Teoria Wardenclyffe escrita por Lena Duchannes


Capítulo 2
Charada C.A.


Notas iniciais do capítulo

Caro leitor, espero que goste.

L. D.



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O som de um raio cruzou o ceu e eu acordei assutada, sentindo a camada fina de suor em minha testa me fazer ter calafrios, a voz do biso ainda ecoava em minha mente e parecia fazer a caixa em baixo da minha cama trepidar, levantei sentindo o assoalho frio sob meus pés e peguei a caixa que parecia tão maior a miseros dois anos. Acendi o abajur em minha cabiceira e segurei o pesado cadeado de cobre, nada, apenas metal, sem codigo, sem entrada de chave, ou qualquer outro orificio, apenas o entalhe no metal, CA, devia estar enlouquecendo, a dois anos tento descobrir como abri-lo e a dois anos falho miseravelmente nessa simples tarefa.

Resolvi tirar a caixa de seu esconderijo precario, abri aporta do armario e vi a antiga bubina que meu biso e ajudou a construir, outro raio cruzou o ceu e dessa vez mais perto, juro que assim que o clarão passou pelo ceu o maldito cadeado trepidou sacudindo a caixa toda, que foi ao chao com um barulho seco.

_ mas que... _ olhei o cadeado e finalmente a sigla fez sentido, CA, corrente alternada, tesla, meu bisavo era um genio louco, sorri anciosa pela descoberta quase berrando um EURECA!

Peguei a bobina e a liguei na tomada, coloque a caixa em sua frente e o dedo sobre o interruptor, sentia minha respiração presa em minha garganta, tomei coragem e apertei o botão, o chiado da bobina e o som da eletricidade cortaram o quarto e acertaram o cadeado que ficou de um vermelho brilhante, desliquei o botao derrubando a energia da casa toda, apenas o tilintar do cadeado e meu ofegar frenetico eram ouvidos.

A caixa chiava e trepidava, brilhando em azul, engrenagens se moviam em seu interior, era audivel ate da distancia que eu estava, o tilintar seçou e o cadeado se soltou, estava com medo, medo do que encontraria ao abrir a caixa, do que descobriria sobre o futuro da humanidade, medo da responsabilidade de carregar um fardo tão pesado, me levantei indo ate o armario e guardando a bobina, minhas mãos tremiam e eu não sabia se estava realmente pronta para aquilo, então chutei a maldita caixa para baixo da cama novamente, andava de um lado para o outro, sentindo meu coração martelar contra minhas costelas, minha garganta seca.

Joguei-me na cama com a cabeça ainda girando e fiquei olhando o teto ate o eco da tempestade se acalmar, aquele medo irracional do desconhecido ainda apertando meu estomago, o despertador esgoelou ao meu lado me assustando, desci a mão com força ouvindo alguns botões estilhaçarem, sentia o medo de mais cedo ainda correndo em minhas veias, levantei-me a passos arrastados e entrei no banheiro assustando-me com a imagem refletida no espelho, o azul dos olhos, outrora brilhante estavam sem vida, e circulos escuros pioravam o visual, os fios negros rebeldes e amaçados emolduravam tudo.

Juro que tentei soltar os nós dos caixos a seco mas falhei miseravelmente, então sem mais delongas me despi e entrei embaixo da agua quente sentindo enfim o canssaço da noite em claro, cada musculo doia, exaurido, esgotado, lavei os cabelos desfazendo os nós e assim que o processo estava finalizado sai ouvindo minha mãe gritar que eu me atrazaria, então sai correndo, vesti uma jeans preta, minha velha camiseta do justiceiro com mangas cortada e uma flanela chadres azul e marrom por cima, sabia que sair com os cabelos molhados faria com que armassem então peguei uma touca de lã cinza e enfiei na mochila junto com meus livros de eletronica e minha hq de kick ass, ja ia saido do quarto quando tropessei no pé da cama e lembrei o motivo de estar tudo tão embaçado, pondo as lentes de vidro em armaçào fina a frente da vista, corri para o andar de baixo enfiando o saco pardo com meu almoço na mochila e pegando uma maça as pressas, realmente, estava quase atrazada, quase...


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