Na Sweet amoris, Castiel e Marie estavam andando nos corredores e conversando.

–Eu li no jornal da escola que vai ter uma corrida de orientação, você sabe o que é isso? – Pergunta Marie a Castiel.

–É um dia que nós vamos para o meio do mato para fazer tipo um acampamento, eles fazem isso em duplas e essas duplas são escolhidas pelos professores. – Responde Castiel, sem muito interesse, enquanto mexe em seu celular.

–Parece ser legal! – Diz Marie, bastante animada, a animação da garota cansava Castiel, que não entendia como alguém podia ser feliz de manhã.

–É um lixo! É uma tentativa besta da escola de enturmar os alunos. Eu me enturmo muito bem com a minha cama e comida, melhor do que ter que passar um dia inteiro em um passeio besta. – Castiel estava bastante ranzinza.

–Como é que eu te aguento? Você adora estragar a minha alegria.

–Pode ser, mas nenhuma garota consegue resistir ao meu charme. – Castiel passa a mão no cabelo de um jeito sedutor.

–Com certeza! – Marie ri.

De repente, a diretora começa a falar no auto-falante.

–Atenção! Amanhã nós teremos a nossa anual corrida de orientação...

–Viva! –Disse Castiel para Marie de um jeito sarcástico.

–No mural da sala de cada um encontrarão uma lista informando quais são as duplas. – A diretora termina de dar o recado. Muitos alunos vão rapidamente para as suas salas para descobrirem sua dupla.

–Marie e Castiel se aproximam um pouco do mural para descobrirem com quem farão duplas.

–Fiquei com a Melody... – Diz Marie, com bastante chateação. –E você?

–Armin! Sabe quem é?

–Ele é irmão do Alexy. É normal você não conhecer, ele mata mais aula que você.

– Tomara que não fique me irritando. – Castiel faz cara de poucos amigos e sai da sala.

Ambre entra na sala, pois também queria ver o papel que dizia qual seria sua dupla, mas Marie estava em sua frente e Ambre a empurra.

–A culpa foi sua, não deveria atrapalhar minha visão. – Diz Ambre, com bastante cinismo. Marie queria respondê-la, mas respirou fundo e conseguiu se controlar. – Deixa eu ver quem vai ser o sortudo que irá desfrutar da minha companhia. – Ambre passa o dedo pela lista a procura de seu nome. -Alexy? Pelo nome deve ser idiota. –Ambre senta em uma cadeira e fica com cara de emburrada.

Alexy chega à sala de aula e vai falar com Marie.

–Oi, Marie! Ouviu falar da corrida de orientação? – Pergunta Alexy, com bastante alegria.

–Ouvi, e sinto muito te informar, mas a sua dupla é a Ambre, então boa sorte. – Marie da tapinhas nas costas de Alexy como forma de consolo, ele olha para Marie sem entender, pois não conhecia a Ambre.

–Eu ouvi! – Diz Ambre, sem olhar para os dois e sem paciência para discutir com a garota. Marie esboça um sorrisinho.

–Ela é a Ambre? – Marie faz sinal positivo com a cabeça, então Alexy vai até a cadeira de Ambre para se apresentar.

–Oi, eu sou o Alexy! Vou formar dupla com você na corrida de orientação. – Alexy estende a mão para Ambre, que o olha e se encanta pela beleza do menino.

–O-oi... – Ambre fica sem jeito e arruma seu cabelo.

–Não precisa arrumar o cabelo, ele está perfeito assim. – Alexy diz com um sorriso, Ambre fica vermelha.

–Sério? – Alexy faz sinal de positivo com a cabeça – Poxa, como você é gentil! Vai ser ótimo fazer dupla com você e te conhecer melhor. – Ambre dá um sorriso bobo.

–Igualmente! – Alexy retribui o sorriso.

Um dia se passou...

Os alunos estavam reunidos do lado de fora da Sweet Amoris esperando o ônibus, que iria levá-los para uma floresta onde ocorreria a corrida de orientação.

O ônibus logo chegou e os alunos foram se sentando. Marie é uma das primeiras a pegar o assento, Nathaniel a avista e vai em direção a namorada.

–Se importa se eu me sentar ao seu lado? – Pergunta Nathaniel, de um jeito encantador.

–Pode sentar, mas só por que você é bonito. –Brinca Marie.

–Se você diz quem sou eu para discordar? – Nathaniel dá uma risada.

–Quem é sua dupla? – Pergunta Marie.

–O Lysandre, acho que isso é bom, eu não o conheço direito, mas ele sempre me pareceu alguém legal, e a sua?

–Melody. – Diz Marie, sem empolgação, Nathaniel a olha com preocupação.

–Vocês não se dão muito bem, não é?

–Não nos damos mal, mas eu não gosto dela, ela é muito falsa. – Marie fica emburrada.

–Eu entendo, mas tenta se dar bem com ela, isso é para ser divertido, não a deixe estragar seu passeio.

–Eu vou tentar...

Depois de algumas horas o ônibus chega à floresta. Os estudantes dessem do ônibus, em seguida alguns professores descem do ônibus e juntamente com os professores desceu Dake. Marie lembrou-se dele e o olhou bastante surpresa, Dake quando a viu deu uma piscada, que deixou Marie sem graça. Era uma floresta bem grande e bonita. Os professores pedem para os alunos ficarem perto de suas duplas e passam as orientações.

–Primeiro eu gostaria de apresentá-los ao Dake, ele é sobrinho do professor de educação física, Boris, que não pode vir, então o Dake fez a gentileza de substituí-lo. – Diz o Faraize. Muitas meninas olham para Dake com encanto. Castiel se lembra de Dake e fica emburrado ao revê-lo.

–Vocês iniciarão um jogo. Cada dupla receberá um papel com uma lista de objetos para encontrarem, a dupla que encontrar todos os objetos primeiro e trouxer até um professor vence. – Diz Faraize, enquanto entregava os papeis, junto deles, uma chave para um dos membros da dupla, nessa chave tinha um número escrito.

–E qual o prêmio? – Pergunta Ambre, que olha para Dake desejando que ele fosse o prêmio.

–Nenhum! Vocês não têm que pensar em um prêmio, têm que pensar no que realmente importa, o trabalho em equipe. – Diz Faraize, com bastante convicção, enquanto os estudantes o olham com desapontamento. – Como vocês podem ver, aqui tem alguns alojamentos. – O professor aponta para trás e os alunos se viram para ver os alojamentos. Eram vários quartinhos pequenos, que pareciam aconchegantes, em cada porta tinha um número diferente. – Depois que a competição acabar cada dupla deverá ir para o seu alojamento, vocês saberão qual é o de cada pelo número da chave, que é o mesmo da porta, e vocês dormirão neles. Agora podem começar o jogo. – O professor Faraize termina de falar e todos começam a olhar para os seus papeis.

–Será que nós iremos encontrar tudo rápido? –Pergunta Alexy para Ambre, o garoto estava um pouco apreensivo.

–Claro! Ninguém aqui é melhor do que nós. – Diz Ambre, com um ar de superior.

–Adoro a sua confiança, ah, também adoro os seus sapatos. – Alexy olha para os tênis da Ambre, que eram rosa com brilho e aparentemente de grife, e fica encantado.

–Obrigada! – Ambre dá um sorriso sem graça. – Desculpa Castiel, mas encontrei um novo amor. – Pensa Ambre, toda encantada com Alexy.

Marie e Melody começam a andar pela floresta para procurar o primeiro item da lista, que é um cachimbo.

–Esse é um item meio estranho. – Diz Melody, enquanto ela e Marie andam pela floresta, Marie concorda com a cabeça. –Eu estou feliz que nos colocaram para fazer dupla juntas. – Melody sorri.

–É ótimo. – Marie também sorri.

–Vou ficar mais feliz se uma cobra te picar no passeio. –Pensa Melody.

–Por que ela não morre? – Pensa Marie.

–Oi! – Diz Lysandre, que se aproxima das duas junto com Nathaniel. As Meninas param de andar para falarem com eles.

–Boa sorte no jogo. – Deseja Nathaniel, com um sorriso.

–Obrigada, para vocês também. – Melody olha para Nathaniel com um sorriso tímido. -Lysandre, você tem sorte de estar fazendo dupla com o Nathaniel, ele é bem dedicado, tenho certeza que te ajudara bastante, eu adoraria fazer dupla com ele. – Nathaniel fica sem graça com o comentário de Melody, ainda mais por ter dito isso na Frente de Marie, que fica brava com Melody.

–Agora eu entendi o porquê dela não morrer, nem a morte a quer, muito menos o meu namorado, então acho bom ela parar antes que eu perca a paciência... Mas calma, ignora. – Pensa Marie, olhando para Melody com um sorriso forçado. Nathaniel percebe o incomodo da namorada e chega um pouco mais perto dela.

–Não esqueça o que conversamos no ônibus. - Nathaniel sussurra no ouvido de Marie, que concorda com a cabeça. Melody os olha com um pouco de raiva.

–Acho melhor começarmos a procurar. – Diz Lysandre para Nathaniel, que concorda, então os rapazes se despedem das meninas e as duplas seguem caminhos diferentes.

Enquanto isso...

Castiel e Armin começam a andar pela floresta, ambos com desanimo.

–O que é para fazer mesmo? – Pergunta Armin.

–É para procurar esses negócios. – Castiel mostra o papel com a lista de procura para Armin.

–Isso era para ser divertido? – Pergunta Armin, sem paciência. Ele não gostava do ar livre, e estava odiando a ideia de ter que passar tanto tempo em uma floresta.

–O que esperar de bom de uma escola?

–Se eu quisesse me diverti ficava em casa jogando vídeo-game. – Diz Armin, Castiel estava de pleno acordo.

–Já que você também não quer procurar nada, está a fim de sentar e deixar a parte da procura para os outros? – Pergunta Castiel, mas só por educação, independente da resposta de Armin ele não pretendia se esforçar para o jogo.

–Super afim! – Armin e Castiel se sentam de baixo de uma árvore. Armin olha para o lado e vê um cachimbo, então decide pegá-lo. – Legal, nunca pensei em encontrar um cachimbo na floresta.

–É um dos itens da lista. –Fala Castiel, guardando o cachimbo em sua mochila. -Nós somos bons.

–É... Podia ter prêmio. – Diz Armin.

–Tipo sair do meio do mato. – Diz Castiel, bastante ranzinza.

–Ou algum vale compras em uma loja de vídeo games. – Diz Armin, Castiel concorda. –Quer jogar? – Armin pega um PSP de dentro da sua mochila e mostra para Castiel.

–Claro!

No outro lado da floresta...

Ambre e Alexy estavam procurando os objetos da lista, e estavam tendo um bom progresso.

–Já achamos a pena, a pedra azul e o trevo de quatro folhas, faltam só mais dois itens. – Dizia Alexy, enquanto conferia a lista.

–Nossa dupla é ótima, nós combinamos muito, não acha? – Diz Ambre, que se insinua para Alexy, mas o garoto não percebe.

–Eu estou feliz de ter te conhecido, você é bem legal e eu espero que possamos ser mais do que só amigos. – Diz Alexy.

–S-sério? – Ambre abre um super sorriso.

–Podemos ser melhores amigos! – Diz Alexy, que abraça Ambre, a menina fica desapontada.

Enquanto a Ambre sofria com a friendze...

Nathaniel e Lysandre estavam bem entretidos com o jogo.

–Agora falta só a pedra azul. – Diz Nathaniel para Lysandre. Lysandre pega o seu bloquinho de notas e anota que tem que procurar a pedra azul.

–Desculpa perguntar, mas por que você está anotando tudo no seu bloco? Não é tão difícil lembrar.

–Minha memória não é das melhores, além do mais eu gosto de registrar meus bons momentos aqui. – Diz Lysandre, guardando o bloquinho em sua mochila.

–Então é um diário?

–Não, eu anoto de tudo aqui: músicas, poesias, momentos marcantes e frases idiotas do Castiel. – Fala Lysandre, com bastante simpatia.

–Devem ter muitas frases do Castiel aí, nunca o ouvi falar algo de útil. – Nathaniel fecha a cara ao falar de Castiel, Lysandre acha graça, pois sempre achou besteira o conflito entre eles.

–Eu acho que vocês deveriam parar de brigar, poderiam ser bons amigos.

–Isso nunca vai acontecer! – Nathaniel fala com bastante firmeza. – O Castiel é um grande idiota.

–O Castiel é legal, mas eu não posso discordar da parte do Idiota. – Lysandre faz Nathaniel rir. – Eu sei que vocês só começaram a brigar por causa da Debrah.

–Foi, mas essa história toda de eu ter dado em cima da Debrah foi mentira, ela que deu em cima de mim. – Nathaniel se irrita ao lembrar-se da Debrah.

–Eu acredito! Nunca gostei da Debrah, eu sou amigo do Castiel há muito tempo e sei que ela só fez mal a ele. Eu entendo que deve ter sido chato o Castiel ter te culpado pelas atitudes dela, mas ele é só um pouco ingênuo, vocês deveriam se resolver, até por causa da Marie.

– O que a Marie tem á ver com isso?

–Ela é muito amiga dele, não deve ser legal ter o namorado e o melhor amigo se odiando. – Lysandre fala com bastante convicção, mas não o bastante para convencer Nathaniel.

–O que não é legal é essa amizade entre eles. – Nathaniel fica com raiva.

–Ciúmes?

–Não... É-é... Um pouco! – Nathaniel fica sem graça. – Eles passam muito tempo juntos e eu sei que às vezes a Marie vai para casa dele, é inevitável sentir ciúmes, mas eu sei que posso confiar na Marie. –Diz com firmeza.

– Eles são só bons amigos, não se preocupe. – Lysandre ri.

–Eu nunca entendi sua amizade com o Castiel, é tipo a Marie ser amiga dele, não tem muito á ver.

–Para falar a verdade eu também nunca entendi, mas acho que começou por causa da música, foi o algo em comum que nos uniu.

–Entendi...

–Você não tem muitos amigos na escola, não é? –Pergunta Lysandre.

–Fora ao Castiel eu não me dou mal com ninguém, mas amigo mesmo eu só sou, ou era já que agora somos mais do que isso, da Marie, mas eu não me importo, eu sei que é bom ter alguns amigos, mas esse é o último ano e é melhor que eu me foque nos estudos.

–Eu te invejo nisso. Eu até me esforço, mas acho que a minha memória não é das melhores, então acabo desistindo de aprender. – Diz Lysandre, um pouco envergonhado.

–Eu sei que se sairia melhor na escola caso se esforçasse mais. – Diz Nathaniel.

Os meninos seguiram conversando sobre assuntos aleatórios enquanto procuravam as coisas.

Depois de algum tempo...

Ambre e Alexy foram os primeiros que acharam todos os itens da Lista, então foram até o Faraize para mostrarem os objetos.

–Parabéns, vocês foram os ganhadores da corrida de orientação! – Diz Faraize, com bastante entusiasmo. Ambre e Alexy se abraçam.

–Eu sabia! Alexy, você é o melhor parceiro que eu poderia ter. –Ambre dá um sorriso malicioso para o Alexy.

–Agora eu só preciso procurar o restante das duplas e dizer que a competição acabou. – Diz Faraize.

–Podemos ir para o nosso alojamento? – Pergunta Alexy.

–Claro! – Responde Faraize.

Ambre e Alexy vão andando em direção ao alojamento.

–Esperem! – Grita o professor Faraize. Ambre já havia entrado em seu quarto e não ouviu, mas Alexy ouve e vai em direção ao seu professor.

–Agora que eu me toquei do grande erro que eu cometi. – Diz Faraize, ficando sem graça.

–É que eram para todas as duplas serem de meninas com meninas e meninos com meninos, por causa do alojamento, não é legal um rapaz e uma moça dividirem o quarto em um passeio da escola. – Faraize fica ainda mais envergonhado, Alexy acha graça da situação.

–Não se preocupe, eu sou totalmente gay. –Alexy ri.

–Me pareceu que a Ambre estava afim de você. Mas enfim, acho que não vamos ter nenhum problema então. – Faraize deixa Alexy sozinho, que fica preocupado com a hipótese levantada pelo professor.

–Será que ela está gostando de mim? Acho que não, a Ambre só me vê como bff. –Pensa Alexy, se tranquilizando.

Depois de alguns minutos...

O professor Faraize, com a ajuda de Dake, consegue achar todos os estudantes, assim declarando o fim da corrida de orientação. Alguns foram direto para os alojamentos e outros deram mais algumas voltas pela floresta e ficaram conversando.