem sido reservada para pacientes que não podem ser operados por questões técnicas, como a localização do tumor, ou questões clínicas, como a saúde do paciente.

“ Simplificando nem se eu quisesse eu poderia operar seu filho, senhorita Forbes o câncer dele não está em local muito acessível e além do mais correríamos o risco de que ele não consiga viver com apenas um pulmão. Amanhã á tarde iremos começar a sessão de quimioterapia, se o carcinoma responder bem a quimio não iremos requisitar a retirada do pulmão, mas se não funcionar teremos que optar pela cirurgia.”

Eu ouvia cada palavra atentamente sem desviar meu olhar da boca carnuda proferindo cada palavra com uma calma e serenidade exagerada, provavelmente eles devem ter um tipo de regra sobre isso, sempre tentar manter a calma e tentar não desesperar os familiares dos pacientes por mais que a situação for desesperadora.

– Acho que eu já disse tudo, senhorita...

– Pode me chamar de Caroline.- Interrompi sua fala, ele era o médico do meu filho e provavelmente levando em conta que ele teria várias sessões de quimioterapia durante um bom período, eu acabaria vendo o dr. Constantemente e eu simplesmente odiava formalidades.

– OK Caroline, então voltando ao assunto, o Chris terá que passar a noite aqui em observação, eu recomendaria que você fosse para casa tomar um banho e descansar, não diga a ninguém que eu te disse mas os sofás daqui são uma grande porcaria, não é nada bom dormir neles.- Ele falou a última parte baixinho e sorriu, e pela primeira vez naquele dia eu sorri verdadeiramente, eu odiava dormir em sofás,sempre acabava com dores horríveis nas costas, mas eu não tinha coragem e nem vontade de passara noite longe do meu filho, eu queria estar cada segundo ao lado dele nessa difícil jornada.

– Obrigada pela dica dr...

– Se não vamos ser formais, então me chame de Klaus.- Ele me interrompeu igual ao que eu tinha feito com ele,e eu acabei sorrindo e assenti.

– Em fim, obrigada pela dica mas eu prefiro ficar com o meu filho.- Eu respondi e ele concordou, se levantando primeiro me acompanhando até o quarto de Chris, ele se despediu me deixando sozinha na frente da porta, acabei mordendo meu lábio inferior com a imagem do médico.

Delicioso.

Abri devagar a porta e entrei no quarto, jogando minha bolsa no sofá branco com a aparência nada confortável, Christopher estava dormindo, então eu apenas fui até ele e beijei sua testinha, afastando os cabelos loiros platinados que caiam em seus olhinhos fechados.

– Boa noite meu pequeno herói.-Arrumei melhor sua coberta me a segurando que ele estaria quentinho e que não passaria frio durante a noite, assim que me afastei me joguei exausta no sofá, tirando as botas pretas que agora me incomodavam, assim que estava só com as meias suspirei de alivio mexendo meus dedos do pé, me acomodei mais ao sofá e me cobri com a manta que havia ali.

Não fazia idéia de quanto tempo eu havia dormido, mas eu já estava dolorida e com muito frio, eu estava tão encolhida que parecia que eu havia virado uma bola de pelo.Fui acordada por um cutucam em meu braço.

– Eu já estava indo embora, mas ai vi você toca encolhida ai, e achei melhor te emprestar isso.- Ele me estendeu uma colcha felpuda cinza nada bonita e com travesseiro com a fronha branca com o nome do hospital espalhado por toda a fronha.

– Obrigado .- Agradeci e peguei o travesseiro e a colcha, colocando o travesseiro em baixo da minha cabeça e a colcha por cima.

– Por nada .-Ele respondeu sorrindo enquanto saia do quarto vestido em um enorme casacão marrom claro, me deixando sozinha enquanto tentava voltar a dormir.

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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leram, e será que eu mereço Reviews?
Queria deixar bem claro que eu pesquisei sobre a doença, então o que eu disse ai não é nenhuma bobagem.
Se alguém quiser conversar comigo pode chamar por mp, eu adoro conversar com leitoras aushaush.
Bem meninas queria saber a opinião de vocês sobre a fic, o que acham que precisa ser melhorado, o que estão gostando, e bem eu estou aberta a sugestões.
Beijos



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