Empire escrita por Eternalmosli


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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— Falando no demônio, olha ele aí... Pata disse debochando dela.
Mosca fica surpreso com a chegada repentina da namorada.
— Amanda! Que susto, nem tinha te visto entrar.
— Eu vim fazer uma surpresa pra você.
— Olha, vocês me dão licença por que eu já vou indo, não quero ficar respirando o mesmo ar que essa cobra.
— Vai pela sombra.
Amanda disse num tom sarcástico. Patrícia pegou sua bolsa e caminhou até ela.
— Olha aqui garota, não me provoca porque você não sabe do que eu sou capaz.
Felipe separou as duas.
— Dá pra vocês duas pararem?
— Não se preocupa, eu já estou indo. Tchau Mosca.
Amanda riu dissimuladamente. Patrícia saiu do escritório irritada
batendo a porta com força.
— Não ri dela.
— Ela quem começou!
— Mas você provoca...
— Eu não me conformo que você sempre defenda sua irmã. Você deveria me defender um pouco pra variar...
— Eu queria que vocês fossem mais unidas.
— Nós tentamos e, bem, não deu muito certo, ela vive tentando nos separar, só você não percebe.
— Olha Amanda, eu estou muito ocupado hoje, não tenho tempo pra ficar discutindo, ok? — Passou as mãos no cabelo e sentou novamente. — O que você veio fazer aqui?
Ela o olhou com raiva.
— E ai? Vai me falar quem é Mili?
— Ah, ninguém.
— Ela é alguém especial na sua vida? — Ele sentou-se e suspirou com cansaço. — Não finge que eu não estou falando com você, sou sua namorada e mereço satisfações.
— Mas porque todo esse interrogatório, posso saber?
— "Posso saber?" Você nunca me falou nada dessa Mili, daí do nada eu venho ao seu escritório e ela é tão especial a ponto de ter um porta retrato dela na sua mesa?
— Está bem você quer saber a verdade? Ela foi meu primeiro amor, no Brasil, há muito tempo atrás. Foi a Mili foi quem ajudou a Pata e eu entrar no Orfanato.
Amanda ficou surpresa.
— Satisfeita?
— Por que você nunca me contou nada sobre ela? Eu pensava que eu era seu primeiro amor.
Ele sorriu discretamente.
— Não acredito que você está com ciúmes de uma paixonite boba de infância.
— Não têm graça. Eu quero que você tire esse retrato agora.
— Para Mandy, que besteira. Isso tudo é passado. Nós não nos falamos desde que eu vim pra cá.
— Passado, sei... Eu vi seus olhos brilharem quando a sua irmã falou que ela era perfeita pra você. E eu, a idiota achando que era única, especial.
Felipe interrompeu a namorada colocando o dedo indicador nos lábios dela.
— Shhh... Não meu amor, esquece, agora eu estou com você. Não precisa ficar com ciúmes dela.
Eles se abraçam e Felipe beija sua testa.
Ele esticou o braço até o retrato e o deitou sobre a mesa.
Pronto, está melhor agora?
Eles se beijam.
— Melhor do que isso só se jogasse fora.
Ele a soltou rapidamente.
— Não vai dar, essa é a unica fotografia da minha infância no Brasil que eu tenho.
— Ah conta outra! Você teve 15 anos da sua vida para tirar fotos de infância.
Felipe afastou-se e passou a mão sobre o rosto. Ele olhava para a namorada mas sua mente estava em flash back.

As crianças estavam reunidas na sala do orfanato. para se despedir de Mili uma semana antes dela partir. Mosca foi até ela, pegou suas mãos e beijou seu rosto em seguida. No seu ouvido ele susurrou:
— Promete que não vai esquecer de mim?
Ela cruzou os dedos e beijou. Os dois se abraçaram. Chico juntou
todas as crianças na escada para tirar fotografia.

— Vem Mosca! Pata o chamou. Ele e Mili deram as mãos e sentaram junto com as outras crianças.

— Pessoal, digam X!

Na hora de se despedirem, Mili deu a foto para ele de presente e ganhou um anel para guardar como recordação.


Sua namorada continuava a falar.
— Eu não acredito que todo esse tempo... Ela o notou que ele não estava prestando atenção— Felipe... Felipe?
— Ah, o que você estava falando?
— Eu perguntei onde estão as suas outras fotos de pequeno, eu sempre quis ver, mas toda vez que falo você nunca diz nada, fica com essa cara.
Ele desviou o olhar da namorada.
— Como eu já disse, essa é a única fotografia de infância que eu tenho.
— Você ta falando sério? Que loucura, não existiam câmeras no Brasil por acaso?
— Existiam!
— E então?
— Acontece que meu mundo era muito distante da sua realidade de Cinderela. E mesmo que tivesse, essa foto é especial, não posso me desfazer, sinto muito.
Ele levantou o retrato novamente.
— Eu não sabia que essa era sua única foto.
— Pois é, você foi bastante egoísta agora.
— Desculpa, eu sou uma idiota ciumenta! — Ela entrelaçou seus braços atrás da nuca dele — Não gosto de brigar com você.
Ele a pegou pela cintura e a beijou. O telefone de Felipe começou a tocar.
— Mas que droga.
— Eu tenho que atender, é a empregada.
Ela revirou os olhos.
— Pode falar. O que? Tudo bem, estou indo imediatamente, obrigado.
— Aonde vai?
— Para casa.
Ele recolhia suas coisas e guardava em sua apressado em maleta executiva de couro preto.
— Aconteceu alguma coisa?
— No caminho eu explico, vamos.
Ele puxou-a pela mão. Desceu até a garagem do prédio. O chofer imediatamente trouxe seu carro.
— Vai me contar o que está acontecendo?
— Você lembra que pouco antes de meu pai morrer, minha mãe viajou para a Europa junto com Peter?
— Sim, e daí?
— O Peter colocou na cabeça da mamãe que eles têm mais direito sobre a herança do que eu e a Pata por sermos filhos adotivos. Agora eles voltaram para brigar na justiça pelo dinheiro. E eles vão conseguir se eu não voltar para o Brasil.
— Como assim?
Amanda arregalou os olhos e franziu a sobrancelha.
— Todos os comprovantes de adoção estão no Brasil, só com eles posso provar que fui adotado. Isso me dá acesso a herança da família.
— Mas isso é tão importante assim? Quero dizer, você é acionista majoritário da Smiths, essa herança não deve ser nada comparado a fortuna da empresa.
— Não é uma questão de dinheiro. Eu prometi ao meu pai e vou honrar com minha palavra, em memória dele.
— Honrar com a memória? Pelo amor de Deus, seu pai está morto.
Ele alisou o rosto dela com as duas mãos. Suspirou, fechou os olhos e tentou explicar com calma.
— É importante pra mim, eu preciso que entenda.
— Não faz nenhum sentido você querer essa miséria.
— A herança é só o começo. O Peter é capaz de fazer coisa muito pior para me destruir.
— Eu estou... Muito confusa. Sem mais nem menos nós vamos viajar?
— Na verdade... Só eu vou.
— Como assim? E eu, vou ficar aqui sozinha? De jeito nenhum!
— Me esculta, vai ser uma viagem de negócios e para resolver os documentos no orfanato e só, não vai ser divertido nem legal, não vamos ter tempo para ver nada. Eu preciso assinar os documentos e voltar o mais rápido possível pra cá!
— Eu não vejo qual é o problema em eu ir junto. Eu posso ajudar...
— É um assunto de família, eu não quero você no meio disso.
— Mas eu sou quase da família.
— A melhor forma de me ajudar é ficando aqui. Eu vou com a Pata para o Brasil e já está decidido. Eu sei que você vai ficar chateada comigo, mas eu quero que faça o que eu digo.
— Felipe, você está levando isso muito a sério. É só uma coisa boba, isso acontece em muitas famílias!
— É muito mais grave do que aparenta ser. Se prometi ao meu pai em seu leito de morte, vou honrar com o nome da Smiths, muita gente depende disso naquela empresa. Sou um homem de palavra.
Ela ficava cada vez mais confusa, mas percebeu que a história era bem mais podre do que imaginava. Felipe ficou tenso durante todo o trajeto. Ao chegar, deu ordens para que sua empregada preparasse suas malas e as de Patrícia.
— Me deixa ir com você, por favor...
— Eu não posso, a decisão já está tomada. Fique aqui.
Ele vai para a cozinha para conversar com seus empregados.
— Agora que Peter e minha mãe voltaram, me sinto no dever de informar que a família está passando por um momento delicado. Estamos em conflito por conta das herdades que meu pai deixou para Pata e eu. Caso Peter vença a causa, não estarei mais convivendo com vocês. Gostaria de pedir um favor: preciso que fiquem alerta com Peter. Evitem responder perguntas sobre mim e a empresa. Serei sensato e confiarei na justiça. Isso é tudo, com licença.
Ele volta para a sala. Amanda, ainda chateada por não poder ir junto, caminha em sua direção.
— Eu sei que está confusa, mas não quero que se meta até que esteja tudo resolvido.
— Eu só queria entender...
— Quando voltar de viagem prometo explicar melhor.
Ele a beija no rosto. No mesmo instante, Peter chega.
— Felipe!
Ele caminha em direção aos dois.
— E Amanda Jonhson!
Eles se olharam de cima abaixo.
— Peter, que surpresa...
— Quem está surpreso sou eu! Namorando com o adotado? Eu nunca pensei que uma ex minha fosse descer tanto de nível como você.
Felipe o encarou.
— Cala sua boca.
— Não liga para ele amor.
Ela o beijou de olhos abertos, encarando Peter para ver qual seria sua reação. Ele riu copiosamente enquanto aplaudia em tom de ironia.
— Bem a sua cara ficar com os meus restos.
Felipe o puxou pelo ombro e deu um soco em seu rosto. Os dois começaram a se enfrentar. Peter recebeu um golpe e ficou caído, porém consciente. Amanda tentou segurar Felipe para evitar uma tragédia.
— Fica calmo amor.
Peter cuspiu sangue. Com a respiração pesada, ele levantou se apoiando nos móveis e parou na frente da ex.
— Você deve estar adorando a situação. Aposto que seu ego está inflado o suficiente agora.
Felipe tentou avançar novamente mas Pata chegou e evitou que o pior acontecesse.
— O que está acontecendo aqui?
— Olha só quem chegou para a festa... Não vai recepcionar seu irmãozinho querido?


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Notas finais do capítulo

A Mili ainda não entrou, mas não me batam, eles vão pro Brasil daqui a pouco KKKK



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