Black Ice escrita por poisonivy


Capítulo 10
No Mercy




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Rosie não era boba, ela sabia que aquilo não era realmente o que Bucky queria contar. Mas resolveu não força-lo, ele deveria ter seus motivos. Ela o observa se distanciar conforme ele vai andando pelo corredor e no meio do caminho, Coulson aparece vindo em direção da sala.

– Rosie, está acontecendo alguma coisa entre vocês dois?

– Você quis dizer, entre mim e o Bucky? Não, claro que não. Por quê?

– Bucky é um ótimo soldado mas se tem uma coisa na qual ele é péssimo, é treinar outras pessoas. E pelo visto, ele se deu muito bem com você.

– É, a gente se dá bem...

– Eu vi o jeito que ele olha pra você, mas Rosie, você tem que saber que aqui, relacionamentos são considerados fúteis. A segurança mundial é a nossa ordem número 1.

– Coulson, eu não trabalho pra S.H.I.E.L.D!

– É, mas quem treinou você? Quem pode rastrear a quadrilha para você? Querendo ou não, você já se envolveu com a gente.

A conversa é interrompida pelo alarme de invasão e os dois correm rapidamente até a sala de controles mas no caminho, eles encontram a Agente May.

– May.

– Um homem invadiu a nossa Base, porém ele deve ser estúpido porque ele não está armado.

– Como acharam a gente aqui? – Pergunta Rosie.

Coulson checa as imagens de vídeo e reconhece o invasor.

– Ahh, é ele. Ele já trabalhou para nós, vamos ver o que ele quer. Recuem os agentes, não será necessário. E você, Rosie, fique aqui.

– Mas...

– Apenas fique aqui.

May dá a ordem pelo comunicador auditivo e os dois vão em direção ao porão. Chegando lá, o homem parecia vasculhar os malotes e as tralhas que estavam espalhados pelo local.

– O senhor está invadindo um local de segurança máxima. Saia ou iremos prendê-lo. – Coulson se aproxima apontando o revólver.

– Me diga, quando vocês agentes estão em treinamento, vocês também são treinados em como serem dissimulados? – Ele aperta o interruptor e a luz se acende. – Não finja que não me conhece, Coulson.

– Mark, o que está fazendo aqui?

– Vocês se conhecem? – Pergunta May.

– May, pode deixar que eu resolvo isso.

– Qualquer coisa, é só me chamar.

May lança um olhar para Mark e se retira do porão.

– Onde está a minha filha?

– Ela é mesmo sua filha, né? Quando vi o sobrenome e o gelo que saía das mãos dela, eu logo soube. Mas a questão é, como o I527 foi parar nela? Foi você, não foi? É você o mandante do assalto à Reserva.

– Você tem alguma prova?

– Não, mas você provavelmente deve ter se esquecido como eu trabalho, eu sempre consigo provar que estou certo.

– O que um cargo mais alto não faz né, Coulson? Você costumava ser tão humilde.

– Eu ainda sou, só que agora costumo não ter muita piedade.

– Eu trabalhei aqui por anos, ajudei vocês a solucionarem problemas insolúveis, e é assim que vocês me agradecem?

– Mark, você não fez mais do que a sua obrigação e você deu uma mancada muito feia com a gente, você sabe muito bem disso. Estava no seu contrato, que os experimentos, fórmulas, pesquisas que você fizesse dentro de um laboratório da S.H.I.E.L.D, não poderia sair de lá.

– Vocês são uns egoístas! Minhas invenções poderiam revolucionado a ciência, a medicina talvez. Mas não, é tudo só para vocês. São só os agentes da S.H.I.E.L.D que podem ter acesso a remédios regeneradores, não é mesmo? Vocês morrem mas depois já estão vivos de novo. E depois dizem que vocês fazem tudo pela segurança das pessoas.

– Tem certas coisas que a humanidade não está pronta para ver.

– E vão tentar esconder isso até quando? Quantas pessoas vão ter que morrer até lá?

– A gente não pode ter tudo sobre controle, infelizmente.

– Tanto que quando aconteceu as inúmeras invasões alienígenas, vocês recorreram a quem? Um bando de pessoas fantasiadas.

– O que você quer com Rosie?

– Quero falar com ela, quer ver como ela está.

– Ela está bem, está fora de perigo. O I527 funcionou dessa vez, Mark.

– Mas só ela pode usufruir dele agora.

– Pelo menos está em boas mãos. Mas me diga, estava planejado o soro parar justo nela?

– Eu não sei do que você está falando.

– Obviamente, você é o mandante do assalto e provavelmente o soro cairia em suas mãos, quero dizer, no seu DNA. Talvez, mais uma tentativa do soro funcionar em você.

– Você não pode provar nada.

– Por enquanto.

– Eu vou indo, mas vocês não vão conseguir me manter longe da Rosie por muito tempo. Passar bem, Coulson.

(...)

Rosie puxa a cadeira e se senta na mesa mais escondida da cafeteria. Todos a encaravam por causa do cabelo branco. Ela rasga o saquinho de açúcar e o despeja na sua xicara de café. E sem ela perceber, Bucky se aproxima e pergunta:

– Posso me juntar a você?

Ela olha para cima e diz que sim com a cabeça.

– Você está brava comigo? - Ele pergunta enquanto se senta.

– Não estou brava, só parece que você está me escondendo algo.

– Olha, eu sei...

– Não precisa contar, não estou te forçando a nada, mas é claro, que se você quiser falar, estarei à disposição.

– Rosie, eu sei que a gente se conhece há pouco tempo, mas você é especial, é diferente...

Ela se levanta da mesa às pressas, tentando evitar o que ele estava prestes a revelar.

– Bucky, o Coulson me disse que aqui não tem tempo para essas coisas.

– Como assim?

– Relacionamentos, sabe...

– O quê? Eu só estava falando que considero muito a sua amizade. Espera, você estava achando que eu gosto de você naquele outro sentido?

– Não, é que... ai Deus. Coulson estava me falando que você é durão e tal, que percebeu o jeito diferente que você olha para mim. E ai, você começa a me dizer essas coisas....

– Bom, você é bonita e interessante, você não é uma pessoa difícil para se apaixonar.

Rosie estava vermelha de tão envergonhada e Bucky percebeu, depois sorriu meio sem graça.

– Eu tenho que ir.

– Mas já? Se foi pelo o que eu falei, me desculpa, não queria te deixar sem graça.

– Não, não é por isso. Eu e o Coulson ficamos de procurar mais pistas sobre a quadrilha.

– Oh, boa sorte então. Se precisar, estarei aqui.

– Obrigada.

(...)

O cheiro de fumaça de cigarro pairava pelo lugar, para se dizer melhor, empesteava. Um som de Blues tocava bem baixinho nas caixas de som. As lutas clandestinas já tinham acabado e só restara poucas pessoas no bar.

– Não foi nosso dia de sorte. Perdemos tudo o que tínhamos nas apostas das lutas. – Disse Félix.

– A nossa única esperança então, é a grana de Mark.

– Se eu fosse você, não contava muito com esse dinheiro, Asher.

– Mas ele tem que nos pagar! A gente vai deixar barato desse jeito?

– Ele vai pagar. – Interrompe Jorge. – Com dinheiro ou sem dinheiro, ele vai pagar.

– Ele ligou avisando?

– Não, Félix. Estou falando de outra coisa, uma coisa que deve valer muito mais dinheiro. Aquela filha dele... Nós poderíamos raptá-la e a vender no mercado negro.

– E por que alguém a compraria? – Pergunta Asher.

– Aquele soro, não é um mero soro. Vocês não ficaram sabendo no que aconteceu no centro da cidade? Ela apareceu nas ruas com poderes de gelo. Eu não sou nenhum expert em ciências, mas isso deve valer muita coisa, principalmente pros caras da H.Y.D.R.A.


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