Estranha Obsessão escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 16
Capítulo 14 - Dominique Nesbitt


Notas iniciais do capítulo

Certo, certo.. conversamos lá em baixoooo!!!



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Capítulo 14 – Dominique Nesbitt

 

POV da Bella

 

- Amy? – Perguntei pegando o celular que vibrava.

“Oi, Bells. Como está?”

- Bem, apesar de que mal cheguei e coisas estranhas já aconteceram. – Murmurei.

“Como assim?”

- Ontem, eu tomava banho e vi a imagem da Dominique em minha frente, igualzinha a mim, Amy. Outro detalhe, é claro que o Edward encontrou uma solução para minha insônia... – Murmurei, colocando o fone de ouvido no celular e me arrumando ao mesmo tempo.

“Ele não...”

- Pois é, sim. Me mordeu. Mas esse não é o ponto. O ponto, é que era como se a própria Dominique estivesse pego... meu corpo emprestado. Bem, é o que pareceu. Eu meio que... ela meio que incorporou, sabe? – Eu ainda custava a acreditar nisso, mas até este momento, era assim que eu entendia.

“Isso é... bem estranho. Alice viu vocês indo para o campo. Estão em Dublin, certo?”

- Sim. Bem, tenho que desligar. Tomar café e quanto mais cedo sairmos, mais poderemos aproveitar. Vai fazer sol amanhã durante o dia. Só poderemos sair a noite. – Falei, recordando-me do que Edward dissera.

“Tudo bem. Cuidado. Qualquer coisa ligue.”

 

Desliguei o celular, arremessei-o para a cama e fui terminar de me arrumar. Edward me observava o tempo todo. Somente quando terminei de fazer minha higiene matinal, é que fui falar com ele a respeito de ontem à noite.

 

- O que houve ontem à noite? – Perguntei. – Bem, me diga o que acha, porque eu estou tentado acreditar no que formulei.

- Antes, me diga uma coisa. – Ele ergueu uma folha de papel. – Como sabe deste anel? – Ele mostrou o anel com a safira, que eu havia desenhado.

- Sonhei com este anel em um dedo. Mas nada mais. O achei lindo e então desenhei. – Falei. – Porque?

- Este anel. – Ele inspirou o ar. – É o anel que dei para Dominique quando nos casamos. Ele está guardado no castelo. Lhe mostrarei quando chegarmos. Quanto a ontem à noite. Chamei você de Dominique de novo. Desculpe-me.

- Você não... notou nada diferente? – Perguntei incrédula. Como é que não teria notado tal acontecimento? – Ah, Edward, vamos? Eu moro e trabalho com vampiros, sou amiga deles, sirvo de alimento para um e, ao que me parece vejo o fantasma da esposa de um deles, que por sinal é igual a mim, tanto na aparência, quanto no jeito de agir. E, para completar, noite passada quando você se alimentava de mim, me parece que ela resolveu pegar meu corpo emprestado por alguns segundos. Ou você estava tão cego de... de sei lá o que... felicidade? Que não notou isso...

- Eu realmente estava cego. – Ele admitiu. – Você tem razão. É igual à Dominique em absolutamente todos os aspectos.

- Agora pode me dizer que promessa é aquela? – Perguntei.

- Prometi que esperaria a volta dela. Prometi que existiria somente uma em minha não-vida. Essa é uma promessa que não pode ser desfeita, Bella. É uma promessa coberta por uma magia que você não faz idéia.

 

Edward ia me explicando um pouco sobre sua relação com Dominique, pelo menos a intensidade dela. Pediu que eu descrevesse o lugar que eu tinha visto em um dos meus sonhos e, como imaginei, ele sabia exatamente onde era. Nós estávamos indo rumo aos campos nas proximidades de Dublin. As paisagens verdes, com árvores e plantas rasteiras, e as muretas feitas de pedras, que, segundo ele, eram partes das terras que um dia foram da família de Dominique. E que, hoje em dia, estavam sob custódia de pessoas de extrema confiança.

 

Nós chegamos a um local bem deserto, longe, havia uma casa, grande e bem cuidada. Nós fomos andando rumo a ela, quando um casal de senhores veio em nossa direção. Edward os cumprimentou.

 

- Sr. Edward, quanto tempo! – A Sra falou. – Só recebemos visitas dos seus irmãos.

- Srta Dominique, é uma honra recebê-la!

- Esta é Isabella Swan, uma amiga que trago para ver estas terras. Hoje decidi vir pessoalmente. – Ele falou educadamente.

- Hum... – A mulher olhou-me de cima abaixo. – Perdoe-me se eu estiver sendo indiscreta. Mas tem mesmo muito da Srta Dominique em você. Sei que ela está próxima.

- Vamos entrar. A casa grande está arrumada. Nós a mantemos.

 

Fiquei me perguntando o porque de manter uma casa tão arrumada, se ninguém vivia nela. Deviam vender as terras. Mas acabei interrompendo a mim mesma. Era tudo um gramado verde, coberto com neve, flores baixas, e, um pouco mais a frente, havia um balanço. Fiquei olhando aquele lugar. Foi ali que sonhei com ela a primeira vez. Ela caminhava em direção a casa, como eu fazia agora, ao lado de Edward exatamente como agora.

 

Edward me perguntou o que estava acontecendo, eu apenas assenti para que continuássemos. Conforme eu me aproximava da casa, um sentimento diferente tomava conta do meu corpo. EU não sabia explicar o que estava acontecendo. Era como se eu me sentisse cheia, mas o problema era que não sabia do que. A mulher, branca, ruiva, me encarava o tempo todo, apenas sorrindo e algumas vezes dizendo que eu não devia me preocupar. Oras, não me preocupar com o que? Ela tinha noção de alguma coisa?

 

Quando entramos na casa, então uma torrente de imagens vieram a minha mente. Era como se eu soubesse onde ficava cada cômodo da casa. Edward notou minha inquietação e então perguntou o que estava havendo. Eu apenas fui andando pela casa, era como se eu conhecesse, eu sabia de pequenos detalhes que somente... Fui subindo a escada central, branca, que estava muito bem conservada para ter cento e oitenta anos. Provavelmente mais. Abri a primeira porta do corredor. Uma brisa doce tomou conta do ambiente. Eu vi Dominique sentada na ponta da cama. Seu vestido azul, arrastava-se pelo chão. Seus olhos me encaravam. E sua boca formava um sorriso dirigido a mim.

 

- Bella? – Dominique olhou para onde Edward estava e sorriu.

“Ainda não percebeu?” A voz dela sibilou em minha mente.

-  Percebi o que?

- Bella, o que está fazendo? Com quem está falando? – Edward perguntava. A imagem da esposa andava pelo quarto, indo em direção a penteadeira.

“Sabe de tudo sobre esta casa, sobre esta região...” Ela penteava seus cabelos soltos.

- Mas só porque sonho. Me diga, você é algum tipo de fantasma? Tem algum assunto interminado, não é? Por que eu tenho sonhado com você? Sei de sua vida inteira. – Perguntei freneticamente, indo em direção a penteadeira, ficando perto do fantasma da minha cópia, ou o que quer que ela fosse.

- Bella, você está... o que está havendo?

“Edward tem agido como um perfeito canalha com você. Mas ele não é assim, eu sei que ele ficou assim depois que eu parti. Perdoe-o.”

- Bem, vai parecer loucura, mas você realmente incorporou em mim, não foi?

- Está falando com a Dominique? – Ele perguntou mais uma vez.

- Ed... Fecha a matraca. – Pedi. – Daqui a pouco ela desaparece e eu não quero ter feito papel de idiota. Shii!!!

“Você é divertida. Igual a mim. Sim, realmente peguei seu corpo emprestado, desculpe.”

- Não tem problema, isso o fez feliz, e, eu ajudei de alguma forma. Mas tem que me dizer o que fazer. Você não pode ficar vagando por aí... – Murmurei.

“Não estou vagando. Você ainda não entendeu... Bella, você e eu, somos a mesma pessoa.”

- Mas isso... isso não é possível, eu estou conversando com você!

“Você ainda vai despertar. O momento está próximo. Bella, porque acha que somos iguais? Seu cabelo, rosto, pele, olhos, modo de pensar, agir... Eu renasci no seu corpo.”

- Mas reencarnações não são a mesma pessoa. Só a mesma alma! – Pelo menos era o que eu tinha lido a respeito.

- Dá para falar o que está acontecendo? Já ajuda muito quando você é muda para mim. – Ele disse insistentemente.

- Presta atenção! – Exclamei. – Sua esposa, sim, ela mesma, mas não em carne e osso... em... partículas translúcidas, talvez... está em frente ao armário, vestindo-se, por sinal. Eu estou realmente falando com ela. Dá para ficar quieto? Por. Favor?

“Muito divertido, Bella!” Ela ria bem alto, embora só eu ouvisse. “Vamos ao que interessa. Esta que você vê, sou eu, sim, a Dominique Nesbitt que você sonha há muito tempo. Eu sou você. Ou melhor. Você é eu. Nós somos uma. Eu sou uma parte de sua alma, a outra parte, encontrou o caminho. A parte com as lembranças, que sou eu, ficou aqui, a outra, que é a aparência, gostos, e tudo mais, ficou em você.”

- Já desconsiderei ficar louca. – Sentei-me na banqueta. – Ok, então, vamos supor... – Comecei a falar, mas ela fez exatamente a mesma careta que faço, quando uso uma palavra errada. – Certo, bem... Então, a história que ouvi em meu sonho de renascer, é verdadeira. Mas... então você deveria estar aqui. – Apontei para ela e para meu corpo.

“Alguém está entendendo! Isso aí!”

- E como fazemos isso, sósia?

“Aí que está. Eu não sei. Depois do meu funeral, eu não sei de mais nada. Tenho vivido aqui por muito tempo, vago pelas terras que são minhas, mas não saio delas.” Ela disse triste. Encarei-a por algum tempo, então vi o que ela estava pensando. Bem, se ela era minha metade, era de se esperar que eu soubesse o que ela estava pensando, certo?

- Okay. Aproveite. Mas vê se tenta poupar um pouco minhas energias. – Respirei fundo e sentei na cama.

 

Essa história estava cada vez mais confusa. Seria pedir demais desejar um mundo sem todas essas maluquices? Fiz um sinal para que ela esperasse. Eu precisava organizar minha mente bagunçada. Eu sempre soube que eu era uma pessoa bem perceptiva, fato. Sempre soube que meus sonhos deviam significar alguma coisa, fato. Eu era Dominique, Dominique era eu, outro fato. Ela era uma manifestação da minha alma, bem, metade da minha alma ficou anos vagando por terras na Irlanda! Outro fato. Então o que me restava fazer era descobrir como juntar minhas duas metades. Porque assim tudo acabaria, mas, não voltaria ao normal.

 

Deus, em que confusão fui me meter! Respirei fundo novamente e Dominique veio em minha direção. Sim, ela entrava em minha mente, pelo menos quando eu permitisse. Agora, era aquela coisa em que eu dava espaço a ela.

 

- O que foi isso, Bella? – Edward perguntou.

- Não. – Meus lábios formaram um sorriso. – Continua abusando de pescoços jovens, Edward?

- Minha... Dominique?

- Bella é uma boa pessoa. – Oh, ela me elogiou! – No momento ela é a única que pode me ver aqui. Mas só enquanto estiver onde posso estar. Vampiros têm uma alma meu querido, por enquanto, estamos divididas.

- Srta Dominique! Eu sempre soube que estava por aqui! – A mulher falou. – Eu guardo o livro escrito pela senhora sua mãe faz anos. Nele está escrito um encantamento. Conheço o encanto. É para que a Senhorita volte. É o reverso do que seus pais fizeram.

- Muito obrigado, mas não é a mim que cabe essa decisão. Bella deve escolher

- Porque ela? – Ele perguntou.

­- Porque se nos juntarmos ela... não sei explicar, meu amor... Mas sei que quem vai estar neste corpo, serei eu. É como se ela renunciasse sua vida. – Dominique disse ressentida.

- Mas a vida dela, só existe por sua causa. – Edward resmungou.

- Melhor parar, ela está xingando você. Meu amor, Bella tem uma vida própria. Pense nisso. Ela sabe que pensará também. Vamos, me beije. Depois terei apenas que me contentar em vê-lo.

 

Edward beijou meus lábios, embora eu estivesse recebendo este beijo, ele era direcionado a Dominique. A fantasma que estava em meu corpo. Eu sabia, porque aquele era um beijo carinhoso, diferente de qualquer outro que ele tenha me dado. Restava eu decidir o que fazer. Renunciar a minha vida, para fazer o vampiro, que sempre foi um canalha e idiota comigo feliz ao lado de sua esposa, ou, manter minha vida, ao lado dos meus amigos, deixando Edward ser o mesmo idiota de sempre.


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Notas finais do capítulo

Finalmente.. Olá povo!!!
E aí, as dúvidas estão sendo esclarecidas?... Vamos ver o que eu posso falar...
 
Bem, já sei. Vamos ás dúvidas.
Sim, pessoas... A Dominique e a bella são a mesma pessoa, é como reencarnação, mas eu pensei que poderia ter algo diferente aí. Logo vocês vão entender.
 
Comentem e recomendem!!
Leiam tbm NEW VOLTURI!!!
 
Beijinhos!!!