We Got Bad Blood escrita por Bruna Neuer


Capítulo 1
We'll never be as young as we are now


Notas iniciais do capítulo

Olá! Este primeiro capítulo será como se fosse uma prévia da história, pois eu vou demorar a escrever e postar o restante da história. O nome do capítulo é uma frase da música "Never Be" da banda 5 Seconds Of Summer, não tem muito haver com o capítulo mas eu precisava de um começo. Prometo melhorar esse ponto de acordo que eu for postando os capítulos. Ah... O capítulo está no ponto de vista do personagem principal chamado Andrew Müller. Espero que gostem xx



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As aulas do meu último ano letivo iriam começar logo após o ano novo. Fico feliz com isso, pois eu não estou mais aguentando esse maldito internato na minha vida. Cansei de toda essa história dos meus pais de que estudar em um internato me faria uma pessoa melhor, pois não fez, eu continuo o mesmo quando eu entrei aqui e eles certamente sabem disso.

Sobre os meus pais, as melhores palavras que os descrevem, em relação a mim, são: ingênuos e desatados. Eles só ligam para o trabalho deles e em como ficar mais rico. Meu pai é um renomado diretor de cinema alemão e minha mãe é uma grande escritora inglesa. Meu pai também é dono de quase todas as filiais da Starbucks na Inglaterra. Sobre os meus irmãos, a história é diferente.

Nós nos mudamos para a Inglaterra assim que eu fiz cinco anos e meu irmão mais novo ainda não havia nascido. Eu quero dizer, em números, que um três quintos dessa família é alemã e o restante é inglês.

Como os meus pais foram ausentes a minha vida inteira, quem praticamente me criou foi o meu irmão mais velho, Josh. Ele é bem legal e por muito tempo era o meu modelo. Josh é ator e participa de séries tanto americanas quanto inglesas. Por esse motivo, ele nem sempre está em casa. Meu irmão mais novo, George, também está passando pela mesma situação que eu passei aos 14 anos, quando eu precisava de uma mãe ou um pai para dar atenção e ninguém estava presente. Para falar a verdade, minha mãe ainda dava mais “atenção” do que o meu pai, sabe, ela até da atenção, mais ela tem muitas dúvidas sobre como cuidar dos seus próprios filhos.

Não vou mentir, a situação de George é bem pior do que a minha foi, pois eu não sou o melhor exemplo de irmão mais velho que ele merece. Eu tento dar a atenção que ele precisa, mas eu não consigo. Odeio isso. Sempre quando eu precisava, Josh estava lá para me ajudar, hoje ele não pode estar tão presente assim para George, por causa do trabalho. Nós dois, os irmão mais novos, estudamos e praticamente vivemos no mesmo internato, o Rowling College.

Bom, entre os três filhos da família, eu sou o rebelde. Tenho que admitir que sou impulsivo e que me estresso muito rápido. São poucas as pessoas ao meu redor que eu consigo manter a calma, entre elas estão meus irmãos. Continuando a história dos filhos... George é o estudioso, o bom filho. Josh é o queridinho mais não tão mimado, ele foi o que mais obteve atenção dos nossos pais pelo fato de ter nascido primeiro.

Falando em características, Josh havia mudado ao longo desses anos. O cabelo dele era loiro escuro antes, hoje é castanho (não tão escuro, mais castanho) e ele não possuía mais a cara de adolescente que tinha quando cuidava de mim, ela agora já era um homem. Meu irmão mais velho era quase como um pai para mim, ele por sua vez merece toda a fama que faz mundo a fora. George continuava o mesmo menino, loiro dos olhos azuis com carinha de bebê que por vezes parecia comigo. Nosso irmão mais novo puxou parte dos nossos humores, por exemplo, ele por vezes é emburrado como eu, mas em outras ocasiões ele é divertido como Josh.

Hoje é véspera de Natal e como sempre, está nevando pelas redondezas de casa. A véspera do Natal é uma ocasião em que toda a família deveria estar unida, mais é evidente que meu pai não estava (ele provavelmente iria chegar algumas horas antes do inicio da celebração da festa natalina ou nem viria para casa) e minha mãe estava trancada em seu escritório escrevendo algo que certamente não é tão importante para ser escrito neste exato momento. Tenho a “leve” impressão de que minha mãe sempre quis ter uma filha, só que ao invés disso ganhou três filhos homens, ficando assim insatisfeita. Em parte dos seus livros, ela sempre escreve uma típica família com um irmão mais velho e uma irmã mais nova, deve ser por isso que ela gosta de Josh e de mim não.

Quanto aos meus irmãos e eu, estávamos na sala de cinema assistindo aos programas de Natal na TV (alguns deles dirigidas pelo nosso pai e outros escritos pela nossa mãe) e tomando chocolate quente como sempre fazíamos nessa ocasião, que era a minha preferida no ano inteiro. Eu não gostava dos programas natalinos em si, eu só gostava da companhia dos meus irmãos, na verdade, acho que nenhum de nós gostava, pois após um tempo nos começávamos a ver filmes mais emocionantes, vamos dizer assim.

Nesse clima de Natal, nós sempre relembramos coisas boas ou até mesmo banais que fazem que nós sejamos unidos, por exemplo, o fato de Josh ter me acordado todos os dias de manhã para ir para a escola quando eu ainda estudava numa escola normal e que eu fiz isso com George quando nós estudávamos na escola normal. Eu também me lembro das vezes que o nosso irmão mais velho fazia o nosso lanche para o colégio ou nosso café da manhã (eu dizia que não gostava que nenhum dos nossos cozinheiros fizesse meu lanche, mas na verdade eu era só uma criança querendo a atenção dos pais).

Eles são as únicas pessoas que eu sempre sei que poderei contar. E eles sabem que eu sempre vou estar aqui para eles.

–Eu me lembro de quando eu te trouxe esse pinguim do Sea World, Andrew – Josh falou relembrando o passado. Ele havia comprado o pinguim quando foi gravar o seu primeiro episódio em uma série de TV americana, eu tinha apenas cinco anos e ele uns treze. Podia até ser um motivo bobo guardar esse pinguim que eu tinha dado o nome de Luke na época, mas ele veio em uma época da minha vida que nunca vai voltar. E também, fala sério, quem não gosta de pinguins?

–Eu também, mano – eu respondi sorrindo, era difícil o momento eu que eu estivesse sorrindo, sabe, eu não sou o tipo de pessoa que sorri ou que gosta de animais fofos (exceto pinguins).

–Nós podemos trocar de canal? Eu não aguento mais ver filmes natalinos – George estava reclamando sobre os programas, era sempre ele quem reclamava. Certas coisas nunca mudam.

–E o que você sugere para nós? – Josh o questionou.

–Jogos Vorazes, Harry Potter ou algo desse gênero – respondeu George de Imediato.

–Tudo bem, eu vou pegar o DVD de Em Chamas – eu disse. Outra coisa que eu raramente fazia era favores para outras pessoas, eu não sou do tipo que ajuda, eu sei que isso é errado, mas eu não consigo mudar. Às vezes, sim, eu faço caridade, mas o que eu estou dizendo e que eu não consigo prestar favores a pessoas que não são necessitadas.

–É sério que vocês vão ver filme de morte no meio do Natal? – era o dever de Josh tentar nos advertir de que isso não fazia muito o estilo do Natal, mas ele gostava de Jogos Vorazes então não reclamou muito.

–Vocês não, nós – George estava corrigindo as pessoas como sempre. Por vezes eu falava errado só para irritar o garoto, porque é isso que os irmãos mais velhos fazem.

Nossa sala de cinema era realmente uma sala de cinema, com poltronas e um projetor de filmes, apesar disso, nós nunca nos sentávamos nas poltronas quando estávamos sozinhos. Nós pegávamos nossos travesseiros, cobertores e tudo o que podia dar conforto ao chão que ficava na frente das poltronas. Também trazíamos a mini máquina de café para a sala e tomávamos essa bebida a noite inteira, essas noites eram chamadas de Noite dos Garotos, por motivos óbvios.

–Ei Andrew, irmãozinho emburrado, porém muito legal você vai me escalar no time de futebol da escola esse ano? – George, o puxa saco, estava me perturbando com essa história há muito tempo, só que eu não acho que ele esteja preparado para isso. – Por favor, isso pode ser meu presente de Natal atrasado!

–George, isso só depende de você e o seu presente de Natal já está comprado – respondi ao meu irmão.

–Você comprou o que eu pedi? – Um fato sobre meu irmão mais novo era que ele é muito ansioso e isso fazia com que ele se prejudicasse em certas ocasiões, como nas provas.

–Você pede tanta coisa para mim, que eu não sei o que foi que você pediu de Natal especificamente – Isso era verdade, em parte. Mas eu comprei sim o que ele queria de Natal, eu havia colocada uma nota no meu celular assim que ele pediu.

Eu não havia percebido, mas nossa mãe estava nos observando da entrada da sala. Eu não tinha raiva dela por ter praticamente me abandonado e me jogado em um maldito internato onde por anos eu fui conhecido como o irmão mais novo de Josh Müller. Eu na verdade colocava a culpa todo no meu pai.

–O que vocês estão fazendo, meninos? – Katherine Müller, vulgo minha mãe perguntou a nos. Como se ele se importasse com o que eu fizesse.

–Fazendo a nossa maratona de filmes natalinos como sempre fazemos, mãe. – Josh respondeu a ela com calma. Ele era o mais paciente entre nós.

–Tudo bem, eu vou continuar a escrever, qualquer coisa é só me chamar – disse a única mulher presente na casa.

Já eram quase onze horas da noite quando nós terminamos de ver alguns episódios da primeira temporada de Supernatural e pretendíamos continuar, é claro com mais café e mais conversa.

Um fato sobre mim é que ao lado dos meus irmãos eu pareço uma pessoa totalmente diferente do que quando estou no Internato ou em qualquer outro lugar. Outra verdade sobre mim é que eu não sou muito bom de trocar ideias com outras pessoas que eu não conheço, alguns chamam isso de timidez, eu chamo isso ser reservado. Não que eu ligue para a opinião dos outros.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima...



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